Come Break Me Down escrita por bolchevicky


Capítulo 10
I can see the beauty in our mess


Notas iniciais do capítulo

Olá! Faz um tempo que não apareço por aqui, hein? Hahaha
Muito obrigada pelos comentários e, Bru Cullen, muito mas muito obrigada pela recomendação! Esse capítulo foi feito especialmente para você e espero que goste.
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Boa Leitura !



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You'll learn to hate me
But still call me baby

Robert Pattinson, Never Think

POV Bella:

De repente, Edward entra no meu quarto sem bater. Não me assustei nem reclamei da falta de educação de ir entrando assim no meu quarto, pois ele sempre fazia isso.

Mas eu queria ficar sozinha. Porque eu precisava de um tempo sozinha.

Eu o olhei rapidamente e depois desviei o olhar.

– Temos que conversar - começou adentrando no quarto e se sentou ao meu lado na cama, mas não tão perto. Era ótimo ter que conversar com ele quando ele não estava tão perto, assim eu me concentraria melhor e minha sanidade ficaria quase intacta.

– Conversar sobre o que? - comecei me fazendo de desentendida.

– Sobre nós.

Eu me arrepiei quando o ouvi sua voz aveludada cantando para mim a palavra "nós". E o "nós" soou tão certo na sua voz de anjo... Pode parecer uma comparação completamente ilusória e apaixonada, mas era assim para mim. Com o Edward é tudo intenso demais e ainda não sei como não alcancei a combustão instantânea.

– Eu não acho que precisamos conversar - dei de ombros como se não me importasse com o assunto. Mas, de certa forma eu tinha razão. O que tinha que ser dito? Eu não faço a menor ideia.

– Bella, nós estamos nos agarrando... Tem certeza que não quer conversar?

– Olha Edward, se você quer conversar, vou esclarecer uma coisa - propus.

Ele continuou calado, silencioso e ansioso.

– Não vamos levar isso a sério, okay? - falei - Temos uma amizade colorida – falei amizade colorida com um certo desgosto, porque para mim era sinônimo de garota com fogo no cu e não consegue pegar ninguém, então pega o melhor amigo. Mas nunca olhei de um jeito sentimental. - Sem sentimentos. Só isso que está acontecendo. - era óbvio que menti sobre os sentimentos.

Porque eu sabia que eu sentia demais e sabia que isso iria acabar comigo, mais cedo ou mais tarde. E não vou lidar com isso porque eu não lido com problemas. Eu guardo e coleciono problemas.

Mas ele reagiu de um jeito que não esperava. Escancarou um sorriso malicioso e enorme no rosto. O sorriso que nunca vi direcionado a mim.

– Então venha cá - ele se aproximou perigosamente e rapidamente, puxando minha cintura e me enroscando em seu corpo que fluía calor para o meu. Depositou um beijo demorado em meu pescoço e nem vou dizer que me arrepiei, porque acho que isso já é algo normal para mim. Já havia me acostumado com meus pêlos eriçados e pelo meu rosto corado toda vez que Edward se aproximava de mim. - Essa "amizade com benefícios" vai funcionar como...? - sussurrou contra a pele exposta do meu pescoço.

Como resposta eu arfei.

E ele riu contra os meus lábios - uma sensação maravilhosa por sinal - e ele soube que minha falta de resposta era a resposta. Para mim tanto faz! O que realmente importava estava em meus braços e eu não estou falando de um modo literal. Era verdadeiro e real. Totalmente fora dos meus sonhos.

– Hm... - murmurou voltando a depositar beijos em meu pescoço e rosto, sempre parando no canto da minha boca, fazendo-me perder o foco.

Mas eu era impaciente e sedenta por mais quando se tratava de Edward Cullen, então virei meu rosto na direção do seu no intuito de encontrar seus lábios. E consegui finamente beija-lo depois de tanta enrolação.

Acho que foi nosso melhor beijo.

Porque não havia receio.

Ele tinha um gosto exótico de hortelã e bacon e nunca pensei que isso seria delicioso. Sua língua tinha uma conexão incrível com a minha e não era nada nojento, totalmente ao contrário, eu estava me viciando. Nós estávamos nos pegando de um jeito que devia ser proibido em lugares públicos e eu tinha certeza que iria para o Inferno.

Mas se isso for o Inferno, eu aceito.

(...)

POV Edward:

Obrigada por ter feito comida para mim - sussurrei em seu ouvido. Como se fosse um segredo mais intimo do ser. Mas tudo agora parecia tão secreto e soava assim mesmo.

Estávamos deitados em sua cama e ela estava tranquila e esparrama sobre meu corpo. Ouvia seu pulmão trabalhar para distribuir oxigênio para o sangue e ouvia o som ritmado do seu coração contra o meu, que estavam conectados de alguma forma. Eu segurava sua mão contra o meu rosto e era uma sensação ótima.

O quarto estava escuro e eu não fazia a menor ideia de que horário da noite era.

Ouvi seu riso no escuro, me acordando das minhas divagações.

– De nada - respondeu ao meu agradecimento.

Soltei sua mão e acariciei eu rosto.

– Isso é bom - ronronou aproveitando a sensação. Ela era tão linda. Por fora e por dentro. E de todas as formas.

– É bom para mim também - murmurei de forma estranhamente manhosa. Porra, eu estava tão gay. Mas ela me deixa assim.

Senti ela se mexer e envolver seus braços em eu corpo, diminuindo ainda mais o espaço que já era escasso entre nós.

– Está cansada? - perguntei. Estávamos há um tempo desse jeito, só deitados aproveitando a presença e as sensações que eu tinha absoluta certeza que todo ser humano já experimentou.

– Um pouco

– Durma, então.

– Eu não sei se consigo com você aqui - ela disse. Sorri na escuridão.

– Posso sair do seu quarto se quiser... - propus mas ela me interrompe quase imediatamente.

– Não! - quase gritou em protesto, mas logo se conteve - Não me deixe - quando ela pronunciou tais palavras uma sensação ótima tomou conta de mim ao ouvir ouvir sua súplica.

– Não vou deixar - prometi.

– Você vai estar aqui de manhã?

– Vou, eu prometo - prometi novamente - Vou ficar até quando você enjoar de mim.

Ela queria dizer algo, mas se reprimiu e só disse:

– Boa noite, Edward.

– Até amanhã, Bella.

– Até, Edward - sussurrei já me entregando ao cansaço em seus braços.

(...)

POV Bella:

Eu abri os olhos e me apaixonei por ele mais uma vez.

Mas eu ai percebi que a gente fala de amor como se soubesse o que isso significa. Ninguém sabe. Amor é meio como a incógnita daquela equação de vestibular que a gente até sabe qual é, mas não consegue produzir o raciocínio correto para achá-la. Amor é meio que adulto que ainda acredita em Papai Noel e recebe presentes todos os anos de alguém que não se sabe quem. Amor é meio que recortar corações de papéis vermelhos e prender na capa do caderno sem ter um nome escrito dentro deles. Amor é meio mistério, meio certeza, meio “eu-não-sei-o-que-estou-fazendo”, meio “vai-ser-você-pra-sempre”. Amor é amor único, amor que se repete, amor que já foi embora e depois voltou, amor que se perdeu de vista e disse adeus. Amor é tanta coisa e eu nunca consegui entender tanta coisa de uma só vez. Mas eu estou aprendendo e talvez, só talvez, eu realmente saiba.

Então eu olhei para seus olhos que era uma verdadeira imensidão verde e me perdi e eu não consegui evitar um sorriso ao sentir o misto de sensações me invadindo de uma vez só.

– Gosto de como seu cabelo fica de manhã. - falou com um tom diferente, havia um pouco de felicidade ali mas nunca vou ter certeza sobre isso.

– Você ficou - foi a única coisa que entrou dentro da minha cabeça. Ele estava ali e isso não se comparava a mais nada.

Eu gostava quando as pessoas ficavam e não desistam de mim. Mas antes que me acusem de me fingir de vítima, eu digo que não sou vítima. Em algumas situações sim, mas em minha defesa eu digo que sou uma pessoa. E pessoas machucam todos os dias, às vezes sem querer e às vezes de propósito. Mas eu consigo perdoar erros como ninguém e não me importo se isso é um defeito ou uma qualidade. Eu só quero que as pessoas voltem e fiquem. Não é tão difícil. Eu vou estar aqui esperando. Eu sempre espero. E eu quero mais que tudo que o Edward permaneça o máximo possível na minha vida.

– Claro que fiquei! - revirou os olhos como se estivesse ofendido por eu ter duvidado da sua presença enquanto eu dormia.

Pousei a cabeça em seu ombro.

– Eu tinha que era um sonho

– Você não é tão criativa assim - zombou ele.

Eu ri e me levantei em seguida.

– Aonde a marrentinha pensa que vai?

– Vou me arruar - falei o óbvio - Não posso faltar na faculdade hoje, Edward.

– Tudo bem, você tem razão - concordou derrotado - Vou preparar nosso café da manhã.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram.
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MUITO OBRIGADA NOVAMENTE, BRU! AMEI A RECOMENDAÇÃO!
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Beijos,
Vicky