Eu, adolescente escrita por CarolYasuda


Capítulo 9
Amigas.




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P.O.V Car.

Eu estava em prantos, lembrando do que aquele retardado do Ângelo havia feito comigo e perdida em meus pensamentos não notei que um garoto estava me observando. Quando ele se aproximou mais pude ver que era o mesmo com quem eu havia trombado e discutido no corredor. Não queria parecer fraca, então virei meu rosto para a parede. Ele se aproximou mais e sentou-se do meu lado e disse:

–Está tudo bem?

–O que você acha?-perguntei olhando para ele com cara de mal criação.

–Ok, essa pergunta foi um pouco nada a ver, mas, me conta o que aconteceu..

–Por que eu deveria te contar? Você brigou comigo hoje de manhã e agora do nada vem me oferecer ajuda...

–Me desculpe, eu tinha acabado de saber que meu amigo estava traindo minha melhor amiga, eu fui defender ela e ela simplesmente disse para mim sair e deixar eles conversarem.- ele disse e eu pude perceber que sua voz estava carregada de mágoa.

–Olha, eu sei que você estava de cabeça quente e te desculpo por isso, porém eu não tenho nada a ver com seus problemas e nem você com os meus.

–Nossa, tudo bem, se quer que eu vá embora eu vou... - ele disse com cara de tristeza e tive que me desculpar.

–Não. Não vai não. Me desculpa, por favor fica, talvez agente possa conversar.

–Tudo bem, agora me conta por que você está tristinha.

–Tá. Meu ex namorado que me traiu umas 500 vezes ele está estudando aqui, e para a minha alegria ele resolveu se fazer de mais idiota ainda e me questionou se eu ainda estava brava, eu não estou chorando por que gosto dele, mas, sim, por que ele me fez sofrer e isso dói muito, sabe?

–Sei sim, já passei por uma experiência mais ou menos parecida.- ele disse com um sorriso melancólico em sua face.

–Quer me contar sobre isso?-perguntei.

–Meu irmão descobriu que a namorada dele traia ele, então eles terminaram, mas ela perseguia ele e ele sempre ficava mal por sempre lembrar da dor que havia passado.

–É, você realmente entende.-disse olhando diretamente em seus olhos.

Neste momento nós ficamos em silêncio e para quebrar o gelo, falei:

–Acabei de perceber que não sei seu nome..

–É Diego, e o seu?- ele disse entre uma risada vergonhosa.

–Car, tenho 13 anos e você?

–16, você já fez aniversário?

–Não e você?

–Já.- ele disse entre sua risada de deboche, o que devo comentar não foi legal por que ele estava literalmente se achando por que era mais velho, que menino besta.

Desculpa Diego, mas, é melhor nós voltarmos, minhas colegas de quarto devem estar preocupadas. Ele assentiu e me acompanhou até a porta de meu quarto.

–Chegamos.-disse me virando de frente para ele.

–Sim. Você vai ficar bem, não mesmo?

–Claro que sim.

–Ok........ então, tchau!- ele disse e deu um beijo delicado em minha bochecha.

–Tchau!- disse entrando rapidamente para o quarto.

Quando cheguei as meninas estavam cada uma em suas camas, elas perguntaram se eu estava bem e eu disse que sim e que o Diego havia conversado comigo e me feito esquecer um pouco sobre o Ângelo, e já começaram as perguntas:

–Mas, onde vocês se conheceram?- perguntou a Erica.

–Agente na verdade acabou se trombando no corredor, hoje de manhã e depois ele me encontrou na biblioteca....

–Ele é bonito pelo menos?- perguntou a Mari.

–Até que é.- respondi sem muita animação.

–Ele não tem outras intenções não?- perguntou a Vic, toda preocupada.

–Acho que não, e se tiver, problema dele por que não estou nem um pouco a fim de me envolver. Falando nisso, já conversou com o Adam?-perguntei para a Vic que ficou toda vermelha de vergonha.

–Olha, eu e ele conversamos sim, ele é muito legal e.......

–Fala logo!- falamos em conjunto.

–Tá legal, ele me chamou para sair sexta à noite.

–Nossa que lindo!! Vic vai ter um encontro!! Uhulll- disse em tom de animação e as meninas me acompanharam em uma dancinha.

–Calma gente, é só um convite, não quer dizer nada.

–Uhum, agente sabe.- disse a Erica, toda animada.

Entre risadas disse que ia até o banheiro, porém quando parei na porta senti uma leve tontura e achei melhor ir pegar um copo de água no refeitório. Disse para as meninas que ia ao refeitório pois tinha ficado com sede e elas falaram que tudo bem. Segui meu caminho com a visão um pouco turva, senti que ia cair apenas encostei na parede e ouvi uma voz perguntar se eu estava bem, e então gritar meu nome, depois disso, tudo ficou escuro.

P.O.V Diego.

Depois de ter deixado a Car no quarto dela, fui até a sala de televisão, ficamos brigando para assistir um filme e no meio dele resolvi ir até o refeitório pegar uma pipoca. Quando estava indo, fiquei mexendo no celular e só depois percebi que estava indo na direção errada, de repente vi a Car dobrar o corredor, ela parecia não estar muito bem, estava pálida e parecia tonta. Fui até ela.

–Está tudo bem?- perguntei preocupado.

Não houve resposta, apenas à vi escorar na parede, ela estava quase caindo, ela olhou para mim e eu gritei seu nome, porém ela apenas foi caindo mais, como estava perto dela consegui pegá-la antes de cair. Sai correndo até à enfermaria, cheguei com ela em meus braços, eu estava aterrorizado, sentia uma forte dor no peito, e vê-la desacordada não era bom, tinha algo nela que despertava todas as emoções em mim.

–Ela está bem?- perguntei à enfermeira.

–Sim, mas, ela tem sorte de você ter conseguido carregá-la por que se ela caísse de cabeça, ela poderia ter um ferimento feio na cabeça.

–Ok, obrigado, posso ficar aqui com ela?- perguntei já me sentando na maca.

–Claro, é bom ela ter alguém que ela conheça perto dela, antes que pergunte, ela teve apenas um aumento na pressão, ela pode ter passado por algum momento de raiva e ter complicações na família sobre isso, ela tem que se cuidar.

–Ok, vou me certificar disso.-disse olhando para Car.

A enfermeira saiu e me deixou sozinho com a Car, não demorou muito até que ela acordou, ela me perguntava onde ela estava e como eu havia aparecido lá, contei tudo a ela e percebi que ela estava confiando em mim e não sei por que isso me deixou feliz.

P.O.V Car.

Quando acordei dei de cara com o Diego, ele estava me observando e achei estranho pois não conhecia o lugar em que eu estava. Olhei para ele que perguntou se eu estava bem, não respondi a sua pergunta, pelo contrário, comecei a disparar perguntas para ele, como, onde eu estava, como tinha chegado até lá e o que ele estava fazendo lá.

Ele me explicou tudo e pude sentir que com ele eu estava segura, ele me ajudou quando eu precisei, ele não exitou em me levar à enfermaria e à me carregar em seus braços, fiquei feliz por ser ele à me encontrar, ele me contou tudo e fiquei triste por ter feito ele perder seu filme, pedi mil desculpas à ele, até que a enfermeira chegou.

Ela disse que eu podia retornar ao meu quarto e que era para mim tentar manter a calma, ou então teria que tomar remédios, preferi tentar manter a calma mesmo. Ela também me comunicou que a partir de agora, Diego iria me acompanhar nas aulas de educação física caso eu passasse mal novamente.

Eu concordei com tudo, na verdade o que eu mais queria era ir para meu quarto, Diego me acompanhou e fez questão de entrar no quarto comigo, o que no final foi bom por que ele teve que me carregar no colo a maior parte do percurso por que estava fraca e não conseguia ficar muito bem em pé, quando eu ia entrar no meu quarto eu estava em seus braços, ele então abriu a porta e todas as minhas amigas perguntaram o que havia acontecido, ele explicou à elas e depois de se certificar que eu estava bem, me deu um beijo na testa e eu agradeci novamente, então foi embora.

Minhas amigas ficaram falando que era ironia do destino fazer com que o Diego estivesse no corredor na hora em que eu estava passando mal, e eu não podia negar, de todas as pessoas da escola foi justo o Diego que apareceu, bom melhor ele do que nada, não é mesmo?

Disse para as meninas que queria descansar e só fui acordar por que elas me fizeram ir jantar, voltamos ao quarto e vi uma mensagem do Diego, como ele havia conseguido o número do meu celular? Bom vai sabe, não é mesmo?

Respondi sua mensagem, ele queria saber como eu estava e assim começamos um bate papo, falamos sobre tudo, ele realmente era um cara legal, na primeira vez que nos encontramos, não parecia que ele era muito legal, porém acabou se revelando uma pessoa muito boa para mim, que eu tinha certeza que iria guardar no meu coração.

Depois de umas horas conversando decidimos ir dormir, por que já era tarde demais, combinamos de ir até a piscina amanhã para nos distrairmos.


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