Ironias do Destino escrita por Bi Styles


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para saciar a curiosidade de vocês!
ESTOU DE FÉRIAAASSS U-U
Leiam e comentem o que acharam, por favor! Eu NECESSITO das opiniões de vocês!



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Soltei a carta tremendo. Minha mãe tinha tentado se matar. Eu tinha a intenção de que estas cartas aliviassem minha tensão, mas só acrescentou mais um problema á minha lista. A primeira pergunta que sempre me vinha á mente era: Por que meu pai nunca tinha enviado estas cartas a minha avó?

Então, o meu pai já tinha planos com Jorge Vanseford antes de eu nascer? Então quando ele perguntou se eu aceitava ou não, eu não tinha escolha? Por isso que Gabriel me conhecia desde pequena...

Mas tinha uma incógnita que eu não conseguia resolver. Minha mãe disse que meu pai estava conversando com Jorge para eu casar com um dos filhos dele. Um dos filhos. Então quer dizer que Jorge tinha mais de um filho? Não era só Gabriel?

E mais outro problema: Jorge tinha um grande segredo. Será que seria esse filho? Será que ele matou esse filho para que eu me casasse com Gabriel, que seria seu filho predileto?

E por fim, será que foi Jorge Vanseford que plantou a bomba no quarto de meu pai?

Eram tantos problemas que eu estava ficando zonza. E não tinha ninguém que me ajudasse a resolvê-los. A única pessoa que poderia fazer isso era Gus, e eu havia quebrado seu coração, da maneira mais cruel que alguém poderia ter feito.

Mas tinha uma pessoa que certamente teria as respostas. E ela iria dá-las para mim, querendo ou não.

...

Passei o dia nos jardins. Olhando as flores florescerem, a fonte chiar e os cavalos relincharem. Tudo aquilo me acalmava.

Então vi meu pai passar. Era minha deixa.

–Papai! –acenei e corri em sua direção.

–Olá querida. –ele respondeu.

–Poderíamos conversar um pouco? –perguntei, apontando para o banco que eu estava sentada havia pouco tempo.

–Claro. Tenho alguns minutos antes de ir conversar com os detetives.

Nos sentamos. Eu puxei uma pasta que estava debaixo do banco. A pasta que continha as cartas da minha mãe. Ele apenas arregalou os olhos e disse:

–Onde achou isso?

–Em uma biblioteca secreta. Aquela que, para entrar nela é necessário empurrar a terceira estante da biblioteca normal.

Meu pai me olhou, espantado.

–Está com medo de que eu descubra segredos, papai? Desculpe desapontá-lo, mas eu já descobri. E muitos.

–Kiara, estas cartas não são da sua mãe. –ele falou, a voz firme.

–Então essa assinatura dela é falsificada? Chega de mentir pai! Chega! –gritei, com lágrimas de raiva nos olhos. –Eu estou cansada de suas mentiras! Por que não escolhe falar a verdade uma vez na vida?

Meu pai engoliu em seco. Nunca o havia visto tão nervoso.

–Tudo bem. Desconte sua raiva em mim. Sempre soube que este dia chegaria.

Como assim meu pai havia aceitado eu fazer perguntas a ele sobre minha mãe? O choque foi tão grande que demorei um tempo para me recompor.

–Primeiro, por quê você nunca enviou estas cartas para a vovó?

–Por que sua mãe nunca quis que eu as enviasse. Ela nunca havia me dado estas cartas. Ela as guardou dentro desta pasta, e nunca quis que sua avó as lesse. Ela só queria escrever para passar o tempo.

–Porque minha mãe era infeliz e se sentia aprisionada aqui, não é? Por que você a forçou a isso?

Meu pai respirou fundo.

–Eu não a forcei a nada. Ela só não sabia o quão solitário seria o palácio. O quão ocupado eu era, para não dar-lhe a atenção necessária. Eu queria muito ter tido o tempo para acariciar os cabelos dela, olhar nos seus olhos azuis e dizer o quanto a amava, Kiara. Mas, não pude.

–Você não fez isso por que?

–É uma longa história. E eu não sei se você entenderia isso agora, já que ainda não encontrou o amor.

Sorri mentalmente. Ali estava meu pai, pensando que eu nunca havia sentido amor por alguém antes.

–Mas, tem um segredo que é necessário o senhor me contar. E não vai sair daqui enquanto não explica-lo. –fiz uma pausa. –Qual é o segredo de Jorge Vanseford?

Meu pai se levantou e saiu a passos largos. Corri e puxei seu pulso.

–Vai continuar escondendo tudo sobre meu futuro sogro? Quem é Jorge Vanseford? Qual é a verdadeira face daquele monstro? –gritei, as mãos trêmulas.

Meu pai me olhou e me segurou pelos pulsos.

–Não há segredo que nunca seja descoberto. Um dia, Kiara, você descobrirá.

–Então, até eu não descobrir que segredo seria esse, eu não me caso com Gabriel.

Meu pai me olhou, como se fosse me dar um tapa. Mas apenas sorriu e disse:

–Este dia não está tão longe de chegar.

E ele foi embora, me deixando sem respostas.

Mas ainda tinha uma coisa para resolver. E eu tratei de correr para fazê-la logo.

...

O armazenamento de lixo do castelo fedia a enxofre, fezes e todo cheiro horrível que se podia sentir. Precisei me segurar muitas vezes para não vomitar na cara do lixeiro, o senhor Joseph.

–Bem senhorita, nessa seção vai estar o lixo de antes de ontem. Se não achar o anel que procura, sinto muito. Antes das 5 horas da tarde iremos queimar tudo.

–Tudo bem. –falei, olhando com nojo daquele lixo que eu teria de vasculhar. –Vocês tem luvas para me emprestar?

–Claro. –ele me entregou um par. –Boa sorte.

E ele me deixou sozinha naquele fedor horrendo.

Procurei, procurei, procurei e nada. Estava cansada de, sempre que eu procurava algo eu não encontrava. Procurei em toda a seção e não achei o tal controle. Achei de tudo, menos o controle.

Não queria permanecer ali por muito tempo, mas só sairia dali quando eu tivesse o controle. Procurei nas seções dos outros dias e também não encontrei nada.

Então me sentei, cansada, suja e fedendo. Olhei ao redor para procurar qualquer pista, mas nada encontrei. Ou então eu estava procurando as pistas no lugar errado. Será mesmo que havia sido Jorge Vanseford?

Procurei pensar. Ele tinha luvas. Mas muitas pessoas no castelo tinham luvas. Como por exemplo, os empregados. E o lixo dos quartos deles vão direto para a fogueira, o lugar onde queimam o lixo. Então, seria lá onde eu iria procurar.

...

Outro lugar fedorento. Porém, por pura sorte, não havia ninguém lá e o lixo estava todo separado em montes para serem queimados. Comecei a procurar.

Olhei todos os montes, mas nada. Droga. Pensei novamente. Além dos empregados e de Jorge Vanseford, quem usava luvas? Foi então que a ficha caiu. Havia uma pessoa que faria de tudo para me destroçar e que seria capaz de plantar uma bomba no quarto do meu pai, já que tem pleno acesso a ele. Ele não era um empregado. Ele era o braço direito de meu pai. Era Gerard.

Gerard era muito inteligente para poder jogar fora o controle. Poderia certamente guarda-lo para si.

Eu ia desmascará-lo. E ia ser em público. Mas antes, tinha de ter provas. E eu sabia onde acha-las.

...

–Andrew? –chamei, adentrando nos aposentos de meu pai, que tinha virado uma espécie de laboratório da perícia.

–Princesa? –ele respondeu, e caminhou até mim, com seu andar desengonçado. Ele era fofo e ao mesmo tempo, engraçado.

–Preciso de sua ajuda. –falei. Ele me olhou e fez um gesto apontando para o chefe dele. –Pode deixar que eu converso com ele.

E conversei com o chefe dele que, nem precisou ser convencido para deixa-lo ir comigo.

Eu o levei até a biblioteca e abri a passagem secreta.

–Sabe guardar segredos, não sabe? –perguntei, arqueando uma sobrancelha.

–Sim. –ele respondeu firmemente.

Entramos na biblioteca secreta e eu acendi as luzes. Ele olhou boquiaberto para tudo aquilo, como se fosse coisa de outro mundo.

–Uau. –ele exclamou, olhando ao redor.

–Não podemos ficar muito tempo aqui. –falei e o levei para uma estante cheia de registros.

–No que poderei ajudar? –perguntou ele, franzindo as sobrancelhas.

–Iremos descobrir sobre a vida de Gerard Musequin. –falei. –Meu pai sempre mantém históricos guardados em algum lugar, os históricos de seus empregados. Mas, não sabia onde encontra-los. Então lembrei daqui.

–Muito inteligente da sua parte. –ele elogiou sorrindo.

–Só pensei como uma detetive. –respondi, grata. Assim, começamos a procurar.

...

Na hora do jantar não olhava muito na direção de Jorge, para não transparecer meu nojo. E, para minha sorte, Gerard havia se juntado á nós. Pedi á meu pai que convidassem todos os detetives e o pessoal da perícia para jantar conosco, para sermos educados. Portanto, estavam todos presentes.

Além deles, haviam vários guardas que eu pedi que circulassem discretamente e os mordomos nos servindo. Isso ia ser incrível.

Ao final da janta, antes de todos irem embora, meu pai pediu para que servissem champanhe. Aproveitei a oportunidade. Andrew me olhava nervoso.

Bati com o garfo na minha taça e falei:

–Vamos fazer um brinde! Um brinde á uma pessoa que sempre esteve do nosso lado, e que sempre nos apoiou! Gerard!

Todo mundo ofereceu o brinde e barulhos de taças se chocando foram ouvidas. Gerard me olhava desconfiado, porém era orgulhoso demais para falar algo.

–Pena que foi esse mesmo homem que plantou a bomba no quarto de meu pai! –gritei, com raiva.

Todos os olhares se voltaram para Gerard, que ria de ironia.

–Você está louca? –perguntou, entre risos.

Sorri.

–Andrew, mostre os históricos. –falei.

Andrew se levantou meio tímido, mas falou em alto e bom tom:

–O senhor Gerard Masequin tem um irmão que foi preso por fabricar bombas relógio. Até mesmo o senhor Gerard já foi preso por portar uma destas bombas.

–Então, senhoras e senhores, não seria bem provável que este homem plantasse uma bomba no quarto de meu pai? –perguntei, desafiadora.

Meu pai levantou-se e gritou:

–Guardas! Peguem-no!

Porém, antes que qualquer guarda o pegasse, Gerard correu em minha direção. Ele me pegou por trás e posicionou uma faca em meu pescoço. Todo mundo parou. Meu coração parou. Aquele era meu fim.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Se me perguntarem o por quê de meus capítulos sempre estarem terminando assim, nesse suspense, uma frase explica tudo: Estou assistindo Arrow demais.
COMENTEM, ACOMPANHEM, FAVORITEM, RECOMENDEM! FAÇAM ISSO PELA TIA BIANCA!



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