Amor Leonetta! escrita por Tuka


Capítulo 15
Eu...


Notas iniciais do capítulo

Oi povo. Me desculpem pela demora mas eu estava com um bloqueio imenso a mais de um mês e ele não vai em bora. Outra eu não tinha tempo pois fui para todos os lugares possíveis, pinacoteca, castelo rá tim bum, no cata vento, e outros. Resumindo eu não tive tempo, e se fico sem escrever me da mais bloqueio ainda.
O que importa é que terminei e vocês vão ter outro capítulo para curtir. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559761/chapter/15

POV FRANCESCA

Todos já tinham ido só faltava eu e a Julia. O Marco já tinha ido em bora e me deixado lá sozinha para arrumar tudo e isso me irritou, por isso hoje não vou para casa, vou para um apartamento que comprei faz um tempo, mandei mobilhar e hoje vou ir lá pois se eu ir para a casa eu mato o Marco. Coloquei todos os presentes no carro pequei a Julia e fui caminho ao apartamento. Cheguei no apartamento e logo subi para meu andar, eu comprei o apartamento da cobertura então o andar todo era meu. Entrei em meu novo apartamento e estava exatamente como mandei, lindo. Levei a Julia até o quarto e coloquei-a no berço e fui tomar um banho para relaxar um pouco. Tomei meu banho e logo que saí ouvi meu celular tocar, fui até a sala e pequei meu celular e atendi.

#Ligação on#

–Fra?! –era a Camila.

–Oi Cami. –atendi.

–Onde você está? –ela me perguntou. –Não espera aí, você está no apartamento.

–Sim. –confirmei.

–Posso ir aí, tenho que te contar uma coisa. –ela pediu.

–Pode, mas não é mais fácil? –sugeri.

–Não, não é coisa que se conte por telefone. –ela brigou comigo.

–Ok então estressadinha, pode vir. –me rendi.

–Daqui a cinco minutos estou aí. –ela falou apressada.

–Então tá, tchau Cami. –me despedi.

–Tchau Fran. –ela se despediu.

#Ligação off#

Desliguei o telefone e fui me trocar. Como estava de noite e estava meio frio eu coloquei uma camisa de manga curta com uma calça. Terminei de me tocar e fui ver se a Julia estava acordada e como eu imaginei ela estava acordada tentando escalar o berço para sair. Corri até ela e pequei-a.

–Não faça isso Julia, se você cair vai sr um problema viu! –falei com ela no colo.

Coloquei a mão na testa dela e estava meio quente, não estava muito mas estava. Desci com ela até a sala e quando passei o olho rapidamente pelo relógio vi que era hora de dar o remédio para Julia, mas tem uma coisa, dar remédio para a Julia é a mesma coisa que entrar na guerra mundial. Fui até a estante e peguei a caixa de primeiros socorros, coloquei o remédio em uma colher e fui tentar dar para ela mas é complicado.

–Para Julia. –pedi enquanto ela se debatia.

–NAAAAAAHHHHH! –ela berrou.

–Para de gritar Julia. –mandei e ela fugiu do meu colo.

Ela saiu engatinhando para longe, eu coloquei a colher com remédio na mesa e fui atrás dela, o problema é que eu não vi para onde ela foi. Na sala ela não estava mais, no banheiro e na cozinha também não. Fui para os dois quartos e nada, ela não sabe subir a escada então ela não subiu. Voltei para a sala e vi a porta aberta, odeio quando ela abre portas, desde que ela aprendeu a andar ela apendeu também a abrir portas. Corri até a porta e quando saí vi a Julia chorando no colo da Cami.

–Graças a Deus Cami. –falei pegando a Julia.

–Cuidado Fran. –ela riu.

–Tenho que mandar aumentar a altura da maçaneta. –ri.

Entrei com a Cami tranquei a porta e fui até a mesa pegar o remédio.

–Me ajuda um pouco Cami. –pedi.

Ela segurou os braços da Julia e eu tentei dar a ela o remédio mas cuspiu em mim.

–JULIA CAUVIGLIA! –gritei me limpando.

–NAAAAAAAAMMMMMMM!!!!!. –ela berrou.

–Eu acho que ela não gosta. –a Cami riu da minha cara.

Olhei fixamente em seus olhos usando um olhar ameaçador.

–Me desculpa. –ela parou.

–Vou dar com a seringa. –falei.

Coloquei o remédio na seringa e coloquei na garganta dela ela chorou mas logo passa. Fui trocar de blusa e quando voltei a Julia estava esperneando-se no chão.

–Ela não para de chorar. -a Cami estava em desespero.

–Ela está incomodada. –falei pegando-a no colo.

Ela me bateu.

–Para filha! –falei segurando em seu braço.

–MAAAAAMMM!!! –ela continuou me batendo.

–Cansei Julia hoje não estou com paciência. –me irritei. –Cami me espera um minutinho, vou levar a Julia par o berço.

Levai-a até o quarto ela me batia desesperadamente e não parava quieta. Coloquei-a no berço e ela me olhou chorando, ela me chamava e eu não aquentei, não aquentei ver minha filha me chamando.

–Fica calminha filha. –falei pegando-a novamente.

Coloquei um de meus seios para fora e dei para ela. Ela parou de chorar e começou a mamar, e em cinco minutos ela dormiu. Coloquei-a no berço e desci para a sala onde encontrei a Cami andando de um lado para o outro.

–E então, o que queria me contar? –perguntei me sentando.

–A Vilu... –eu a cortei.

–Ela piorou? –perguntei preocupada.

–Não, ela... –cortei-a novamente.

–Ela morreu, não me fala isso Cami. –falei rápida e preocupada.

–Para de me interromper Fran, deixa eu falar. –ela bateu o pé.

Ela se sentou ao meu lado e pegou em minhas mãos.

–A Vilu acordou. –ela me deu a notícia.

Abri a boca e fiquei paralisada com cara de espantada, a Cami me olhou estranho.

–Nã... Não brinca comigo Cami. –meu coração estava quase saindo pela boca.

–Não estou. –ela sorriu.

–Mas não podemos visita-la, o horário de visita acabou. –reclamei.

–Mas o Leon está lá, podemos ligar pra ele. –ela disse pegando o celular.

Ela discou o número, colocou no viva voz e começou a chamar, chamou, chamou várias vezes até que finalmente ele atendeu.

#Ligação on#

–Finalmente Leon. –falei.

–Me desculpa, eu não sabia onde estava. –ele riu.

–Onde você está? –a Cami perguntou.

–Ainda no hospital. –ele falou.

–Podemos falar com a Vilu. –a Cami perguntou.

–Podem, tenho que colocar no viva voz porque ela não pode ficar mexendo o braço pois está os dois bem machucados. –ele nos informou.

–Tudo bem. –dissemos juntas.

–Oi meninas. –a Vilu disse rouca.

–Oi Vilu, não acredito que você acordou. –falei pulando de alegria.

–Acordei Fran. –ela disse tossindo logo depois de falar.

–Como você está? –perguntei.

–Com dores. –ela disse rindo.

–Por que será em mocinha? –briguei com ela.

–Me desculpa mamãe, eu nunca mais vou passar no sinal vermelho. –ela disse fracamente.

–Bom mesmo menina feia. –ri. –Vai descansar. –falei.

–Tá. Tchau Fran, tchau Cami. –ela se despediu.

–Tchau Vilu. –falamos juntas.

–Tchau Fran, Cami. –o Leon se despediu.

–Tchau Leon. –falei.

–Tchau. –a Cami se despediu.

#Ligação off#

Como era noite a Cami foi em bora e eu fui colocar uma roupa mais confortável para poder dormir mais tranquila. Coloquei o pijama e fui jantar. Fiz uma janta rápida e fui ver se a Julia ainda estava dormindo, e sim estava. Fiquei aliviada em saber que ela estava dormindo. Me deitei na cama e dormi rapidamente, eu estava exausta.

POV VIOLETTA

Hoje acordei com dores pelo corpo todo, mesmo eles me dando remédio as dores são insuportáveis. O Leon não ficou está noite comigo pois tinha que ficar com as crianças, então passei a noite sozinha. Acordei ainda eram sete horas da manhã e já tinha enfermeiras para me dar remédios, são tantos remédios que eu já perdi a conta. Era um para tal coisa, outro para outra e outra para outra coisa. Já de manhã o médico veio falar comigo.

–Senhorita Castillo?! –ele entrou na sala.

–Sim? –atendi.

–Vim te contar como está sua situação. –ele disse parando em minha frente.

–Pode falar. –pedi.

–Bom, você veio em estado gravíssimo e ainda permanece neste estado pois ocorreu um erro médico e uma enfermeira injetou uma quantidade muito grande de um remédio errado em você e seu estado piorou, e como estava em coma era difícil para sua situação melhorar. Vinha gente te ver todo dia. –ele disse.

–É, imagino. –ri.

–Talvez demore muito para a senhorita sair deste hospital e não garanto que sairá 100% boa, talvez 90% boa, mas 100% você não volta. Seu corpo está correspondendo aos medicamentos e isso é bom, mas se seu corpo começar a rejeitar a sua situação vai de mal para péssimo e a chance de você sobreviver. -ele falou e eu me preocupei.

–Mas e meu estado agora? –perguntei.

–Bom, está em uns 25%. –ele disse e eu fiquei até sem ar.

–É muito grave? –perguntei.

–Muito, mas você chegou aqui com uns 17%. Você teve fraturas graves no crânio e em quase todo o corpo. Achei um milagre você não perder a memória, não perder nenhum movimento do corpo ou algo tipo. Com certeza não é sua hora, você deve ser uma ótima amiga, mãe, ótima pessoa pois Deus sabia que não era sua hora de partir. –ele disse.

–Imagino. –falei lembrando do meu passado.

–Licença. Ai, desculpa se quiser posso sair. –a Fran entrou.

–Tudo bem, já estou de saída. –o médico disse indo em direção a porta.

–Obrigada. –a Fran agradeceu.

O médico se retirou da sala e a Fran correu em minha direção, ela pulou em mim.

–Ai, ai, ai ai! –reclamei de dor.

–Me desculpa. –ela saiu de cima de mim.

–Tudo bem, só tente evitar os contatos com meu corpo pois dói muito. -reclamei.

–Eu estava com saudades amiga. –ela pegou em minha mão.

–E eu de você. –falei sorrindo.

–Sabe de uma coisa. –ela riu.

–O que? –perguntei não entendendo nada.

–Você fica linda de cabeça enfaixada. –ela continuou rindo.

–Para Francesca! –fiquei emburrada.

–Me desculpa. –ela secou uma lagrima que caiu de tanto rir.

–Tá. –falei. –Como está você, a Julia, o Marco? –perguntei.

Ela fez careta e virou a cabeça para o outro lado.

–O que foi? –desconfiei.

–É que eu vou me separar do Marco. –ela disse.

Coloquei as mãos em frente a boca.

–E como você está? –perguntei.

–Eu estou bem, mas ele ainda não sabe, tomei essa decisão ontem. –ela explicou. –O problema vai ser a Julia, ela já tem quase dois anos e sabe bem que é o pai.

–Ela vai superar. –dei apoio.

–Como sabe? –ela perguntou.

–Maus filhos cresceram quatro anos sem pai, e ela ainda é nova chega uma hora que ela até esquece do pai. –tentei anima-la.

–Pode ser. –ela falou chateada.

–E como ela está? –perguntei.

–Não muito bem, ela está doente. –ela falou se sentando.

–Tadinha. Quem está com ela? –perguntei.

–Neste momento com meus pais. –ela disse.

–Como o pessoal está? –perguntei.

–Mal por você, mas quando souberem que você acordou eles vão ficar melhor. –ela sorriu.

–É. –assenti. –Fran, me responde uma coisa?

–Respondo. –ela disse curiosa.

–O Leon está cuidando bem dos meus filhos? –perguntei.

–Primeiro, eles são filhos dele também. Mas sim, ele brinca com eles, leva eles para a escola, tudo que for possível ele faz pelos dois. –ela disse pegando em minha mão. –Por que perguntou?

–Não sei, ele era tão agressivo e não queria aceitar que eles eram filhos dele, e ele mudar assim tão de pressa é estranho. –falei estranhando.

–Ok, pode ser estranho mas eu o convenci e agora ele cuida das crianças como a própria vida. –ela afagou minha mão.

Ela parou e ficou pensativa.

–Acabei de lembrar, o Leon me contou uma coisa que aconteceu com você no passado. –ela disse soltando minha mão.

–Pra quem mais ele contou? –perguntei bufando.

–Para a Angie e para mim. –ela disse.

–Já descobri de quem que meus filhos puxaram a mania de não conseguir guardar segredos. –sorri.

–É... –a Fran foi interrompida.

–Com licença mas preciso dar a medicação para a paciente. –uma enfermeira entrou com um carrinho cheio de coisas em cima.

–Tudo bem, posso ficar ou tenho que me retirar? –a Fran perguntou.

–É melhor a senhorita ficar para acompanhar a paciente. –a enfermeira disse se colocando em rente a cama.

Vi que a Fran ficou estranha quando a enfermeira disse “Senhorita”, ela não disse nada mas ficou estranha.

–Ela pode ficar. –respondi pela Fran.

Ela preparou três remédios e antes de me dar ela avisou.

–Irei avisar que dez segundos após eu aplicar o remédio a paciente vai dormir. –ela avisou.

–Tudo bem. –assentimos.

Ela me deu dois remédios líquidos e depois uma injeção. Eu como tenho medo de agulhas, eu peguei o braço da Fran e escondi meu rosto. Logo que ela aplicou o remédio eu fiquei sonolenta.

–Ela logo dormirá. –a enfermeira se retirou do quarto.

Estava quase fechando os olhos quando resolvi falar uma coisa para a Fran.

–Fran... –a chamei.

–O que foi? –ela perguntou se aproximando.

–Eu... Eu preciso te... te contar, te contar uma coisa... –eu estava quase dormindo.

–O que foi Vilu? –ela se abaixou na minha altura.

–Eu... eu escon... escondi uma, uma co... coisa. –não consegui terminar, estava com os olhos já fechados.

–O que, o que você escondeu? –ela queria saber

–Eu...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que tenha valido a pena o tempo que levei para escrever, pois demorou muito, eu sei!
1- E então, o que será que a Vilu escondeu e que tanto quer contar para a Fran?