Amor Leonetta! escrita por Tuka


Capítulo 33
Penúltimo Capítulo! / Ele levou dois tiros...


Notas iniciais do capítulo

Helo!!! Gente já chegamos no penúltimo capítulo!!!! Felizes? Eu estou!!!
Vou postar o último capítulo amanhã, porque recebi uma recomendação, obrigada Letta!!!
Espero que gostem do Capítulo!



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Notas iniciais!!!

POV FRANCESCA

–Eu vou entrar lá e colocar câmeras, vou finalmente poder flagrar ele... –Falei.

–Você está louca Francesca? -A Vilu me perguntou rindo.

–Não, estou falando seríssimo Vilu.

–E como você vai conseguir entrar lá? –Ela perguntou.

–A Julia sabe onde fica as chaves, quer ver. –Olhei para a Julia. –Filha, onde ficam as chaves do papai?

–No esclitólio deie. –A Julia respondeu séria.

–Viu?

–Ok, mas como você vai conseguir as chaves? –A Vilu voltou a perguntar.

–A Julia vai pegar pra mim. –Falei óbvia.

–Ok, não vou discutir. –A Vilu riu.

–Onde está meu gorducho? –Perguntei olhando para a Vilu.

Ouvi alguns choros fracos começarem e ficarem mais fortes ao longo do tempo.

–Falando no Pedro. –A Vilu riu.

A Vilu se levantou e se afastou adentrando mais a casa, quando ela desapareceu do meu campo de visão a Julia falou comigo.

–Eu nun qué i pla casa du papai. –Ela falou com os olhos cheios de lagrimas.

–Eu vou te levar lá pra nossa casa, tá? –Falei. –Eu não vou deixar seu pai te machucar, eu prometo...

–Aqui está. –A Vilu apareceu com o Pedro no colo. –Ele está meio manhoso, ele está com febre desde quinta.

–Meu gordinho. –Peguei-o no colo. –Você é tão fofo. –Dei beijos em sua bochecha gordinha. –E como está o seu ouvido em?

–Ele está ouvindo bem, está começando a atender pelo nome. –A Vilu falou orgulhosa.

–Eu estou indo bem, daqui algum tempo já vou estar boa em libras. –Falei feliz.

–Eu falei que você não precisa aprender Francesca. –Ela brigou comigo.

–A Angie também não precisa e está aprendendo. –Falei.

–Por isso eu também brigo com ela. –A Vilu riu.

–A Cami falou que veio aqui essa semana.

–É, ela jantou aqui terça. –A Vilu pegou o Pedro do meu colo porque ele começou a chorar.

–Faz um tempo que não vejo ela, como o Henry está? -´Perguntei colocando a Julia sentada no meu colo.

–Bem, está grande.

–Que bom...

*Uma semana depois

Hoje o Marco vai viajar então esse mês inteiro a Julia vai ficar comigo, vou busca-la na casa do Marco, eu estou a caminho e ela sabe que é para pegar a chave lá na estante do escritório dele.

Cheguei lá, toquei a campainha e a Julia atendeu na ponta do pé.

–Oi amor. –Peguei-a.

–Oi mamãe! –Ela me deu um beijo na bochecha.

–Onde está seu pai? –Perguntei entrando.

–No banhu. –Ela respondeu deitando a cabeça em meu ombro.

–O que foi? Está cansada? –Fechei a porta.

–O papai mi acodo cedu pla eu aluma minha mala. –Ela falou bocejando.

Como ele não pode acordar cedo para arrumar a mala da filha de 3 anos? Ele com certeza não gosta da filha, eu não vou deixa-la na mão dele por muito tempo.

–Eu vou te levar pra casa. –Beijei sua cabeça. –Você pegou a chave?

–Eu nun consigui, a gaveta é muto alta. –Ela falou.

–Vamos aproveitar que ele está no banho e pegar a chave, tá?

–Tá! –Ela assentiu.

Nós fomos para o segundo andar onde o escritório fica, abrimos a porta e logo tive a visão de várias gavetas, uma mesa com um computador e uma cadeira. Olhamos em volta sem fazer barulho nenhum.

–Ali, mamãe. –A Julia apontou para uma das gavetas, era uma das mais altas.

Abri a gaveta e vi uma chave lá dentro, pequei-a e coloquei no bolso da minha calça.

–Vamos filha. –Sussurrei.

Íamos sair mas vi a porta se abrir e o Marco entrar e nos olhar feio.

–O que estão fazendo?

Engoli seco.

–Ai não...

POV VIOLETTA

–Eu te amo. –Dei um selinho no Leon.

–Eu também. –Ele me deu um beijo mais profundo.

Nós ficamos nos beijando, o Leon colou nossos corpos e esquentou o beijo. Íamos seguir para algo mais profundo mas ouvimos o Pedro chorar.

–Ele quer te roubar de mim. –O Leon sussurrou em meu ouvido ainda com os corpos colados.

Ri.

O Pedro começou a berrar entre os choros.

–Já vou amor. –Falei me afastado do Leon e me direcionando ao berço do Pedro que fica no canto do meu quarto.

Cheguei no berço dele, ele esticou os braços e eu pequei ele colando-o ao meu corpo. Me aproximei do Leon.

–O que foi menino? –O Leon perguntou passando a mão no cabelo do Pedro.

–Sh... –Ninei-o. –Pronto... –Comecei a dar de mama para ele.

–Como ele ficou a tarde? –O Leon perguntou.

–Bem. –Respondi. –Ai, pequeno. –Ajeitei o Pedro em meu colo enquanto me sentava.

–O que foi? –O Leon me olhou preocupado.

–Nada, ele apenas estava em uma péssima posição, uma posição que machuca meu seio e deixa ele desconfortável. –Falei já confortável.

–Como você sabe de tudo isso? –Ele me perguntou rindo.

–Leon. –Olhei pra cara dele. –Eu tive gêmeos, tive que amamentar dois de uma vez só, eu precisei aprender algumas coisas.

–Como eu amo a esposa inteligente que tenho. –Ele me deu um selinho.

–E eu amo o lindo marido que tenho. –Dei outro selinho.

Esperamos o Pedro dormir, o que demorou. Quando ele dormiu colocamos ele no berço e fomos para a cama dormir para começar outro longo dia cansativo amanhã, apesar de ser sábado nós sempre ficamos com as crianças e ficar com duas crianças de seis anos e um bebê de quase cinco meses é complicado.

#Sonhos on#

Outro sonho para me atormentar, mas, desta vez estou no hospital, não reconheço o hospital nem ninguém. Ouvi berros, gritos de dor. Parei para ouvir, conhecia muito bem essa voz, sou eu. Me aproximei da sala onde vinha os gritos, e era eu mesmo, eu estava em uma sala de parto. Comecei a assistir, não sei porque mas fiquei. Logo meu “filho” nasceu, mas não me deram ele, eu fiquei lá na maca deitada.

–Onde está meu filho? –A eu do sonho, perguntou.

–A senhora não pode vê-lo. –O médico falou para a outra eu.

–Eu exijo vê-lo, ele é meu filho!

–Você não vai vê-lo. –O médico continuou.

Não fiquei para ver o resto, fui atrás da enfermeira que tinha levado o bebê. Eu a encontrei no corredor do hospital com o bebê nos braços, o bebê estava chorando desesperadamente e a mulher não estava ligando. Ela o levou para fora do hospital, eu a seguia sem entender porque ela levou “meu filho” para longe de mim. A mulher pegou um taxi e depois foi para o aeroporto com um passaporte falso do bebê, ela embarcou e foi para... Buenos Aires? Como assim Buenos Aires, eu já não estava em Buenos Aires? Continuei a seguindo, ela tinha um destino certo, disso eu sabia. Quando ela chegou em Buenos Aires tudo se apagou e eu fiquei em uma sala completamente branca.

–O que aconteceu? –Eu me assustei.

Comecei a olhar em volta então um cenário começou a aparecer, e um cenário que me lembro como se fosse ontem. Eu estava no cemitério com um carrinho de bebê com a Daniele e o Daniel dentro e um caixão minúsculo sendo enterrado com a Daniela dentro. Eu estava chorando e o Paulo e a esposa dele tentando me dar apoio. Só de me lembrar desse dia eu comecei a deixar lagrimas caírem. Nem deu tempo de ver muita coisa pois novamente a imagem sumiu.

Voltei a ver a tal enfermeira ainda com o bebê no colo, ela deu o bebê para uma mulher, não pude chegar perto, um tipo de parede invisível me parou e não pude continuar vendo meu filho sendo entregue a uma mulher desconhecida.

#Sonhos off#

–PEDRO! –Acordei assustada com a respiração ofegante.

–O que foi meu amor? –O Leon acordou.

Ele acendeu o abajur e me olhou.

–Onde está o Pedro? –Perguntei assustada.

–No berço. –O Leon respondeu cansado.

–Ele está bem? –Perguntei.

–Sim, ele está bem. –O Leon afagou meu braço.

Me levantei e fui até o berço do Pedro e o olhei ali, dormindo, lindo, meu pequeno.

–Viu, ele está bem. –O Leon apareceu por trás e me abraçou. –O que você sonhou, novamente?

–Não, nada. –Dei a reposta de sempre.

–Vilu... –ele me abraçou dando um beijo em minha bochecha. –Não é a primeira vez que você acorda assim, ofegante, assustada. Primeiro eu, depois a Daniele, depois o Pedro, o que está acontecendo?

–São só sonhos, Leon. –Falei calma.

–Amanhã você vai me contar tudo, mas agora vamos dormir. –Ele começou a me guiar até a cama.

–Tá bom. –Dei um selinho nele.

Nós voltamos para a cama e adormecemos com o Leon abraçado a minha cintura.

Acordei e olhei no relógio, 8:13. Por incrível que pareça o Leon não estava dormindo, ele estava ninando o Pedro que estava chorando baixinho. Levantei bocejando, cheguei perto do Leon que me deu um selinho.

–Bom dia. –Ele falou.

–Bom dia meu amor. –Dei outro selinho nele. –Bom dia pequeno. –Beijei a cabecinha do Pedro.

Fui me sentar na escrivaninha, peguei um caderno e uma caneta. Comecei a escrever sobre a menina do meu sonho: italiana, adotada, aparência da Daniele.

Isso era só o que eu tinha sobre ela, precisava saber de mais coisas.

–O que está anotando? –O Leon perguntou chegando perto de mim.

–Coisas. –Fechei o caderno.

–Vilu... Você ainda tem que me contar sobre esses seus sonhos.

–Depois. –Dei um selinho nele e peguei o Pedro. –Vamos acordar seus irmãos? –Olhei sorridente para o Pedro que gargalhou.

O Pedro é um bebê muito sorridente, ele é um bebê feliz.

O Leon foi preparar a mesa e eu fui acordar as crianças...

*15:21

–Vamos Vilu! –Ouvi o Leon me chamar.

O Leon, o Daniel e o Pedro estão lá em baixo na sala e eu estou no quarto da Daniele com ela, vamos ao parque.

–Só um minuto! –Gritei. –Vamos filha, seu pai vai ficar irritado. –Falei apressando a Daniele.

–Calma, mamma. –A Daniele está procurando alo dentro do armário.

–O que você está procurando?

–Isso! –Ela pegou a boina que combina com a roupa.

–Que menina mimada. –Ri. –Agora vamos.

Fomos para a praça que tem perto de casa. Logo que chegamos o Daniel e a Daniele foram correndo para o parquinho, eu e o Leon ficamos sentados em um banco perto do parquinho onde dá para observar os dois, e o Pedro estava no carrinho dormindo.

Nós dois observamos as crianças o tempo todo, mas eu estava na lua, eu fiquei o tempo todo pensando nos meus sonhos eu cheguei a pensar que a Daniela está viva, a menina que aparece nos sonhos é muito parecida com a Daniele.

–Leon. –Chamei-o.

Ele olhou pra mim.

–Eu acho que a Daniela está viva. –Ele me olhou estranho.

–Como assim viva? –Ele perguntou.

–Viva Leon, respirando, vivendo. –Falei.

–Mas Vilu, se você a viu morta é impossível de ela estar viva. –Ele afagou minha mão com o polegar.

–Eu sei, mas sabe esses sonhos que eu tenho? –Perguntei.

–Sei.

–Então, sempre nesses sonhos aparece uma menininha com uma aparência idêntica a Daniele, e nesses sonhos eu vejo essa menina com a mãe adotiva dela e no sonho a mãe dessa menina disse que ela é italiana, mas foi transferida para Buenos Aires. –Expliquei.

–E se o que o sonho mostrar for mentira? –Ele me perguntou.

–E se for verdade? –Revidei. –Leon, sinceramente eu acho que isso é um sinal, no sonho que tive essa noite eu me vi em uma sala de parto e levaram meu bebê em bora e trouxeram ele para Buenos Aires, a questão é, se trouxeram o bebê para Buenos Aires significa que eu estava na Itália, e quem nasceu na Itália foi os gêmeos.

–E porque você gritou pelo Pedro? –Ele perguntou.

–Não sei, foi instinto por ele ter sido o último bebê a nascer. –Dei uma explicação.

–Vilu, vou te dizer que o que mais queria era ter conhecido minha filha, tê-la aqui, mas eu nunca cheguei a vê-la. –Ele me abraçou.

–É, eu também, mas eu a vi morta, mas, as vezes duvido que aquela bebê morta que vi era mesmo a Daniela o que me dá mais força no pensamento de que ela está viva, mas as vezes penso que é impossível ser ela porque a vi morta. –Falei emocionada. –Eu só preciso de mais pistas.

–Eu vou te ajudar, tá? –ele me olhou.

–Obrigada. –abracei-o.

Do nada ouvimos uma gritaria vir do parquinho e um monte de gente sair correndo de lá, de repente ouvimos barulhos de tiro, foi aí que entramos em desespero.

–DANIELE!!! –Gritei.

–DANIEL!!! –O Leon berrou.

Corremos na direção do parquinho, vimos a Daniele aparecer correndo e chorando.

–Papá! Mamma! –Ela correu para o colo do Leon que a pegou no colo.

–Está tudo bem. –O Leon a acalmou.

–Filha onde está seu irmão? –Perguntei desesperada.

–Eu não sei... Ele tava lá, mas ele caiu... –ela chorava e soluçava.

–DANIEL!!! –corri na direção do parquinho.

Vi pessoas no chão, mortas por causa do tiro, e vi as pessoas armadas. Quando meu olhar cruzou com o do homem que estava com a arma eu paralisei, é o mesmo homem que me atacou na Itália, e que atacou minha casa para matar a Daniele. Ele me olhou e riu, ele apontou a arma para mim e sorriu, ele apertou o gatilho mas arma escapou da mão dele e ele acertou apenas minha mão.

–Porcaria! –olhei para a minha mão. –Ahh!!! –gritei olhando em volta. –Daniel!!

Comecei a procura-lo e o encontrei no chão sem se mexer.

–Filho! –Me abaixei.

Usei a força que tinha para pega-lo, reparei que ele tinha levado um tiro no braço esquerdo um no meio das costas.

–Vamos filho. –Olhei em seu rosto que estava molhado e vermelho.

Ele estava todo sujo de sangue e eu também.

Corri o mais rápido que pude na direção do Leon, eu estou chorando desesperadamente com dor e pelo Daniel.

–Vilu! –O Leon correu na minha direção.

–Ai! –Falei indo de encontro ao Leon. –Leon vamos para o hospital! –Falei chorando desesperada.

–O que aconteceu? –Ele perguntou me olhando.

–O Daniel... Ele levou dois tiros...


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Notas finais do capítulo

Muitas emoções para um penúltimo cap, mas, vamos desvenda-los!!!
Quero saber se gostaram!