Ironias do Destino escrita por Bi Styles


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

oi pessoas! Sei que estou há muito tempo sem postar, ou foi só uma semana? o.O Mas, driblei as provas e consegui fazer esse capítulo. Espero que gostem.
P.S.: Sei que vão querer me matar, mas nos tempos livres, estes dias, eu estava assistindo séries. Sorry. Arrow é muito massa veiii, não consigo parar de assistir. Super indico!
Bem, chega de enrolação. Leiam. :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559572/chapter/26

Tentei gritar, mas uma mão forte tapou minha boca. Fazendo com que eu tremesse da cabeça aos pés.

–Então é aqui que você e Gustavo se encontram? –perguntou Gabriel, arqueando as sobrancelhas. –Um quarto bem pequeno, para apenas uma simples conversa de amigos.

Mexi minha cabeça e fiz com que ele soltasse minha boca.

–Não se faça de idiota, Gabriel. Eu sei muito bem que você sabe de mim e Gus.

Ele olhou para baixo e começou a rir. Um riso frio e sarcástico.

–Eu ainda não consigo acreditar que você fez isso comigo. –falou ele. –Eu fui sincero com você! Por que você não retribuiu a sinceridade?

–Você sempre soube que eu não te amava! Eu sempre deixei isso bastante explícito!

–Mesmo assim Kiara, não pude deixar de me apaixonar por você. E quando pensei que você sentia o mesmo, eu descubro isso.

Fiquei calada. Gabriel, apaixonado por mim?

–Você está querendo me fazer sentir culpada. Como você se apaixonou por mim, do dia pra a noite? Me polpe. –disse, em tom frio.

–Da mesma forma que você descobriu estar apaixonada por Gustavo do dia para a noite. –ele respondeu, olhando bem em meus olhos. –Eu sempre senti algo por você. Só não sabia exatamente o que era.

–Mas você tinha Hanna...

–Sim, eu tinha Hanna. Eu me amei Hanna. Mas, eu era apaixonado por você. E, se você quer saber, amor e paixão são duas coisas bem distintas. Porém, quando eu vim para o castelo, vi que eu estava totalmente errado. Eu era apaixonado por Hanna e te amava.

–Você nem me conhecia. –bufei.

–Meu pai sempre mostrou suas fotos. Desde que eu tinha uns 10 anos. Só que eu nunca tive coragem de te dizer isso, por que você se sentia desconfortável com a minha presença. E agora eu sei por que.

Eu olhei para ele e percebi que dos olhos azuis de Gabriel saíam lágrimas. Mas eu permaneci em silêncio. Ele pegou minhas mãos e juntou-as em uma só com as dele.

–Se você deixar, eu posso lhe demonstrar tudo o que eu sinto por você. Todos os dias acordando e lhe surpreendendo de uma forma diferente. Eu te amarei como nenhum homem nunca te amou. Eu farei você a mulher mais feliz do mundo. Sabe por que? Porque te amo, Kiara.

Okay. Não sei porque eu estava chorando. Balancei a cabeça. Eu tinha de ser sincera.

–Em um casamento, o amor deve ser recíproco. Como irei lhe amar, já que meu coração escolheu outra pessoa?

Gabriel soltou minhas mãos. Ele olhou pro lado.

–Você sabe que nunca poderá se casar com ele, não é? –me perguntou.

Aquilo foi como um soco no meu estômago. O choque da realidade não deveria me afetar tanto assim. Eu sabia que as chances de me casar com Gus eram ínfimas. Mas mesmo assim, meu coração sempre me dizia para acreditar.

Comecei a chorar e simplesmente cuspi essas palavras em Gabriel:

–Você realmente acha que um dia eu poderia te amar? Sabendo que você ameaçou Gus? Pois continue sonhando, senhor Gabriel. Por que esse dia nunca, NUNCA, chegará. –falei e saí do quarto.

Entrei no meu quarto e bati a porta com força. Me deitei na cama e chorei muito mais. Eu não iria desistir de Gus. Não mesmo.

Alguém bateu na porta. Eram Hilla e Charllote.

–Senhorita, hora de lhe arrumar para dormir. –falou Hilla.

–VÃO EMBORA! –gritei. –EU ME ARRUMO SOZINHA!

–Mas, senhorita... –falou Charllote.

–VÃO EMBORA!

E elas foram. Solucei cada vez mais alto. “Daqui a pouco adormeço e toda essa dor irá passar”, pensei. Mas, o que eu não esperava era outra batida na porta.

Eu já estava sem forças para gritar. Então fui até a porta e disse:

–Vá embora. Eu quero ficar sozinha.

–Eu não vou embora até você abrir essa porta.

Era Gus.

–Vai dormir no corredor? –perguntei.

–Se for preciso. –respondeu ele. –Agora, se seu pai me ver aqui, nós estaremos encrencados.

Não precisei nem pensar duas vezes para abrir a porta. Gus não precisou entrar. Eu apenas abracei ele na entrada mesmo. O abracei forte, como se fazendo isso, meus problemas desaparecessem. Mas, foi no meio do abraço que eu notei que Gabriel nos observava, de longe. Ele apenas balançou a cabeça e entrou para seu quarto.

–Vamos entrar no seu quarto antes que alguém nos veja. –sussurrou ele.

Entramos. Me sentei na cama e ele sentou logo em seguida. Olhando para Gus, com seus olhos azuis me encarando e segurando minhas mãos com tanta força, não pude parar de lembrar de Gabriel.

–Pode me dizer o que aconteceu? Vi seu bilhete e corri para te ver. Só que quando cheguei nesse corredor, só pude ouvir seus soluços.

–Gabriel viu o bilhete que eu deixei para você e chegou primeiro no quarto. –fiz uma pausa, enquanto ele absorvia as palavras. –E ele disse uma coisa que me fez refletir.

–O quê?

–Ele disse que me amava. E que eu não teria chance de me casar com você. E que talvez se eu desse uma chance para ele, eu pudesse ser feliz.

–Onde você está querendo chegar? –falou ele, se levantando.

–Que não importa o que façamos. Não conseguiremos ficar juntos. –falei, sentindo as lágrimas escorrerem.

–Por que? –falou ele, a voz tremendo.

–Eu não conseguirei dizer “não” ao meu pai. E você sabe disso. –respondi, chorando compulsivamente.

–Tudo bem. –falou ele, saindo e batendo a porta com tanta força que eu pensei que o castelo desmoronaria.

Eu estava em pedaços.

E foi com esse sentimento de tristeza, solidão e desespero, que eu consegui dormir.

...

Acordei e sentei na minha cama. O sol raiava lá fora, e eu olhei para ele. Sorri. Meu dia iria ser maravilhoso. Apesar de eu ter tido um sonho terrível, no qual Gus e eu desistíamos um do outro e...

Não foi um sonho.

Me levantei na esperança de conseguir me manter em pé. Consegui. Fui até o banheiro e me olhei no espelho. Eu estava horrível.

Lavei o rosto e eu mesma me vesti. Estava cansada de ter de receber ordens e ter de dar ordens. Estava cansada de ser Kiara Ferrer.

Passei um pouco de pó que havia em meu banheiro para esconder as olheiras e penteei os cabelos. É, eu não estava parecendo uma menina que tinha passado a noite chorando. Nem um pouco.

Abri minha porta e segui pelo corredor, em direção á escada. Porém, me detive no quarto do meu pai, que estava cheio de gente. Entrei e vi que eram os detetives e o pessoal da perícia.

Me aproximei de um rapaz que não aparentava ter mais de 20 anos e perguntei:

–Alguma novidade?

–Não. –ele respondeu e olhou para mim. Seus olhos eram um verde-mar. Seu cabelo loiro estava um pouco desgrenhado, e a franja ás vezes caía em seus olhos, fazendo-o retirá-la. Ele era bem fofo. Ele gaguejou: -Qu-u-e-r dizer, sim. Sim. Temos novidades.

–Diga-me. Quero saber de tudo sobre quem ou o quê fez isso. –falei com a raiva crescendo dentro de mim. Ele me chamou para um lugar mais afastado e começou:

–Esta bomba não era qualquer uma. Era uma bomba relógio. Ninguém atirou ela, mas sim a plantou aqui dentro. Estamos tentando rastrear as digitais, mas seja lá quem colocou esta bomba, estava bem preparado.

Ele fez uma pausa e continuou:

–Era para esta bomba ter explodido ás 10 horas da noite. Mas houve alguma falha mecânica. Porém, quem fez isso tinha um plano B. Ele certamente tinha um controle. –ele me olhou, os olhos brilhando de tanta inteligência. –Ou seja, quem explodiu isto tem um controle. Ou o jogou fora. Mas, certamente não usou luvas ou algo para apertá-lo, o que nos dá uma chance de rastrear digitais. Porém, não posso sair para procurar, o que fica meio difícil concluir o caso.

Ficamos em silêncio. Sabia o que ele queria dizer.

–Vou procurar o controle. –falei e comecei a caminhar em direção da porta. Porém, ele me pegou pelo braço.

–Princesa... Tenha cuidado. Quem quer que tenha plantado essa bomba, não só queria matar o seu pai, como pegar o reino para si. Lembra da frase?

–“Você é a próxima”. –lembrei.

–Tenha muito cuidado. Por favor.

–Não se preocupe, senhor... –gaguejei. Eu tinha que aprender a primeiro perguntar os nomes das pessoas.

–Andrew Gasper. Mas pode me chamar de Andrew.

–Tudo bem, Andrew. –falei e sorri.

...

Quando cheguei na sala de refeições, estavam todos. Até meu pai, o que me surpreendeu.

–Bom dia, querida. –falou ele, pegando minha mão e a beijando.

–Que surpresa agradável pai. Quando saiu da UTI? –perguntei.

–Kiara, não estava ontem aqui? –perguntou ele, o que me alarmou.

–Estava. Mas estava doente. Não sai do quarto o dia todo, a não ser de noite. Além do mais, ninguém me falou nada.

–Bem, saí ontem de tarde. Estou me sentindo bem melhor, apesar de sentir dores de cabeça, o que é normal.

–Que bom papai. –falei sorrindo.

Ao me sentar, vi a desconfortável companhia que eu teria. Gabriel.

–Bom dia. –ele falou sorrindo quando me sentei.

–Bom dia. –falei, doce como limão.

–Teve uma boa noite?

–Tive. –respondi, o mais rápido possível.

Ele viu que eu não estava querendo falar muito, então não prosseguiu com a conversa.

Comi em silêncio, enquanto todos conversavam ao meu redor. Meu pai e a família francesa adoravam falar de política. Então, olhando para todos, notei uma coisa. O pai de Gabriel usava luvas. E estava quente.

Assim que terminei, pedi licença e subi as escadas. Porém, não fui para meu quarto. Fui para os aposentos reais franceses.

Entrei lá e comecei a vasculhar. Vasculhei lixos, guarda roupas e cômodas. Nada.

O único quarto que tinha varanda era o meu e o de meu pai. Então, não tinha varanda para eu vasculhar.

O único lugar que restava era o banheiro. Procurei dentro do lixo (eca), na pia e nos armários. Nada.

Estava prestes a desistir, quando, do nada, escutei um barulho no corredor. E vozes. As vozes dos pais de Gabriel. Olhei para todos os lados procurando uma alternativa. O guarda roupa era grande o suficiente para uma garota de 15 anos. Entrei nele sem nem pensar duas vezes.

Me escondi por trás das roupas e prendi a respiração. Escutei a porta do quarto se abrir e se trancar.

–Não sei mais o que fazer. –falou Jorge, o pai de Gabriel. –Não quero que ele se case com Kiara, mas parece que os dois se aproximam cada vez mais.

–Querido, vamos deixar ela decidir. Certamente, ela o ama. E ele ama ela. Vamos deixar eles serem felizes e...

–Não querida.

–Mas o amor está nos lugares mais...

–Chega! Vamos conversar sobre isso depois. Quero tomar um pouco de ar lá fora. Vamos?

–Claro. –respondeu a mãe de Gabriel. Vi a porta sendo destrancada e aberta.

Esperei exatos 15 segundos para abrir a porta do guarda roupa. Espiei lá fora e vi que não havia ninguém. Corri pelo corredor e fui até meu quarto.

Tranquei a porta e sentei na minha cama. Não sabia qual reflexão eu poderia tirar daquele diálogo intrigante. Como assim o pai de Gabriel não queria que eu me casasse com ele? Será que seria apenas um plano?

Acho que tinha uma coisa que solucionaria meus problemas. Abri meu guarda roupa e procurei a caixa com as cartas de minha mãe. Folheei cada conteúdo nelas, até que uma me chamou atenção. No envelope dizia:

Para minha adorada mãe. Te amo.

Aquela carta teria algo que me assustaria. A letra da minha mãe estava borrada, como se ela estivesse tremendo.

Abri o envelope e li a carta.

“Mãe, eu não sei o que fazer. Sinceramente, pensei que seria ótimo para mim quando minha filha nascesse. Sim mãe, é uma menina. Eu tenho certeza disso. Sinto que trago uma criança em meu ventre, e tenho certeza de que é o sentimento de mãe. Entretanto, meu marido confiou muito em minhas sensações. Portanto, está traçando o futuro dela sem seu consentimento, coisa que eu odeio. Ele já conversou com o rei da França, Jorge Vanseford, para que minha filha, quando completar 15 anos, se case com um filho dele, que terá 17 anos. No entanto, a senhora sempre soube o quanto eu tenho nojo deste homem. Jorge Vanseford traz um grande segredo, o qual não posso contar. Porém mãe, quero que saiba que eu não quero um futuro ruim para minha filha. Portanto, conversei com as enfermeiras que farão meu parto. Elas me darão veneno, ao invés da anestesia. Morrerei eu e minha filha.”

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Arrow tá me deixando um pouco psicopata, posso admitir. Mas, admitam, adoraram o suspense einnn? Então vão comentar essa fic, recomendar, acompanhar, favoritar, etc. NÉ MEUS SOBRINHOS LINDOS?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ironias do Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.