Rachel! escrita por Hey Juh


Capítulo 4
Surpresa




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Surpresa

 

 

 

 - Mas... O que você faz aqui? 

 - Não posso ser convidado a entrar na sua casa?

 - Nunca te convidei a entrar aqui...

 - Me desculpe... Mas eu entrei mesmo assim...

 - Sai da minha casa!

 - Não... Até você me contar...

 - Não te devo satisfação de nada!

 - Irmãzinha... Vamos deixar essa "briga" pra depois?

 

            Esse é o Erick, conheci ele na 5ª serie e desde aquela época ele é apaixonado por mim. O que é muito estranho mesmo.

            Ele virou meu irmão depois que nossos pais decidiram se casar sem ter avisado nada pra gente antes... Minha mãe tinha dito que o vestido de aniversario de 15 anos era pra ser comprado com antecedência, e o pai dele disse que o terno era pra ir em um funeral de um amigo do avo da vizinha deles... Eles apenas nos avisaram no dia anterior do casamento, e nem disseram com quem iam se casar. Depois que entramos na igreja foi horrível, eu a daminha de honra com um vestido branco, minha mãe com um vestido azul de dar inveja, o pai com um terno branco, o padre que cuspia litros enquanto falava e o Erick, com um terno preto, tenho que dizer que ele ficava lindo com aquele terno.

            Sim... Nossos pais são meio que estranhos, mas nós os amamos.

 

 - Por que? O que houve?

 - Eu não sei... Senti algo estranho vindo daqui.

 

            O Erick tem tipo uns poderes paranormais interessantes. Ele é meio anormal como pessoa, mas é um ótimo irmão.

 

 - E o que seria?

 - Não sei... É como se tivesse um monstro por aqui... Ou algo pior.

 

            Fiquei em choque. Não sabia o que fazer, era como se ele tivesse lido minha mente enquanto eu fugia na escola.

 

 - Já que eu senti esse monstro e aconteceu aquilo na escola fiquei preocupado e sai mais cedo da escola...

 - Foi por isso que você faltou na educação física?

 - Sim... Não vou ver as garotas caindo no chão quase toda hora... E nem jogar.

 - Sei...

 - É verdade!

 

            Alguns minutos de silencio. Ele me encarava pensativo. Eu o encarava constrangida por ele me encarar tanto, não sei, mas parecia que ele estava preste a me beijar. O silencio foi quebrado.

 

 - Eu vou fazer um misto quente. Você vai querer um?

 - Quero sim!

 - Ótimo! Você realmente precisa comer! Parece um palito!

 - Como é que é? - Fiquei brava no mesmo instante que ouvi o "precisa comer". Sai correndo atrás dele que nem uma louca!

 

            Uma das coisas que ele fazia por mim era brigar comigo e me distrair de preocupações. Era por isso que eu o adorava como irmão.

            Na cozinha...

 

 - Não é assim que se faz um misto quente! - Ele gritou no meu ouvido - Tem que fazer direito!

 - Então me ensine como fazer esse misto quente! - Já tava irritada, mas na brincadeira.

 - Primeiro você põem o presunto e depois o queijo e depois esquenta. - Fiquei em choque. Eu realmente não sabia fazer um misto quente.

 - Sou um fracasso na cozinha e sempre serei. - Abaixo minha cabeça e fico encarando o meu reflexo no chão.

 - Tá bom... Então nem peço pra você fazer miojo. - Zombou da minha cara. Que adorável!

 - Nem falo nada. - Peguei um dos mistos quentes prontos e comecei a comer. Ele fez o mesmo.

 - Ahh! Queibei a lingúa! - Ele saiu correndo e pegou um copo de água gelada e bebeu. Comecei a rir com aquela cena. - Que foi? Nunca queimou a língua?

 - Já-á! Mas ago-ra foi eng-raça-do! - Disse entre risos.

 

            Ficamos lá até acabarmos de comer e então fomos pra sala.

 

 - Ei, Rachel... Posso te fazer uma pergunta?

 - O que foi?

 - É que a presença está nessa sala agora, estava na cozinha quando você chegou lá e eu vi você no seu quarto sozinha quando eu percebi a presença. - Ele fez uma pausa com uma cara de sério, o que nunca era bom sinal, e então continuou. - Por acaso, você seria a presença?

 

            Silêncio. Um clima tenso. Ele percebeu, falou diretamente e ficou encarando a minha cara de assustada.

 

 - Eu acho que, pode ser eu, sim. - Sentei lentamente no chão da sala e abaixei a cabeça. Ele ficou surpreso, e sentou ao meu lado.

 - Como isso aconteceu? Essa presença? Essa mudança radical na sua aparência? - Ele chegou mais perto pra me abraçar e se afastou rapidamente - E esse cheiro insuportável de sangue! - Ele tampou o nariz.

 - E-e-eu-u... - Comecei a chorar, não sabia o que fazer.

 - Calma! O que houve? Me diz... - Disse ele gentilmente enxugando minhas lagrimas.

 

            O que fazer? Contar ou não contar? Devo me preocupar em contar pra ele antes da policia descobrir? Se eu não contar pra ele e ele descobrir ele vai ficar triste por eu não ter contado! Eu... Eu... Eu tenho que dizer pra ele! Tenho que criar coragem!

 

 - Fui eu... - Sussurrei

 - O que? 

 - FUI EU QUE MATEI AQUELA GAROTA! - Gritei entre soluços. Olhei desesperada mente pra ele e ele olhou desesperado e surpreso pra mim.

 

:::Fim do capítulo 4:::


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Notas finais do capítulo

Comenntemm



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