Everything Has A Reason escrita por No Name


Capítulo 5
Friday Night.


Notas iniciais do capítulo

Oierrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr



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Kurt olhava exausto para Adam. Gotas de suor escorriam pelo rosto dos dois, Adam estava com um sorriso bobo no rosto e Kurt continuava o encarando enquanto estavam deitados aproveitando o vento do ventilador de teto do quarto de Kurt.

– Uau... Kurt... Que... Fogo... – Adam dizia exaurido de suas forças.

– Você me provocou. – Kurt disse mordendo o lábio inferior.

– Kurt, eu quero conversar com você. – Adam disse sentando na cama. O loiro parecia ansioso para falar. Kurt olhou o relógio ao lado de sua cama. Eles ainda tinham algum tempo.

– Diga... – O castanho falou sentando de frente para o amigo.

– Kurt... Eu gosto de você... Você gosta de mim... Por que não podemos oficializar isso? – Adam disse segurando as mãos de Kurt.

– Adam, eu realmente gosto de você. Mas como amigo. Eu gosto desses momentos com você, apenas isso entende? Eu realmente me importo com você, com o que você sente, e eu nunca, nunca te iludi. Eu não amo você da mesma maneira que você me ama. – Kurt disse recuperando o folego.

– Eu tenho amor por nós dois... Amor vem com o tempo... Só me dê uma chance Kurt, é tudo o que eu te peço... Eu posso te fazer feliz, posso te fazer se apaixonar por mim... Só me dê essa chance...– Adam dizia com os olhos marejados. Kurt o abraçou.

– Adam... Céus, eu daria tudo, tudo para mandar meu coração se apaixonar por você. Você seria um ótimo namorado, mas essas coisas a gente não escolhe não é? Eu adoraria amar você e fazer você feliz, mas isso não é possível. Eu não mando no meu coração, essas coisas a gente não escolhe, assim como você não escolheu se apaixonar por mim. E-eu não quero mais alimentar isso em você. Nossos encontros como esse de hoje, estão suspensos. Mas podemos sair para um café, conversar, eu não quero perder a sua amizade. Você foi o primeiro amigo que eu tive aqui nesse lugar. – Kurt dizia com os olhos cheios de lágrimas. Ele odiava fazer alguém chorar. E agora Adam chorava como uma criança.

– Por favor, não chore. – Kurt dizia afagando os cabelos do amigo.

– E-eu... Estou b-bem... Só... Preciso de u-um tempo o-ok?... – O loiro dizia entre os soluços.

– Ok... Vou tomar um banho ok? Já volto. – Kurt disse beijando o topo da cabeça do amigo e indo em direção ao banheiro.

Depois de quinze minutos Kurt saiu do banho e ao voltar ao quarto não encontrou Adam. Encontrou em seu travesseiro úmido por causa das lágrimas apenas um bilhete.

“Kurt,

Eu preciso ficar sozinho. Não me procure. Preciso desse tempo, preciso me recuperar.

Não me ligue, não vá até a minha casa, apenas me deixe.

Um dia talvez, conversaremos outra vez, mas não agora, e não logo.

Adam. O garoto de programa que nunca cobrou nada. Irônico não? Burrice talvez.”

Kurt caiu sentado na cama e passou a mão pelos seus cabelos. Ele realmente tinha ferido Adam. Kurt nunca pensou aquilo dele, nunca o achou um garoto de programa, e agora, graças a ele o seu amigo se sentia assim.

Depois de derramar algumas lágrimas, Kurt levantou e foi se vestir tentando não pensar em Adam. Desceu as escadas, pois não estava com paciência de esperar o elevador, e ganhou a rua. Ele resolveu caminhar até a Vogue, já que tinha vindo com Adam em seu carro e não queria pegar um taxi. O castanho caminhava rapidamente, quase atropelando as pessoas a sua frente. Ele não estava de bom humor.

Do outro lado da rua, na frente de uma livraria, estava um musico com um violão e uma voz perfeita. Kurt automaticamente virou-se para olhar o outro lado da rua e lá estava ele, sentado num banco, com um óculos de sol rosa e o seu violão na mão. Ele cantava alguma música da Katy Perry. O castanho tinha de admitir que a voz de Blaine era impressionante e era por isso que o grupo do Coral em que Kurt participava no ensino médio sempre perdia para o Coral que Blaine cantava.

O castanho até pensou em atravessar a rua para cumprimentar Blaine pela segunda vez naquele dia, mas achou que parecia perseguição. Então resolveu correr até a Vogue. Passou como um foguete pela portaria e por Santana que estava em sua mesa e não entendeu nada.

Kurt nem tinha almoçado. Ele apenas se trancou em sua sala e se afundou no trabalho.

No fim do expediente, Kurt e Santana seguiram no carro e não trocaram uma palavra. Santana entendia, sabia que assim que Kurt precisasse desabafar, ele conversaria com ela.

Os dois subiram em silêncio, e depois de um boa noite rápido, Kurt se trancou em seu apartamento. Ele se sentou no sofá e começou a chorar. Por tudo, por saudades de casa, por magoar alguém, por ter feito Adam se achar um garoto de programa, por ter alimentado aquela situação. Ele soluçava abraçado em seus joelhos.

Depois de se acalmar, Kurt discou um número conhecido.

–Alô?

– Pai...? – Kurt disse.

– Oi Kiddo!! Que saudades!! – Burt exclamou do outro lado da linha.

– P-pai... – Kurt tentou falar mas soluços o impediram.

– Kurt? Filho? Você está chorando? O que aconteceu? – O mais velho parecia preocupado.

– E-eu... Sinto tanta saudade de casa, de você, de Carole... Dos meus amigos que deixei aí... Mercedes, Rachel, Finn... E-eu quero largar tudo aqui e ir embora... M-me sinto tão sozinho aqui papai... V-você não faz idéia... Sinto tanto a sua f-falta... – Kurt dizia e seu choro se tornava alto.

– Filho acalme-se. Você não pode largar tudo o que conquistou. Eu também sinto a sua falta Kiddo, demais, você nem imagina o quanto... – Burt dizia e percebia que o filho se acalmava. Pai e filho ficaram conversando por horas no telefone e depois que o pai percebeu que seu filho estava bem, eles se despediram com a promessa de que Kurt fosse passar o final de semana na casa deles em Lima.

Kurt passou aquela noite no sofá, abraçado em almofadas. Pela manhã, ele ouvia o seu telefone tocando, ele apenas ligou para Vogue e disse que não iria trabalhar. Kurt ouvia batidas na porta mas não a abriu. Sabia que eram Santana e Brittany.

O castanho passou o dia de pijama assistindo desenhos e conversando sozinho. Ele fazia muito isso quando se sentia solitário. Quando chegou a noite ele pensou em desistir de ir até o jantar. Mas logo correu até o quarto para se vestir. Depois de estar com uma camiseta preta social abotoada e uma gravata branca, com uma calça preta justa e seu cabelo num topete perfeito, ele pegou a garrafa de vinho que tinha em casa e foi até o apartamento de Santana.

Depois de bater na porta, Brittany apareceu.

– Kurt!! Você veio!! Céus eu estava tão preocupada, o que aconteceu? – Brittany perguntava.

– Podemos conversar sobre isso depois? – Kurt dizia e Brittany entendeu.

– Entra Kurtie. – Santana disse aparecendo na sala.

– Uau, vocês duas estão lindas. – Kurt disse olhando como suas amigas estavam vestidas. Brittany estava com um vestido soltinho, verde-agua que ressaltava seus olhos e a sua barriga enorme a deixando ainda mais linda. E Sant estava com um vestido preto, discreto, elegante e ao mesmo tempo sexy. Kurt sorriu, ele que havia desenhado aqueles vestidos especialmente para as amigas.

Depois de se acomodarem, Brittany foi terminar o jantar e Sant e Kurt ficaram na sala olhando televisão, rindo e se divertindo. Quando Santana perguntou o que tinha acontecido com Kurt, ele apenas respondeu o que disse para Brittany.

Então a campainha tocou. Santana correu para atender junto com Brittany e Kurt ficou encostado na parede. Ele tinha prometido a si mesmo que controlaria o seu ciúme.

Blaine entrou e abraçou Sant demoradamente a levantando do chão. Kurt apenas olhava a cena, já sentindo que a história de controlar o ciúme seria uma tarefa difícil. Depois de Blaine abraçar Brittany, Santana o chamou.

– B, venha até aqui, tenho um amigo pra te apresentar. – A latina disse o puxando pela mão. Assim que os dois se viram, Blaine arregalou os olhos.

–Kurt? – Ele disse surpreso. Imaginaria qualquer pessoa ali, menos Kurt.

– Oi Blaine. – O castanho respondeu com um sorriso um pouco falso no rosto, deixando Brittany e Santana sem entender nada. Mas a latina conhecia o Hummel e também conhecia aquele sorriso.

“Esse jantar será longo”. Foi tudo o que Santana conseguiu pensar.


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Notas finais do capítulo

Kurt ciumento :0

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