Eu, adolescente escrita por CarolYasuda


Capítulo 8
Internato




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Eu estava animada para ir para a escola, tomei meu café e fui com minha mãe para o carro, ela não parava de falar que já estava com saudade. Porém ela sabia que seria bom para mim respirar novos ares.

Eu tinha tomado minha decisão, o Gab era apenas meu amigo e sempre será, o André, bom, eu não senti nada de fato por ele, quem sabe mais para frente não é mesmo?

Eu tinha que esquecer o Ângelo, ele havia me machucado muito e por besteira, ele tinha se mostrado uma criança e isso tinha me afetado muito por que eu realmente gostava dele e ele não sentia o mesmo, ele apenas queria me usar e isso doía muito, porém passado é passado e eu tenho que seguir em frente.

Estava animada para chegar à escola, me despedi da minha mãe que chorou muito e eu disse à ela que sempre que ela precisasse eu estaria no meu celular.

Como a escola tinha mudado bruscamente, eles haviam se instalado em outro prédio, e estava incrível. Os dormitórios estavam separados em alas, feminina e masculina, havia uma sala de recreação com uma televisão, computadores e portadas que permitiam o acesso à piscina que ficava junto ao jardim com espreguiçadeiras, depois estava nossa quadra para aulas de educação física.

Fui ao dormitórios e encontrei a Mari, ela me ajudou com a minha mala e depois disse à ela que iria conhecer melhor a escola. Eu estava indo conhecer a biblioteca ouvindo música no meu celular, quando me deparei com um cara, que gente ele era muito grande, tudo bem que não precisa de muito para ser maior que eu, mas ele devia ter uns 16 anos e tinha uns 1,80, comparado aos meus 1,56 ele realmente era alto.

–Ei não olha por onde anda não?

–Desculpa mais eu estava andando pelo corredor ouvindo minha música, você que estava no lugar errado.

–Nossa, além de quase me fazer cair pra trás você ainda acha que você está certa?

–Eu não acho, eu sei que eu estou certa e outra você esbarrou em mim por que quis, eu tenho uma explicação pra ter esbarrado em você, já você não tem.

–Na boa garota, você tem cara de nova, já vou avisando que não é assim que fala com os outros, como mais velho tenho que te ensinar a educação.

–Agradeço a atenção porém não preciso da sua educação, vovô.

Ele deu uma risada sarcástica e foi embora, nossa o que ele tinha de altura ele tinha de ego, meu Deus que garoto chato.

Fui até a biblioteca e lá estavam uns garotos mais velhos, até que um deles olhou para mim e disse:

–Oi, meu nome é Adam e o seu qual é?

–Oi, meu nome é Car.

–Ata. E ai, tá gostando da escola?

–Sim e você?

–Também.

–Legal.

–Você era amiga do André né?

–Sim, por que?

–Nada não, tenho que ir, foi um prazer te conhecer Car. Até mais.

–Ok, até.

Não posso deixar de admitir que foi estranho, porém não liguei, quando estava indo para o refeitório, encontrei com o Gab.

–Oi, gorda.

–Oi, feio.

–E ai, tudo bem gatinha?

–Sim e você? Ah miau.

–Sim também, vamos esquecer mesmo o que aconteceu ok?

–Lógico, e a cima de tudo vamos continuar a ser amigos!

–Bom linda, não vou te dizer que não gosto mais de você por que isso seria mentira, porém quero te esquecer, ah e se ficar carente e precisar de um amigo para te abraçar, dá uns beijos no seu pescoço..... hahahhahha

Ele ainda teve a coragem de dar uma piscadinha no final, que cara de pau fiquei olhando para ele de cara feia e ele me puxou para um abraço, como ele conseguia me deixar brava e me fazer dar risada em 1 minuto.

Fomos para a sala de televisão, lá ele encontrou seus amigos e eu vi o Adam falando com uns amigos dele, e um deles era o Paulo, o Adam deve ser gente boa por que o Paulo é muito legal, eles olharam para mim e acenaram.

Não posso deixar de observar que havia aumentado o número de meninos e que gente, tinha uns meninos lindos. Porém eu não quero me apaixonar, então fui para o jardim e logo tive que voltar por que o sinal bateu.

Fui para a sala e a Mari me apresentou as outras duas meninas que iriam ficar com agente no quarto, elas se chamavam Erica e Victória, nós sentamos todas perto umas das outras para pegar mais afinidade, a primeira aula era de português, ou seja, coisa chata na certa.

As 3 primeiras aulas passaram rápido, então fomos para uma sala de vídeo assistir um filme de história, que durou 2 aulas, foi muito chato. Eu estava me dando muito bem com as meninas, elas eram legais. Depois que passaram as 6 aulas fomos para o refeitório e sentamos juntas, assim, começamos à conversar.

–Então, já acharam algum gatinho?- perguntou a Erica.

–Eu tenho namorado, aquele ali.- a Mari estava apontando para o Paulo que deu uma piscadinha e mandou um beijo para ela.

–Aaaaata, percebi. E vocês duas?

–Ah, os meninos são legais e na verdade achei o Adam bem bonito. - disse a Vic.

–Olha para ser sincera, eu não quero saber de garotos agora não gente. - disse séria para elas entenderem que não eu realmente não queria ninguém.

Elas começaram a rir, e então eu olhei para a porta e me arrependi, o André estava me olhando com a cara séria, ele deu um sorriso forçado acenou com a cabeça e seguiu andando de cabeça abaixada. Fiquei triste por ele, e foi então que meu mundo parou.

Um menino de pele branca, cabelo loiro e olhos castanhos claros estava vindo acompanhado de uns outros 2 meninos, eu não acreditei quando vi, minha expressão ficou séria, a Mari percebeu e me perguntou o que estava acontecendo apenas indiquei o menino à ela. Não tempo dela virar que o menino já me falou:

–Quanto tempo hein Car.

–Menos que eu esperava.

–Você ainda está brava?

–Você queria que eu estivesse feliz?

–Ah, foi mal. Eu não queria ter te magoado.

–Problema seu, idiota.

–Nossa calma gatinha.

–Gatinha nada! Sai daqui Ângelo!

Eu não acredito que ele estava na mesma escola que eu. Agora iria ser um tormento. Fui com as meninas para o quarto já havia acabado as aulas daquele deia e então apenas peguei meu celular e meus fones, liguei nas músicas do Jorge e Mateus e segui para a biblioteca, até o fim da última fileira, escutando as músicas para me acalmar e comecei a pensar na minha vida, no meu relacionamento com o Ângelo. Foi quando me dei conta que já estava chorando de novo, eu não queria ser fraca, porém era impossível não sentir nada naquela hora.


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