I have fallen for a guy escrita por Morgana
Notas iniciais do capítulo
Olá, meus amores! ❤️
Ia postar antes, mas deu ruim com meu computador e só pude postar hoje.
E mais uma coisa, voltei com a animação de escrever essa história! :D
O dia anterior havia sido muito bom. Depois de conversar e me aproveitar da comida do piquenique Jim e Molly apareceram e arrastaram nós dois a uma festinha particular escondida no meio da mata, sem que os instrutores do acampamento pudessem ver, obviamente.
A festa tinha acabado por volta de cinco da manhã, e pelas cinco e meia eu estava andando em volta do lago sem o menor sono. Não tinha muitas bebidas na festa, portanto para ficar acordado por tanto tempo abusei do café e estava particularmente agitado.
― John? ― Me virei e vi o moreno se aproximando do lago.
― Sherlock? Oi. ― Sorri. ― To querendo descansar um pouco, mas não consigo. Podia até continuar dançando, mas a festa acabou. Quero pular nessa água, mas não sei se devo. ― Eu falava tudo rápido demais e Sherlock estreitou os olhos tentando entender. E fui caminhando para o lago.
― Foi para essa festa onde não tinha quase bebida ou nenhuma, então ingeriu muito café para conseguir aproveitar a noite. ― Disse ele e me segurou pelos ombros antes que eu pudesse me jogar na água.
― Basicamente, basicamente. ― Disse me virando para ele. Sorri de um jeito estranho.
― Que foi, John? ― Sherlock me encarou.
― O quê? ― Perguntei confuso ainda sorrindo.
― Essa cara ta me assustando. ― Ele riu.
Levei a mão ao rosto como se para consertá-lo e andei para longe de Sherlock com uma expressão triste.
― Eu não sei acertar isso.
― O quê? ― Sherlock perguntou confuso.
― Meu rosto. Você disse que ele te assusta. ― Eu andava de um lado para o outro, quase pulando. ― Eu não quero te assustar, Lockie. ― Parei abruptamente esperando uma resposta, mas antes que ele pudesse pensar no que falar, mais rápido do que nunca comecei a tagarelar. ― Ontem a festa foi muito divertida. Ontem não, na verdade foi hoje. Já passava da meia noite quando eu estava realmente me divertindo e eu já passava do meu... o quê? Nono café? E você não acredita se eu te contar que... Ah não espera, mais coisa... E... O que eu ia falar? Ah, não importa, só queria lembrar que...
― John ― Sherlock tinha uma expressão um misto de assustado com divertimento.
― O quê? ― Perguntei inocentemente. ― Você está rindo de mim? ― A essa hora eu já ria também. ― Acho que o café ainda está me afetando...
― Enquanto você acha isso, eu já tenho certeza. Ainda bem que sou eu que desejo um futuro como investigador criminal. ― Ele se aproximou colando sua boca ao meu ouvido e logo então sussurrou ― Tenho que ficar atento a detalhes.
― Eu não conto isso como detalhe. Apenas uma mera condição como pessoa.
― E para resolver um crime precisa ficar atento a como as pessoas agem ou o que as fizeram agir daquele jeito. E para isso eu sou natural.
― Metido. ― Falei e agora brincava com o pé pela grama indo novamente em direção a água.
― John! ― O moreno me repreendeu, bem firme em sua voz. E eu virei bruscamente sorrindo.
― Sexy seu jeito mandão. ― Disse com as bochechas coradas. Sherlock escondeu o sorriso.
― Você precisa se sentar. ― Ele me puxou pelas mãos e se sentou junto comigo, de frente para mim e sorriu. ― E se acalma. Se... Se concentra no meu sorriso.
Sorri.
― Ok. ― Tentei concentrar minhas forças em ignorar o efeito funcional do café ainda em mim. ― Que tal eu te contar dos caras super divertidos que eu conheci ontem?
O moreno rolou os olhos e largou minhas mãos. Ele me olhou de canto de olho, encolheu as pernas e as envolveu com os braços e me deu sinal para prosseguir. Ele não tinha a expressão das mais satisfeitas estampadas no rosto.
― Ah. Antes. Você não sabe o que o Jim fez. Ele marcou um encontro pra mim. O Greg é até legal, mas meu deus... Sabe, Lockie? Eu não queria aquilo, mas o tempo... ― E eu falando desesperadoramente rápido novamente até que o moreno me interrompeu.
― Ei, vai com calma aí. ― Ele tentou me acalmar e logo em seguida seu tom de voz aumentou particularmente de maneira considerável. ― E que porra de encontro é esse que você está falando?
― Uou. ― Por aquela eu não esperava. ― Ainda vai dizer que não está com ciúmes?
Ele ficou desconcertado com a minha resposta e fazendo uma careta apenas falou:
― Essa é só a minha voz de surpresa.
― Sei... ― Apoiei meu cotovelo no chão e descansei minha cabeça em minha mão. ― Deixa eu explicar desde o começo. ― Parei alguns segundos para ajeitar os fatos em minha cabeça. ― O Jim teve essa ideia louca de me acertar com alguém desde aquele dia em que vocês discutiram e como ele precisava de algo para ocupar a cabeça eu não discuti. Deixei que ele arrumasse tudo.
― Okay? ― Sherlock tentou soar positivo, mas ele não entendia o processo de distração do meu melhor amigo e eu não ia parar para explicar aquilo.
― Então ontem eu fui me encontrar com o tal cara que ele me arranjou. Greg Lestrade, o nome dele. Era um certo tipo de piquenique...
― Piquenique, hum? ― O moreno balançava a cabeça negativamente.
― Comida boa e até um pouco de vinho que o Lestrade furtou de casa. ― Disse rindo de como quase me acabei no vinho e depois me taquei no café.
― Só é preciso furtar bebidas de casa para conseguir deixar você com esse sorriso bobo, é? ― Ele fechou a cara. Ignorei o comentário rindo do Sherlock enciumando internamente. Ai, como aquilo era bom para o meu ego.
― A conversa que foi bem agradável por sinal, podia vir a ser um bom...
― Namorado? ― Disse virando o rosto com uma careta irritada.
― A-mi-go. ― Falei pausadamente para ver se esse cabeça dura entendia que eu era só dele.
― Ah, amigo. Ok... Ok...
― Mas ― E foi só ouvir um “porém” que um meio sorriso formou-se em seu rosto sem que ele pude-se se conter. Eu balancei a cabeça rindo. ― Ele estava comigo porque nos viu juntos.
― Oi?
― Ele viu a gente juntos, Sherlock.
― Mas... Juntos juntos? ― Eu confirmei com a cabeça. ― Ele vai contar a alguém?
― Não. Desde que ele tenha um encontro com uma pessoa especial.
― Pessoa especial?
― Ele me ameaçou, acredita? ― Ri. ― Bem, como você é quem está comigo, ele acha que você pode ajudá-lo.
― Como?
― Ele quer o Mycroft, Sherlock.
― Quê? ― Sherlock gargalhou ironicamente. ― Ele quer aquela criatura que só anda de guarda-chuva? Por quê?
― Não sei. Ele vê alguma coisa nele. Mas posso te contar um segredo. ― Puxei o moreno pela gola de sua camisa e me aproximei do seu ouvido. ― Eu prefiro muito mais o irmão mais novo. Conhece? ― Sussurrei e dei uma mordidinha de leve em sua orelha.
― Acho que posso te apresentar a ele. ― Disse olhando nos meus olhos com um sorriso safado. Sorrimos um para o outro e nos beijamos e nem nos lembramos de antes olhar se alguém estava observando. Estávamos apenas felizes e curtindo o momento e por sorte, ninguém nos viu.
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