Loving you forever can't be wrong

Dark Paradise, Lana Del Rey

POV Bella:

Sentia uma dor terrível, que fazia sair lágrimas, e sentia tudo ao mesmo tempo, um pouco de dor, e um outro pouco de sofrimento. É, isso que é o poder de um coração partido.

Eu não sei há quanto tempo estou chorando no colo da Alice. Ela me levou para dentro do seu apartamento e me deu um copo de água, além de todo o apoio do qual eu precisava. Eu ainda não tinha conseguido lhe falar tudo que estava preso dentro de mim, e tudo isso por causa do bolo na minha garganta. Eu não conseguia nem pensar direito. Eu só conseguia entender que doía.

– O que aconteceu, Bella? - Ally perguntou pela milésima vez.

Eu funguei e respirei fundo. Eu tinha que parar de chorar.

– Eu... Eu briguei com o Edward - consegui dizer - E não foi como as outras brigas. Foi bem pior.

– Pior como? - disse acariciando algumas madeixas do meu cabelo.

– Nós discutimos e eu... Eu não sei... - bufei. - Nós dois falamos coisas das quais vamos nos arrepender. E dessa vez, ele não foi o único errado.

– Quando vocês se encontrarem amanhã, tudo vai se acertar. — Alice disse suavemente.

– É o que eu espero. - disse com um longo suspiro. Eu realmente queria acreditar nas palavras da Alice. E torcia para tudo dar certo.

(...)

Não havia conseguido dormir naquela noite, e meus olhos ainda estavam inchados. Havia passado do choque para a negação, depois para a tristeza, raiva, e de volta ao início, a noite inteira, desejando que as coisas não fossem daquele jeito e que tudo fosse só um sonho rum. Fiquei remoendo a discussão com o Edward e eu confesso que estava dividida. Eu me sentia errada e uma estúpida por ter esfregado na cara dele que eu não era sua namorada e, por outro lado, me sentia extremamente nervosa ao me lembrar de como ele ficou um grosseiro e um idiota que não enxerga como eu o amo e que nunca conseguiria traí-lo.

Lógico que não tenho muita experiência com namoros ou relacionamentos fixos, mas esse negócio de ciúmes era um território novo para mim. E até ficaria feliz se não fosse um ciúmes tão doentio.

Mas eu sei admitir que foi uma discussão babaca por um motivo ainda mais babaca potencializada pela babaquisse de nós dois. Com isso, decidi me levantar para dar um fim nisso já que seria um absurdo prolongar essa situação desnecessária.

Mas quando sai do apartamento da Alice, percebi como estava com medo. E se ele terminar tudo? E se eu não for mais o suficiente para ele?

E o medo só aumentou no momento que parei com a mão na maçaneta do nosso apartamento. Eu sei que gostar do Edward nunca foi uma opção, nunca foi algo que eu pude escolher, simplesmente aconteceu. Ele chegou, e eu me viciei nele, me viciei no sorriso e no olhar. É um vicio no qual eu estava disposta a não largar nunca mais. E se ele saísse da minha vida, tenho certeza que sofreria com a abstinência.

Então abri a porta e o encontrei tão absorvido em pensamentos enquanto olhava para o nada sentado no sofá, que me senti pior do que já estava. Somente quando fechei a porta, ele me olhou. O cabelo dele estava desgrenhando e a sombra da barba começava a escurecer seu rosto, os olhos estavam meio avermelhados e inchados, não parecia ter dormido muito.

– Bella

Eu senti um certo alívio em sua voz. E eu não sabia como reagir a isso.

– Precisamos conversar.

Ele concordou com a cabeça e me sentei ao seu lado. Mas ele nem me deu tempo de falar nada, agarrou minha nuca com uma mão e passou o outro braço ao redor de minha cintura, me puxando para si e juntou nossas bocas e nossos corpos ao mesmo tempo. Provou meu lábio inferior antes que eu cedesse e ele me beijou completamente, dominando e possuindo minha boca em um beijo ágil, mas não apressado, apenas profundamente apaixonado. E isso me deixou surpresa. Uma surpresa boa.

Ele tirou as mãos do meu corpo só para encaixar meu rosto entre as suas mãos e colar a testa na minha, com as nossas respirações ofegantes se misturando. Sorri tremulamente, tentando segurar as lágrimas.

– Eu não entendo você, Edward! - esbravejei com algumas lágrimas já descendo pelo meu rosto.

– Hey, não chora - secou as minhas lágrimas com beijos cálidos - Eu te peço perdão. Por ter te feito tanto mal assim... E tudo isso por que... - hesitou

– Por quê...? - murmurei com os olhos fechados

– Olha pra mim, Bella.

Abri os olhos. E nunca vi tudo aquilo no olhar dele. Nunca vi tanto sentimento.

– Eu quero que você saiba que dormir todas as noites ao seu lado e, mesmo, presenciando essas discussões mais banais são coisas realmente esplêndidas que eu não tiraria da minha rotina. Mas palavras difíceis que sempre tive medo de dizer, podem, agora ser ditas: eu te amo.

– O quê?

Eu só poderia ter dormido demais e estava sonhando com isso. Como garota romântica que era, eu senti cada molécula minha tremer. Eu nunca amei outro. Eu sempre pensei no Edward e só nele. Todos os meus planos pra vida incluíam ele. Eu poderia caber em qualquer lugar, mas preferia caber dentro dele. Até já imaginei meus filhos com o sorriso dele. E, aqui, fora dos meus sonhos de travesseiro, ele estava dizendo as palavras que sempre quis ouvir: Eu amo você. E eu não sabia como reagir.

– Bella? Diz alguma coisa!

– O quê? - repeti.

– Meu Deus, eu amo você.

– Eu sempre sonhei com você me dizendo isso toda vez que fechava os olhos para dormir e agora... É surreal!

– Não, Bella - sorriu torto - É a realidade.

– Eu te amo - sussurrei, fechando os olhos.

– Acho que, lá no fundo, eu sempre soube disso.

E desta vez fui eu que o puxei pela nuca para beijá-lo.

Eu adorava seu gosto, a textura de sua língua na minha, seu cheiro amadeirado que impregnava minhas narinas. Não demorou para seus braços se apossaram de mim, deslizando por todo os lugares. E suspirei, violentamente excitada, roçando meu corpo no dele, cheia de uma impaciência febril, voraz

Eu me mexia impaciente e seus dedos se imiscuíram embaixo da minha blusa, buscando meus seios que pareciam ter sido feitos para estar em suas mãos. E não me importei, quando finalmente caímos juntos sobre no sofá, mãos urgentes por todos os lados, passeando por meu corpo, tirando meu jeans e minha calcinha seguiu o mesmo caminho.

– Eu juro que queria fazer isto devagar... - resmungou enquanto me beijava

– Tudo bem. – sussurrei, meus dedos o puxando para mim. Rápido e com força, parecia perfeito.

Foda-se o devagar.

Eu o queria. Queria amá-lo da melhor forma que existe. Então ele veio. Dentro de mim. Para mim. E estávamos perdidos naquele vai e vem. Rápido e intenso. Viciante entre beijos. A tensão crescendo e se espalhando, até explodir. Meu corpo liberou sensações inexplicáveis para serem colocadas em palavras. Era como se eu tivesse ido ao Inferno e ao Paraíso ao mesmo tempo. E nunca antes pensei que isso fosse possível.

Edward se inclinou sobre mim e eu abri os olhos.

– Isso foi...

– Rápido demais?

Eu sorri.

– Foi inexplicável.

Ainda sorrindo, levantei meus dedos e coloquei uma mecha do seu cabelo acobreado no lugar. Sentindo as emoções transbordarem de dentro de mim naquele momento, eu percebi que quando se ama, você suporta qualquer coisa, menos perder a pessoa amada.