Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oie, apareci :p

Boa leitura, minha lindas!!!!!!!!! xox



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Três toques depois alguém atende o celular.

— Alice?   

— Oi, quem fala?

— Sou eu, a Bella - disse e passo meus olhos pelo cômodo do escritório até chegar em Edward que estava sentado na cadeira atrás da mesa com um sorriso pequeno no rosto.

Ele ficou assim depois que entrei no seu escritório pedindo o número da sua irmã. Ele me perguntou o que ela tinha aprontado, eu disse o que ouve e a parti daí esse sorriso, que fazia com que meu estômago embolasse, apareceu no seu rosto.

— Ahh oi, Bella. Recebeu o vestido? - perguntou ela com a voz suave.

— Sim, e algumas coisas a mais. Alice, só era o vestido - disse com os olhos ainda presos no Edward.

Quando contei a ele o que a Alice fez, ele achou graça.

Reviro os olhos para ele e desvio meu olhar do seu para que pudesse me concentrar na conversa.

— Bella, como você quer vestir um vestido sem mais nada para completar? - perguntou, mas não me deu chance para responder - Experimente os sapatos e veja qual o melhor. Ai tem dois números. Mas se algo der errado me ligue que resolvo.

Dois? Ainda não tinha visto tudo, mas pelo o jeito a Alice realmente exagerou.

— Alice, vou devolver tudo de volta amanhã - falei decidida.

Não ia adiantar nada discutir com ela sobre devolver tudo sem usar.

— Use, depois a gente resolve - disse ela como se fosse nada.

Suspirei.

— O que tem nas outras caixas? - quis saber.

— Complementos do seu look. Sei que vai usar tudo direitinho, confio em você - disse ela e eu ouvi algumas vozes no fundo da ligação - Eu queria conversar mais sobre isso, mas agora tenho que ir, estão me chamando. Te vejo mais tarde. Tchau.

— Alice.... - comecei a falar, mas já era muito tarde, a ligação caiu.

Suspiro frustrada.

— Ela é impossível - resmunguei enquanto devolvia o celular para o Edward.

Ele riu.

— Eu sei. Minha irmã, lembra? - não pude me segurar e ri junto.

Mal conhecia a Alice e já sabia que ela era um caso perdido.

— Lembro, mas deixa isso pra lá. Vou fazer tudo que ela disse, não tenho escolha - duvido que tenha algo no meu armário que desse para ir em um evento dessa escola, não que eu ligasse para o que as pessoas falariam. Eu só não queria envergonhar a Mel. Então se pra isso tenho que usar algo que não é meu,  e que custa uma fortuna, então que seja - Bem, agora tenho que ir. Tenho que deixar a Mel pronta em menos de duas horas. Deixei ela lanchando na cozinha. Obrigada por emprestar o seu celular.

— Tudo bem, mas antes de você ir queria te falar uma coisa.

— Pode falar - observei ele se levantar da sua cadeira e contornar a mesa vindo parar na minha frente.

Dei involuntariamente um passo para trás.

Ele pareceu notar minha recua, pois me olhou com hesitação e pigarreou antes de falar.

— Eu queria te dizer que não vou passar o natal com a minha família – ele falou cada palavra tão lentamente como se esperasse que eu realmente querer-se compreender algo mais do que ele estava falando.

— Você vai viajar?

Ele negou com a cabeça

—  Estou querendo dizer que vou passar o Natal com você e a Mel.

Arfei sem poder segurar a minha surpresa.

Será que ouvi bem? Ele estava falando que ia ficar por mim e pela a Mel?

Não, não, ele não pode fazer isso.

— Não faça isso – disse tentando sair da nuvem que ele me deixou depois de dar essa notícia perturbadora.

— Por quê? Eu quero fazer isso. Já falei com a minha mãe, e tudo bem para ela – disse ele como se aquilo explicasse tudo.

Será que ele não entendia que quando agia dessa forma, como se nada estivesse errado entre a gente, isso me machucava ainda mais?

— Não está tudo bem para mim ‑  disse com a voz quase falha.

Observei a ansiedade sumir dos seus olhos, dando lugar a uma tremenda dor, que fez meu peito aperta.

Mas o que ele queria que eu fizesse? Aceitasse sem falar nada e fingir que tudo estava bem?        

 

— Você não me quer com vocês? – a sua voz transmitia rejeição.

Fechei meu olhos querendo tirar aquela imagem perturbadora dele me olhando como se eu tivesse negado o que ele mais desejava no mundo.

— Não é assim – disse ao abrir meus olhos.

— Então me diga o porquê?

— É complicado, Edward – disse temendo como aquela conversa ia terminar - Você vai complicar mais ainda a cabeça da Mel – ele me olhou confuso. Apertei minha mandíbula tentando arrumar coragem para falar - Você esta agindo com um... Pai - a palavra com três letras saíram como se cada uma pesasse cem toneladas .

Ele passou a mão na cabeça e desviou seu olhar de mim.

Suspirei imaginando que a conversa ia terminar ali.

Mas com uma voz fraca ele voltou a falar.

—E você acha que não pensei nisso? – perguntou e levantou a cabeça para poder me encarar - Eu nunca desejei algo como desejo isso. Eu quero ser... Eu quero ser um pai para a Mel.

Aquelas palavras fizeram com que todas minhas células de pânico fossem ativadas em mim.

A minha respiração ficou alterada, meu coração parecia querer fugir de mim de tão acelerado que ele estava.

Ele notou algo? Ele acreditava em mim?

Apesar de todo pânico, meu coração se aqueceu.

— Eu não quero substituir seu pai biológico, mas  quero chegar o mais perto possível de ser um bom pai para ela – ele disse essas palavras com tanta força e sinceridade, que se fosse outro caso, eu me sentiria completamente tocada e emocionada com a sua atitude, mas essas palavras só fez que a dor se alastra-se mais ainda em mim.

Ele não acreditava e nunca ia acreditar por si mesmo que a Mel era a sua filha.

Eu sou uma idiota por ainda ter esperanças.

— Não, Edward– finalmente consegui dizer alguma coisa. Minhas palavras eram pausadas, eu tentava clarear a minha mente ao mesmo tempo que me concentrava para falar com cuidado para não deixar nada de ruim escapasse, não queria me lembrar dessa cena mais tarde e me arrepender do que falei- Não é só porque você deseja agora ser um pai para a Mel que você vai ser. Não é assim – fiquei muito agradecida por a minha voz sair firme - E você também estar esquecendo de algo, eu vou embora com ela um dia, não vou ficar aqui para sempre. E quando formos embora vai ser só nós duas novamente -

— Não precisa ser assim. Eu posso fazer parte disso – ele ouviu o que acabei de dizer? - Se depender de mim, eu poderia ter você de volta.

O que  mais queria na vida era dizer sim para ele, mas não podia. As coisas não eram tão fáceis assim.

— Mas não depende – disse desviando meu olhar do seu.

Tomei um choque quando senti sua mão no meu rosto. Ele me fez olhar para ele.

Prendi minha respiração por ele está tão perto.

— Eu não acredito nisso. Estou renunciando tudo, todo nosso passado. Abrindo mão de toda magoa, de todo rancor para ter você de volta e eu sinto que você também quer. Os seus olhos dizem isso. Por que está tentando negar isso? – seus olhos estavam transmitindo total desespero.

Fiz um esforço sobre humano para tirar sua mão do meu rosto e dar um passo para trás, quando o que eu mais queria era me jogar em seus braços e ouvi da sua boca que ele acreditava em mim.

Ele deixou sua mão cair e me olhou angustiado.

— Nem tudo que quero é o mais certo. O passado não vai se apagar só porque você deseja isso – disse com a voz firme.

— Eu não entendo... Por que você reage sempre assim? Você me odeia por ter... 

— Não, eu não te odeio – o interrompi - Pelo contrário. O que que sinto por você nunca mudou, por mais que eu tente, nunca vai acabar. Mas existem mais coisas além disso – desabafei.

— O quê? Me diga, por favor, talvez eu possa mudar. Eu juro que vou tentar só para ter você de volta.

Não posso contar quantas vezes sonhei em ouvir essas palavras da sua boca, mas era em um estado completamente diferente.

— Eu não confio em você, Edward, e você não tem o poder de mudar a minha confiança, isso não está ao seu alcance – cada palavra foi dita com sinceridade, e isso pareceu machucar profundamente o Edward, pois a forma com que ele me olhou me fez quase ficar de joelhos.

Ele passou as mãos na cabeça e puxou seu cabelo para trás parecendo desesperado.

Ele me olhou como se eu fosse sua fonte de salvação. Existia tanto doçura, desespero, esperança e carinho ali, que quase me arrependi de ter sido tão sincera.

— Edward... - comecei a me aproximar dele, mas estanquei no caminho quando ele disse as três palavras que eu tinha certeza que nunca mais ia ouvir da sua boca.

— Eu te amo- ele sussurrou e ofeguei paralisada.

 Observei ele respirar fundo e dar um passo em minha direção.

Novamente estávamos próximos. Dessa vez eu não tive forças para me afastar.

Estremeci quando sua mão tocou de leve o meu rosto. Foi ai que notei que lágrimas caiam dos meus olhos.

— Eu te amo - sussurrou novamente com o rosto extremamente perto do meu. Tão perto que eu podia sentir sua respiração no meu rosto - Não me faça viver longe de você, eu não consigo mais, não tenho mais forças para negar o que sinto, é mais forte que tudo. Eu ainda te amo, esse amor é tão forte que parece que só fez crescer durante esses anos. Eu sei que é difícil superar o passado, mas me dá mais uma chance e eu te prometo que nunca mais vou te soltar dos meus braços. Eu posso te fazer feliz, Bella. Por favor, me deixa te amar - seus olhos transmitiam uma emoção que me deixava sufocada, porque eu me sentia da mesma forma. Suas mãos embalaram meu rosto com adoração.

 Respirei mais rápido quando seu polegar se arrastou pela minha bochecha fazendo carinho. Fechei meus olhos com força. Senti tantas saudades do seu toque. Ele me deixava nervosa e ao mesmo tempo calma. Ele me fazia sentir um turbilhão de sentimentos com apenas um toque. Meu corpo sabia que aquele homem que estava me tocando era o amor da minha vida. Ele me fez sentir a melhor sensação do mundo, que era ser amada.

Uma chama indecifrável subiu pelo meu corpo e de repente eu não conseguia mais me controlar.

A única coisa que queria era ter o alívio dessa dor no meu peito, que a cada dia ficava mais insuportável.

Abri meus olhos e o que só pude enxergar na minha frente era o homem que amei incondicionalmente, e o quanto o desejava e o quanto o queria para mim.

Sem que ele esperasse impulsionei meu corpo para frente e os meus lábios encobriram os seus.

Ele arfou surpreso, mas em seguida suas mãos apertaram meu rosto me trazendo mais para si, e correspondeu ao meu beijo com fome e com força.

Subi minhas mãos para os seus ombros e apertei sua pele fazendo com que as minhas unhas afundassem em sua carne.

Edward soltou um gemido de dor e prazer.

 Ele desceu uma de suas mãos para a minha cintura e apertou forte, me puxou mais para o seu corpo. Agora eu estava completamente colada a ele.

O que estava sentindo era tão forte que mais lágrimas caíram no meu rosto. Mas não parei o beijo. Eu queria senti-lo em mim, sentir sua pele e sentir o quanto era bom ter os seus lábios sobre os meus.

Sua boca explorou a minha me deixando arfante e precisando de ar.

Ele se afastou com a respiração completamente alterada. Abri meus olhos e o encontrei me fitando.

Seus olhos refletiam os meus sentimentos. Eu podia vê-lo agora, sem casca e sem muralhas em sua volta. Aquele que estava ali na minha frente era apenas o Edward. O homem que me apaixonei e que ainda continuava amando loucamente.

— Por que você não acredita em mim? - perguntei com a voz arfante por causa do beijo e embargada por causa do choro.

— Bella.... – meu corpo tremeu quando meu nome saiu dos seus lábios. Era a primeira vez que ele me chamava assim desde que cheguei aqui.

— Você sempre foi tudo que eu sempre quis. Por que você estragou tudo? - quis saber sem me importar com as lagrimas que continuavam a cair no meu rosto.

— Shiii, não fala disso - sussurrou perto da minha boca. Ele passou seus dedos no meu rosto enxugando minhas lágrimas e logo em seguido plantou um beijo no meu queixo antes de voltar seus beijos para os meus lábios.

 Ele sugou meu lábio e mordeu logo em seguida antes de mergulhar sua língua na minha boca. Ele tomou o total controle do beijo. Ele era forte  e quase  impaciente. E eu correspondi. Queríamos tudo um do outro. Ficando quase impossível de pensar. Gemi quando senti meu corpo se encostar em uma parede fazendo com que o corpo do Edward se apertasse ao meu. Uma de suas mãos saíram do meu rosto e foi descendo pelo meu corpo. Ele soltou meus lábios e eu arfei buscando ar, mas Edward não tirou sua boca de mim. Seus beijou desceram para o meu pescoço. Soltei um gemido fraco e joguei minha cabeça para o lado, querendo senti sua boca mais na minha pele. Sua mão continuou sua trajetória pelo meu corpo. Arqueei meu corpo quando sua mão roçou no meu seio. Apertei meu olhos fechados com força por senti um baque de sensações e lembranças só por causa desse toque.

Isso fez com que fleches de clareza aparecesse em minha mente.

— Não - sussurrei com a voz tremula. Abri meus olhos e empurrei o peito do Edward com força.

Ele não fez força alguma para resistir e se separou de mim arfando.

Encostei minha cabeça na parede e tentei recuperar o meu fôlego.

— Não podemos continuar - disse olhando para ele. Edward ainda continuava perto de mim - Temos que convers...

— Me aceite de volta - ele me cortou e se aproximou de mim. Eu impedi o seu avanço colocando minha mão em seu peito para impedir que ele chegasse mais perto.

— Não, Edward. Assim não. Eu não quero.

— Você quer sim, eu sei. Seu beijo me disse isso, assim como seus olhos agora. Eles estão cheio de desejo - sussurrou a a voz bêbada de luxuria.

Eu quero tanto, mas não posso... Não posso.

— Não. Por favor se afaste, eu preciso pensar direito - pedi, mas ele continuou no mesmo lugar. Abaixo a minha mão e passo por ele.

Ele não me impediu.

Passo minhas mãos pelo meu pescoço e pelo rosto. Eu estava quente, fervendo por dentro.

Respiro fundo ainda de costas para Edward.

— Não pode ser assim. Eu... Eu não confio...

— Eu te amo, Bella. Você tem que acreditar - ouço sua voz ainda um pouco alterada.

Não me virei para encara-lo.

Não tinha coragem. Depois do que aconteceu eu não podia confiar em mim mesma para ver seu corpo quente, e os seus olhos me fitando com tanto desejo e carinho.

Eu tenho que sair daqui.

— Não, eu não posso - sussurrei e caminho para até a saída do escritório.

Estendo minha mão para a maçaneta quando ouvi a sua voz atrás de mim.

— Eu não vou desistir de você.

 Meu instinto era de voltar para os seus braços e deixar com que ele levasse minha dor embora, mas arrumei forças sobre humanas e apenas abri a porta.

Saio pelo corredor, e ando pelo caminho mais perto para ficar o mais longe possível desse homem.

 

.......................................

— Oh, você está linda demais - disse emocionada quando terminei de arrumá-la. Seu cabelo estava em uma montanha de cachos castanhos avermelhados que emolduravam seu rosto corado. A sua roupa era um vestido de fada. Todo brilhoso na parte de cima e a saia era toda volumosa e rodada. E o que a deixava mais fofa era as pequenas assas nas costas. Dava vontade de apertar e nunca mais soltar.

— Olha, mamãe. Agora eu sou uma fada- disse ela rodopiando no meio do quarto.

— A fada mais linda que já vi - disse completamente abobalhada - Só falta a varinha e a sua cestinha.

Fui até a cama e peguei a cesta e a varinha que veio junto com o vestido. Entreguei a Mel e me afastei para admira-la ainda mais.

— Mamãe, qual o seu desejo? - perguntou ela me olhando seria, mas os seus olhos cintilavam de diversão.

— Talvez uma pizza enorme logo depois da sua apresentação - disse de um jeito pensativo e ela sorriu.

— Oh sim, ótimo pedido. Espera um pouco - ela girou a varinha prata brilhante em minha direção e depois fez um burburinho com a boca - Pronto, já fiz seu pedido, mas ele vai se realiza daqui a pouco. Olha, eu não sou legal? Agora sei como realizar pedidos.

— Sim, sabe sim, minha linda, mas agora eu tenho que me arrumar. 

— Eu posso ir ver Edwald? Quero mostrar a minha varinha de cordão - ela me olhou com expectativa.

— Pode, mas desça de vagar para não cair na escada.  Cuidado para não amassar o vestido, e não toque no seu cabelo - a alertei e ela assentiu obediente.

Observei ela sair do quarto com um suspiro.

Estava fácil de me entreter com a Mel por perto para não ficar pensando no que ouve a algumas horas atrás.

Aquilo era tortuoso para mim.

Como pude me deixar levar?

E o pior é que tento me sentir arrependida, mas não me sinto nem um pouco.

Era como se o meu interior precisasse daquele beijo e das mãos de Edward em meu corpo.

Não consigo parar de pensar de como foi a sensação.

Cheiro o meu ombro e fecho meus olhos. O perfume maravilho dele ainda estava impregnado em mim.

Deus, como é que posso lutar contra a essa atração? É demais para mim. Eu amei e odiei cada segundo que passei em seus braços.

Dentro de mim era como se tivesse uma grande luta. De um lado meu lado onde eu só queria me jogar nos braços de Edward e me esquecer de tudo, e o outro era o lado que estava as lembranças ruins e o drástico pensamento de que ele ainda acredita que de alguma forma eu o trair.

Sem nem pensar duas vezes o meu segundo lado é o mais forte, mas isso não quer dizer que o primeiro lado seja franco.

Pelo contrário.

Quase fiz uma loucura naquele escritório. E pior foi eu que comecei.

E ainda tinha as suas palavras. Elas zumbiam no meu ouvido a todo instante.

" Eu te amo"

" Você tem que acreditar em mim"

" Eu não vou desistir de você"

Suspiro e abro meus olhos para voltar a realidade.

Eu tinha que tentar esquecer tudo que ouve, pelo menos por alguns instantes, senão vou enlouquecer.

Respiro fundo e vou até a cama, onde estava tudo que a Alice tinha mando entregue hoje mais cedo.

Agora era a minha vez de me arrumar.

Espero que der tudo certo.

Tiro o vestido que estava vestida e fico só de sutiã e calcinha.

Vou até uma das maletas que a Alice entregou e tiro de lá todo tipo de maquiagem e produtos de cabelo.

Coloco tudo em cima do balcão do banheiro e olhos para eles temerosa.

Faz bastante tempo que não me arrumo para algo grande. Estava morrendo de medo de fazer tudo errado.

Suspiro e vou para o chuveiro. Me banho ainda com cuidado, meus ferimentos do tronco ainda não estavam completamente sarados.

Lavo meu cabelo com os produtos da Alice e depois depilo minhas pernas.

Depois de pronta pego o roupão que estava mais perto e me visto com ele.

Empurro o vidro do box e vou para frente do balcão.

Pego a pomada que sempre ficava ali e passo na minha costela e barriga. Deixo o roupão aberto para a pomada secar e finalmente olho para o espelho.

Faço uma careta.

Eu teria que passar uma boa mão de base e corretivo para tirar as marcas do meu rosto.

Espero que seja o suficiente para disfarçar.

Pego uma toalha de rosto e enxugo meu cabelo que estava muito macio por causa dos produtos, e depois seco com a ajuda do secador.

Os minutos de passão até que eles estavam completamente lisos. Olho para a chapinha e o baby lise em dúvida do que usar.

Fecho meus olhos e tento me lembrar o que eu mais gostava de usar.

Meu cabelo sempre foi liso, mas ele tinha uma certa ondulação nas pontas, mas sempre gostava de reforçava os cachos se tivesse que ir a alguma festa.

Pego o baby lise e começo a fazer cachos com mechas grossas, mas não no fio todo, um pouco mais da metade para baixo.

No começo fiquei um pouco atrapalhada, porque fazia um bom tempo que não usava aquilo, mas depois pego novamente o jeito.

Depois que terminei a última mecha, pego uma escova e penteio até deixar os poucos cachos bem soltos.

Sorri insegura para o resultado.

Acho que estava bom.

Prendo ele com algo folgado para não amassar e olho para as maquiagens.

Começo preparando a minha pele para passar a maquiagem e depois começo a passar o corretivo nas arias certas das concussões e depois passo uma camada de base.

Fico olhando para o espelho tentando ver se achava mais alguma concussão. Tinha aplicado a base até a parte do colo que o vestido não ia cobrir.

Acho que estava tudo ok.

Respiro fundo e passo para a próxima fase.

Maquiar os olhos.

Pego uma sobrar preta e outra de um tom bege marrom clarinho.

Passo eles com ajuda de um pincel. Passo primeiro o bege marrom e depois com o preto estufo a aria côncava do olho.

Pisco alguma vezes e analiso o trabalho.

Me surpreendo por ter acertado. Não deixei nada muito carregado. Estava suave, a maneira que sempre usava. Agora só faltava delineador e a máscara de cílios.

Passou os dois com o estremo cuidado para não errar.

Depois de quase chorar de manter o olho aberto, termino.

Suspiro agradecida por também não ter errado.

Olho para as cores de batons e pego o mais claro que tinha, ele era meio coral, calmo não chamava muita atenção.

Depois de pronta solto o cabelo.

Saio do banheiro e vou até a cama para pegar o vestido.

Tiro o roupão e visto uma calcinha de algodão pequena e um sutiã preto de bojo. Tiro o vestido com cuidado do plástico.

Ele era simplesmente lindo. Ele era preto perola, completamente justo, mas seu colo era bem comportado e o seu tamanho era de ser só até um pouco acima do joelho.

Arregalo os olhos quando o toco.

Aquilo era seda? E pior seda francesa? Eu sabia reconhecer uma quando via.

Nem em mil anos conseguiria pagar aquele vestido.

A Alice era doida em me entregar um vestido de seda?

Por mais que só tenha conversado com ela por algumas horas, eu poderia dizer que sim, ela era.

Visto o vestido com a consciência pesada. Mas tudo era para a minha filha.

Pego da caixa o sapato de verniz de bico fino preto e me sinto mais culpada ao ver o nome Loboutin e sua marca registrada que era o solado com um vermelho vibrante.

O calço e me levanto sem querer pensar o quanto caro ele foi.

Por fim abro a caixa menor. Lá dentro tinha outra caixa, ela era fina e de veludo. Meu cérebro já denunciava o que tinha lá dentro. Abri a tampa e minha respiração ficou presa.

Era um conjunto lindo com a minha pedra preferida. Esmeraldas.

Solto a respiração. E tampo a caixa e a coloco onde a encontrei.

Aquilo era demais.

Me levanto da cama e paro no enorme espelho que tinha no quarto.

Encaro a mulher na minha frente e me pergunto se realmente era eu ali.

Levanto minha mão direita a até meu cabelo levemente ondulado e a mulher do espelho faz o mesmo gesto.

Uma explosão de sentimentos caiem sobre mim.

Saudades, desejo, frustração, Alegria, amargura e até um pouco de raiva. Tudo ao mesmo tempo.

Tento respirar para não perder o fôlego.

Eu estava encarando a mulher que eu já fui um dia. A mulher do meu passado distante. A mulher que eu acreditava nunca mais ai ver.

Não sei como reagir com os sentimentos que estou sentindo. Mas faço um esforço sobre humano para segura-los dentro de mim.

Eu tinha que ser forte, e encarar o que tivesse que enfrentar hoje.

Assim que termino esse pensamento ouço duas batidas na porta.

— Pode entrar - digo com a voz embaçada por causa da tremenda confusão que estava dentro de mim.

— Vim saber se já está pronta - ouço a voz de Edward. Me viro ao mesmo tempo que ele entra no quarto. Seus olhos percorrem todo meu corpo com assombro.

Me viro para o espelho novamente não muito confortável pelo olhar de Edward sobre mim.

— Eu... - pigarreio para a minha voz voltar - Eu estou pronta. Só falta a minha bolsa. Só um minuto.

Evito olhar para ele quando vou até a cama pegar uma bolsa preta que a Alice tinha preparado para mim. Ando rapidamente até o closet onde estavam todas as minhas coisas, e pego dinheiro e os meus documentos para colocar na bolsa.

Depois que acabo respiro fundo e saio do closet.

— Podemos ir- disse voltando para o quarto. O Edward ainda estava no mesmo lugar.

Ele me olhou como se fosse um fantasma.

— Edward - o chamo com a voz nervosa.

Por que ele estava me olhando assim?

Ele pareceu desperta dos seus pensamentos. Mas ainda parecia atordoado.

 - Você... - ele começa mais para como se tivesse perdido as palavras.

Comecei a me preocupar.

Será que exagerei?

— Você acha que está bom? - perguntei incerta. Ele abriu a boca para falar algo, mas em seguida fechou.

Passo a mão no meu cabelo me sentindo ridícula por ter me arrumado tanto.

Me viro de volta para o espelho e olho para o meu rosto.

Talvez a maquiagem tivesse demais ou não se usava mais assim. Ou talvez meu cabelo esteja solto demais. A única coisa que estava achando certo era o vestido e o sapatos.

Suspiro e pego meus cabelos, enrolo e os coloco para cima. Faço uma careta para o resultado. Solto frustrada e pego um lenço umedecido que veio nas coisas da Alice. Já estava quase tocando o rosto com o lenço para tirar a maquiagem quando Edward me impede segurando meu braço.

— Não faça isso - disse ele apertando meu braço suavemente.

— Oh... Não está ruim? Eu...eu não tenho certeza mais como as coisas são agora - disse  quando ele soltou meu braço. Virei meu rosto para olhá-lo e ofeguei ao sentir ele tão perto.

 Recuei um passo para trás instantaneamente quando senti que ele estava perto demais.

Ele suspirou, mas mesmo assim um sorriso apareceu no seu rosto.

— Você está linda, Bella - disse ele com uma mistura de doçura e sedução em sua voz.

Não pude evitar em ficar rubra.

Desviei meu olhar do seus bastante desconcertada.

— Hummm... Obrigada... Eu... Eu acho que devemos ir - falei totalmente atrapalhada.

Argh, odiava ficar assim na frente dele, porque o seu sorriso que amava tanto sempre aparecia nessas horas.

Ele costumava dizer que amava me ver atrapalhada por causa dele. E agora não era diferente.

O sorriso torto estava ali, bem ali na boca que beijei mais cedo .... E não, Bella, não é hora de falar nisso.

Sem aviso passo por ele com a bolsa em minhas mãos. Saio do quarto e ouço seus passos logo atrás de mim.

Chego na porta da sala com o Edward ao meu lado.

Franzo o cenho quando vejo um homem quase da mesma altura do Edward. Ele estava   de terno azul marinho de costa para a entrada de onde eu estava com a minha filha a rodopiando no meio da sala.

Olhei para Edward em busca de respostas.

Ele apenas dá de ombro.

— Esse é o Will. Se lembra? Já falei algumas vezes dele para você - minha mente esclareceu com essa informação.

Eu já tinha ouvido falar bastante desse Will quando namorava Edward. Ele era um amigo do Edward desde da infância. Nunca tinha o conhecido pessoalmente, ele na época estudava em outro estado. Tinha visto algumas fotos dele junto com Edward, mas nada que me fizesse lembra.

A Mel me falou um pouco dele. Ele veio aqui quando eu estava de cama. A minha filha disse que ele era bem legal e engraçado.

A voz de Edward pareceu chamar a atenção dos dois no meio da sala.

O Will se virou e eu me deparei enormes olhos castanhos claros. Pareciam ouro líquido. Sua pele era clara fazendo com que seu terno se destacasse bem em seu físico. Seu cabelo era curto em um corte moderno e  a cor era uma bagunça de castanho com loiro mel.

Ele era bem bonito. Ele realmente era.

Sorri educadamente para ele quando seus olhos caíram em mim. Surpresa estampou seu rosto, mas logo um sorriso sedutor cobriu qualquer vestígio de surpresa.

— Mamãe - a Mel me chamou vindo em minha direção - A senhora tem que conhecer o Will. Se lembra dele? Eu te falei.

Sorri para ela.

— Me lembro, filha - disse e o Will se aproximou da gente e me ofereceu a mão.

— Então essa é a tão famosa Isabella - ele me cumprimentou quando apertei a sua mão.

Sorri sem graça.

— Eu acho que sou - ele sorriu mais ainda com aminha resposta.

— Eu realmente não esperava que você fosse tão bonita - ele elogiou.

Ele era um galanteador nada. Ele deixou bem claro.

Sorri e já ia agradecer quando o Edward se moveu desconfortável ao meu lado.

— Cala boca, Will - ele disse sobre os dentes para que a Mel não entendesses.

Me surpreendi pela forma do Edward falar, mas quando olhei para o Will o seu sorriso brilhante ainda estava no mesmo lugar.

Ele não parecia se importar com as palavras do Edward.

Não sei dizer bem, mas por hora, gostei dele.

— Relaxa, Edward. Só estou sendo agradável - ele levantou as mãos em sinal de rendição e olhou para mim - Não liga não. Ele é estressado desse jeito comigo, mas esse ai me ama - ele piscou para mim.

— Estou quase me arrependendo de ter ligado para você - resmungou Edward ao meu lado, mas ele parecia neutro.

Estava bem claro que aquilo era bem comum entre eles.

— Acho que devemos ir - eu disse  e olhei para a Mel para ver se estava tudo certo com ela - Você está linda, fadinha - me abaixei com cuidado por causa do salto e beijei seu cabelo.

Ela me deu um sorriso brilhante e beijou o meu rosto.

Me levantei e me virei para os homens que nos observavam.

— Vamos? - eles assentiram

O Will foi em carro separado, ele tinha vindo com o carro dele. A Mel, o Edward e eu fomos com Phil dirigindo.

A Mel foi entre nos dois, mas nada impedia a força da atração entre a gente, e parece que ficou ainda pior depois daquele beijo.

Eu sempre o pegava olhando para mim. Ele não tinha a mínima vergonha disso. Eu que desviava sem graça, evitei em olhar para ele o caminha todo.

Suspirei aliviada quando o carro parou no estacionamento já dentro da escola.

Desprendi o cinto de segurança da Mel e a ajudei a sair do carro.

O Phil fechou a porta do carro para mim assim que sair.

Disse um obrigado e ele sorriu com gentiliza.

Andei segurando a mão de Mel e o Edward segurava a sua outra mão. O Will estava logo ao lado de Edward.

Entramos no que parecia ser o auditório. A sala era bem ampla. Com varia cadeiras acolchoadas, parecida com uma sala de cinema, mas no lugar de uma tela gigante havia um enorme palco tampado por uma cortina vermelha.

O Edward nos guiou pelo corredor do auditório. Ele havia dito que a sua família já estava toda ali.

Chegamos mais a frente, e ai pude ver na segunda fileira Carlisle, Esme, Alice e um homem loiro na sua frente que eu ariscava dizer que era o seu marido.

— Oi, chegamos - disse Edward chamado a atenção deles.

Eu os cumprimentei um de cada vez com um abraço.

— Ohh... Você esta linda. Eu sabia que podia confiar em você - disse ela me abraçando - Só está faltando as joias - sussurrou ela no meu ouvido.

— Aquilo era demais - disse e ela revirou os olhos.

— Onde estão a Rose, o Emmett e a Sophia? - perguntou o Will.

— Eles foram levar a Sophia para concentração que está havendo antes da apresentação - explicou Esme.

Uma mulher que era funcionaria daqui também me disse que era para levara a Mel para essa concentração.

— Eu vou levar ela disse pegando a mão da Mel que tinha acabado de falar com o Carlisle.

Todos assentiram e eu sai da fila de cadeiras e voltei para o corredor seguindo a plaquinha brilhante que tinha no lado esquerdo do palco que estava escrito reunião dos alunos.

O Edward me seguiu sem dizer nada.

Chegamos dentro de uma sala vasta onde várias crianças se encontravam junto dos seus pais.

A Mel me olhou com medo.

— Mamãe, eu não quero mais ficar aqui- disse ela fazendo biquinho.

Me ajoelhei na sua frente e peguei seu rosto em minhas mãos.

— Mas filha, você esta tão linda, e sem falar que você sabe tudo direitinho do que vai fazer. Nos ensaiamos ontem a noite, se lembra?

Ela assistiu, mas fez um rostinho de choro.

— Mas eu posso errar.

— Você não vai errar. Confio em você, pequena. Não desista, eu quero te ver fazendo essa apresentação. Estou muito orgulhosa de você - ela me olhou por alguns instantes, mas assentiu.

Suspirei aliviada.

— Você vai fazer tudo direitinho, te amo - sussurro para ela e beijei sua cabeça

Eu me levantei e o Edward tomou o meu lugar só que ele a pegou no colo e lhe deu um abraço. Ele falou alguma coisa para ela, mas não conseguir entender. Tinha barulho de criança por toda parte. Mas o importante era que ele deixou a minha pequena com um sorriso no rosto.

Ele a colocou no chão assim que uma mulher, que se apresentou como professora da Mel, a chamou para ser juntar com os coleguinhas da sua classe.

Depois que outro beijo de mim eu a deixei partiu com a professora.

Olhei preocupada enquanto ela ia ficando mais longe de mim.

— Ela vai ficar bem- Edward disse ao meu lado.

Olhei para ele e assenti.

Edward colocou uma mão nas minhas costas e voltamos para os acentos.

Quando chegamos lá a Rosalie e o Emmett já tinham chegado. 

Cumprimentei Emmett e só dei um aceno a Rosalie, por um milagre divino ela acenou, mas não antes de me olhar da cabeça aos pés. Confesso que me senti bem por esta bem vestida.

Agradeço a Alice mentalmente por isso.

Passo por todos e me sento na poltrona que estava vazia ao lado da Alice.

Ela sorri para mim quando o Edward senta ao meu lado.

Me mexo desconfortável. E faço o meu máximo para fingir que a sua presença não me afetava, mas ele não pensava assim de mim. Pois  a todo instante ele fazia questão de esbarrar seu braço no meu.

Olho para o Edward, e ele estava com todo seu apoiado no lado direito do acento, inclinado em minha direção.

Seus olhos caiem em mim e um sorriso abusado surgir em sua boca.

Engulo em seco e olho para frente rapidamente.

Suspiro aliviada quando uma mulher apareceu no palco falando que a apresentação já ia começar.

— Boa Noite a todos. Hoje mais um ano estamos aqui comemorando o natal. Preparamos para vocês nessa noite um musical de natal. Desejamos que vocês apreciem o envolvimento de seus filhos nesse musical assim como nós, que durante semana ensaiamos, mudamos e acrescentamos para fazer dessa noite, uma noite de emoção, de orgulho, de alegrias, de certeza que de ensinar e fazer o bem aos nossos filhos, aos nossos alunos é o melhor caminha para a felicidade. Não pretendemos questionar crenças, queremos simplesmente compartilhar com vocês o clima de paz e de amor que o natal trás. Com vocês nosso musical de natal - ela acabou de falar e as cortinas se abriram.

O auditório se encheu de palmas.

Mordi meu lábio de ansiosa para ver a minha filha.

O palco estava todo escuro só com uma luz focal amarela iluminado o centro do palco.

Uma música infantil encheu nossos ouvidos e um casal de crianças de mãos dadas vestidas de branco com asinhas de anjos nas costas, apareceram no centro do palco cada uma com um microfone nas mãos.

Eles tinham idade por volta de 5 a 6 anos.

— Senhoras e senhores, estamos aqui para apresentar o nossa peça musical - falou o menino, e acenou para a plateia, provavelmente para seus país.

A menininha deu um passo à frente e deu um suspiro de nervosa. A deixando mais adorável ainda.

— Humm.... Espero que vocês gostem e que o papai do céu abençoe vocês - disse ela docemente e todo mundo aplaudiu sua fofura.

Eles saíram do foco da luz e a iluminação do palco mudou.

Milhares de luzes piscantes iluminaram o palco. No fundo tinha um painel com desenhos de árvores simulando uma floresta.

Um fundo de som imitando o barulho de floresta surgiu e três crianças apareceram no palco.

Meu coração pulsou quando vi que era a Mel.  Ela caminhou sobre o palco com mais duas meninas vestidas exatamente como ela, mas com cor diferente.

Elas pararam no centro e a Mel olhou para plateia. Sem poder me segurar levantei a mão e acenei para ela sorrindo. Ela acenou de volta e me deu um sorriso brilhante.

A partir daí uma música infantil começou a tocar e elas dançaram no palco. Eu estava tão vidrada na Mel rodopiando no palco que mal notei que entraram várias crianças vestidas com fantasias de animais. Eles circularam a minha filha e as outras meninas. E elas três dançaram dentro círculo.

A história da peça musical era linda. Contava a história de três fadas que viviam no bosque, elas eram irmãs e adoravam dançar e amavam a natureza. Mas elas tinham um problema, aonde elas moravam nunca se comemoravam o Natal, porque a bruxa que vivia nas trevas do bosque não deixava nevar.

 Um dia, a mais valente das três faladas foi nas trevas do bosque perguntar porque a bruxa não gostava do Natal. Para o desespero da fada a bruxa a aprisionou em uma gaiola dourada e disse que ela nunca mais ia sair dali. As outras duas fadas esperaram sua irmã o dia todo, e quando chegou a noite elas ficaram com muito medo, pois sua irmã nunca ficava fora de casa na escuridão da noite. Então quando veio o amanhecer elas duas decidiram procura-la. Elas caminharam pelo bosque por toda manhã, já estavam bem cansadas quando um coelho encontraram elas no meio do caminho e disse que sabia onde a irmã delas estavam. As duas fadas imediatamente pediram para que o coelho a levassem até sua irmã, mas o coelho era medroso e não quis. As duas fadas continuaram a insistir e finalmente o coelho aceitou ajudá-las.

O coelho as levou para a toca da bruxa. Elas estavam com muito medo, porque nunca na vida delas andaram pelo bosque na parte sombria. Mas a sua irmã precisava delas. Elas engoliram o medo e seguiram em frente. Ao chega na casa da bruxa ela podiam ouvir os gritos de pedido de socorro da sua irmã. Elas já iam bater na porta para entrarem quando a bruxa apareceu. A bruxa disse que não ia soltar as irmãs delas, as duas fadas ficaram em pânico e começaram a chorar. Elas estavam tão desesperadas para ter sua irmã de volta que prometeram a bruxa a fazer o que ela quisesse se soltasse a sua irmã. A bruxa sorriu diabolicamente e aceitou. A bruxa pediu para que elas limpassem todo seu jardim, mas só até o sol se por, se passasse desse horário elas nunca mais iam ver a sua irmã. Elas concordaram imediatamente, mas não sabiam que elas nunca iriam conseguir arrumar todo jardim, pois ele era imenso e muito sujo.

O dia só faltava algumas horas para ir embora, ficando impossível de conseguir. Mas mesmo assim elas tentaram, passaram muito tempo limpando o jardim, no entanto, parecia que quanto mais elas limpavam mais ficava sujo. Elas sentaram desanimadas.

Ai foi quando o coelho, que tinha desaparecido depois que mostrou a casa da bruxa, apareceu novamente. Ele olhou para as fadas desanimadas e perguntou o que ouve. Elas falaram para ele o que tinha acontecido. O coelho olhou com tristeza para elas, mas não disse nada e foi embora. As meninas se levantaram tristes e continuaram a fazer o trabalho, mesmo que não adiantasse nada, mas elas tentaram. De repente um ruído de pegadas surgiu no longo caminho da estrada do bosque. Elas ignoraram pensado que não era nada, mas as pegadas continuaram e a cada vez que o ruído ficava cada vez mais pertos. Elas olharam curiosas para estrada e arregalaram os olhos quando viu todos bichinhos da floresta ali reunidos. O coelho saio do meio dele e disse que todos iam ajudá-la a acabar com a arrumação. Mesmo com o tempo apertado as fadas sorriram para ele agradecidas e todos começaram o trabalho. Por fim eles conseguiram salvar a irmã das fadas e ainda fez com a bruxa desfizesse o desencantamento do Natal. A neve começou a cair enquanto eles voltavam para casa. Todos se reuniram na casa das fadas e tiveram seu Natal juntos e felizes.

As cortinas se fecharam ao som de uma música natalina e depois foram abertas novamente, mas já com todo grupo reunido em uma linha reta. Todas as crianças nos cumprimentaram e uma chuva de aplausos correu pela sala do auditório. Como eu, vários pais e familiares sorriram orgulhosos da obra dos seus filhos.

Eu só faltei esmagar a minha filha de beijos e de abraços quando ela se encontrou comigo depois da apresentação.

— Você viu, mamãe? Eu conseguir - disse ela eufórica.

Sorri maravilhada por ver seus olhos brilharem de alegria.

Essa visão não tinha preço.

— Vi sim, minha linda. Você estava incrível. Eu disse a você - beijei mais uma vez seu rosto antes de solta-la e ela correr para os braços de Edward que estava esperando pacientemente por sua vez ao meu lado.

Eles se abraçaram e mais uma vez tiveram uma conversa só deles.

Suspiro e olho ao redor.

Vejo a Sophia nos braços do Emmett. Ela estava com a fantasia de um dos animais da Floresta. Ela gargalhava com as mãozinhas juntas no rosto do seu pai tentando fazer com ele parasse de beija-la.

Sorri com a imagem, mas o meu sorriso falhou quando vi a Rose. Ela não estava prestando atenção na sua filha. Muito menos olhando para mim, mas sim para Edward e a Mel que estavam ao meu lado.

Ela parecia petrificada. Ela olhava para os dois juntos como se tivesse visto um fantasma. Seu rosto estava sem cor, até que o Emmett notou para onde ela estava olhando e a chamou. Ela piscou confusa e seus olhos caíram em mim.

Eu não pude descrever o que vi naqueles olhos frios. Ela estava confusa, isso era obvio, mas tinha algo mais além que eu não conseguia identificar.

Ela desviou seus olhos de mim quando o Emmett lhe chamou mais uma vez.

— Eu não consigo imaginar fada mais linda que essa na minha frente - a Esme cortou a minha atenção da Rose - Você foi incrível no palco, Mel.

A minha filha corou ainda nos braços do Edward.

— Obrigada - disse ela sorrindo. A Esme foi até ela e lhe deu um beijo.

— Então, bela – começou Esme olhando para mim – Você vai ficar na festa da escola?

Olhei para a Mel rapidamente me lembrando da pizza que prometi a ela.

— Não, Esme. Prometi a Mel que íamos comer pizza – ela sorriu e chamou o Carlisle que estava conversando algo com Will.

Os dois vieram até a gente.

— Oi, amor – Carlisle beijou Esme de leve.

— Querido, o que você acha de a gente ir para alguma pizzaria em vez de ficar aqui?

— Logico, vamos. Todo mundo concorda? – ele olhou para a Alice que apareceu do meu lado com seu marido. Eles dois apenas assentiram.

— Você se importa, Bella, de ir com a gente? – olhei para ela sem saber o que falar.

— Eu... Eu não quero me intrometer – disse e meu olhar caiu na Rose e no Emmet que estavam se aproximando de nós.

— Claro que não. Você e a Mel são bem vindas, não é Rose?

A Rosalie chegou, mas tinha ouvido. Sua expressão estava seria, mas ela não me olhou com rejeição como normalmente fazia. Seu olhar apenas estava centrado como se mil coisas se passassem em sua mente a fazendo ficar pensativa.

— Claro – ela disse tirando seus olhos de mim e olhou outra vez para a Mel.

Como se fosse sentido de mãe meu corpo aflorou quando lembrei que a Mel não tinha uma boa impressão da Rose. Não sabia se a Mel ainda lembraria dela.

Olhei para ela e a vi neutra. Seu rosto corado estava pacifico avisando que não tinha nada de ruim ter a Rose ali. Talvez ela não se deu conta que a mulher que estava na casa da Esme naquele dia era a Rosalie.

Ela estava interessada mesmo na Sophia que ainda continuava nos braços de Emmett.

Meu olhar subiu para Edward que me olhava esperando a resposta.


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Notas finais do capítulo

Oieeeee

Depois e um tempo sem postar estou de volta. Espero que tenham gostado.

Esse cap deu um pouco de trabalho em algumas cenas, principalmente na do beijo do edward com a Bella, não sou acostumada a escrever esse tipo de coisa, mas espero que você tenham paciência comigo se acharam ruim kkkk Prometo que vou praticar... E talvez ate nessa fic tenham algumas cenas mais hot :-/ Mas se não conseguir escrever vou ter que arrumar alguém para fazer para mim kkk Mas me digam uma coisa? vocês esperam esse tipo de cena nessa fic? - ME RESPONDAM, PRECISO SABER -

Ea Rose, gente. o que ela tá pensando ao ver a Mel pela primeira vez - Lembrando que no breve momento que a Mel ouviu a rose falando mal da bella, a rose não a viu, Ok ?! - Essa é a primeira ver, e ela parece ter reagido bem surpresa.

# Minhas lindas, mais uma vez obrigada pelos comentários. Li e amei cada um. Obrigada mesmo. você moram no meu coração s2

bom, agora que vai comentar? Espero que deixem algo. Hoje vou fazer plantão para responder cada um, então pode mandar pergunta, mas por favor sem perguntas de quando o Edward vai perceber que a Mel é filha dele ou quando os pais da Bella vão aparecer - Já respondi essas duas perguntas um milhãos de vezes, kkk

Bjos e obrigada por ter chegado ate aqui!!!!!!!!!1

Obs: o vestido da bella está no grupo da fic para quem quiser ver. O da Mel não vai estar, porque perdi a foto :(