Ironias do Destino escrita por Bi Styles


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Bonjour lecteurs!
Fiz um capítulo com um mistério no final. MUAHAHAHA.
Mas, quero pedir uma coisa á vocês. Comentem o que acham sobre o capítulo. Assim, me darão motivos para continuar e tudo mais. Vejo que há tantas visualizações no capítulo e nada de comentários. Não tenham vergonha. Podem falar o que quiserem sobre o capítulo. Se foi maravilhoso,bom, ruim ou péssimo. Todo autor (a) necessita de opiniões para fazer cada vez um trabalho melhor. Então é isso.
P.S.: TEM ESTRELINHAAAAAAAAAAAAAASSSS NESSE CAPÍTULO.



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–Como assim foi Gabriel? –perguntei, totalmente alarmada.

–Shhhhh! Imagina se Gabriel chega aqui e me vê falando isso para você? –falou, os olhos cheios de súplica.

–Só que... Eu não consigo acreditar. Ele sabia de nós dois?

Ele confirmou com a cabeça.

–Só não me pergunte como ele descobriu.

–Não consigo entender. Ele não demonstrava nada perto de mim. –falei.

Então uma coisa me veio á mente. Quando os dois brigaram, Gus aparentemente tinha motivo. Gabriel não tinha. Pelo menos, era o que eu pensava. Gabriel havia dito que mataria Gus, quando fosse rei. Não acredito que foi por minha causa. Então, outra coisa me veio na mente.

–Gus. –chamei. Ele me olhou, os olhos azuis me encarando. –Se Gabriel fez isso com você, será que é porque ele me ama?

–Não sei. –ele fez uma pausa. –O que faremos?

–Seria uma boa hora para fugir. –respondi, sem hesitar.

–Não sobreviveríamos muito tempo. Iriam caçá-la e, além do mais, estamos sem comida e água. Também tem o fato de você ser a princesa e todos te reconhecerem...

–Por que a vida tem que ser assim? –perguntei, querendo chorar.

–Existem vidas piores, Kiara. Viu a irmã de Nouah? Viu aquele garotinho no hospital? Comparado áquilo, nosso sofrimento não é nada.

–A dor de te perder seria muito pior. A dor de perder um amor é maior que tudo. Só... –comecei, mas Gus me interrompeu.

–É porque você nunca recebeu a notícia de ter um ente querido com câncer.

–...Só que, a única dor que ultrapassa a de te perder é acordar todos os dias e ver que minha mãe não está lá. E que ela poderia estar, se eu tivesse escolhido morrer, e não viver.

–Deixa de falar besteira, Kiara. Sua mãe não morreu por sua causa. Tudo bem, se você tivesse pego uma arma e atirado nela, você teria matado ela. Porém, você não fez nada.

–Eu estraguei a vida de meu pai. –falei, olhando em seus olhos.

–Você já parou para pensar que seu nascimento foi a melhor coisa para seu pai?

–Pena que só lhe causo dor de cabeça... –falei e ri.

–Pelo menos você está lá para lhe causar dor de cabeça. Imagina se não houvesse ninguém para causar dor de cabeça ao seu pai? Imagino que aquela carranca dele nunca desapareceria.

Sorri. Gus sabia dar um bom sermão sobre como as coisas são.

–Por isso que eu amo você. –falei, sorrindo.

–Porque sou charmoso, lindo e inteligente?

–Também... –falei e fiz uma pausa. –Porém, sua melhor qualidade é a de me entender tão bem e me fazer sentir melhor quando estou triste.

Gus deu um sorriso e me puxou. Nos beijamos por um bom tempo. Entretanto, nos afastamos rapidamente quando escutamos passos vindo em nossa direção. Quando chegou, ele apenas arregalou seus olhos e bateu palmas.

–Vocês formam um lindo casal. Acreditam que eu sempre desconfiei de vocês?

Engoli em seco. Pelo menos não havia sido Gabriel.

–Nouah, você quase nos matou de susto. –falou Gus.

–Pensavam que seria Gabriel, não é? –ele falou e soltou uma gargalhada. –Fiquem tranquilos. Gabriel está muito longe daqui. Ele foi procurar na cidade, não nesse pedaço de floresta. –ele fez uma pausa. –Mas quem diria, vocês dois...

–Cale a boca Nouah. –falou Gus. –Não queremos nenhum comentário sobre isso. Entendido?

–Sim senhor. –falou ele, em seu tom brincalhão. –Mas vocês vão fazer o que? Fugir? Matar Gabriel?

–Matar Gabriel não faria com que eu me casasse com Kiara. –respondeu Gus. –Por enquanto, vamos esperar.

–Tudo bem. Vamos? –falou Nouah e o seguimos.

...

–Estamos perto de chegar? –perguntei, enquanto estava encurralada por caixas e lençóis. Gabriel só sorria. Porém não o olhava mais como o homem que eu iria me casar. Eu o olhava como o homem que eu teria nojo para o resto de minha vida. Mas, não deixava isso transparecer.

–Calma! –falou Nouah. –Estamos bem perto. Lá está os portões do castelo.

Ele falava como se eu pudesse ver. Além de estar escondida, estava de noite. Estava escuro. Não sei como Nouah conseguia guiar a carruagem.

Como se lesse meus pensamentos, Gabriel perguntou:

–Nouah, como consegue enxergar a estrada nesta escuridão?

–Não sei explicar. Só sei que consigo saber onde exatamente estamos. –explicou Nouah. –Agora fiquem quietos. Acho que o porteiro da noite não é Frank.

–Tudo bem. –falou Gabriel. Respiramos fundo.

Senti a carruagem parar. Agucei bem os ouvidos para escutar toda a conversa.

–Boa noite cavalheiros. –soou uma voz forte e grave.

–Boa noite. –respondeu Nouah, com sua voz calma. –Podemos passar?

–O que fazem ás 6 horas da noite no palácio? O senhor só deveria vir nos dias marcados, no caso na terça ou sexta.

–Precisei levar este homem á cidade para comprar tecidos. Ele é filho do costureiro real. A princesa está precisando de vestidos novos e não tinha tecidos suficientes. –explicou Nouah.

–Como posso saber se não estão mentindo?

–Chame meu pai. Ele explicará para você o que está acontecendo. –intrometeu-se Gus.

–Qual nome dele? –perguntou o homem.

–Alef. O quarto de costura fica á esq... –Gus falou.

–Não precisa dar as coordenadas. –interrompeu o homem. Ele chamou um tal de Robert e disse para buscar Alef.

10 minutos depois, o senhor Alef chegou. O homem perguntou a ele:

–Este é seu filho?

–Sim. O que aconteceu aqui, Josh? –O senhor Alef conhecia aquele homem. Tanto que sabia seu nome.

–Você mandou ele buscar tecidos na cidade?

Alef demorou um pouco para responder. Por fim, disse:

–Minha memória anda um pouco falha. Porém, eu disse para meu filho, Gustavo, que buscasse tecidos de cetim na cidade para o novo vestido da princesa. Este tipo de tecido está em falta no palácio.

–E onde está o tecido? Aqui atrás? –perguntou o homem. Senti ele se aproximando da parte traseira da carruagem.

Que Dieu nous aide.*– sussurrou Gabriel na sua língua.

Porém, algo deteve o homem. Quando ele iria abrir a porta da carruagem, Gus foi até ele. Ele falou, com a voz firme.

–Esta porta está emperrada. Se quiser, irei até o outro lado e pegarei o tecido.

–Então o faça ! Ande !

Gus correu e vi a outra porta se abrir. Ele puxou o lençol que cobria Gabriel e eu e fechou a porta.

Idiote !* -exclamou Gabriel.

–Calma. –sussurrei. –Se ele fez isso, foi por alguma razão.

–Por que você defende tanto ele?

–Por que você o odeia tanto?

Com isso, Gabriel apenas fechou a cara e se encolheu.

Enquanto isso, Gus já deveria ter mostrado o tecido ao homem, pois ele exclamou:

–Cetim puro. –ele suspirou. –Desculpe o incômodo, cavalheiros. Depois daqueles ataques o palácio tem de tomar mais cuidado.

–Não, tudo bem. –respondeu Gus. –Agora podemos entrar?

–Claro. Abram os portões! –gritou o homem.

Soltei a respiração quando senti a carruagem andar. Depois de um curto período de tempo, paramos. Nouah abriu a porta e sussurrou:

–Rápido, rápido.

Eu e Gabriel descemos da carruagem e corremos para o arsenal. Não havia ninguém lá, e estava muito escuro. Ficamos lá por um tempo, até que Gus entrou, trancou a porta do arsenal e ligou as luzes.

–Depois eu terei de dizer ao meu pai o que fomos fazer na cidade. –falou. –Aquela porta é um banheiro. Pode se trocar ali, se quiser.

–Mas onde estão minhas outras roupas?

–Aqui. –respondeu ele mostrando meu vestido. –Ande rápido.

Entrei no banheiro. Ele não tinha um odor muito bom. Tive que prender a respiração para que eu não passasse mal ali dentro.

Tirei a roupa bem rápido e em minutos coloquei meu vestido. Quando cheguei lá fora, Gabriel já tinha tirado o casaco, e ostentava suas roupas de lã.

–Não vai tirá-las? –perguntei.

–Não. Elas são quentes. Gosto delas. –respondeu ele. –E agora, o que fazemos?

Olhamos para Gus.

–Vocês vão para o jardim. Conversem um pouco e depois entrem no castelo. A partir daí, quem perguntar onde estiveram, criem uma mentira e falem. –falou ele.

Gus abriu a porta e eu e Gabriel corremos para uma parte mais afastada do jardim. Lá cresciam flores madressilvas e tulipas brancas e azuis. Sentamos na grama e ficamos apenas fitando o horizonte.

Eu não queria falar com Gabriel. Não mesmo.

–Apreciou a viagem? –perguntou ele por fim.

–Foi legal. Apesar de eu ter ficado um bom momento sozinha com um lunático apontando uma flecha para meu peito. Mas, tirando isso, foi muito bom.

–Eu não devia ter dado tanto espaço lá. –ele balançou a cabeça. –Fui um idiota por ter deixado você lá, sozinha.

–Mas voltou a tempo de me salvar.

–Se não fosse o senhor Gustavo, não teríamos conseguido escapar das mãos dos capangas de Harold.

–Como vocês conseguiram fugir?

–Tinham três homens apontando rifles para nossas cabeças. Eu estava com muito medo, admito. Porém, Nouah e Gus pareciam se divertir com a situação. Os “homens” não aparentavam ter mais de 15 anos e eram tão magros, que quase não suportavam o peso de suas armas. Então, em um truque totalmente desconhecido por mim, Gus se soltou das amarras e deu uma rasteira nos três jovens. Ao caírem no chão, ficaram desacordados. Então Gus nos desamarrou e fomos ao seu encontro.

–É uma história e tanto. –assobiei.

–Eu fui covarde e fraco. –Gabriel se levantou. Colocou as mãos para trás e olhou para o céu. Respirou fundo algumas vezes. Por fim, apenas disse: -Vamos entrar? Deve estar com frio.

–Vamos. –falei e me levantei.

Entramos no castelo na maior normalidade possível. Minha barriga roncou. Gabriel olhou para mim assustado. Eu apenas sorri e disse:

–Hora do jantar.

...

Nunca estive com tanta fome em minha vida. Ao sentar na mesa, agarrei um prato e comi de tudo que havia ali. Desde cedo estava sem comer.

Apesar de os pais de Gabriel estarem presentes, ninguém perguntou do meu paradeiro. Quanto mais de Gabriel. Certamente, todos pensavam que tínhamos passado a tarde inteira fazendo safadezas em meu quarto. Felizmente, meu pai não estava ali. Senão, se compartilhasse dos mesmos pensamentos da família Vanseford, ele iria estrangular Gabriel.

Quando terminei, olhei para Gabriel, que ainda estava absorto em seu prato. Era minha deixa. Eu precisava ver uma pessoa.

–Obrigada pela companhia de todos. Porém, devo ir para meus aposentos. Com licença. –falei e me levantei. Abri a porta da sala de jantar e, ao dar uma última olhada para trás, percebi que Gabriel me olhava.

Entrei no corredor. Se eu dobrasse para a esquerda, sairia no salão principal e subindo as escadas iria para meu quarto. Porém, dobrei para a da direita.

Caminhei um pouco até chegar ao quarto de costura. Bati na porta e ninguém veio atender. Abri a porta e não vi ninguém lá.

–Gus? –chamei. Não houve resposta. Ele deveria estar conversando com o pai dele lá fora.

Então, peguei uma folha de papel que havia ali perto e escrevi um bilhete.

Me encontre no quarto em frente ao meu. Onde você me encontrou daquela vez.”

~Kiara”

Peguei o bilhete e coloquei em um cantinho da máquina de costura. Ali ele veria o bilhete e iria me encontrar.

Caminhei pelo mesmo caminho que havia ido. Porém, no trajeto, ouvi passos atrás de mim. Olhava e não aparecia ninguém. Então continuei a caminhar.

Cheguei em meu quarto e me deitei. Pouco tempo depois, Hilla e Charllote chegaram lá.

–Princesa! –falaram elas.

–Olá. –respondi.

–É um alívio para nossos olhos. –falou Hilla.

–É. Não quebrei nenhum osso. Talvez uma costela. –falei e senti uma pequena dor no lado direito do meu corpo. Como estava em meio á adrenalina, não me lembrava da dor.

–Ai meu Deus! –exclamou Charllote. –Vou chamar um médico.

–Não! –gritei. –Hilla sabe o que fazer.

–É. Acho que sei. –Hilla respondeu e pegou uma maleta de primeiros socorros.

Me despi e ela colocou uma longa atadura em volta do meu tórax. Depois, me vesti e ela me deu um remédio para a dor.

–Isso deve ajudar. –falou ela quando acabou. –Agora, vamos ao importante: Como você quebrou uma costela?

–Longa história. E não estou com vontade de relatá-la agora. –falei. –Quero descansar. Meu dia foi bem longo.

–A senhorita vai dormir ás 8 horas da noite? –perguntou Charllote.

–Vou descansar. Não é necessário dormir. –falei e elas saíram.

Fechei os olhos e repassei tudo o que havia ocorrido no meu dia. Cidade, crianças machucadas, mulheres chorando, pessoas gritando, flechas e dor. É, meu dia foi ótimo.

Então, escutei um barulho vindo do corredor. Era o som de passos e uma batida de porta. Bem em frente ao meu quarto. Era Gus.

Me levantei e fui até a porta. Olhei para os lados para ver se vinha vindo alguém. O corredor estava completamente vazio. Peguei no trinco da porta e abri-a.

Entrei e tranquei a porta. Senti uma respiração pesada bem ao meu lado. Como estava escuro, não consegui ver se Gus estava cansado ou com raiva. Então liguei a luz. E, acredite, não gostei nem um pouco do que eu vi.

Continua...


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Notas finais do capítulo

*Que Deus nos ajude.
*Idiota!
Foi isso que Gabriel disse ^^
Então, qual o dever de casa? Comentar as fics da tia Bianca! uhuuuuuuu
Eu agradeço muito a ajuda de todos vocês.



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