Come Break Me Down escrita por bolchevicky


Capítulo 6
And let me kiss you.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que nunca conversei muito com vocês, mas quero que saibam que me deixam radiante com tantos elogios. E até agora, graças à Deus, não recebi nenhuma crítica negativa.
.
Boa leitura!



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És parte ainda do que me faz forte

E, pra ser honesto

Só um pouquinho infeliz

Giz, Legião Urbana

POV Bella:

Eu acordei assustada e minha mente lenta fazia um grande esforço para me lembrar aonde eu estava.

E quando me lembrei, foi como um soco no estômago. Aflita tentei localizar algo no escuro, mas meus olhos inúteis não me ajudaram muito então apalpei o lençol procurando por ele. Mas ele havia sumido. Senti meu coração acelerar entre meus pulmões e eu só conseguia pensar no Edward.

– Edward...? - seu nome saiu rasgando minha garganta e como resposta, só obtive o silêncio e a solidão presente no escuro.

Levantei e sai para a sala, ligando a luz. Olhei no relógio da parede e eram três horas da manhã. Eu havia dormido! E por muito tempo.

Mas onde Edward estava? Era só nisso que meu cérebro pensava. Olhei em todos o cômodos e até no banheiro, mas ele havia sumido. Eu estava desesperada e pronta para chorar e chamar a polícia quando ouvi a porta ser destrancada.

Ele apareceu totalmente acabado. Sua roupa estava amassada e o semblante do seu rosto era desanimador. Ele cambaleou para dentro e me olhou. Não havia nenhuma emoção em seu rosto.

– Edward- chamei-o e ele enconstou na porta, fraco demais para caminhar - Aonde você foi?

Eu estava preocupada. Lógico. Passei meia hora desesperada por alguma notícia e ele me aparece desse jeito, todo desengonçado e com a cara péssima.

Ele somente sorriu, divertido. Revirei os olhos e tentei levanta-lo, mas ele não estava muito disposto a me ajudar.

– Eu estava no bar - ele falou e eu senti o cheiro de álcool. Nunca vi ele beber desse jeito.

– Você bebeu, Edward?

– Você fala como se eu fosse de outro mundo - ele tentou parecer sério, mas o álcool em sua cabeça o fez atropelar nas palavras. Eu ri com tal situação.

– Pra mim você é de outro mundo - brinquei e ele me olhou irritado. Era o Edward de sempre, só que mais bobo.

– Eu apenas bebi, Isabela! -retrucou irritado e eu suspirei. - E estou com sono.

– Claro que está - revirei os olhos - Que Deus me ajude a aguentar sua ressaca amanhã. - ele resmungou ao ouvir minha reclamação. - Vamos, vou te colocar na cama.

Com esforço consegui faze-lo colocar o braço sobre meus ombros e enlacei sua cintura em busca de apoio, sentindo o abdômen definido sobre minhas mãos. Abrir a porta do quarto foi tão difícil que eu já estava cansada quando finalmente consegui. Edward cheirava meus cabelos e murmurava palavras incompreensíveis para mim, distraindo a minha mente e meu coração. Depois do longo tempo até chegar no quarto, eu consegui coloca-lo sentado na cama.

– Em qual bar esteve? - tentei não soar exigente e Edward me olhou com a expressão fechada.

–Num bar -respondeu depois de uns instantes me encarando, como se fosse a pergunta mais difícil do mundo. Suspirei desistindo de saber. E eu mordi a língua antes que perguntasse com quem ele estava.

–Porque bebeu tanto? -perguntei ao ajuda-lo com a jaqueta e ele me deu um sorriso triste.

– Para esquecer uma mulher - o meu coração parou pelo choque. Edward estava apaixonado?

– Ajudou? -não consegui esconder direito o ciúme, mas pouco importava se ele ia lembrar disso amanhã, ele estava bêbado! Eu tentei me distrair tirando os sapatos dele. A dor era tão repentina que me deixou no modo automático.

–Isso seria impossível! - lamentou tristemente. Eu fiquei com pena do Edward.

– Eu sinto muito.

Ele me observava e eu o encarei. Ele nunca me olhou desse jeito, não que eu tenha percebido.

– Eu estou com vontade de te beijar - murmurou e meu coração acelerou. Isto devia ser consequência da bebedeira. Só pode.

Ele não me deixou responder, se era isso que eu pretendia. Ele me puxou para os seus braços e me acomodou em seu colo.

E ele me beijou.

Edward roçou seus lábios quentes e macios sobre os meus, me fazendo derreter em seus braços. Havia uma necessidade em colar os nossos corpos e eu não obtive o controle de minhas mãos, uma delas segurava com urgência o seu braço, apertando-o, arranhando-o com as unhas sobre a sua pele, enquanto a outra subia, enroscava-se e detinha-se no emaranhado de cabelos cor de bronze. Edward, no entanto, segurava a minha nuca, inclinando a minha cabeça para frente, fazendo que o meu corpo se curvasse enquanto a outra apertava a minha cintura. Todavia, em algum momento daquela selvageria o oxigênio ficou escasso para nós dóis, e o afastamento foi inevitável. Abri meus olhos e encontrei o olhar verde atento a qualquer movimento. Eu podia jurar que eu estava entrando em combustão, pois eu sentia meu sangue virar fogo em minhas veias e o ar faltar em meus pulmões. Foi melhor do que imaginava e o gosto do álcool só melhorou o que parecia impossível ficar melhor.

Eu não sabia o que dizer.

Nem ele.

E me perguntava se ele lembraria disso pela manhã. Uma parte de mim queria que ele lembrasse, mas a parte mais medrosa queria o contrário.

– Isso foi um erro? - me perguntou como se fosse uma criança cheia de dúvida. Forcei um sorriso e acariciei seu rosto.

– Eu não sei - suspirei - Mas eu sinto como se fosse.

Ele encostou a cabeça no meu peito e eu quis chorar. Aquilo não era verdade. Ele só estava bêbado, não sabe o que está fazendo.

– Hora de dormir

Ele não negou, estava cansado. E não tive dificuldade em encosta-lo nos travesseiros.

Já estava saindo quando ele me disse, quase inconsciente:

– Boa noite, Bella

– Até amanhã - respondi. Fechei a porta e fiquei encarando a porta de mogno por um tempo. Droga.

(...)

Acordei graças ao despertador. Meus pensamentos ainda estavam enevoados pelo sono enquanto eu tentava desligar o aparelho.

As lembranças tornaram-se mais claras e eu me levantei, apressada. Com certeza Edward ainda estava dormindo e eu teria que acorda-lo. Era irônico pensar desse modo, já que eu sempre acordava atrasada e sempre ele que vinha me acordar.

Levantei-me e tomei um banho rápido para preparar pelo menos um café para o Edward, que iria precisar de um café forte para ajudar com a ressaca.

Deixei a cafeteira ligada e fui para o seu quarto, receosa. Será que ele está acordado? Bati na porta e esperei alguma resposta. Nada.

Entrei no quarto e o encontrei da mesma maneira que o deixei na cama. Ele realmente estava exausto e fiquei com pena de acorda-lo agora. Mas tínhamos quer ir para a faculdade e faltar estava fora de questão.

Me agachei no chão ao lado da cama e penteei seus cabelos para trás. Ele parecia um anjo. Que tinha um ar de demônio. Demônio astuto.

– Edward - sussurrei seu nome e ele resmungou, colocando o braço em seu rosto.

– Edward, acorda logo - continuei - Temos que ir pra faculdade.

Nenhuma reação. Ele continuava fingindo que não me ouvia.

– Quem mandou beber, Cullen - falei nervosa - Agora você deve estar com uma dor de cabeça do cacete.

Consegui ouvi-lo bufar.

– Bella - chamou rouco. Arrepiei-me ao ouvir meu nome.

– Sim?

Ele tirou o braço do rosto e me olhou. Alguma coisa em seu olhar me dizia que ele lembrava, até detalhadamente, do ocorrido da madrugada. Droga. Eu estava com medo de saber como ele iria reagir.

– Já estou levantando, ok? - falou - Pode ir para a faculdade sem mim. Vou com o meu carro e talvez chego antes da primeira aula.

Suspirei, mordendo os lábios.

– Tudo bem.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?
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Beijos,
Vicky



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