Amor Leonetta! escrita por Tuka


Capítulo 19
Sonho ou futuro?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui está outro capítulo para vocês. Adorei todos os comentários, espero que vocês gostem do capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559761/chapter/19

POV VIOLETTA

–BEM VINDA!!! –todo o pessoal gritou quando entrei.

–MAMMA!!! –os pequenos vieram até mim.

–Meus pequetitos. –dei um abraço neles. –Eu estava com saudade.

–A gente também mamma. –eles me abraçaram.

–Finalmente você está de volta! –a Angie veio me cumprimentar.

–Finalmente. –sorri.

O Leon me levou para perto do pessoal e todos me cumprimentaram, mas os pequetitos não saiam de perto de mim, ficavam o tempo todo do meu lado.

O pessoal ficava me contando as novidades, mas a maior novidade para mim foi o divórcio da Fran e o nascimento da minha irmã.

A festa estava muito divertida mas todos foram em bora quando deu cinco da tarde, até que a festa durou bastante. Nem todos foram em bora pois ficaram a Angie a Fran e a Cami, ficamos nós quatro conversando em quanto o Leon ficava com o Broduey e as crianças no quarto.

–É muito bom te ter de volta. –a Cami me abraçou.

–É mesmo, a saudade estava nos matando. –a Fran disse.

–É. –a Angie disse meio sem graça.

Deixei pra lá o ato dela.

–Eu tenho uma novidade! –a Cami disse feliz.

–O que é? –eu e a Fran perguntamos juntas.

–Eu estou grávida! –ela falou sorridente.

–Que bom Cami. –a Angie falou.

–Parabéns amiga! –a Fran comemorou.

–Faz quanto tempo que você sabe? –perguntei.

–Um mês. –ela respondeu.

–E não me contou antes por quê? –a Fran deu um tapa no braço dela.

–Eu queria esperar a Vilu sair do hospital. –ela explicou.

–E se eu demorasse mais meses para sair? –dei um palpite.

–Aí eu teria que contar.

–Então. –ri.

–Mamãe!! –a Julia veio andando para o lado da Fran.

Ela estava coçando os olhinhos vermelhos e bocejando.

–Vem minha princesa. –a Fran a pegou no colo e ela logo ficou quieta. –Acho bom eu ir, tem alguém com sono.

A Fran se levantou e se despediu.

–Eu também vou, estou cansada. –a Cami também se levantou.

A Fran esperou a Cami em quanto ela chamava o Broduey.

–Vem Cami, eu te acompanho até a porta, já que a dona da casa está cansada e com o braço deficiente. –a Fran brincou.

–Obrigada! –agradeci.

Os três, ou melhor, os quatro foram em bora e ficamos só eu e a Angie, mas o tempo todo ela ficava estranha.

–O que foi Angie? –perguntei.

Foi aí que eu reparei que o papai não tinha ido.

–Olha Angie, se for por causa do papai não precisa fingir, eu sei que ele não gosta das crianças. –falei sincera.

–Não Vilu, ele gosta das crianças. –ela falou rápida.

–Desde quando? –isso eu não sabia. –Quer saber, deixa pá lá, mas que é então? –perguntei ficado estressada.

–Ele não tem problema com as crianças, o problema dele é com... –ela não queria terminar.

–Termina! –mandei.

–Com você e com o Leon. –ela disse.

Suspirei fundo.

–Olha Angie, o papai está bravo comigo e com razão. –tentei deixa-la melhor.

–Não Vilu, não é com razão. O que você fez é coisa de adolescente, é normal, algum dia isso iria acontecer. –ela pegou em minha mão boa.

–Não, não é normal engravidar com 18 anos, nem ter gêmeos. –tentei ficar na razão.

–Não foi escolha sua ter gêmeos. –ela tentava me consolar.

–Mas se fosse por mim eu não teria nem um, eu não queria engravidar, não queria ter filhos naque... –parei de falar e vi os pequenos atrás da Angie com cara de choro, obviamente eles ouviram o que eu disse.

Eles saíram correndo e chorando.

–Não! –tentei impedir, mas eu não ia deixar a Angie na mão.

–O que foi? –a Angie não tinha os visto.

–As crianças, elas ouviram a conversa e entenderam tudo errado. Eles ouviram o que eu disse. –falei preocupada.

–Mas também Vilu, o que você disse. –a Angie reclamou.

–Mas eu não terminei. Eu ia dizer que não naquela idade, mas foi bom, eu os amo e eles me fizeram crescer e enxergar o mundo, eles foram a melhor coisa que já aconteceu comigo. –finalmente terminei.

–Então fale isso a eles. –ela me apoiou.

–Eu vou.

–E eu vou em bora, a Julietta está dormindo faz tempo e vai acordar, e não quero que ela acorde aqui. –a Angie se levantou.

O Leon saiu do nada e a levou até a porta, ele voltou-se para mim.

–Vilu, você sabe por que as crianças estão chorando? –ele me perguntou.

–Sei. Leon, você pode chamar os dois aqui por favor. –pedi.

–Vou chama-los. –ele saiu andando na direção do quarto.

Em pouco tempo os três vieram para a sala, o Daniel e a Daniele se sentaram no sofá chorando e eu fui me sentar na frente deles.

–Olá! –tentei ser gentil mas ele nem olharam na minha cara. –Olha pequenos, vocês não me deixaram terminar. Eu estava falando que não queria ter vocês naquela idade, mas foi bom vocês virem, vocês me fizeram crescer, eu amo muito vocês. Eu não queria engravidar, mas foi bom porque eu tive dois sapequinhas muito lindos, eu não me arrependo de ter tido vocês. –fui sincera.

–É verdade? –eles perguntaram.

–Claro, eu amo vocês.

–A gente também te ama! –eles me abraçaram.

É bom eu conseguir me reconciliar com meus filhos.

O Leon foi fazer a janta com as crianças e eu fui me deitar um pouco porque estava muito cansada. Não deu nem tempo de eu pensar em algo pois quando deitei dormi.

#Sonhos on#

Eu estou em um orfanato, ele estava sem ninguém, totalmente vazio. Olhei em volta e tentei procurar pela Dani e pelo Daniel, mas não consegui encontra-los. Comecei a andar e ver se tinha alguém ali.

Andei muito e consegui ouvir alguém, não estava me chamando, mas segui as vozes. Cheguei em uma porta, estava fechada. Encostei meu ouvido na porta e consegui ouvir uma menininha rindo e a uma mulher. Resolvi abrir a porta, quando abri a porta vi uma mulher rodopiando uma menininha de mais ou menos três anos. A menina ria e a mãe a girava, pareciam bem felizes. Me aproximei das duas e percebi que não estavam me vendo.

–Mamãe, pu que não tenho papai? –a menininha perguntou.

–Você tem filha, mas você não conhece ele, ninguém sabe quem ele é. –a mãe dela respondeu. –Olha filha, você lembra quando... –a mãe dela não terminou, a imagem que eu via das duas desapareceu.

Olhei em volta assustada, queria ouvir o que a mulher tinha a dizer, mas a imagem delas desapareceu. Saí daquela sala tentei voltar para onde comecei mas ouvi alguém gritando.

–Mamma! –era a Dani.

–DANI! –tentei chama-la. –DANIELE!! –gritei em quanto corria na direção da voz.

–MAMMAAAA!!!! –ela estava gritando, mas não sabia de onde vinha.

Corri e acabei chegando em outra porta. Nesta eu nem pensei, apenas entrei. Quando entrei vi uma coisa que eu não queria ter visto. O que estava naquela sala era o acidente que aconteceu no meu trabalho lá na Itália. Parei para ver, mas os bandidos foram na direção da Dani, eu não queria ver mais então fechei a porta rapidamente.

Minha respiração ficou ofegante, era estranho, eu não sabia se voltava para o começo ou se continuaria. Resolvi continuar, acho que não vou me arrepender.

Andei a procura de mais portas, mas parecia que a cada passo que eu dava o corredor se estendia mais e mais. Ouvi mais risadas de crianças, comecei a seguir e cheguei em uma porta que para mim é muito familiar, era a porta do meu quarto, mas era o meu quarto lá da Itália. Adentrei e vi eu com o Daniel e a Daniele, eu lembro desse dia, eu estava contando uma história para eles. Em pouco tempo a imagem sumiu novamente, eu não podia fazer nada então fechei a porta e continuei o caminho.

Não estava aparecendo mais nenhuma porta então resolvi voltar para o começo. As portas que eu tinha passado antes sumiram. Estava quase na onde comecei, mas voltei, voltei porque ouvi alguém chorando. Segui o choro e acabei em outra porta. Abri e vi uma adolescente, devia ter uns quinze anos.

Eu sabia que ela também não ia me ver, então me sentei ao seu lado e suspirei. Mas a menina parou de chorar olhou para mim e falou comigo.

–Quem é você? –ela me perguntou.

–Você está me vendo. –fiquei confusa.

–Óbvio que estou. –a menina riu.

–Quem é você, porque está chorando? –perguntei.

–Eu sou Daniele, para ser mais precisa sou Daniele Castillo Vargas. Você não me respondeu, quem é você? –ela me perguntou.

Eu entrei em choque, não pode ser a Dani, ela é pequenininha ainda. O que está a vendo, por que ela pode me ver?

–É... Eu sou... –tinha que pensar em um nome. –Eu sou Roxy. –minha criatividade foi pro ar, então peguei meu antigo nome falso.

–Engraçado, você é bem parecida com a minha mãe. –ela riu.

–É... –disfarcei.

–Você conhece minha mãe? –ela perguntou.

–Não. –respondi rápida. –Mas você não me contou porque estava chorando?

–É porque nada na minha vida dá certo. Meu pai não me deixa em paz, minha mãe é muito chata, meu irmão não liga pra mim, e minha melhor amiga não quer me ver. –ela disse deixando mais lágrimas caírem.

–Não fica assim, tenho certeza que seus pais te amam, eles fazem isso para o seu bem. –confirmei. –Seu irmão também te ama.

–Por que fala isso?

–DANIELE!!! –eu já ouvi essa voz antes.

–Porque... –ia responder mas avistei o Leon vindo. –É... Eu não posso falar agora. –falei e saí correndo.

–Onde você vai? –ela perguntou mas eu continuei correndo.

Avistei a porta por onde vim, abri a porta e voltei para onde eu estava. Fiquei estranha por ter falado com a minha filha, e ela estava adolescente.

Agora eu não ia parar em lugar nenhum. Não vi mais nenhuma porta, mas começaram a aparecer janelas, em cada janela tinha alguma coisa, parei em uma que me chamou a atenção.

A Fran estava chorando no tribunal, vi a Julia no colo do Marco. A Fran estava muito mal. O Marco saiu do tribunal com a Julia no colo e a Fran ficou lá chorando. Estávamos todos lá.

Continuei andando e parei em outra janela.

Nesta eu estava na Itália com a Fran e com as crianças, mas eu estava com três crianças, eu não conhecia uma, mas era parecida com a Dani.

Continuei andando, não vi mais janelas então fiquei calma. Bem no final do corredor vi outra janela. Era eu correndo atrás do Leon, ele estava com uma cara péssima e eu estava tentando segui-lo. Fiquei bem quieta para prestar atenção no que estávamos falando.

–Leon, Leon espera! –eu estava chamando.

–Vai em bora Violetta, eu não quero mais te ver! –ele falou.

–Mas Leon! –eu tentava chama-lo.

–Vai em bora! –ele exigiu.

Eu não sabia o que tinha acontecido, mas eu sei que não poderia perde-lo.

–LEON!!! –tentei chama-lo na esperança que ele me ouvisse.

Tudo começou a ficar preto mas eu continuei chamando-o.

#Sonhos off#

–Vilu, acorda! –o Leon estava do lado da cama me chamando.

–Leon?! –o chamei.

Olhei para o lado e vi ele com cara de assustado. Pulei e abracei-o.

–Não me solta por favor! –pedi ainda em choque.

–Não vou. –ele me abraçou. –Mas o que foi, você começou a gritar o meu nome e eu vim aqui e te vi dormindo.

–Não é nada, foi só um pesadelo. –falei saindo do abraço.

–Tem certeza que está bem, não quer me contar sobre o pesadelo? –ele estava preocupado.

–Não, eu estou bem só preciso de água. –falei me levantando.

–Vamos, eu vou descer com você. –ele pegou em minha mão.

Nós descemos eu bebi água e ficamos nós dois assistindo um filme já que as crianças estavam dormindo.

–Leon. –chamei-o.

–Sim?!

–Promete que você nunca vai me abandonar?

–Eu prometo pela minha vida que nunca vou te abandonar. –ele me abraçou.

–Eu te amo. –fiquei abraçada nele.

–Eu também te amo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sonho estranho esse da Vilu né?
Espero que vocês tenham gostado do capítulo pessoal!