Os jovens começaram a gritar euforicamente. Jason começa a correr pela sala, despejando confete por todo o local.

Enquanto todos estavam gritando e pulando, decidi me afastar e somente observar.

– Vai ficar aí, excluída ? – Percy indaga

– Estou fazendo notas mentais sobre vocês , observando. Minha Mãe me ensinou que observar é a melhor forma de se sentir íntima das pessoas.

– Nossa, que profundo – ela fala – Te imagino no parquinho, observando quais crianças seriam dignas de sua amizade.

– Uau, sempre é tão irritante?

– É o meu charme – ele fala

– Essa palavra não combina com você. – Falo

– Achei que fosse tímida.

– Eu era – falo, respirando profundamente- Mas um amigo me ensinou a fazer as pessoas gostarem de mim.

– Está mesmo citando Jogos Vorazes?

– Não, de onde tirou isso?

– Tentei ser nerd, mas falhou.

Rio. A campainha toca e Jasom vai abrir a porta.

– Valdez, sempre atrasado – ele fala

Um garoto muito parecido com um elfo entra no local.

– Meu pai me prendeu nos trabalhos de mecânica ,que culpa tenho eu?

Um riso de espalha pela sala.

– Quem é ela? – ele indaga, olhando para mim.

– Ah, sou Annabeth Chase. – Falo

– Bem vinda à Irmandade dos malucos. Sou Leo Valdez, o cara que faz as meninas gamarem.

Jason ri.

– Na verdade, ele é só um iludido.

Leo me cumprimenta e vai até o centro da sala.

– gente – diz Thalia – Agora que todos estão aqui, vamos jogar verdade ou desafio?

– Pode ser – Piper fala.

Nos reunimos no meio da sala, onde uma garrafa está colocada estrategicamente.

– como a festa é para Annaebth, ela começa girando. – Diz Thalia

Estico as mãos e giro a garrafa, que cai em Percy.

– Verdade ou desafio? – Pergunto

– Verdade.

– O que fazia em Boston?

– Um tio me convidou para trabalhar na sorveteria, era uma boa forma de escapar do divórcio de meus pais.

– Ah – falo, sem reação – Ainda faz aquele milk shake?

– O mestre está a seu dispor.

– Ei – adverte Piper – Nada de papo furado.

Percy sorri e pega a garrafa , a girando.

–Doce Leo, é hora da vingança– Ele diz, assim que a garrafa cai no garoto - O que deseja?

– Desafio.

– Eu te desafio a jogar um balde de água em cima de si mesmo.

– Cara, eu só tenho essa roupa, vou ficar pelado se molhar.

– Ok, eu mudo. Beba um gole da Vodca de Zeus.

– Legal – ele fala, se levantando.

Vai até a cozinha e pega um copo pequeno, lá despeja um líquido transparente e o bebe. O resultado Não poderia ser pior. O garoto cospe tudo na pia, despertando um urro de “Fracote”entre os garotos. Assim que ele volta e se senta, gira a garrafa. E por aí o jogo continua, com muitos risos e desafios nada fáceis (como o que me deram: Relar na água no vaso sanitário)

Quando o jogo acaba , começamos a conversar e ver um filme .

Devo dizer: Há tempos que eu não me divertia desse modo. Ser livre, sem precisar cuidar de ninguém, sem ficar recordando de coisas antigas e , simplesmente viver como todos. Nessas poucas horas que passei com eles, já fiquei sabendo de tudo da escola que irei estudar e das pessoas que lá estudam. Poucos contaram muito sobre sua vida pessoal, acho que isso implica um grau maior de amizade para ser revelado.

Cerca de oito horas da noite, minha mãe me liga, alertando que eu deveria voltar para casa. Pego o ônibus e chego lá cerca de meia hora depois.

No elevador, fico refletindo sobre o dia de hoje.

– E então - Atena indaga, assim que entro em casa - Como foi?

– Legal. Vou tomar um banho e te conto algumas coisas.

– Conheceu pessoas?

– Sim, várias. Se lembra do tal Poseidon Jackson? O cara que te humilhava na escola por você ser nerd?

– Claro.

– Eu conheci o filho dele.

Minha mãe fica pálida, como se tivesse visto um fantasma.