Ironias do Destino escrita por Bi Styles


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, a semana de provas está quase chegando ao fim. GLÓRIA! Por sorte consegui fazer esse cap, e acho que essa semana ainda virá outro hihihihihi.
Então leitores, temos uma nova leitora! Anne Malfoy, muuuuuuuuito obrigada pela linda recomendação e ainda bem que deixou de timidez e recomendou! kkkkkkkkk. Acho que todos deveriam seguir seu exemplo!
Então, sem mais delongas (olha que palavra legal) vamos ao capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/559572/chapter/18

–O quê? –perguntou ele rindo. –Nossa Kiara, sempre te achei criativa. Mas, a partir de agora, não te subestimo mais!

–Não creio que você não esteja acreditando em mim! –falei, meia surpresa.

–Kiara, eu, desde... desde... desde que eu era um embrião, faço parte dessa família. Como poderia ser irmão de Gabriel? E ainda mais gêmeo?

–Ah, sei lá! –falei, começando a me irritar.

–Kiara, só porque somos parecidos, não quer dizer que somos gêmeos.

–Ou sim.

–Você está começando a questionar o fato de: meus pais não serem meus pais?

–Não! Não é nada disso...

–Então o que é? –perguntou, com os olhos azuis brilhando como estrelas em noite escura. Aquilo me deixava louca, admito.

–Pode ser que o Gabriel tenha sido sequestrado por alguém e deixado na porta do palácio francês.

–Porque Gabriel, filho de um aldeão esmeraldense, seria de interesse francês. Com certeza, Kiara.

–Ou então você pode ter sido trocado na maternidade!

–Kiara, veja a distância da França daqui. Sua ideia não tem lógica! E eu nem sei porque teve essa ideia. Só pelo fato de sermos iguais....

–... não quer dizer que somos gêmeos. –completei. –Você já disse isso. Só que é como uma lâmpada acesa em minha cabeça. E algumas coisas começaram a se encaixar no momento em que eu tive essa ideia; tente me compreender.

–Então, para tirar essa “ideia” da sua cabeça –falou batendo de leve em minha cabeça. –Tenho que comprovar. Certo?

–Certo. –falei e dei um meio sorriso. Adorava o fato de ter ganhado uma discursão com Gus.

–Eu tenho minha Cata* dentro de meu guarda roupa. Sabe se ele tem?

–Sim. O regime na França é igual ao daqui. Vou arrumar um modo de encontra-lo. E já tenho até a desculpa certa para isso.

–Nos encontramos em trinta minutos? No quarto de costura?

–Se não chegar em trinta minutos lá, é porque algo deu errado.

–Tudo bem.

–Não seja impulsivo.

–Tudo bem.

–E fique onde está. Não saia de lá por nada.

–Parece que estamos indo para a Guerra. –falou ele rindo.

–Quero descobrir isso logo. E para isso, você tem que ficar onde está para que possamos nos encontrar mais rapidamente e assim concluir o caso.

–Você falou como uma verdadeira detetive. –falou se aproximando e apertando minha bochecha. –Tão fofinha séria!

Revirei os olhos.

–Vou logo. –me virei e caminhei.

–Ei! Espere! –falou ele correndo atrás de mim.

–Oi? –falei me virando.

–Esqueci de te dizer uma coisa.

–O quê?

Então ele me deu um beijo, que eu não pude fazer nada além de retribuir. O único problema era que estávamos quase de frente á porta que conduzia á sala de jantar. Assim, quase caímos um por cima do outro quando a porta vai-vem se abriu.

Ainda bem que só era Hilla; Ela nos olhou com cara de repreensão e disse, em voz séria:

–Ainda bem que fui eu quem achei você, Kiara. Seu pai queria checar na cozinha, sabia?

–Foi um deslize meu.

–Que não ocorra novamente. Nem sempre a sorte estará do seu lado.

–O que papai quer comigo? –perguntei me soltando de Gus.

–Todos só estavam preocupados com você. Está quase na hora do jantar e você não apareceu.

–Perdi a hora aqui dentro. –falei.

–Mas vejo que o que ganhou recompensou. –falou dando um riso malicioso. –Vamos. Tenho que te aprontar para o jantar.

...

Quando estava pronta, desci as escadas e caminhei até a sala de jantar. O Rei e a Rainha da França já estavam presentes, assim como Gabriel. Meu pai estava em sua poltrona na ponta da mesa (como de costume) e Gerard estava ao seu lado esquerdo. Sentei-me ao seu lado direito que, por sinal, era do lado de Gabriel.

–Querida, onde passou a tarde? –perguntou meu pai, começando a beliscar seu pedaço de carneiro.

–Em muitos lugares. –falei e dirigi um rápido olhar para Gabriel.

–Experimentou os vestidos que estavam em seu quarto?

–Ainda não. Passei um bom tempo no jardim com o príncipe. –respondi.

–Ah, então está explicado! –respondeu meu pai com um belo sorriso.

–Vejo que estão muito bem juntos! Não é? –perguntou a mãe de Gabriel.

Ah, então ela não sabia que o filho dela tinha tido um ataque de fúria comigo. Apenas forcei um sorriso e falei:

–Com certeza.

–Serão um bom casal. –completou Jorge, o Rei. Ele lançou um olhar maldoso a Gabriel que não falara nada, uma coisa estranha. Gabriel era tagarela, principalmente na hora do jantar.

–Certamente. –falei. –Gabriel, está tão calado!

–É. –falou cabisbaixo.

–O que houve querido? –perguntou sua mãe, franzindo o cenho.

–Nada, mamãe. Estou bem. –falou e levantou a cabeça. –Só que estou sem fome. Posso me retirar?

–Isso você tem que perguntar ao rei, não a sua mãe, Gabriel. –intrometeu-se Jorge.

–Posso me retirar, Alteza? –perguntou Gabriel se dirigindo ao meu pai.

–Claro. –respondeu ele sem pestanejar.

–Também vou indo. Tenho que experimentar todos os vestidos que peguei hoje com o senhor Alef.

–Pode ir, querida. –falou meu pai e eu acompanhei Gabriel, que já estava quase na escada, sem ter a mínima intenção de me deixar acompanhar.

Quando percebi que não tinha mais como ninguém nos ver, o segurei pelo braço.

–O que seu pai lhe fez? –perguntei.

–Não importa.

–Importa, porque eu que te provoquei. –o rosto dele era indecifrável. –Me diz, senão vou ficar me culpando para o resto da vida!

–Ele só me disse pra não fazer aquilo novamente.

–Sei que não foi só isso.

–E disse para esquecer Hanna, porque ela... já está com outro.

–Que vadia! –falei meio sem pensar.

–Não diz isso. Ela só não teve escolha, assim como eu.

Depois que ele disse aquilo, ficamos um tempo em silêncio; um encarando o outro. Por fim ele balançou a cabeça e disse:

–Vem, vou te mostrar uma coisa.

Terminamos de subir as escadas e dobramos o corredor á esquerda. Bem no final dele, estava o quarto de Gabriel, com a porta encostada. Ele abriu e me convidou para entrar.

Não era um quarto muito atraente, mas era bem bonito e organizado. Tinha um grande guarda roupa ao lado da cama, bem arrumada. De frente, havia uma cômoda com vários porta-retratos. Logo acima, havia um grande mural cheio de folhas e mais folhas de papel. Caminhei até o ponto onde se encontrava uma grande janela. Perto dela havia um cabideiro com 3 chapéus. Aproximei-me da janela e olhei lá fora. Era realmente uma vista privilegiada.

–Muito linda a vista. –falei e senti ele se aproximar.

–Gosto deste quarto. Parece que sempre foi meu.

–Ainda bem que gostou. –falei e caminhei até a cômoda. Observando os porta-retratos vi uma foto a qual aparecia Gabriel com uma garota morena dos olhos azuis. Eles pareciam felizes. –Quem é?

–Ah, esta é Luna. Me lembro bem deste dia... Muito divertido.

–Ela é bem bonita. –falei admirando-se. Acho que Gabriel entendeu minha frase de uma forma errada e me abraçou por trás.

–Não tanto quanto você. –sussurrou no meu ouvido.

Me soltei dele e comecei a olhar outras fotos. O que realmente o pai de Gabriel disse para ele?

–Além dessas fotos, você possui mais? –perguntei.

–Claro. Olhe. –falou ele abrindo o guarda roupa e tirando um álbum. Me mostrou fotos de sua infância e também de seus pais, amigos...

–Que lindinho! –falei quando me mostrou uma foto dele bem pequeno em um balanço de parque.

–Prefiro essa. –falou e me mostrou uma em que ele estava sentado de frente a uma praia.

–Realmente, muito mais bonita. –falei e sorri. Percebi que ele me olhava, minha oportunidade era essa. –Acho que você não tem fotos feias... Nem na Cata!

–Ninguém escapa da Cata... –falou ele e começou a rir. –Mas acho bem fácil você ter ficado deslumbrante na foto.

–Ou não. Mas você...

–Vou te mostrar, calma. –falou ele e abriu a cômoda. Ali ele pegou umas pastas e puxou um pequeno cartão: o Cata.

–O que acha? –perguntou ele me mostrando.

–Não está tão mal. Está bem melhor que o meu, isto eu lhe garanto.

–Mostre-me então.

–Vem. –falei e o puxei corredor afora. O puxei até o meu quarto e lá o deixei esperando sentado na cama. Fui até minha cômoda e tirei o meu cartão Cata. O mostrei e ele começou a rir.

–Estão faltando dois dentes! –falou.

–Eu era pequena, considere isso.

–Considerado então. –falou e começou a me encarar novamente. Aquelas grandes órbitas azuis. Sentei na cama e tentei fazer um plano para que eu ficasse com o cartão Cata dele, para poder mostrar para Gus.

Peguei suas mãos e disse:

–O tempo realmente é generoso com algumas pessoas.

–Você certamente não foi exceção. –falou e começou a se aproximar. Para conseguir o cartão, tinha que fazer aquilo. Apertando suas mãos, consegui pegar o cartão. Quando ele se aproximou e me beijou, já tinha feito minha parte.

Porém, não consegui sair do beijo. Sinceramente, era impossível beijar Gabriel e não querer mais. Então ele caiu em cima de mim. Mas continuamos a nos beijar. Ele parou um pouco para respirar e olhou de relance para a porta. Nós não tínhamos deixado aberta. Entretanto, não podia parar, puxei sua gravata e disse:

–Acho que estamos indo um pouco longe demais, não acha?

–Não acho. –falou sorrindo e me beijou novamente. Minhas mãos dançaram em seu cabelo e, por pouco não derrubei o cartão. Baixei minha mão e joguei o cartão embaixo da cama. Sua mão começou a apertar minha cintura. Agora já estava bom.

O afastei de mim e sussurrei:

–Agora já estamos indo longe demais.

–Tudo bem. –falou se levantando e arrumando a camiseta. Abotoou dois botões que haviam, sem querer, desabotoado. Arrumou os cabelos e se aproximou de mim, que estava sentada na cama.

–Hoje irei dormir com os anjinhos. –falou e me deu um selinho.

–Até amanhã Gabriel.

–Até amanhã, Kiara. –falou e se foi.

Olhei para o relógio e vi que já passava, e muito, do horário estipulado por Gus. Peguei rapidamente o cartão embaixo da cama e corri para o quarto de costura. Ele estava sentado em um canto e olhou para mim com uma cara brava.

Aproximei e mostrei o cartão e com ele, minha cara de triunfo. Seu rosto continuava impassível.

–Consegui! –falei para tirá-lo do transe.

Ele ficou um tempo calado, mas por fim disse:

–O cartão ou o coração de Gabriel, você está querendo dizer?

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!