Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Eu queria agradecer muito, muito por a constança18 e a Senhorita Malfoy ter recomendado minha fic! vocês são demais meninas, obrigada mesmo!

Também obrigada as meninas que comentaram e favoritaram a fic! :D

boa leitura! Espero que gostem! :D



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Cheguei na frente do portão, dois homens de ternos estavam lá. Um deles era o cara que me ajudou ontem.

–será que um de vocês poderia abrir o portão? Por favor- perguntei tentando não transparecer minha voz de choro. Eles olharam um para o outro e assistiram. Um deles apertou um botão de um controle e o portão começou a abrir. Olhei para Mel, ela parecia assustada e preocupada. Tenho que pensar em alguma coisa, eu não posso deixar que minha filha passe uma noite na rua.

Eu tenho que procurar um abrigo daqueles que permitem que moradores de rua durmam só pela noite. Mas também tenho que corre atrás de emprego, qualquer coisa. Eu não queria nem pensar se eu não conseguir um. A dor de uma mãe é demais quando vemos nosso filho necessitando de uma coisa que não temos condições de dá. Eu queria que um dia eu pudesse dar a minha filha tudo que um dia eu recebi quando tinha sua idade. A única coisa que posso lhe dar em abundancia é o meu amor.

Enquanto estiver viva, amor para Mel não vai faltar. Não posso dar bens materiais a ela, mas afeto, carinho, segurança e amor eu posso.

Peguei Mel em meus braços, porque a caminha poderia ser longa. Mel deitou sua cabecinha no meu ombro e me abraçou bem apertado.

– Tudo vai ficar bem mamãe- disse Mel no meu ouvido. Eu lhe ofereci um sorriso do melhor jeito que pudi e ela apenas me deu um beijo na minha bochecha que era outra forma de demonstrar que ia ficar tudo bem. Me sentir muito bem com isso, ela era tudo que eu precisava no momento. Mel é meu conforto.

Soltei um fôlego que estava preso na minha garganta e esperei os homens permitirem minha saída. De repente ouço alguma coisa apitar. O barulho vinha do homem que me ajudou. Ele pega um aparelho que parecia ser um celular e atendeu.

O homem que estava ao seu lado fez sinal de que eu poderia sair. Então andei em direção a saída do portão da mansão. Andei com cuidado porque o chão estava molhado da chuva e do jeito que sou desastrada eu poderia cair e derrubar minha filha. Passei pelo portão. Olhei para o meu lado direito e esquerdo sem saber para onde ir. Não faço a mínima ideia aonde ficam os abrigos, mas eu tinha que dar um jeito de descobrir. Decidir ir pelo lado direito que foi por onde cheguei ate aqui.

– Sim senhor- Ainda ouvi o homem que deveria ser segurança da mansão falar.

– Ei senhorita, senhorita espere- o segurança falou com a voz alta. Então percebi que ele estava falando comigo. Olhei para trás, o segurança estava correndo em minha direção - o Senhor Cullen mandou avisar que quer falar com a senhora - disse ele chegando mais perto.

– O que ele quer comigo- murmurei, mas o segurança ouviu.

–Não sei senhora

Eu apenas assenti e caminhei em direção a mansão novamente com ele ao meu encalço. Talvez eu tenha esquecido alguma coisa. Deve ser isso.

– Porque vamos voltar mamãe? – perguntou Mel levantado sua cabeça e olhando para mim.

– Não sei peque, eu acho que esqueci alguma coisa.

Abri a porta da mansão e Edward estava em pé no mesmo lugar quando tinha saído. Antes de eu falar alguma coisa ele falou primeiro.

– Precisamos conversar- disse ele simplesmente frio e distante. Franzi a testa sem entender o que ele queria comigo. Mas não questionei.

– Pequena você poderia ficar aqui só alguns minutinhos para a mamãe falar com Edward. Você pode sentar no sofá e ficar brincando com a sua boneca por enquanto, ok?

– Tudo bem mamãe- disse ela saído dos meus braços e indo para o sofá com sua boneca.

– Podemos ir – disse a Edward.

– Vamos para o meu escritório- disse ele antes de começar a andar. O seguir. Ele subiu as escadas e no topo dela tinha duas direções, a direita e a esquerda, Edward virou à esquerda. No corredor tinha umas quatro portas, tudo muito bonito. Ele abriu a ultima e deu espaço para mim entrar. Seu escritório é como uma biblioteca. Muito grande, acho que tinha todos os tipos de livro naquele lugar. Fiquei encantada, eu amo ler.

– Então- Edward chamou minha atenção- Eu tenho uma proposta para você- disse ele indo se sentar em uma cadeira que ficava atrás de uma imensa mesa de madeira escura. Meu coração estava ficando acelerado com o quer que seja que ele tinha para me propor – você pode ficar aqui com sua filha ate seus pais chegarem de viagem- fiquei atônica com o que ele disse. Eu quase não acreditei no que Edward estava falando. Meu coração se encheu de alegria. Ficar aqui é muito melhor do que ir para qualquer abrigo ate os meus pais chegarem.

– Você está querendo dizer que vai me deixar ficar aqui- perguntei sem acreditar.

– Sim. É só por causa da criança. Que tipo de ser humano eu seria para deixar uma criança desamparada no meio da rua, mesmo que a mãe não mereça- disse ele. Claro que Edward tinha que dizer algo contra mim. Cada palavra dita por ele, uma sempre se refere a mim com desprezo, como se eu fosse uma pessoa horrível. Eu ainda não entendo porque tanto desprezo. Aliais, eu não entendo nada quando se trata desse Edward. Esse que está em minha frente não é o meu Edward. Mas estou eternamente agradecida por sua decisão de me deixar ficar aqui com minha filha. Não importava o que ele acha de mim.

– Muito obrigada- disse olhando diretamente nos seus olhos, mas ele desviou o olhar. Abaixei a cabeça um pouco desconcertada- Amanhã eu vou a procura de um trabalho.

–Não- disse Edward. Levantei a cabeça, sem entender.

– Não o que?- perguntei confusa.

–Eu estou precisando de uma pessoa para ajudar na cozinha. Então vamos juntar o útil ao agradável. Você pode ser minha empregada- disse ele com tom de indiferença. Fiquei em silêncio por um minuto pensando- Então, o que você me diz. Eu não tenho o dia todo para ficar aqui esperando você pensar- lógico que fiquei vermelha de constrangimento.

– Eu aceito- disse ignorando a forma como ele falava comigo. Eu não estou em situação de exigir nada. Se eu falar alguma coisa é capaz de Edward me colocar para fora daqui em um piscar de olhos. Então é melhor a ignorância- Quando começo?- perguntei. Edward fingiu que não me ouviu e começou a digitar em seu notebook. Depois de alguns minutos ele estendeu uma caneta e uma folha que acabou de sair da impressora para mim.

– Assine esse contrato de emprego, ai está à quantidade de dinheiro que você vai ganhar e o nosso acordo de que você só vai ficar aqui ate seus pai chegarem de viagem. Espero que isso não demore muito- disse Edward olhando para mim como se eu tivesse culpa de algo.

Pequei os papeis e assinei sem nem ler o que estava escrito para sair logo daqui, porque as palavras de Edward estavam me fazendo mal.

– Você e sua filha vão permanecer onde estavam no quarto dos empregados. Agora tome seu café, arrume suas coisas no quarto, que amanha você começa a trabalhar. Acorde às seis horas e vá para cozinha, alguém vai está lá para lhe orientar- disse ele. Acabei de assinar todos os papeis e o entreguei.

Quando Edward pegou os papeis, nossas mãos se tocaram. O choque de anos atrás ainda estava presente quando nos tocamos. Por uma fração de segundos pudi sentir seu toque, que a anos sentir tanta falta. Por uma fração de segundos pudi sentir seu calor que emanava de sua mão. Por pequenos segundos sentir tantas coisa que estavam adormecidas dentro de mim. Mas isso não durou muito, como disse, só foi por alguns segundos.

Edward puxou bruscamente os papeis da minha mão e voltou a escrever como se nada tivesse acontecido. Recolhi minha mão, tentando acalmar meu coração que estava disparado.

– Pode sair daqui, o que eu queria falar com você já fale- disse Edward sem olhar para mim.

Antes de sair sussurrei um obrigada e sair daquele lugar. Voltei pelo mesmo lugar. Quando cheguei na sala Mel estava sentadinha no mesmo lugar que eu pedir para ela ficar abraçando sua boneca. Eu não me canso de olhar para ela. A angustia no meu peito aos poucos estava sumindo.

– Mamãe que horas a gente vai embora?- perguntou Mel saindo do sofá e vindo em direção a mim. Me abaixei para ficar da sua altura.

– A gente não vai ir hoje mais- Eu estava tão feliz por dar essa noticia a ela.

– Por que não mamãe?

– Porque Edward deixou ficarmos aqui por algum tempo- disse beijando seu rostinho que agora está com um sorriso mais lindo que já vi- A mamãe também vai trabalhar nesse lugar, vou começar amanha. Agora vamos para o quarto arrumar nossas coisas lá e depois vamos comer, eu sei que a mocinha aqui está com fome- disse fazendo cócegas nela, tirando uma gargalhada gostosa de se ouvi.

– Tá bom mamãe, para, para, eu vou fazer xixi- disse Mel entre as gargalhas. Sorri da forma que ela falou. Então parei, beijei sua bochecha e abracei ela bem apertado. Quando percebi que lagrimas saiam dos meus olhos. Mel também percebeu.

– Chora não mamãe, a senhora não está feliz não? – perguntou colocando suas mãozinhas no meu rosto preocupada.

– Estou muito feliz. Essas lagrimas são de felicidade- disse tentando tirar toda preocupação do seu rostinho. Mel voltou a sorri e me fez levantar, disse que queria ir no banheiro, porque realmente estava com vontade de fazer xixi. Enxuguei meu rosto e peguei a mala. Fomos de volta para o quartinho. Chegamos lá, estava tudo do mesmo jeito. Deixei a mala lá e fui levar Mel ao banheiro.

Depois de dias turbulentos do qual eu não tenho nenhum prazer de me lembrar, finalmente minha vida está se ajeitando. Sei que esse tempo que vou ficar aqui perto de Edward não vai ser fácil, mas ninguém nunca me disse que vida era fácil, tenho que a cada dia, a cada amanhecer lutar contra meus sentimentos e não me deixar abater por cada palavra que sair da boca de Edward. Eu tenho que continuar minha vida.

Sei que ainda o amo muito e a prova disso foi quando nossas mão se tocaram por alguns segundos lá no seu escritório. Eu sempre fui boba quando o assunto era Edward. Um dia acreditei que ele me amava mais que tudo, acreditei em cada palavra dita por ele e isso acabou em dor e sofrimento, ele pisou em meus sentimentos. Me expulsou de sua vida quando mais eu precisava dele. Mas eu tenho que tentar esquecer isso, pelo bem da minha filha, tenho que deixar de lado a magoa e o rancor que afligi minha alma e o meu coração. Sentir essas coisas só vai fazer mal para mim mesmo.

Agora é vida nova, um começo novo. Tenho que aproveitar essa oportunidade para mudar minha vida e a de Mel.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Me falem, quero saber a opinião de vocês!!!!!!!! :D
BJOS ate a próxima!!!!