I have fallen for a guy escrita por Morgana


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Millll desculpas por ter demorado tanto! Final de ano, colégio, sabem como é, né? Mas to aqui e não vou mais demorar tanto pra postar. :)
E mais uma coisa, quero dedicar esse capítulo a Android Holmes que carinhosamente me pediu por mais ♥ E quero agradecer eternamente a todos que vem comentando. Seus lindos! ♥♥



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― Alguém viu o Jim? ― Continuava a procura dele por todo o acampamento, mas até agora ninguém o tinha visto. Andei por mais algumas barracas até que uma mão me puxou. Pensei aliviado: “Jim!” Enquanto virava, mas para minha decepção era apenas Mary. A mesma Mary com quem quase transei, a mesma que da barraca saí correndo por causa do instrutor e porque queria muito fugir dali e a mesma que não voltei a procurar. Ao mesmo tempo a minha cabeça lembrava que precisava encontrar Jim logo, nem sabia mais o porque. E Sherlock, Sherlock... Por que estava pensando nele agora? Ah, sim. Nunca parava de pensar nele... Pisquei rapidamente voltando a perceber que Mary estava ali. Minha cabeça começou a rodar e eu estava prestes a ter um ataque.

― John ― disse a loira calmamente ― andou ocupado? ― Sorria inocentemente, sem fazer ideia da loucura que estava a minha vida.

― Eu... Hmm ― pigarreei ― Sim. Eu te procuro depois, pode ser? ― disse um pouco enrolado, enquanto apertava as mãos uma na outra compulsivamente.

Mary me olhou por um tempo e seu sorriso foi se transformando para uma careta de desconfiança.

― Tudo bem. ― A loira disse secamente.

Eu acenei com a cabeça e fui andando, mas parei novamente quando Mary me segurou pelo braço.

― O que foi agora? ― Já estava levemente impaciente. Pareci menos educado do que pretendia.

― O que foi? ― Ela repetiu chorosa. Seu rosto tinha desmontado em montes de lágrimas. “Como alguém que dois segundos atrás estava com o rosto em perfeito estado e ao olhar agora parecia já estar chorando há horas?” Pensei realmente tentando entender essas expressões faciais anatomicamente falando, ao invés de pensar sobre os sentimentos da Mary, que era o que realmente tinha valor ali, eu tinha consciência disso, mas aquilo era tão mais interessante. “Eu podia procurar um resultado na medicina, como o nosso corpo funciona rápido aos sentimentos e de maneira diferen...” ― Seu filho da puta. ― Disse largando meu braço.

― Oi? ― Perguntei aturdido.

― Meu... Meu cérebro, estou xingando meu cérebro. ― Olhei pra ela bastante confuso. ― Meu cérebro sempre se apaixonando por babacas.

― Ah sim. ― Concordei, ela olhou pra mim abismada. ― Quero dizer, não. É... ― Começava a ficar bastante constrangido. ― Eu ia te ver hoje.

― Sei... ― Falou desacreditada. Eu não ia, quero dizer, não hoje, um dia com certeza pra acertar as coisas, talvez dali a alguns anos?

― Só passou uma noite, Mary. ― Disse quando os fatos certos voltaram a minha mente. Depois que saí da barraca dela, fugido por causa do instrutor, contei a verdade pro Jim e aí nessa manhã seguinte Sherlock descobriu que eu conhecia o Jim. ― Eu ia voltar.

― Mas pareceu horas. ― Ela disse fungando, já tinha parado de chorar.

― Mas uma noite tem... várias horas. ― Tentei falar do jeito mais educado possível.

― Oh... A... Eu não to bem John, eu... Você me confunde. ― “Agora a culpa é minha?” Pensei achando alguma graça naquilo, sorri levemente e Mary entendeu errado, achando que era pra ela. Ela sorriu também. ― É... te vejo mais tarde?

“Droga.”

― Claro. ― Tentei uma expressão simpática para parecer sincero.

― Sem falta. ― Ela sorria como ninguém.

“Cacete.”

― Definitivamente.

Com Mary parando de falar, continuei a correr pelo acampamento em busca de Jim.

Fui achar meu melhor amigo deitado ao lado de um riacho ali perto, o vi de longe, ouvi alguns ruídos e logo associei que Moriarty estava chorando, corri até ele.

― Jim? Por favor não... ― Fui andando e falando, mas quando finalmente me aproximei, Moriarty estava rindo. ― Eu... To confuso.

― John? ― Ele ainda ria, ele bateu na grama ao lado dele indicando para eu me deitar. ― Tirei um tempo pra mim, percebi que sofrer por alguém que nunca tinha me amado era estupidez.

― Tão simples assim?

― Pelo menos deixa eu achar que é, por enquanto... ― Pediu, mas seu sorriso ia sumindo, mas eu não podia deixar isso acontecer.

― Ta tudo esquecido. ― Me deitei ao lado dele, na grama. ― Amnésia, memória apagada, ah, e eu preciso de sua ajuda.

― Sim.

― Mary. Como conto a verdade para ela? ― Perguntei e soei mais desesperado do que pretendia.

― Vamos ver. ― Ele pensou um pouco. Então, sentou-se com rapidez virando para mim e já animado. ― Simples. Chega pra ela, segura em suas mãos e diz “I like to fuck guys”.

― Quê? ― Gargalhei, e me fiz de desentendido.

― Até parece que você não sabe o que isso significa em inglês. ― Ele me olhou e parecia já saber as respostas para qualquer pergunta que eu fizesse, mas eu pressentia que não era exatamente a resposta que eu gostaria de receber.

― Você ta precisando de um homem. ― Ele disse com um sorriso de lado. ― E acho que já tenho um perfeito para você. ― Ele levantou e sumiu da minha vista sem que eu pudesse ter a chance de falar qualquer coisa.

Jim precisava exatamente daquilo, algo para distrair a cabeça, mas eu não queria saber de homem algum que Moriarty iria arranjar para mim, eu só queria o meu que vestia sempre um lindo sobretudo. E não ia mais perder tempo ali.

Fui de volta para o meio do acampamento em busca da única barraca de quem gostaria de estar agora. Já estávamos ali alguns dias e ainda não tinha descoberto aonde Sherlock estava.

Já estava cansado de rodar por barracas, quase cair preso a uma delas e ser assediado por algumas garotas do primeiro ano. Depois de todo o sufoco e já estar suando, pois o sol não estava ajudando em nada sendo bem pouco agradável, felizmente eu encontrei.

O moreno folheava um livro e parecia ter dificuldade em se concentrar.

― Sherlock. ― Disse bem baixinho.

Ele encarou o livro por mais alguns segundos, então o fechou calmamente e se dirigiu a mim, ainda sentado numa cadeira baixinha.

― John. ― Holmes olhou nos meus olhos. O moreno parecia cansado. Ele esperou que eu me pronunciasse, mas não sabia por onde começar... Estava bastante nervoso. ― Não vai dizer nada? ― Disse não irritado, mas calmo e tristonho. Sinceramente, preferiria presenciá-lo irritado do que ferido, vê-lo daquele jeito... acabava comigo.

― Eu não... É... Preciso... ― As palavras embolavam em minha garganta, todas e qualquer que eu tentava pronunciar. ― Você... ― Travei. ― Quero que... Não... ― De novo e de novo.

― Você não podia ter feito isso comigo. ― Meus olhos se encheram de lágrimas ao escutar as palavras do moreno. ― Ou com o Jim.

― Eu não pretendia. Não queria. Não o fiz por mal. ― Agora todas as palavras saíam de uma vez só, muito rápido, uma por cima da outra. ― Eu não sabia. Queria apenas ficar com você. ― Sherlock piscou incessantemente tentando bloquear o choro. ― O Jim... Ele saía com alguém, eu não sabia quem era. ― Fui diminuindo o ritmo das palavras e ao mesmo tempo me aproximando de Sherlock. ― Quando descobri... ― Parei organizando a melhor maneira de dizer aquilo, de um modo que eu pudesse mostrar tudo de mais verdadeiro que eu sentia. ― Eu encontrei o Jim, ele desabafou, você tinha acabado de terminar com ele, isso foi logo depois do nosso primeiro beijo, quando eu já estava louco por você.

Parei bem perto a Sherlock, ele estava preparado para responder, mas eu ainda precisava terminar, não estava bom o suficiente.

― Já era tarde demais para mim. Não podia, não queria... ― precisava de uma palavra melhor ― não quero voltar atrás em relação a nós. Estou completamente apaixonado por você, Sherlock.

Ele escondeu o rosto, mas mesmo assim pude ver seu sorriso ao ouvir minhas últimas palavras. O moreno olhou para mim novamente e me chamou para sentar-me no colo dele. Um sorrisinho se formou no meu rosto, enquanto eu me aninhava ali.

― Tem certeza que essa cadeira vai nos... ― E quebrou. Eu e Sherlock caímos em cima dos pequenos pedaços de madeira estraçalhados enquanto gargalhávamos. Ele me abraçou por trás apertado e deu um beijo por cima do meu cabelo.

― Sherlock? ― Falei carinhoso.

― Sim.

― Lembra daquele dia da nossa quase primeira vez? ― Perguntei sorrindo maliciosamente. Sherlock sorriu com as bochechas coradas.

O moreno tinha compreendido a confusão em que me meti. Por ser um bom amigo devia ter terminado tudo, mas como um bom apaixonado isso era impossível para mim. Ele tinha me perdoado. Olhei para aqueles olhos azuis encantadores enquanto contava a história sob o meu ponto de vista, onde o moreno pode descobrir tudo o que se passava na minha cabeça. Ele sorria de um jeito tão carinhoso, tão... Sim, ele tinha me perdoado e nada nesse mundo me faria mais feliz do que saber aquilo. Eu sorri, sorri como nunca.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo promete um flashback interessante. O que acharam, to perdoada pela demora? xD



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