Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Minhas queridas estou tão feliz, não esperava que minha fic postada hoje já tivesse 14 comentários e 7 favoritos ! Muito muito obrigada!!!!!!!!!
Como forma de agradecimento vou postar outro capitulo para vocês!
Boa leitura!!!!!!



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Oh meu Deus, não acredito que acabei dormindo. Olho para a Mel nos meus braços dormindo tranquilamente.

Respiro aliviada por ela estar bem.

Olho para o céu e vejo que ainda era noite, não devo ter dormido muito. desvio meus olhos para o homem a minha frente.

— Muito obrigada por ter me acordado- disse tentando me levantar, mas estava difícil com Mel em meus braços.

— Me passe a criança para a senhora poder se levantar- disse o homem. Entreguei Mel e me levantei. A peguei de novo e cobrir seu rostinho para livra-la do vento frio.

— Obrigada- ele apenas balançou a cabeça. Olhei para o meu lado procurando a mala.

— Eu mesmo levo sua mala. Com licença- disse ele pegando-a - Me siga.

Ele andou na minha frente, o seguir como tinha dito. Chegamos na frente da porta da casa que era grande de madeira brilhante. Ele abriu e disse para mim entrar. O homem me levou a uma sala espaçosa, muito bonita e falou para mim esperar um pouco que Edward já ia descer.

Fiquei em pé ao lado do sofá esperando.

Será que Edward vai me deixar falar ou ele vai me expulsar de novo, me maltratar e me humilhar que nem fez da outra vez?

O medo começou a tomar conta de mim. Mas não podia voltar atrás, tenho que enfrentar meus medos. Se Edward não me ajudar, não sei o que vai ser de mim e da minha filha.

Ouvi passos descendo na escada.

Congelo. Depois de cinco anos veria Edward novamente. Eu estava de costas para a escada e assim permaneci.

— O que você quer comigo? - ao ouvir essa voz, alguma coisa cresceu em mim, percebi que era saudades. Saudades de sua voz, saudades de estar em seus braços. Mas esse tom não era é o mesmo de quando ele se referia a mim. Sei que Edward nunca foi muito cordial com ninguém, mas comigo não era igual, ele sempre falava comigo de um modo diferente.

Vejo agora que tudo isso é passado.

Respiro fundo e me viro para ele.

Respiro com dificuldade ao ver a figura na minha frente.

Edward continua o mesmo, bonito e exalando confiança. Parece que os anos só fez ele ficar mais lindo do que antes. Seus cabelos castanho avermelhado que amava tanto ainda eram bagunçados. O que mudou mesmo foi seus olhos, não a cor, o tom verde vibrante de tirar o fôlego continua o mesmo, mas estou falando da frieza que transparece neles. Não vejo intensidade e o prazer de viver que antes tinha no seu olhar.

— Edward- isso foi apenas que saio dos meus lábios. Por mais magoada que estava com ele por não ter acreditado em mim, naquele momento só queria me jogar em seus braços e ouvir de sua boca que cuidaria de mim e de nossa filha.

Mas sabia que isso não ia acontecer.

Ele só ficou parado olhando para mim esperando alguma resposta, mas de mim não saia nada.

Ele vaga seus olhos por mim antes deles se fixarem na Mel, que ainda estava toda coberta, mas dava para perceber que era uma criança ali comigo.

Uma chama de fogo atravessou seu olhar.

— Não vai responder?- perguntou friamente ainda olhando para a minha filha.

Respiro fundo e me obrigo a falar.

— Edw...ard eu..eu- não conseguir falar. As palavras estavam presas na minha garganta.

— Como você veio parar aqui? Como descobriu onde moro?- dessa vez olhou para mim.

— Pelos jornais- disse em um tom baixo.

— Essa criança é a sua?- essa pergunta me deixou surpresa.

— sim ela é minha. Seu nome é Mel, Melanie.

— Então é uma menina- murmurou ele olhando para Mel novamente. Não conseguia decifrar o que estava se passando com Edward. Seus olhos onde um dia dizia tudo que ele estava sentindo, hoje parece que tinha uma muralha em torno dele. O silêncio reinou naquele ambiente, só se podia ouvir a chuva forte la fora.

— Me diz o que você está fazendo aqui. Pensei que tinha deixado bem claro que nunca mais queria te ver na minha vida- disse Edward sem sentimento nenhum, a unica coisa que era transmitia na sua voz era indiferença e raiva. Isso doeu em mim, por um momento fraquejei, eu queria sumir dali e nunca mais olhar para sua cara. Mas me lembrei da Mel que está com frio e fome. Eu tenho que ser forte.

— Eu sei o que você me disse e me lembro muito bem- disse tentando ignorar as lagrimas que queriam descer.

— Então fale logo o que veio fazer aqui- engoli todo meu orgulho nesse momento.

— Eu preciso da sua ajuda - disse. Minha voz começou a tremer por causa da angustia que estava sentindo no peito que parecia que ia me quebrar em mil pedaços - Eu preciso de um lugar para ficar, não tenho para onde ir- falei tudo de uma vez só. Vi que ele arqueou sua sobrancelha perfeita em descrença.

— Eu acho que não ouvi muito bem. Você quer um lugar para ficar e está pedindo isso a mim?

— Eu não tenho mais ninguém para pedir ajuda Edward, só você- ele ficou em silêncio por um tempo.

— Eu não posso fazer nada por você. Agora saia da minha casa e nunca mais volte aqui- abaixei a cabeça. Suas palavras foram como facadas no meu coração. Ele era minha única esperança. Ele não pode fazer isso comigo.

— Por favor, não faz isso, me deixa ficar aqui- disse baixinho- Como eu disse, não tenho aonde ficar, fui despejada do apartamento que aluguei, porque onde trabalhava está praticamente falido, o dono me despediu, então não tive dinheiro para pagar o aluguel. Eu já estou desesperada, sem saber o que fazer- quando acabei de falar tudo que ele fez foi ficar em silêncio.

Não disse mais nada. Nem olhei mais para ele, não tive coragem. Abracei minha filha mais apertado, peguei a mala ao meu lado e fui em direção a entrada da porta. Não dei nem três passos quando Edward falou.

— Você pode ficar aqui, apenas essa noite por causa da criança, ela não tem culpa de ter uma mãe como você - humilhada, se esse fosse o preço para minha filhar ter por uma noite de descanso eu faria. Eu não estava mais se importando comigo.

— Muito obrigada- foi tudo que disse.

— Vocês podem ficar no quarto dos empregados, é o suficiente. Na frente dele tem um banheiro. Faça bom uso- com isso ele saiu. Olhei para os lados sem saber o que fazer. Foi quando percebi que o homem que tinha me trazido aqui ele ainda estava na sala.

— Venha senhorita eu vou levar vocês para o quarto- disse ele. Apenas balancei minha cabeça.

Ele pegou a mala da minha mão e me levou para um corredor ainda no andar de baixo. No final do corredor tinha duas porta uma na frente da outra. O homem abriu a direita.

— É esse o quarto- olhei para dentro dele, tinha uma cama de solteiro, uma cômoda e uma pequena luminária em cima dele. Eu disse obrigada ao homem e ele saiu deixando minha mala.

Tirei as coisas que estavam cobrindo minha filha. A deitei na cama. Ela ainda estava dormindo. Tinha que acordá-la para tomar um banho quente. Tirei sua sapatilha dos seus pés e as meias que tinha colocado nela. Peguei um controle que estava encima da cômoda e liguei o aquecedor.

— Pequena acorda- balancei ela com cuidado- Acorda bebe para tomar um banho- ela abriu seus olhos e esfregou eles com a sua mãozinha.

—Onde estamos mamãe?- perguntou ela baixinho.

—Estamos dentro da casa do amigo que a mamãe falou filha. Agora se levante para mamãe tirar sua roupa- disse com carinho.

Ela se levantou e tirei sua roupa. Peguei na mala algo para cobri-la e levei ela para o banheiro. Lá tinha uma pia, um pequeno balcão com várias coisas de banho. Abri o box e liguei o chuveiro. Graças a Deus a água era quente. Dei banho em minha filha. A enrolei e fomos para o quarto. Quando cheguei tinha uma bandeja grande com varias coisas de comer. Sorri agradecida. Vestir mel, a coloquei na cama e disse que ela poderia comer o que quisesse.

Depois de alguns minutos Mel já estava cheia e disse que queria dormi, mas antes perguntou se eu não iria tomar banho e nem comer.

— Vou sim filha, logo depois que a senhorita dormi- peguei a bandeja e coloquei em cima da cômoda

— Mas eu não estou com sono mamãe, já dormi de mais- pequei sua boneca de pano.

— Então apenas deite aqui na cama e fique quietinha meu anjo - assim ela fez. Beijei sua testa, lhe entreguei a boneca e sai do quarto.

Entrei no banheiro, fechei a porta e me encostei nela fui deslizando ate me sentar. Abracei meus joelhos e encostei minha testa neles. Minha cabeça estava mil. A angustia e o desespero predominava meu coração. O que vou faze? Para onde vou amanha depois de sair daqui? Eram essas as perguntas que estavam em minha mente e que não me deixavam ter um minuto de paz.

As lagrimas começaram a jorra no meu rosto, aquelas que estava segurando o tempo todo. Eu estava me sentindo tão só. Não poderia contar com mais ninguém. O que vou dizer a minha filha amanha quando saímos daqui. Eu simplesmente não sei o que dizer a ela.

Não sei quanto tempo passei chorando. Me levantei, tomei meu banho aliviando toda a dor da carne, mas minha alma ainda estava ferida. Me vestir, pequei a roupa suja e sai do banheiro. Entrei no quarto e a Mel já estava dormindo abraçada com sua boneca. Sorri com a visão. Mel era a menina mais bonita do mundo. Parecia uma boneca, cabelos castanhos avermelhados, pele clarinha chegava a ser translúcida como a minha, sua boca é miúda e vermelhinha, a maça do seu rosto eram esculpidas com tanta delicadeza e o seus olhos eram verdes com flocos dourados.

Ela é minha boneca. É impossível alguém não se apaixonar por Mel. Ela tinha o dom de se aproximar das pessoas e fazer com que elas se apaixonassem por ela e comigo não foi diferente, na primeira vez que a sentir na minha barriga eu sabia que carregava a pessoinha que mais amaria e que ninguém no mundo me separaria dela. Eu a amo demais, a amo tanto que chaga a doer, a única pessoa que amei assim foi seu pai, ele partiu meu coração e nem assim deixei de amá-lo.

Respirei fundo resistindo as lagrimas que queriam sair. Peguei alguma coisa da bandeja e comi, estava morrendo de fome.

Me sentei na cama ao lado de Mel e fechei os olhos e orei a Deus para me dar uma luz, qualquer coisa. Também pedir que cuidasse da Mel, a protegesse e que nada de mal acontecesse com ela. Minha única esperança agora é Deus, foi Ele quem me manteve de pé ate agora, desdo dia que Edward e meus pais me expulsaram de suas vidas.

Não aguentei ficar acordada, o cansaço ganhou.

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Acordei com uma luz incomodando. Olhei para o meu colo e mel estava nele abraçada a mim já acordada.

— Bom dia meu amor, dormiu bem?- perguntei beijando sua testa.

— Dormi mamãe- respondeu ela com a carinha de quem acabou de acordar.

Me levantei com ela no colo, antes de sair do quarto peguei duas escovas de dentes na mala e fui ao banheiro. Entreguei a ela sua escova e escovamos os dentes. Ela pediu para fazer xixi. Depois que estávamos prontas voltamos para o quarto.

— Mamãe a gente vai morar aqui?- perguntou segurando sua boneca.

— Não pequena, só foi por uma noite- disse.

— A gente vai voltar para rua?

— Não Mel, a gente não vai- quando estava no banheiro eu decidir que iria pedir ajuda aos meus pais. Com eles eu também correria o risco de um não, mas eu tenho que tentar, outra vez.

Ela apenas balançou a cabeça e me abraçou. Um abraço tão gostoso, era tudo que eu precisava.

Coloquei Mel na cama e fui arrumar nossas coisas para sairmos daqui. Olhei para cômoda e ainda estava lá a bandeja. Eu tinha que levá-la para cozinha, não deve ser muito difícil encontrar uma cozinha em uma casa. A peguei, ainda tinha uma maçã, a entreguei a Mel e fui ate a porta.

— Mel volto já, vou colocar essa bandeja na cozinha. Fica ai quietinha meu amor.

— Eu fico mamãe- disse ela comendo a maçã.

Abri a porta e sai para procurar a cozinha. Voltei pelo mesmo caminho que tinha andado ontem a noite. Cheguei na mesma sala e olhei para os lados, não tinha ninguém, talvez porque hoje era final de semana. Do lado esquerdo tinha uma entrada, andei ate lá, era a sala de jantar que tinha outra entrada. Um corredor bem iluminado e sofisticado, no final tinha uma porta a direita e foi lá que entrei. Finalmente cheguei na cozinha, que por sinal era linda.

Coloquei a bandeja em uma mesa, tirei os dois copos vazios e os pratos, coloquei tudo na pia. Lavei e coloquei no escorredor. Olhei para os lados e encontrei um pano, enxuguei tudo e coloquei encima de um balcão já que não sabia onde eles deveriam ser guardados.

Voltei para o quarto e coloquei na Mel um casaco groso, porque ainda deveria estar muito frio na rua mesmo tendo parado de chover. Peguei o meu, ainda estava um pouco molhado, mas era melhor que nada. O vestir, fechei a mala, peguei a mão da Mel e saímos do quarto deixando tudo arrumado do jeito que estava.

Ficamos na sala. Temos que ficar aqui ate Edward aparecer, eu tinha um ultimo pedido a fazer a ele. Mandei Mel sentar no sofá, fiquei em pé mesmo, porque não conseguia ficar quieta no lugar. Depois de algum tempo ele desceu as escadas e parou ao me ver ali. Edward estava com a roupa de dormi ainda. Lindo como sempre.

— O que você aind...– ele parou no meio da frase ao notar Mel sentada no sofá. Seus olhos pararam nela e Mel Também ao ouvir sua voz ela levantou sua cabeça e ficou olhando para Edward, Mel parecia encantada. Essa é a primeira vez em que pai e filha se encontram, mesmo sem saber. Decidir intervir.

— Edward- disse e ele olhou para mim- Desculpa por ainda está aqui, mas só queria te pedir mais uma coisa- ele ficou apenas calado, então continuei- Eu queria Saber se você me permite usar seu telefone – disse e apontei para o telefone que tinha em cima de uma mesinha de vidro ao lodo do sofá.

Ele apenas assentiu. Sorri agradecida e peguei o telefone e digitei o numero que poderia mudar minha vida e tirar minha filha da rua. Começou a chamar, mas ninguém atendia, a ligação acabou caindo. Liguei mais duas vezes, ninguém atendeu.

Eu já respirava com dificuldade. Desliguei o telefone quando entrou no correio de voz e coloquei em seu lugar. Me virei e Edward ainda estava no mesmo lugar olhando para mim.

— Ninguém está atendendo, mas obrigada mesmo assim- disse com lagrimas já querendo cair.

— Se você está atrás de seus pais não vai adiantar. Eles estão viajando pela Europa e não tem data para volta- disse Edward como se estivesse dando uma noticia sem importância. Mas para mim está noticia trouxe de volta toda a amargura dos últimos dias. As lagrimas começaram a cair em meu rosto. Enxuguei e fui ate minha filha. Eu não sabia o que dizer a ela.

— Mamãe a gente vai para a rua de novo?- perguntou ela. Seus olhos verdes vibrantes estavam preocupados. Eu não queria ver minha filha assim- Não chora não mamãe tudo vai ficar bem, a senhora sempre diz isso- disse Mel passando suas mãozinhas no meu rosto.

—Desculpa filha, desculpa- disse sem fôlego.

— Tudo bem mamãe. Não chora. Eu vou está com a senhora- disse Mel me abraçando.

Minha filha era um verdadeiro anjo. Agradeço a deus todos os dias por ter mim dado ela. Abracei ela com força. Ela era minha vida. Eu vou dar um jeito, tenho que dar. Me separei dela e estendo minha mão.

— Vamos pequena a gente tem que ir- disse. Ela saiu do sofá e pegou minha mão. Me voltei para Edward.

— Obrigada por ter me deixado ficar aqui essa noite e pela comida- disse baixinho. Ele continuou calado olhando para nós. Vi que ele não ia dizer mais nada, peguei a mala e fui em direção a porta. Abrir e sair.

O vento frio bateu em meu rosto que arrepiou todo o meu corpo de frio. Descemos as escadas e caminhamos pela estrada que leva ao portão da mansão.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que será que Bella vai fazer?
Comentem, comentem!!!!!!!!!!
Obrigada mais uma vez pelos cometários no primeiro capitulo. Bjos!