Amor Leonetta! escrita por Tuka


Capítulo 30
A Daniela...


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente! Amei cada comentário, e vejo que tem gente suspeitando de que na verdade a Daniela não etá morta e que ela é a Jeniffer, será?
Espero que gostem do capítulo!



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POV LEON

Estava na sala brincando com as crianças na sala. A Vilu estava no quarto, ela disse que foi pesquisar uma coisa, deve ser algo sobre a escola dela.

–Vou pegar vocês. –eu estava correndo atrás dos dois.

Peguei o Daniel e virei ele de cabeça para baixo.

–Pequei você. –coloquei-o sentado no sofá.

Ele começou a rir e eu fui atrás da Daniele, vi ela atrás do piano, corri até ela mas ela saiu e pediu colo, não entendi mas pequei-a no colo.

–O que foi princesa? –perguntei.

–Eu tava pensando papá. –ela falou com um olhar triste.

–No que você estava pensando? –falei indo para perto do sofá.

–Quando o Pedro vier pra casa você vai continuar brincando cumigo e com o Dani? –ela perguntou com lagrimas nos olhos.

–Eu sempre vou brincar com vocês, e quando o Pedro crescer vou brincar com vocês três. –expliquei.

–Promete? –ela perguntou duvidosa.

–Sempre. –beijei sua bochecha.

Ela sorriu e arregalou os olhos em seguida.

–Vish. –ela desceu do meu colo.

–O que foi filha. –ri da cara que ela fez.

–Tenho que falar com a mamma. -Ela saiu correndo para o quarto dela.

Corri atrás dela, cheguei no quarto dela e ela estava mexendo na estante do quarto dela.

–Por que você precisa falar com a sua mãe? –perguntei.

Vi ela se virar com o diário da Vilu na mão.

–Por que você está com isso?

–A mamma pediu pra eu cuida pra ela enquanto vocês estavam em Palis. –ela se sentou no meu colo.

–Sua mãe é apaixonada por esse diário. –falei. –Ela não largava ele em momento nenhum ela deixava ele de lado.

–Tem alguma parte sua? –ela me olhou.

Esse olhar dela, me lembrava a Vilu, me encantava.

–Eu não sei princesa, eu nunca abri esse diário.

–Nem eu papá. –ela falou.

–Vai lá, sua mãe está no quarto. –ela saiu do meu colo.

–Tchau papá. –ela me deu um beijo na bochecha.

–Tchau princesa. –ela saiu correndo. –Cuidado na escada.

–Tá! –ouvi ela gritar.

Fui para a sala onde o Daniel estava fazendo um “forte” com as almofadas do sofá. Me aproximei dele e me sentei no sofá.

–Se sua mãe ver isso ela vai ficar uma fera. –ri.

–É. –ele sorriu. –Ela não pode vê. –ele riu.

–É...

POV VIOLETTA

Estava no quarto pesquisando mais sobre o orfanato quando ouço uma batida na porta.

–Cum licença, posso entra mamma? –a Daniele parou na porta pedindo permissão para entrar.

–Claro princesa. –falei colocando o computador do meu lado direito.

Ela se aproximou de mim.

–Vem cá. –pequei-a no colo e coloquei-a sentada do meu lado esquerdo. –O que foi?

–Eu te trouxe o seu diário. –ela colocou o diário na minha mão. –Eu cuidei dileitinho dele. –ela sorriu.

–Imagino. –sorri.

–Mamma, tem alguma parte do papá no seu diário? –ela me perguntou curiosa.

–Muitas, -ri. –seu pai foi muito importante para mim, assim como vocês.

–Tem uma parte nossa, minha e do Dani?

–Claro!

–Onde?! Me mostra? –ela pediu animada.

–Deixa só eu achar a página... –falei folheando o diário. –Aqui!

Dei na mão dela o diário, estava aberto na página dubla onde tinha alguns desenhos que fiz de bebês, mamadeiras, ursinhos e chupetas.

–Foi você que desenhou? –ela perguntou.

Assenti olhando-a.

–Tá lindo mamma. –ela me olhou. –O que tá escrito?

–É... –dei uma olhada no diário. –“Hoje descobri que não sou a única que usa meu corpo, estou grávida do Leon, não sei o que fazer, somos jovens e não quero acabar com a diversão da vida do Leon mas quero ter meu filho, eu não sei o que fazer e ainda não sei se é menino ou menina, seja o que for eu vou ama-lo com todo meu coração!”

Ela me olhou sorridente. Ela pulou em meu pescoço e me abraçou.

–Eu te amo! –ela estava agarrada e meu pescoço.

–Eu também, amor, eu também. –beijei sua bochecha e abracei-a.

Vi o Leon entrar com o Daniel no colo.

–O que está acontecendo aqui? –o Leon perguntou.

–A Daniele pediu para eu ler uma página e eu li.

–Entendi. –o Leon se aproximou da cama e sentou ao meu lado com o Daniel no colo, e eu a Daniele.

–Papá, a mamma disse que tem uma parte sua. –a Dani disse sorridente.

–Uhum, eu tenho certeza que é algo de bom. –o Leon me deu um selinho.

–É, tudo é sobre coisas boas. –respondi.

*Duas semanas depois

Eu marquei uma reunião com a diretora do orfanato e vou me encontrar com ela hoje.

O Leon vai ficar com as crianças enquanto eu vou lá, ele não sabe onde vou, ele acha que vou na casa da Francesca.

Me arrumei, passei uma maquiagem simples e deixei meu cabelo solto batendo no meio das costas. O Leon entrou no quarto e me abraçou por trás me dando um beijo na bochecha.

–Tem certeza que quer ir sozinha?

–Uhum. –assenti. –Vou apenas conversa com a Fran.

–Tenho a impressão de que você está escondendo algo de mim. –ele me virou de frente pra ele.

–Você desconfia em mim?

–Não, mas hoje você está estranha, tem alguma coisa a ver com o seu tal sonho? –ele perguntou me guiando até a cama.

–Não Leon, vou falar sobre a escola de música, a Fran vai me ajudar a selecionar os professores para cada categoria. –dei uma desculpa.

–Tem certeza? –ele continuava desconfiando.

–Tenho. –respondi num tom suave.

–Então tudo bem. –ele me deu um selinho.

O Daniel e a Daniele entraram correndo no quarto e pularam na cama.

–Cuidado, vocês vão cair! –falei ajudando-os a se levantar.

–Onde você vai, mamma? –o Daniel perguntou.

–Eu vou na casa da tia Fran, mas vocês vão ficar com o pai de vocês em casa. -respondi.

–Pu que a gente não pode ir? –a Daniele perguntou.

–Porque vou falar de trabalho com a tia Fran.

–E eu posso ir com vocês no parque. –o Leon falou sorridente.

–SIM! –eles gritaram.

–Então eu vou na Fran e vocês vão com o pai de vocês no parque. –falei me levantando.

–Tá! –eles assentiram.

Eu fui para o orfanato e o Leon ficou em casa arrumando as crianças para eles irem ao parquinho.

O orfanato é meio longe de casa, demorou quarenta minutos para eu chegar. Cheguei no horário marcado. Quando entrei vi a mesma coisa que via nos meus sonhos, era com certeza aquele orfanato. No jardim tinham algumas crianças brincando, é meio triste ver tantas crianças sem pai ou mãe, eu tenho meus dois lindos filhos, meus amores. Fui até o balcão onde tinha uma mulher.

–Tenho uma reunião marcada com a diretora. –falei.

–Senhora Vargas?

–Sim. –confirmei.

–Me acompanhe. –ela me guiou pelo grande orfanato.

Ela me guiava e eu só via portas de quartos e crianças correndo por aí brincando com um sorriso tremendo no rosto, era inacreditável ver crianças nessas situações e tão felizes como elas aparentavam estar. Chegamos a uma grande porta de vidro fosco com o escrito “Diretora” na parte de cima do vidro. Ela abriu a porta e me deixou entrar. Me aproximei da mulher que aparentava ter uns 20 anos, muito jovem por mim, para ser a diretora ela é muito jovem.

–Olá, sou a senhora Vargas. –cumprimentei-a.

–Bom dia, sou a senhorita Cartman. –ela me cumprimentou. –Sou a diretora do orfanato.

–Muito prazer. –me sentei na cadeira em frente a sua mesa. –Eu queria saber sobre uma criança, o nome dela é Jeniffer.

–Muitas crianças chamas Jeniffer já passaram por aqui. –a mulher falou. –Não conseguirei identifica-la apenas pelo nome.

–Tenho... –olhei dentro da minha bolsa. –Aqui, uma foto. –dei uma foto da Daniele, a menina era muito parecida com a Dani.

–Não, não me lembro. –a mulher falou analisando a foto. –Perdão não poder ajudar, mas, não me recordo. –ela falou.

–Tudo bem. –me levantei.

Me despedi e fui em bora. No carro eu ficava pensando muito, porque a menina era igual a Daniele? Ela é adotada, eu nem conheço ela, porque ela vive aparecendo nos meus sonhos? E no meu sonho, recordo da mãe adotiva da menina, falando que ela não é de Buenos Aires, e sim italiana. Isso é muito estranho. Fiquei meio triste por não descobrir nada a respeito da tal menina, se ela sempre aparece no meu sonho isso quer dizer algo, mas o que? Não consigo entender, mas uma coisa eu sei, sei e tenho certeza, esses meus sonhos com essa menina querem me dizer algo, eu só simplesmente não estou entendendo o quê?

Não fui pra casa, fui para a casa da Fran, precisava conversar com alguém, e ela é a pessoa mais indicada nesse momento de tanta aflição que está acontecendo na minha vida.

Cheguei na casa da Fran, ela estava com um vestido que ia até o joelho, me lembrava muito a Francesca adolescente só faltava a tiara.

–Oi Vilu. –ela me cumprimentou. –Não sabia que vinha.

–Nem eu, quero falar com você.

–Entre. –ela me deu passagem.

–Com licença. –entrei.

Entrei e logo me direcionei ao sofá à espera da Fran que estava trancando a porta. A Fran logo apareceu se sentando em minha frente.

–Então, do que quer falar? –ela me perguntou sorridente.

–É que... –parei para respirar. –Eu ando tendo uns sonhos estranhos, lembra quando eu falei que tinha sonhado que você ia perder a guarda da Julia?

–Lembro. –ela assentiu.

–Então, acabou acontecendo mesmo. Mas eu tive outro sonho desse e eles sempre se passam em um orfanato aqui de Buenos Aires. –falei.

–Um orfanato? –ela perguntou.

–Sim, mas nesses sonhos aparecem sempre eu, o Leon, meus filhos, sempre pessoas que eu conheço, mas, tem sempre uma menininha que aparece com a mãe que eu não conheço, eu sonhei com essa menina duas vezes e no sonho a mãe dela falou que ela é adotada. –expliquei.

–Mas Vilu, essa tal menininha que você diz pode ser coisa da sua cabeça, coisa que você criou. –ela falou tentando dar uma explicação lógica.

–Eu não acho. –falei.

–Tá, você tentou ir ao orfanato ver se a tal menina era de lá?

–Sim, a diretora não lembra da menina. –expliquei.

–Por que você está tão preocupada com isso? É só um sonho Vilu. –ela afagou meu braço.

–Mas eu sonhei duas vezes com essa menininha, acho que isso quer dizer alguma coisa. –eu tentava pensar em algo. –A menina, tem uma aparência muito parecida, muito parecida mesmo com a aparência da Daniele, os olhos verdes do Leon e o cabelo loiro, parece filha do Leon.

–A Daniele? Sua filha? –ela fez cara da dúvida.

–Sim, a Daniele, fruto de meu amor com o Leon, aquela lá loirinha que saiu do meu ventre. –respondi dando um resumo da história.

–Ok Vilu, não preciso saber da história toda. –ela riu -Mas seria impossível querer dizer alguma coisa Vilu, você e o Leon só tem três filhos, a Daniele, mas ela não é, o Daniel, ele também não é, tenho certeza. –ela riu. –E o Pedro, que também tenho certeza que não é.

–Isso é verdade. A menina aparentava ter a mesma idade da Daniele então é verdade, não é a Dani. –parei para pensar. –Fran, o Leon teve caso com alguém enquanto estive fora? –perguntei.

–Sim, com a Geri. Por quê? –ela perguntou.

–Será que ele teve uma filha com ela? –suspeitei.

–Não, com certeza não amiga. Eu sempre via o Leon, toda semana, ele a maioria das vezes estava com a Geri, e ela nunca apareceu grávida, nunca teve a barriga de gravida, acredite, eu sei como é. –ela riu. –Mas se a menina tinha a mesma aparência da Daniele, é impossível ser filha da Geri, a Daniele é muito parecida com você, você pode até não perceber mas seus filhos apesar de ter os olhos do Leon e o cabelo também eles são muito parecidos com você, o olhar deles, o rostinho... –ela falava.

–Mas isso é impossível, eu não tenho mais filhos com o Leon, e não pretendo ter. –falei.

–Então talvez seja só coisa da sua cabeça.

–É, pode ser mesmo, apesar que...

–Apesar que o quê? –ela queria que eu completasse a frase.

–Não, é impossível. –falei dando um sorriso sarcástico.

–Não é possível o que, Vilu? –a Francesca estava começando a ficar nervosa.

–A Daniela...


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Notas finais do capítulo

E então? Será que mesmo a Daniela ou essa menina que ela sonha é só fruto da imaginação dela? Um mistério está acontecendo na fic, eu admito, AMO mistério...
Então sabem se é verdade?