Amor Leonetta! escrita por Tuka


Capítulo 31
Você está em casa...


Notas iniciais do capítulo

Oi povo! Comentários lindos de todos! Não vou escrever muito grande a nota inicial então... Espero que gostem!



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POV VIOLETTA

–A Daniela... –falei.

–Que, quem é Daniela, Vilu? –a Fran perguntou sem nada entender.

Olhei para ela sabendo que eu tinha feito bobagem.

–O que eu disse? –perguntei disfarçando.

–Daniela, quem é Daniela? –ela perguntou desconfiada.

–Ninguém. –respondi sorrindo.

–Violetta Castillo! Quem é Daniela? –ela continuou a perguntar.

–Ninguém Fran.

–Você não vai sair daqui até me contar. –ela cruzou os braços.

Suspirei sabendo que ela não ia desistir. Comecei a ficar com lagrimas nos olhos por lembrar do assunto.

–O que foi, amiga? –ela me perguntou quando deixei uma lagrima cair.

Ela afagou meu braço.

–É que é um assunto delicado. –expliquei.

–Então se não quiser me contar, não me conta. –ela entendeu.

–Agora preciso te contar. –suspirei.

Comecei a contar pra ela toda a história, quando acabei eu já tinha deixado várias lagrimas caírem e a Fran também. Quando acabei ela me abraçou.

–Eu sinto muito, amiga. –ela falou.

–Tudo bem, fazem cinco anos. Não superei, mas não posso deixar isso afetar minha vida. –limpei meu rosto.

–Eu não sabia. Você acha que essa tal menina que você sonhou pode ser a Daniela? –ela perguntou.

–Não, a Daniela morreu, eu a vi, seria impossível. –respondi.

–Então é só coisas da sua cabeça.

–Pode ser. Agora preciso ir. –me levantei. –Tchau Fran. –me despedi.

–Tchau Vilu. –ela me abraçou.

Nos despedimos e eu fui pra casa, já são seis horas, provavelmente o Leon e as crianças já estão em casa.

Cheguei em casa e não vi ninguém na sala, deixei minha bolsa na mesa e fui atrás do Leon ou das crianças, antes de começar a subir a escada eu vi a Daniele vir correndo da cozinha com seu macacão rosa, ela já estava de pijama. Ela correu até mim e pulou no meu colo.

–Oi mamma! –ela falou feliz.

–Oi princesa, como foi no parque? –perguntei indo com ela no colo até o sofá.

–Foi bem legal, o papá brincou com a gente. –ela sorriu.

–E onde ele está? –perguntei.

–Ele está trocando o Daniel, ele deu banho na gente, viu. –ela me mostrou o pijama.

–Eu vi. –ri. –Você fica linda de rosa. –coloquei-a no chão.

–Eu sei. –ela se exibiu.

–Vou ir falar com seu pai, que vir?

–Quero. –ela respondeu.

Peguei na mão dela e subi com ela até o quarto do Daniel, onde o Leon está de pé com o Daniel no colo dele, o Daniel está com um macacão também, mas é azul.

–Voltou meu amor. –o Leon me deu um selinho.

–Já voltei da casa da Fran.

–As crianças estão de banho tomado. –ele falou.

–Percebi, o cabelo deles está molhado. –peguei no cabelo da Dani.

–Mamma, quando o Pedro vai vim pra casa? –o Daniel perguntou.

–Não sei meu amor. –afaguei suas costas.

–Eu quero eu ele vem logo pra casa. –ele continuou a falar.

–Eu sei... –ia continuar a falar mas a Dani puxou minha camisa para me pedir colo.

Toda vez que nós comentamos alguma coisa sobre o Pedro ela fica manhosa e pede colo pra mim ou pro Leon. Pequei-a no colo e ela deitou a cabeça em meu ombro.

–Eu sei, Daniel. –continuei minha fala. –Mas enquanto o médico não deixar ele não pode sair.

–E quando o médico vai deixar? –ele perguntou.

–Não sabemos, filho. –o Leon respondeu.

–A gente não pode pega ele escondido?

–Não. –ri.

–Vamos descer. –o Leon pegou na minha cintura e nós descemos.

*Dois dias depois

É segunda, as crianças estão na escola e eu e o Leon combinamos de ir ver o Pedro no hospital.

Eu e o Leon estávamos no vidro paquerando o Pedro.

–Oi bebê. –eu acenava feliz.

–Ele está bem maior. –o Leon me abraçou por trás.

–É. –assenti.

Um médico apareceu e nos chamou.

–Olá. –ele disse.

–Olá. –dissemos.

–Vocês são os pais do Pedro Castillo Vargas? –ele perguntou.

–Sim. –respondi.

–Venham. –ele nos guiou até sua aparente sala.

Entramos na sala e nos sentamos em frente à mesa e ele atrás.

–Tem algum problema com o bebê? –perguntei.

–Eu chamei vocês porque amanhã vocês vão poder leva-lo pra casa. –o médico falou.

Vi um sorriso radiante surgir em minha face e na do Leon também.

–Finalmente. –abracei o Leon.

–Ele vai pra casa mas tenho eu contar que descobrimos que o Pedro tem problemas auditivos. –o médico contou meio chateado.

Eu e o Leon nos olhamos.

–Nós descobrimos recentemente, se vocês quiserem nós temos aparelhos auditivos e podemos implantar nele que vocês podem tirar para ele dormir, quando ele ficar mais velho vai ter um aparelho auditivo móvel onde ele vai poder tirar e colocar quando quiser. Eu aconselho que vocês e seus outros filhos aprendam libras, vai ser necessário. –ele nos aconselhou.

–Com certeza vamos querer o aparelho auditivo. –o Leon falou.

–É. –assenti.

–Vamos implantar hoje mesmo, vocês podem vir busca-lo amanhã neste horário.

Assentimos.

Depois de conversar um tempo com o médico nós fomos para a casa. O Leon ia conversando comigo sobre ter uma criança surda, ele me explicava aos mínimos detalhes eu prestava atenção atenciosamente.

Nós chegamos em casa mas não passamos muito tempo juntos porque o Leon teve que ir trabalhar, e eu também. O Leon foi para o consultório dele e eu fui para a escola de música que está pronta e linda, belíssima, sem querer me exibir. A Fran e a Cami vão na minha escola de música para me ajudarem com a escolha dos professores, vamos fazer uma audição para selecionar os professores, muitos se escreveram, é só ver a audição de cada um e selecionar.

Eu estava sentada no teatro onde vão ocorrer as audições, eu coloquei uma mesa e sobre a mesa coloquei a pilha de inscritos, agora era esperar os candidatos e as meninas.

–WOW!!!! –ouvi a Cami e Fran chegando.

–Oi meninas. –falei me levantando. –E então, ficou bom? –perguntei.

–Ótimo. –a Fran riu.

–Ficou perfeito. –a Cami me abraçou.

–Demorou um pouco mas ficou bom. –olhei em volta.

–Fico lindo amiga. –a Fran me abraçou.

Me sentei com elas na atrás da mesa.

–Agora só falta as pessoas chegarem. –falei. –Hoje eu e o Leon fomos ver o Pedro.

–Como ele está? –a Cami perguntou.

–Bem, ele vai pra casa amanhã. –falei meio angustiada.

–Que bom, mas você parece chateada, não está feliz? –a Fran perguntou.

–Estou, ele é meu bebê, nós descobrimos que ele é surdo. –contei.

–É por isso que você está assim? –a Cami perguntou.

–Não, sei que a vida dele vai ser diferente mas eu continuo o amando, o problema é que eu não sei como vai ser a reação das crianças. A Daniele está muito manhosa e ciumenta, outro dia ela tentou fugir de casa mas o Leon pegou ela quando estava no jardim da frente, agora as chaves ficam todas no alto. Ela faz manha pra ir pra escola, chora por tudo, só quer ficar no colo... –falei triste.

–Vilu, isso é normal em crianças. –a Fran me consolou.

–É verdade, amiga. Toda criança é assim. –a Cami continuou.

–Eu sei meninas. –sorri de lado.

–Então esquece isso.

–Vou tentar.

As pessoas começaram achegar e nós damos partida nas audições.

São várias pessoas e eu, a Fran e a Cami organizamos as fixas em três pilhas: talvez, aprovado, reprovado. Estávamos no final da pilha. Estamos vendo a penúltima pessoa quando a Fran resolveu ir ao banheiro, ela foi e logo a audição da penúltima acabou, agora era a última pessoa, as fichas estão com a Cami então perguntei a ela.

–Quem é o próximo Cami? –perguntei.

–Não sei, a ficha está em branco. –ela falou me mostrando a ficha.

–Estranho. –falei.

Parei por um minutinho e pensei.

–Já sei.

–O que? –a Cami perguntou.

–Assim. –coloquei a ficha na mesa. –PRÓXIMO!!! –gritei.

Eu e a Cami esperamos até a Fran estrar no palco.

–Fran, o ultimo candidato está aí? –perguntei.

–Uhum. –ela assentiu.

–Chame-a. –a Cami pediu.

–Eu sou a última candidata. –ela sorriu.

–E vai fazer teste pra que senhora, canto? Dança? –perguntei zoando.

–Óbvio que é canto Vilu. –ela riu.

A Camila estava rindo.

–Fran, você não precisa fazer teste nenhum, você já está contratada. –falei.

–Por que você está rindo, Camila? –a Fran perguntou descendo do palco.

–É meio óbvio que você não precisa de teste, Fran. Você acha mesmo que a Vilu não te contrataria? –a Cami continuava a rir.

–Não liga Fran, a Cami está de muito bom humor hoje. –ri também.

–É. -a Fran riu.

Nós selecionamos todos e afina escolhemos dez professores de canto (incluindo a Fran), dez de música, cinco substitutos, cinco gerais (fazem tudo) e dez de dança. Cada um foi para sua casa, ficamos horas nas audições, e nós três estamos exaustas.

Eu estou no carro dirigindo a caminho de casa, olhei no relógio e constatei que são 7:45. O Leon deve estar preocupado, mas está transito, não posso fazer nada.

Cheguei em casa 9:21, abri a porta calmamente porque provavelmente as crianças devem estar dormindo. Fui até a cozinha beber um copo d’ água, vi o Leon vindo pelo lado direito da cozinha e me abraçando.

–Demorou. –ele beijou minha bochecha.

–Estava transito, aconteceu um acidente, capotamento de carro. –expliquei.

–Não gosto de ver acidentes de carro, me trazem péssimas lembranças. –ele me soltou.

–Eu sei. –sorri fraco. –Você contou para as crianças sobre o Pedro? –perguntei deixando o copo na mesa.

–Não, não queria contar sem você. –ele me abraçou de lado.

–Pensei em fazermos uma surpresa. –começamos a andar até a sala.

–Pode ser, eu posso buscar eles na escola e quando eles chegarem eles veem o irmãozinho em casa. –sentamos no sofá.

–O Daniel vai ficar feliz. –comentei.

–Ele quer ter o irmão em casa o mais rápido possível. –ele me ajeitou em seu peitoral.

–Mas e a Dani, ela não ficou muito animada com esse assunto de bebê novo. –falei preocupada.

–Ela ama o Pedro, mas não quer dividir a atenção que ela tem. –ele me explicou pela centésima vez.

–Eu sei Leon, mas não gosto de vê-la assim. –choraminguei.

–E eu odeio te ver assim triste. –ele me abraçou.

–Eu sei.

–E como foi nas audições? –ele perguntou querendo mudar de assunto.

Também quero mudar de assunto, ficar falando sobre isso me machuca, não gosto de lembrar que minha filha fica triste ao saber do irmão.

–Foi bem, contratei dez professores de canto, dez de dança, cinco substitutos e cinco gerais. –falei. –Adivinha quem fez o teste para professora de canto.

–Não faço ideia, meu amor. –ele riu.

–A Fran. –ri ao lembrar.

–A Francesca? Francesca Cauviglia? –ele riu.

–Sim, e ela foi contratada.

Eu e o Leon jantamos já que ele me esperou para jantar, depois fomos dormir já que estamos cansados. Dormimos como sempre, o Leon abraçado a minha cintura e eu aconchegada em seu peitoral. Ele deu um beijo na minha testa e falou um carinhoso “Boa noite.”.

Acordamos no mesmo horário, 6:00, e tomamos o nosso banho matinal, nos trocamos e o Leon foi acordar as crianças enquanto eu fazia o café da manhã. Estava terminando de colocar a mesa quando as crianças apareceram com o Leon, eles me deram um beijo de bom dia e cada um se sentou em seu lugar.

Tomamos o café, eu tirei a mesa e subi para ver se as crianças estavam prontas, hoje o Leon vai ir trabalhar só depois das três pois ele quer ir comigo buscar o bebê no hospital.

Eu e o Leon estamos no carro indo para o hospital, eu não paro de falar um minuto de tanta animação.

–Ei, meu amor, calma. –o Leon me segurou rindo.

–E a animação. –ri.

–Quero nem imaginar como você era com os gêmeos. –ele me soltou.

–Eu não era tão assim com eles, mas é que o Pedro ficou meses no hospital, o Daniel e a Daniele saíram no mesmo dia que nasceram.

Nós chegamos no hospital e logo fomos falar com o médico eu logo pediu para que nós esperássemos. Nós nos sentamos na sala dele e ficamos esperando ele, o Leon estava me abraçando enquanto esperávamos.

Vimos o médico entrar com o Pedro no colo.

–Aqui está o filho de vocês. –ele colocou o Pedro no colo do Leon.

O médico se sentou atrás da mesa.

–Nós implantamos o aparelho auditivo, antes ele não escutava um mínimo ruído, mas agora escuta cada agulha que caí no chão por ser um aparelho auditivo mais tecnológico e avançado. –o médico falou. –Quando ele crescer, como já disse, ele vai usar um aparelho auditivo móvel que ele vai poder tirar e colocar quando quiser. Mas agora podem leva-lo para a casa, ele está bem, e ouvindo bem. A senhora fez o tratamento para continuar produzindo leite?

–Sim. –respondi.

–Então, ele pode mamar normalmente. Agora já podem ir pra casa com esse pequeno guerreiro.

–Obrigada doutor. –agradecemos.

O Leon me deu o Pedro e nós fomos para o carro.

–Oi meu amor. –dei meu dedo para ele segurar.

Ele sorriu ao me ouvir.

–As crianças precisam aprender linguagem de sinais. –falei olhando para o Leon.

–E nós também. –ele falou.

–Mas para nós vai ser mais fácil, eles são pequenos.

–Eu sei meu amor. –ele me deu um selinho.

Coloquei o Pedro na cadeirinha (agora em vez de duas cadeirinhas temos três) e fui para o banco do passageiro. O carro estaria um silencio, mas dava se para ouvir algumas gargalhadas ou gemidos do Pedro, esse menininho é agitado, é difícil vê-lo dormindo.

Chegamos em casa, pequei o da cadeirinha e dei um beijo em sua bochecha rosada pelo frio.

–Tenho que ir trabalhar. –o Leon falou fechando a porta de casa. –Você fica com ele?

–óbvio Leon. –ri colocando o Pedro no carrinho.

O Leon se aproximou de mim e se sentou ao meu lado.

–Ele parece você. –ele me deu um selinho.

–É mesmo. –sorri.

–As crianças vão ficar felizes.

–Vão mesmo.

–Agora... –ele me deu um selinho. –Vou ir trabalhar. –ele falou pegando as coisas dele que estavam m cima da mesa.

–Tchau amor. –dei um selinho nele.

–Tchau Vilu. –ele me deu um selinho. –Tchau Pedro. –o Leon se abaixou e beijou a testa do Pedro.

Ele foi trabalhar e eu fiquei sozinha em casa com o Pedro.

Pequei o Pedro no colo e ele gemeu sorrindo com a mão na boca.

–Você está ouvindo a mamãe? –perguntei com ele no colo.

Ele gargalhou, entendi como um “Sim”.

–Eu te amo. –falei abraçando-o.

É tão bom ter meu filho em casa, é uma sensação ótima tê-lo aqui, bem.

–Você está em casa...


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Notas finais do capítulo

Onnnn finalmente o Pedro está em casa!
Espero que tenham gostado!