Minecraft - Um Novo Começo escrita por HunkV2


Capítulo 1
O Encontro Inesperado




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Depois de voltar a mim tratei logo de levantar da minha cama, já era dia e eu tinha que ir buscar madeira pois a minha já estava acabando. Vesti minha camisa azul piscina, minha calça azul marinho e meus sapatos cinzas, estas são minhas únicas roupas desde o inicio da guerra a quatro anos. Desci para o 1º andar da minha casa de madeira, peguei alguns pães no meu baú e peguei meu machado de ferro, também estou levando minha espada que fiz com 2 dos meu cinco diamantes que eu tinha, em tempos de guerra nunca é bom sair desarmado, e fui em direção da floresta que fica uns 2 km da minha casa que fica em uma planície.

Minha caminhada foi tranquila como muitas das que eu fiz para ir para a floresta. Eu ainda estava surpreso pois aquela foi a primeira vez que eu sonhei com algo diferente da tragédia que ocorreu na minha vila a quatro anos, a primeira vez que eu não tive um pesadelo com as mortes daquelas pessoas...bem, chega disso, isso é um assunto que eu não quero tocar, vou me concentrar no que eu vim fazer: coletar madeira!

Cheguei na floresta, grande e densa como sempre, levaria uma eternidade para eu cruza-la. Comecei a cortar as arvores, quando elas caiam eu coletava toda a madeira possível e replantava a arvore para que não falte madeira quando eu precisar. Tudo parecia normal, até que eu ouvi um barulho de dentro da floresta, parecia que alguma coisa havia caio e deu um gemido de dor. Fui dar uma olhada, com a espada em mãos, nunca se sabe se é alguma emboscada ou algo do tipo.

Entrei floresta a dentro, os gemidos ficaram um pouco mais autos, quando eu cheguei no local de onde vinha os gemidos me deparei com algo que eu achei que jamais encontraria naquele local: uma garota! Ela era baixa, pelo menos uns 50 centímetros menor que eu, ela era bonita, jovem, tinha cabelos laranjas iguais a cor de seus olhos, pele branca, ela estava usando uma jaqueta grande e verde, luvas marrons, meia causas que iam até as coxas e sapatilhas, também verdes e, não sei porque, ela não estava usando calças e nem shorts, ela usava a jaqueta para esconder a calci... deixa pra lá. Pelo símbolo que estava na toca de sua jaqueta, ela era do país dos Creepers, um povo que eu odeio muito.

Comecei a me aproximar dela, quando ela me viu ela se encolheu e começou a falar assustada e lacrimejando:

–Por favor, não me mate! Desculpe se eu invadi as terras do seu país, por favor não me mate!

Percebi que ela tinha se assustado com a minha espada, guardei-a, me abaixei e disse:

–Não se preocupe, não vou te machucar. Você não invadiu país nenhum, esta é uma terra neutra, eu não vou te matar.

Ela parecia mais calma, mas percebi que ela ainda estava desconfiada. Ela disse mais calma:

–P...promete não me machucar?

–Prometo. –respondi. –O que aconteceu com você? –perguntei.

–E...eu estava fugindo de uma coisa e então cai e torci meu pé.

–Consegue ficar de pé?

–A...acho que sim...

Ajudei ela a tentar se levantar, mas percebi que o pé dela estava doendo muito, pensei que ela poderia ter quebrado o mesmo.

–É, você não vai conseguir andar. Acho que vou ter que te carregar.

–O...o qu...

Peguei ela em meus braços, ela ficou corada e envergonhada, é mulher, isso logo passa. Mas mal sabia eu que aquela garota iria mudar a minha vida, e quase me matar também.

Levei ela para minha casa, não deu muito trabalho pois ela era muito leve. Subi as escadas, entrei no meu antigo quarto onde tinha três camas, botei a garota na cama e cuidei do pé dela, não parecia tão ruim quanto eu pensava.

–Ok, não está tão ruim assim –disse eu. –Porem você não vai poder andar até amanhã, então descanse, vou pegar algo para você comer.

Eu já estava saindo do quarto quando ela me disse:

–Espere! Qual é o seu nome?

Parei na porta, virei, olhei para ela e disse:

–Steve, e o seu?

–É Cupa e...obrigada por me ajudar... –disse ela corada.

Ela ficava muito fofa quando ficava corada. Sai do quarto e fui fazer algo para ela comer e...o que Creepers comem? Pão? Sopa? Maçã? Estava pensativo olhando o que tinha no baú quando lembrei de uma frase que meu Tio dizia quando ficávamos com fome: “Na duvida, coma bacon!”. Não sei direito o que é bacon mas decidi dar pra ela carne de vaca e pão mesmo. Levei a comida para o quarto, entrei e dei pra ela e, surpreendentemente, ela comeu tudo! Realmente ela estava com muita fome, ela agradeceu e deu uma bocejada, pelo jeito ela estava cansada, olhei para a janela e percebi que estava de noite. Não levou muito tempo para ela cair no sono, cobri ela e fui para meu quarto. Me deitei e fiquei pensativo, será que é bom manter uma Creeper na minha casa? E se ela for filha de algum general ou algo do tipo? Bem talvez ela vá embora amanhã, era o que pensava.

Amanheceu, acordei primeiro que ela, desci e fui preparar algum café-da-manhã para nós quando alguém bateu na porta. Isso é estranho, este lugar é exilado do mundo, ninguém vem aqui. Peguei a minha espada, deixei-a na cintura e fui ver que era. Abri a porta e, o que era? Mais duas garotas! Uma era mais alta que eu, muito bonita, cabelos castanhos e longos, olhos roxos, pele branca, usava uma jaqueta grande e preta, uma saia também preta, meia calças e sapatilhas também pretas e um gorro que tinha o símbolo da tribo dos EnderMans...espera, EnderMans? Eles são do The End, o que ela está fazendo aqui? E porque ela ta com um gato laranja? A outra era da minha altura, também bonita, tinha cabelos branco e longos e ela usava Maria Chiquinha, seus olhos eram cinza claro, branca, usava uma jaqueta branca bem minúscula deixando um decote de seus seios volumosos...o que eu estava falando mesmo?, usava um mini shorts brancos, meia calça e sapatilhas também brancas e luvas bem grandes, cobrindo todo o antebraço, também brancas. Usava uma toca que tinha o símbolo dos Skeletons e trazia com sigo um arco e flechas. Era só o que faltava.

Elas olharam pra mim, ficaram coradas por um minuto, não sei o porque, a EnderMan me perguntou:

–C...com licença, v...você viu a nossa amiga Cupa por aqui?

Elas eram amigas da Cupa, eu deveria saber.

–Sim, ela torceu o pé e trouce ela pra cá...

–Ela esta aqui? Pode nos levar até ela? –disse a EnderMan

–Posso, entrem.

Elas entraram e levei elas a onde a Cupa estava. Entramos no quarto e a EnderMan foi em direção dela dizendo:

–CUPA! Ficamos preocupadas com você!

–NÃO TRAGA ESSE MONSTRO PERTO DE MIM! –disse a Cupa assustada.

–Hãã...mas é só o Sr.Katirius, ele é fofo. –disse a EnderMan e...espere...Sr.Katirius? Não tinha nome pior pra inventar não? .-.

Creepers tem fobia de gatos, mas não achei que era tão forte assim. Me aproximei da Cupa e perguntei:

–Como esta o seu pé?

–Esta melhor, Steve, obrigada por cuidar de mim.

–Obrigada por cuidar da nossa amiga, Steve. –Disse a Skeleton.

–Não tem de quer...her...qual seu nome mesmo?

–Suo Suzy, a EnderMan se chama Andr. –disse a Skeleton

–Prazer em conhece-lo, Steve. –disse Andr –Só uma pergunta, você não fez...sabe...aquilo com ela...

–QUE??!! Eu nunca faria isso com uma criança.

–Criança? –falou um pouco brava a Cupa. –Eu tenho 18 anos.

1...18?! COMO ASSIM 18?! DAQUELE TAMANHO E SEM PEITOS EU ACHAVA QUE ELA TINHA UNS 12 MAS 18?!

Elas eram bem simpáticas. Eu não tenho nenhuma raiva dos Skeletons, mas dos EnderMans...não é tanta quanto a minha raiva pelos Creeper, mas...

–Bem, já que você esta melhor, vamos voltar para a cidade. Devem estar preocupados conosco. –disse Suzy

–E como vocês esperam cruzar a floresta? –contestei

–Ué, andando, porque? –disse Suzy

–Cara, a área da floresta tem mais de 243 km² e daqui até a cidade mais próxima e mais de 323 km², você levariam semanas ou até meses para chegar até a cidade mais próxima sem um meio de locomoção.

–Não se preocupe, eu tenho algumas EnderPearls aqui e...acabou elas ;-; . –disse Andr.

–Eu falei para levarmos mais. –disse Cupa.

–É pelo jeito estamos presas aqui. –disse Suzy

–Se quiserem podem ficar aqui até alguém aparecer para leva-las... –disse eu

–Serio? Obrigada! –disse Andr –Tava com medo de você nos botar pra fora.

–Eu não sou desse tipo de pessoa. Bem, podem ficar nesse quarto mesmo, vou deixa-las a sós para se acomodarem...

Já estava saindo quando:

–Só uma pergunta: de que nação você é? –perguntou Andr

Fiquei calado por um momento, abaixei um pouco a cabeça e disse sem olhar para elas:

–Eu...sou...da nação dos humanos.

Ouve um silencio absoluto no quarto, eu sai do quarto e fui preparar o almoço, enquanto eu andava corria uma lágrima do meu rosto, uma lágrima que escorria sempre que eu lembrava daquela tragédia a quatro anos atrás.

Depois de um tempo elas desceram e se sentarão na mesa, quietas. O ar estava bem tenso. Não sabia o que fazer, acho que não deveria ter dito que eu era humano. Me sentei na mesa. Tudo estava no maior silencio. O silencio foi quebrado por Suzy, que disse a mim:

–Se você quiser que nós vamos em bora, nós vamos. Não queremos causar nenhum problema a você.

–Como é... –disse eu sem entender.

–Nós sabemos o que as nossos povos fizeram aos humanos a quatro anos. –disse Andr. –Sabemos como se sente em relação a isso, não queremos incomoda-lo ou algo do tipo. Se não quiser a nossa presença aqui nós vamos em bora.

Agora entendi, elas sabiam o que ouve a quatro anos, e se sentem culpadas pelo que aconteceu, isso era claro pelos olhares tristes que elas faziam, percebi que a Cupa estava lacrimejando, acho que ela saiba o que os Creepers fizeram...Bem, eu não podia deixa-las ir então levantei e comecei a falar:

–Vocês vão ficar aqui!

–Que? –disse Andr surpresa.

–Sei que se sentem culpadas pelo que aconteceu, mas você não tem nada haver com aquilo. Vocês deveriam ser muitos jovens naquela época, não se culpem pelo que não fizeram. Vocês vão ficar aqui até alguém vir busca-las, não quero que vocês morram de fome na floresta ou comidas por algum animal.

–S...serio?! –disse Cupa limpando uma pequena lagrima de seu olho.

–Obrigada, Steve! –disse Andr mais alegre.

O ar havia mudado, elas estavam mais alegres e já tinham esquecido tudo aquilo. A única que ainda estava seria era Suzy que, apesar de estar sorrindo, era claro que ela ainda estava seria. Então eu perguntei a elas:

–Bem... o que a gente faz agoa?

Não demorou muito para um ronco que saia das barrigas delas surgir. As três ficaram coradas na hora, ficaram até fofas. Fui até o meu baú de alimentos e dei-lhes de comer, foi a primeira vez em anos que como com pessoas, isso me deixou até feliz. O dia passou e não deu para fazer minhas tarefas, eu tive que reformar a casa para fazer os quartos das garotas, eu não ia deixa-las naquele quarto velho e empoeirado. Elas insistirão para eu fazer um quarto grande para as três ficarem juntas, demorou o dia todo para fazer aquilo. No final a casa aumentou e eu fiz um grande quarto para ninguém reclamar de pouco espaço. Elas foram dormir e eu também. Tirei minha camisa e deitei na cama. Mas demorou para eu dormir. Não sei por que eu comecei a ter uma sensação estranha, como se algo ia acontecer. Senti uma presença familiar lá fora, na floresta. Estava certo de que algo iria acontecer. Estava com pressentimento ruim, muito, muito ruim.


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