Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para vocês!!!!!!!1 bjos espero que gostem!
Boa leitura!



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Saímos do banheiro e fomos para a cozinha. Fiquei meia sem jeito de mexer nos armários. Mas Edward disse que poderíamos comer, então a comida tem que ser feita, e se não for por mim não vai ser por ninguém.

Pedi para Mel sentar na cadeira da mesa. Me virei, ficando de frente para o balcão central da cozinha. Tenho que procurar os materiais para fazer o café da manhã e tem que ser bastante, eu acho que Edward não tomou café ainda. Na duvida vou fazer. Isso era o mínimo que eu poderia fazer, no estado em que me encontrava.

Passei alguns minutos procurando todos os ingredientes que precisava. Fiz café, torradas, esquentei um pouco de leite, cortei algumas frutas e coloquei em duas taças, pequei queijo e geleia de morango. Depois que fiz tudo fiquei pensando se deveria colocar o café de Edward na sala de jantar. Como sou boba de ainda duvidar, claro que ele não vai querer comer junto comigo e minha filha.

Olhei para Mel, ela estava brincando com sua boneca. Linda como sempre. Mel está um pouco mais corada do que o normal, por causa do frio de quando saímos de dentro da casa alguns minutos antes. Mas agora está mais quente.

Eu não quero nem imaginar o que poderia ter acontecido se a gente estivesse na rua nesse momento. Meu peito chega ate apertar com esse pensamento. Saio do meu devaneio e tiro o meu casaco que ainda estava um pouco molhado e coloco na cadeira ao lado de Mel.

– Filha você vai comendo sozinha por enquanto que eu vou servir o café do Edward na sala de jantar- disse. Ela levantou a cabeça, parando de brincar.

Naquele momento vi que nos seus olhos estavam cheio de duvidas.

– Por que o Edwald não toma café com a gente mamãe- eu quase ri da forma que ela chamou o nome de Edward. Mas o estado era critico demais para fazer isso. Suspirei, como eu iria explicar isso a ela. Demorei um pouco para achar uma resposta . Me sentei ao seu lado e segurei suas mãozinhas.

– Filha Edward é...- fiquei sem palavras para definir ele sem causar uma confusão na sua cabecinha – Ele é...o meu patrão, então ele não pode comer com a gente aqui- expliquei. Seu rosto se contorceu em confusão.

– Mas a senhora não disse que ele é seu amigo mamãe?

– Sim ele é, mas também é o meu patrão, e os patrões não comem com os empregados. Entendeu pequena?- perguntei temendo que ela não tivesse entendido. Não tem como eu dizer a ela toda a verdade, que Edward me odeia, e que ele só me aceitou em sua casa por pena. Mas Mel apenas balançou a cabeça. Fiquei aliviada por isso. Por enquanto a verdade vai ficar oculta.

Me levantei e peguei a comida e coloquei ao alcance de Mel. Deixei ela comendo e fui para sala de jantar servir o café da manhã de Edward.

Coloquei tudo em ordem como se manda a etiqueta. A taça de frutas, torradas, café, leite e o queijo. Quando acabei de arrumar me certifiquei que tudo estava certo para Edward não apontar defeito algum e fui chamá-lo.

Subi a escada. Edward ainda deveria está no seu escritório. Bati três vezes na porta. ouvi sua voz dizendo que eu poderia entrar. Coloquei minha mão na maçaneta, ela estava meio tremula só de pensar em ver e falar com Edward novamente. Entrei no escritório e ele estava em pé, na frente de uma janela enorme que dava vista para um belo jardim. Seu corpo parecia tenso. Como se algo de ruim poderia a qualquer momento acontecer.

Tentei acalmar as batidas do meu coração. Eu tinha que me controlar e não deixar transparecer meu nervosismo.

– Edward seu café da manhã está servido na sala de jantar- disse em um tom de voz baixa.

Parece que seu corpo ficou mais tenso com o som da minha voz. Parecia que realmente Edward tinha algo de muito serio contra minha pessoa. Mas eu tenho certeza que seja qual for sua acusação contra mim, ela é falsa. Eu sei que não fiz nada para ele me tratar desse jeito. Às vezes fico pensando qual foi o erro, por mínimo que seja, para Edward desconfiar da minha lealdade. Desde quando nos conhecemos que sempre falei a verdade e nunca lhe dei motivos para desconfiança. Sei que ele sempre foi muito ciumento em relação a mim quando namorávamos, mas nada justifica a sua acusação de traição. Isso não tem a mínima lógica. Já disse e torno a falar, Edward foi o único homem da minha vida.

Depois de uma noite mágica que foi aquela quando me entreguei a ele, tudo se desmoronou em minha volta. Me decepcionei não só com ele, mas com meus pais. Não quero pensar, isso só vai me trazer lembranças ruins que ainda me atormentam todas as noites quando vou dormi. Me fazendo ter pesadelos horríveis.

– Primeiro de tudo- a voz de Edward me tirou do meu tupor- você não pode me chamar pelo meu primeiro nome- disse ele ainda olhando para a vista da janela- Exijo respeito, você é minha empregada, a partir de agora você vai se referir a mim como Senhor Cullen ou apenas senhor, como todos os outros empregados. Disse Edward se virando da janela. Um cala-frio passou pelo meu corpo ao ver seus olhos, eles estavam em chamas, transmitindo os únicos sentimentos que Edward deixa transparecer, o desprezo e a raiva – e segundo, eu não mandei você servir nada para mim, não que me lembre. Eu só mandei arrumar suas coisas no quarto, e você e sua filha comerem. E acho que fui claro o suficiente - respirei fundo tentando me controlar para não explodir e dize umas boas verdades na sua cara. Desabafar tudo que está preso na minha garganta por todos esses anos. A esse hora meu corpo estava todo tremulo e o meu rosto vermelho de vergonha. Abaixei minha cabeça para me controlar. Repetir com um mantra na minha mente. Não posso deixar que ele me faça perder o controle. Por mais que Edward faça isso, ele é a única pessoa que eu tenho nesse momento para me ajudar. Então disse a única coisa que eu poderia dizer naquele momento.

– Desculpas, isso não vai mais ocorrer novamente Senhor Cullen- as palavras saíram cortadas como se um bolo estivesse na minha garganta me impedindo de falar.

– Acho bom- disse Edward. Não posso dizer qual era a expressão do seu rosto porque eu não olhei mais para ele. Apenas sair daquele lugar quase correndo.

Parei meus passos no meio da escada para me recompor, não posso aparecer assim na frente da minha filha. Minha cabeça estava pensando milhões de maneiras para xingar aquele homem ou melhor o Senhor Cullen, não precisava ele falar daquele modo para dizer que eu deveria chamá-lo assim agora. Só bastava falar que deveríamos nos tratar formalmente. Que raiva. Respiro fundo duas vezes. Meu sangue está pulsando mais rápido do que o normal. Eu posso sentir isso.

Quando estava melhor desci o resto da escada e fui para sala de jantar. Seu café estava intocável na mesa. Recolhi todos os alimentos e fui para a cozinha.

– Mamãe- disse Mel quando entrei na sua visão periférica, ela estava com a boca cheia de fruta – A senhora não vai comer?- perguntou ainda comendo.

– Pequena come de vaga, eu já te falei isso- disse repreendendo Mel. Ela deu um olhar de desculpa e começou a comer mais de vagar- E não, não vou comer- Eu não estava com estômago para isso, ainda mais com o que acabei de ouvir agora a pouco.

– Mais porque? A mamãe sempre diz que faz mal não tomar café da mamãe- disse umas das minhas decorrente frase como se fosse a dona da verdade. Não me segurei e acabei rindo de sua forma de falar. Só a Mel mesmo para me fazer ri nesse momento.

– Ok, eu vou comer- disse para ela não usar nada contra mim quando não estivesse com fome. Sabe como é criança, tem uma memória de elefante. E para acusar um adulto das coisas que fez, parece que tem em dobro.

Ainda bem que Mel não percebeu meu estado de espírito. Não sei se vou aguentar Edward todos os dias me olhando de uma formar ruim e sempre falando coisas para me botar para baixo. Sei que não devo dar ouvidos para as coisas que ele fala, mas é impossível não ficar balançada. Ele está a cada minuto mais longe de ser o homem que amei no passado.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram! Me falem!
Bjos ate a próxima!!!!!!!