Ironias do Destino escrita por Bi Styles


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem pela demora. Estava super ocupada estes dias, lendo um livro super bom: Maze Runner-Correr ou Morrer. Nem percebi o tempo passar, mas o último capítulo postei ano passado :o Mas consegui terminar este capítulo, que está com umas coisinhassss. Talvez, apenas talvez, poste o outro capítulo na segunda. E o príncipe está chegaandoooooooo u-u. Leiam e espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559572/chapter/8

Haviam dito para mim e para o povo que a guerra tinha deixado 7 milhões de pessoas mortas. Mas depois de ler aquele livro, percebi que reduziram, ao máximo esse número. O verdadeiro total era o sêxtuplo desse resultado anterior. Foram mais de 42 milhões.

Por que haviam mentido para mim? Nem isso eu sabia. Poderiam pensar que eu sabendo da verdade faria algo contra eles. E era exatamente isso que eu estava pensando. Daria poder ao povo. Abriria os olhos deles.

Estava cansada da monarquia. Estava cansada de servir de marionete pro meu pai. Estava cansada de ser mandada igual um cachorro. A partir de agora eu seria uma nova Kiara.

Coloquei aquele livro lentamente onde ele estava. Caminhei até Gustavo e falei para irmos embora. Ele me olhou e disse:

–Você não estava procurando algo?

–Sim. Vamos deixar para outro dia. –respondi atônita.

–Não. Não podemos deixar para outro dia. –falou ele que, saindo da frente de um balcão, deixou á mostra a pasta dourada.

–Esta é a pas...

–Acho que sim. –falou ele. –O super Gus sempre está em ação!

Revirei os olhos para ele, mas não pude deixar de sorrir.

–Como sempre me salvando, super Gus.

–E sempre te salvarei, princesa. –respondeu e percebi no seu olhar que não era uma brincadeira. Peguei algumas cartas da caixa e as coloquei dentro do meu vestido. Ele continuou: –Vamos sair logo daqui. Se o seu pai chega aqui e vê a gente...

–Quer dizer que meu pai sabe disso?

–Kiara, se aqui tem tanta coisa sobre a Guerra, acha que ele não sabe?

–Com certeza. –falei e corri para a parede de onde tinha chegado. –Será que tem opção reversa? Tipo para voltar?

–Acho que sim. –falou ele se aproximando. Empurrou a parte de cima da parede. Nada aconteceu. Continuamos empurrando. E nada. Decidimos esperar. Nos encostamos na parede e lá ficamos.

Quando tudo parecia estar perdido, a parede se abriu. Eu me desequilibrei e caí por cima de Gus. Como ele era mais alto que eu, minha cabeça foi amortecida pelo seu peito. Pude ouvir direitinho as batidas de seu coração. Seu coração estava tão acelerado. Ele respirava rapidamente.

Quando me recuperei do susto, levantei rapidamente. Passei as mãos no cabelo, para arrumá-los e desamassei o vestido. Ele levantou do chão logo em seguida, e me deu uma carta.

–Acho que caiu do seu vestido. –falou.

–Obrigada. –falei e engoli em seco. –Deixemos a aula pra amanhã, okay?

–Tudo bem. É bom que eu estudo melhor para lhe explicar. –respondeu ele.

Ao cruzar a porta da biblioteca, percebi uma coisa. Estava com a carta na mão. Peguei ela e escondi debaixo das minhas 2 saias, e andei até meu quarto.

...

Entrei no meu quarto e me sentei na cama. Tirei as cartas e comecei a abri-las. Mas algo me deteve. Alguma coisa dentro de mim falava que não era pra eu abrir. Então guardei todas na cartas na minha caixa, que a trancafiei no meu guarda-roupa.

Então as memórias me veio á tona. Todas aquelas coisas escondidas, tudo o que foi mentido para mim, aquilo que o rei me disse e tudo mais. Aquele rei ia ficar hospedado aqui, bem debaixo do meu nariz. Isso me deu uma grande angústia. Mas sempre que pensava nestas coisas, um nome sempre vinha na minha cabeça: Gustavo. Gustavo. Gustavo. Lembrei do meu desespero quando percebi que ele havia sumido, lembrei do momento que eu havia caído em cima dele, e o mais importante, o bater tão acelerado do seu coração. Desculpem, mas não consegui conter os risos, ao me lembrar disso.

...

Passei o resto da tarde no meu quarto. Ninguém veio me perturbar, me chamar para alguma atividade, nada. Estranhei. Só o que fiz foi ficar deitada. De vez em quando me batia uma curiosidade e eu ia lá na caixa e pegava a carta. Mas não a abria.

Quando vi que estava de noite e ninguém veio me chamar para jantar, foi que finalmente sai do meu quarto.

Ao caminhar pelo corredor que ligava meu quarto até as escadas, percebi o quão silencioso o palácio estava. Estava escuro e ainda por cima, não via ninguém.

Ao passar pelo grande salão, percebi uma luz bem fraca vindo da sala de jantar. Fui até lá e vi todos os funcionários do castelo aglomerados olhando uma pequena TV. Aproximei-me do interruptor e liguei a luz daquele cômodo. Todos me olharam assustados. Começaram a sair desesperados, porém, com a voz firme falei:

–O que fazem aqui? Que silêncio é este neste castelo?

–Nada princesa. –apressou-se em dizer Natan, um dos limpadores de janelas.

–Digam. –falei novamente com a voz firme.

De repente uma pessoa inusitada saiu da multidão. Gus caminhou até mim e dirigiu um olhar triste.

–Vamos conversar princesa, em um local mais calmo. –falou.

–O que aconteceu aqui? –perguntei, a voz tremendo.

–Vamos. –ele pegou meu braço. –Te contarei no caminho.

No meu último olhar para trás, vi Hilla se banhando em lágrimas e Charllote a acalentando. Os outros funcionários já haviam se dispersado. Então uma pergunta surgiu na minha mente: Ela estava chorando por causa que o Gustavo veio atrás de mim, ou por causa do misterioso ocorrido?

...

No meio do caminho, Gus me soltou. Havíamos saído de dentro do palácio, estávamos agora no jardim.

Eu estava cansada, e queria respostas. Ele sentou-se na grama e fitou o horizonte. A lua já estava pairando do céu. Sentei-me ao seu lado e o encarei.

–O que aconteceu Gus? –perguntei.

Ele demorou um pouco para responder. Deveria estar procurando palavras certas para explicar o que ocorreu.

–Os súditos estavam zangados com aquele discurso de seu pai. Sobre o aumento dos remédios e tudo mais. –respirou fundo. – Então armaram uma emboscada para seu pai.

Engoli em seco. Já sabia o que viria.

–Hoje á tarde, seu pai saiu para resolver algumas coisas. Desculpe mas não sei o que era. –continuou. –Ele estava na charrete real, claro. Mas, de repente, o cavalo tombou. O seu pai saiu da charrete para ver o que havia acontecido, e nesse momento, um cara mascarado surgiu e o esfaqueou pelas costas.

Encostei a cabeça no ombro dele e comecei a chorar. Soluços vieram depois.

–Ele morreu? –perguntei.

–Foi um milagre, por pouco a faca não perfurou sua medula. E sim, ele está vivo. Mas Kiara, o estado dele ainda é grave. Você deve estar preparada para tudo, okay? Seja forte.

Enxuguei minhas lágrimas.

–Okay. Serei forte. –falei. –Estava passando na TV?

–Sim. –os olhos dele ainda fitavam o horizonte. De repente me encarou. –Do jeito que ele é durão, virá logo para casa. Não acredite que seu pai, aquele rei carrasco, morrerá dessa forma.

Consegui dar um breve sorriso. Então uma coisa meio estúpida veio á minha mente. Bem naquele momento pensar aquilo? Mas, não me contive. Precisava desabafar com alguém.

–Se ele morrer, eu me casarei mais depressa. –falei.

–É. –falou ele. –É bom que desencalha.

–O que Gus? –falei e me virei para ele. Dei 2 tapas em seu ombro e ri.

–Mas bem que poderia ser comigo. –falou ele, em meio ás gargalhadas.

–Para de brincadeira Gus! –falei sorrindo.

Ele riu mais um pouco e encarou o chão.

–Parei as brincadeiras. –respondeu. –Quer que eu te leve pro seu quarto?

–Sim, por favor. –falei e nos levantamos.

...

A noite foi longa. De vez em quando acordava, escutava barulhos vindos do corredor e chorava pensando no meu pai. Queria saber como ele estava. A minha vontade era correr para onde ele estava e abraça-lo. Pena que haviam me trancado no meu quarto.

...

Mal haviam saído os primeiros raios de sol quando me levantei. Fui até a varanda observar o nascer do sol. Sentei-me em uma das cadeiras e permaneci até ouvir o barulho da porta se abrir. Era Gerard, a mão direita de meu pai. Não gostava dele, e todo o reino sabia disso.

–Princesa, se apronte. Seu pai já está vindo para casa. –falou.

–Cadê Charllote e Hilla? –perguntei.

–Já estão vindo com seu café da manhã. Espero que tenha passado a noite bem.

–Meu pai estava quase morto e é pra eu passar a noite bem? –falei, com a raiva entonando cada palavra.

–Mas ele não morreu.

–Por que me deixaram trancada aqui?

–Você poderia tentar algo.

–Com todos esses guardas e todas estas grades? Impossível. –respondi.

–Você está agindo como uma pessoa mimada.

–Estou agindo como uma pessoa que perdeu a mãe e não quer perder o pai também.

Com isso ele saiu e deu espaço para que Hilla entrasse com meu café.

–Como foi a noite princesa? –perguntou levado o carrinho de comidas para a varanda.

–Nada bem. –disse.

–Seu pai está vivo, e isto que importa.

–Ele virá agora pela manhã?

–Chegará daqui alguns minutos. –falou ela. –Portanto, coma logo.

Não estava com muita fome, então comi pouco. Hilla colocou um vestido azul mar, que ia até os joelhos, em mim, e calcei uma sapatilha branca.

...

Andei até os portões do palácio cercada de guardas. Tinham receio de que pudessem me ferir também. Falaram para mim que os súditos (nem tão súditos) que tentaram matar meu pai foram apanhados em um reino perto daqui. Não será preciso muito tempo até que eles sejam condenados a prisão perpétua pelo meu pai.

O mais inacreditável foi que, perto dos portões haviam milhares de súditos. Apesar de meu pai fazer da vida deles um provável inferno, com todas aquelas leis e coisas injustas, lá estavam eles, decididos a verem o seu rei, o seu líder, chegar de uma “quase morte”.

Não passou muito tempo quando observei uma charrete se aproximar. Meus olhos brilharam quando vi que se tratava da charrete de meu pai.

...

A charrete entrou bem rápido no castelo, nem deu tempo que eu visse meu pai direito. Mas ao entrar no salão principal, ele deu ordens á todos que estavam lá para deixarem nós sozinhos.

Quando todos saíram, eu e meu pai nos encaramos. Ele nem parecia que tinha sido esfaqueado pelas costas. Tinha a mesma cara durona de antes. Mas, eu como sua filha, não resisti. Corri e o abracei de uma forma tão carinhosa que até eu me assustei.

–Papai... –sussurrei aos prantos.

–Shhh! –faalou. –Não precisa dizer nada, Kiara.

–Tive tanto medo de...

–Nem ouse falar isso, Kiara.

Naquele momento, senti, nas suas palavras, uma pontada de carinho e de amor. Meu pai expressando sentimentos?

–O importante é que estou vivo. –completou.

Ele começou a enxugar as lágrimas que caiam sobre minha bochecha.

–Agora vou descansar um pouco. Essa noite foi um pouco ruim para mim. –falou e me deixou sozinha no salão.

...

Quando anoiteceu, tive que ir ao quarto de costura. Meu vestido para a festa já estava pronto, mas eu teria que experimentá-lo, caso fosse preciso fazer algum ajuste.

Gus estava lá, então lembrei de tudo que ocorrera no dia anterior. “Não, eu preciso desistir disso”, pensei, “Nunca dará certo Kiara”.

Experimentei o vestido e me olhei de cima para baixo. Estava realmente perfeito.

–Está perfeito, sr.Alef. –falei. –Perfeito.

–Ainda bem que gostou, princesa. –falou e deu uma pequena pausa. –Já sabe á que horas será a festa?

–A partir das sete e meia da noite. –falei e observei Gustavo em um canto do cômodo, certamente desconfortável com o assunto. Ele estava concertando a máquina do pai, que aparentemente, havia tido um curto circuito.

–Eu não poderei ir, irei cuidar de minha esposa. Ela não está muito bem ultimamente...

–Onde ela está? –perguntei.

–Dentro daquele cômodo ali. –respondeu o sr.Alef apontando para uma porta atrás de Gus.

–Ah. –falei. –Então o senhor não vai?

–Certamente. Mas Gustavo irá no meu lugar. –respondeu ele.

–O quê? –perguntou Gus se aproximando. –Quem disse que eu irei?

–Eu, seu pai. –falou o pai dele.

–Mas não posso pai. Deixe que eu cuido da mãe, e você vai.

Algo me disse que não era muito entusiasmante teimar com Gustavo.

–Então tudo bem. Já que ele não quer ir, ele fica cuidando da mãe e você vai, sr. Alef. –falei.

O pai olhou para o Gus com uma cara de apreensão, mas que logo se suavizou.

–Então, te vejo amanhã, princesa. –respondeu o pai dele.

...

Já eram quase seis horas da manhã. Não havia dormido muito bem. Só pensava em Gustavo, Gustavo, Gustavo. Fiquei sentada na minha cama e balançava a cabeça, na esperança daquele nome sair da minha cabeça. Isto foi uma tentativa, é claro, sem sucesso.

Eu ia me casar, não podia ficar pensando em uma pessoa que não tinha nada a ver comigo. Ou tinha? Céus, por quê estou com essa grande indecisão?

Eu queria saber se ele realmente gostava de mim, caso fosse, eu faria de tudo para que desse certo. Ou não, do jeito que sou mole, não conseguiria fazer nada a não ser fazê-lo sofrer.

Coloquei minhas mãos tapando os olhos e baixei a cabeça. Havia tomado uma decisão. Eu ia esquecer Gustavo, até porque, só havia sido um beijo. E ia me apaixonar pelo príncipe, e ser feliz.

–Por favor, senhor coração, faça o que estou pedindo uma única vez. Deixe-me apaixonar pelo príncipe e esquecer Gustavo. –falei.

Continuar...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes de irem embora, leiam isso. Tem muitas visualizações, mas quase nenhum comentário. Por favor pessoinhas, comentem, favoritem, acompanhem e recomendem. Isso faria a autora muito feliz. Porque sei lá, me sinto mais motivada quando vejo que muitas pessoas gostam da fic e tudo mais. É só isso, obrigada pela atenção. Até outro dia fofuxosss.