Ironias do Destino escrita por Bi Styles


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me pelos atrasos. As aulas começaram e estou cheia de atividades :(
Mas estou aqui com um capítulo novinho em folha.
Sim, gostaria de pedir que comentassem. Há tantas visualizações, acompanhamentos... Mas tão poucos comentários. Ficaria muito feliz se alguém comentasse. POR FAVORRR LEITORES



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O mundo parou naquele exato momento. Ele se ajoelhou perante mim e sorriu. Pegou delicadamente em minha mão e a beijou suavemente. Me olhou e disse, em tom encantador:

–Prazer princesa. A senhorita é mais bela vendo de perto.

–Obrigada príncipe... Príncipe... –ninguém havia me dito o nome do príncipe.

–Gabriel. –falou sorrindo. Se levantou e me conduziu para a festa. Eu não conseguia parar de olhar para ele. Era incrível como ele era parecido com Gustavo. Tinha os mesmos olhos azuis, o sorriso encantador e braços fortes. A única coisa que o diferenciava de Gus era o cabelo loiro. Gus tinha um cabelo acastanhado.

Ele percebeu meu encanto/confusão ao ver ele e sorriu.

–Sou bonito demais para ser verdade, não é? –perguntou ele. E o mesmo jeito brincalhão de Gus. Só poderia ser coincidência.

–Pode-se dizer que sim. Só que você parece muito com um amigo meu e...

–Os cientistas dizem que há aproximadamente, 6 pessoas iguais a você ou parecidas no mundo. Não seria estranho achar a senhorita parecida com alguém do meu reino.

Sorri. Era só coincidência mesmo. Ele me conduzia até um pequeno palco que haviam montado no meio do salão principal. Nós subimos e dali pude ver meu pai, sorrindo de orelha á orelha. Respirei fundo e sorri. O mestre de cerimônias subiu e começou a falar em alto e bom tom.

–Bem, estamos aqui nessa noite reunidos, para concretizar o noivado da senhorita Kiara, princesa de Esmeralda, e o senhor Gabriel, príncipe da França.

Aplausos vieram do salão inteiro. Olhei para o príncipe, imaginando ver uma cara envergonhada, mas o que vi me surpreendeu ainda mais: Ele aparentava estar acostumado com tudo aquilo.

Foi a vez de o príncipe falar. Ele, com seu sorriso sincero, me olhou.

–Bem, nem sei o que dizer. Para mim vai ser uma honra casar-se com uma mulher tão linda e admirável como esta princesa. Ela é muito mais encantadora do que eu pensava.

Senti minhas bochechas corarem. Ele prosseguiu:

–Não há dúvidas que eu a amarei. –falou ele sorrindo. Aplausos ecoaram de todos os cantos do salão.

Senti uma coisa estranha em meu corpo. Sentia que aquilo não era o certo a fazer. Aquilo estava totalmente errado! Mas, como sempre, não podia fazer nada.

Em meio á tantos pensamentos, ouvi meu nome ser chamado.

–Princesa? –perguntou o mestre cerimonial.

–Ah sim, me desculpe. Fiquei muito encantada com suas palavras, príncipe Gabriel. Realmente, será uma honra casar-se com você. –falei e sorri. Havia me esquecido totalmente do meu texto. Sorri ainda mais para o público, como se estivesse sem fala. Avistei meu pai, que ainda sorria, mas parecia impaciente. Então avistei Hilla e outras criadas perambulando o salão distribuindo bebidas.

Mas ao ver uma pessoa no meio do salão, meu coração despedaçou. Gus me olhava, com um olhar triste. Pensava que ele não viria, mas ali estava ele. Quando ele viu meu olhar nele, ele deu um sorriso forçado. Eu, apenas me virei para o príncipe e continuei:

–Perdi totalmente as palavras. Perdoe-me. –com um aceno do príncipe, continuei: -Eu não acredito em contos de fadas, mas sei que a nossa história terá um final feliz. –concluí e todos aplaudiram.

...

A festa estava rolando faziam algumas horas. Digamos 2 horas. Mas nenhum sinal de Gus. Gabriel por sua vez, não largava do meu pé. Ficava comigo para cima e para baixo, como um carrapato. Mas ele era muito fofo. Pegou bebida para mim (que recusei, claro. Ainda tenho 15 anos, não sou acostumada a beber), dançou uma música comigo e tudo mais. Mas eu estava preocupada com Gus. Apesar de minha promessa que eu tentaria esquecê-lo, era impossível. Seu beijo ainda estava presente em minhas memórias.

Para despistar Gabriel e ir procurar Gus, inventei uma desculpa.

–Gabriel, preciso ir ao banheiro. –falei.

–Quer que eu a acompanhe? –perguntou ele.

–Não será necessário. Obrigada. –falei e corri escada acima.

Será que ele estaria no quarto de costura? Se estivesse, deveria descer as escadas, não subi-las. Mas algo me disse para ir ao meu quarto, e para lá me direcionei.

Já avistava a porta do meu quarto quando, de repente, algo me puxa para dentro de um quarto. Com a mão na minha boca, não podia gritar nem pedir ajuda. Alguém queria me sequestrar. Aquele quarto era muito apertado. Ele existia para caso de emergências, nunca havia entrado ali.

Este alguém trancou a porta do quarto onde estava e soltou minha boca, o que foi relativamente um erro. Comecei a gritar a plenos pulmões.

–Calma princesa. –falou meu raptor.

–Gus? –perguntei incrédula.

–Sim. Agora, por favor, faça silêncio. Senão alguém pode nos achar.

–Pensava que você não iria para a festa.

–Pensava que você não estaria tão feliz lá embaixo.

Aquelas palavras terminaram de acabar com meu coração. Mas, com o resto de força que me restava falei:

–O que quer que eu faça?

–Apenas me escute, por favor. –falou ele engolindo em seco.

Acenei com a cabeça, mas estava no escuro. Então, a julgar pelo silêncio, ele continuou:

–Kiara, por favor não faça isso. –ele deu uma longa pausa. Continuou: –Eu não vou conseguir ver você se casando com um cara que nem te ama. Kiara, eu... eu... –ele respirou fundo umas 3 vezes. –Eu te amo Kiara.

Quando aquelas palavras saíram da boca dele, pareceu que tudo havia desaparecido. Os problemas não existiam mais. Só o que restou do antigo mundo foi eu e Gus. E o quartinho escuro.

Aquele quartinho parecia que havia encolhido muito mais. Ou era o Gus que se aproximava de mim? Os 100 centímetros do quartinho se tornaram 10 centímetros.

Mas, se meu pai soubesse daquilo, ficaria decepcionado comigo. Já podia sentir a respiração de Gustavo penetrando minha bochecha. Se ele se aproximasse mais, não conseguiria resistir.

–Pare Gus. –falei. Subitamente ele se afastou de mim.

–Desculpe Kiara. –falou ele e senti que ele olhava para baixo.

Ainda bem que o quarto estava escuro, não queria que ele enxergasse as lágrimas descendo pela minha bochecha. Eu queria ele. Sim, queria. Mas eu não podia fazer aquilo. Não podia.

–Preciso voltar lá para baixo. –falei baixinho. Quase um sussurro.

Ele abriu a porta e me deixou sair. Ao me afastar de lá, pude ouvir um “Droga” por parte dele. Precisei me controlar para não chorar mais. Se alguém percebesse que eu estava vermelha, ou pelo menos vissem um rastro de lágrima, iria começar o interrogatório. E eu não queria isso.

Quando desci as escadas rumo ao salão, percebi o quão estava cheio. Parecia que havia chegado mais gente desde que eu tinha saído de lá.

Gabriel foi o primeiro a se aproximar de mim.

–Você está bem? –perguntou ele, aparentemente preocupado. –Você está pálida.

As palavras de Gus não saíam da minha mente. “Eu... Eu te amo Kiara”, disse ele. Mas não podia demonstrar minha tristeza. Pelo menos não agora.

–Estou bem sim. Obrigada pela preocupação. –respondi e dei um sorriso fraco.

–Você não aparenta estar bem. O que houv...

–Coisas de mulher. –falei, cortando sua frase.

–Quer dançar um pouco? –perguntou.

–Estou um pouco cansada, vou já para meu quarto.

–A festa mal começou! –falou ele rindo.

–Mas eu estou cansada. –falei.

–Tudo bem então. Qualquer coisa, estarei próximo de meu pai. –falou ele apontando para aquele imbecil que chamava de pai.

Não tinha visto ele na hora de nossa “apresentação”, esperava não vê-lo durante toda a festa. Mas ali estava a ele, poucos metros de distância de mim.

Fui me sentar longe de todos. Haviam poltronas espalhadas por todo o salão e estavam todas cheias. Porém tinha uma bem distante, que haviam reservado para mim e para o príncipe. Sem Gabriel por perto ela poderia pensar um pouco sobre a conversa com Gus.

Encostou-se na poltrona e lembrou-se de suas palavras. Lembrou de como ela havia ficado paralisada perante sua aproximação. Se não tivesse pensado um segundo mais, poderia ir tudo por água abaixo.

Uma dor de cabeça horrível estava para começar. Deveria ser de tanto prender o choro. Então pensou em se concentrar em outra coisa. Olhou para os cantos do salão, procurando Gabriel. Quem sabe ele não poderia conversar com ela? Ele parecia ser muito legal.

Correu os olhos pelo salão inteiro, e nada do príncipe. Só viu o que a deixou mais magoada ainda. Gustavo estava descendo as escadas, pelo visto ia em direção ao quarto de costura. Ele usava um terno preto com a gravata vermelha. O cabelo bagunçado estava penteado para trás. Se eu não o conhecesse, pensaria que era o próprio príncipe, só que loiro.

Ele olhou de relance para mim, mas desviou o olhar rapidamente e seguiu seu caminho. Uma lágrima brotou dos meus olhos e escorregou pela bochecha. A enxuguei depressa e baixei a cabeça.

Logo senti uma mão no meu ombro. Ao levantar a cabeça, me deparei com Daniela, mãe de Gabriel.

–O que houve querida? Estava chorando? –perguntou ela, sentando-se ao meu lado.

–É muita coisa para um dia só! Muitas emoções! –falei e sorri.

–Sei como é, querida. Pensava que não estaria tão entusiasmada com este casamento.

–Mas eu estou!

Ela me olhou por um momento e falou:

–Eu me casei por obrigação do meu pai também. Casei com ele, –falou apontando para o rei da França. –porque seria o melhor para o reino Francês. Mas eu não o amava, acredite. Foi ainda pior, já que eu tinha somente 14 anos. –ela fez uma pequena pausa. –E ainda teve o problema com um menino.

Gelei quando ela disse aquilo. Será que ela tinha visto eu e Gus?

–Mas no final a senhora se casou, certo? –perguntei.

–Claro. Senão, onde estaria Gabriel agora?

Sorri ainda mais. Pelo menos uma boa sogra eu teria.

–Então você está bem, não é?

–Sim, estou bem. –respondi. –Só que são muitas emoções.

–Eu sei disso. Quando precisar desabafar, estarei aqui. –falou e se retirou.

Agora estava sozinha novamente. Percebi que o salão estava começando a ficar vazio. Aquela era minha deixa para subir para o meu quarto. Quando ia subindo as escadas, avistei meu pai.

–Para onde vai querida? –perguntou ele.

–Estou com uma dor de cabeça terrível.

–Quer que eu chame Hilla?

–Não será preciso. Passarei na enfermaria e tomarei algum remédio.

–Então tá. Boa noite querida.

–Boa noite pai.

...

Já havia passado na enfermaria e tomado o remédio. Mas nem precisava ter tomado. A dor passou quando comecei a chorar no meu quarto. Charllote não estava lá; certamente havia ido para seu quarto.

As lágrimas desciam numa velocidade incrível. Sentia vontade de gritar, espernear e chorar mais. Mas, algo me deteve. Em cima de minha penteadeira estava um envelope.

Era uma carta.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Um pequeno suspense HAHAHAHAHAHHAAH
Aguardem mais surpresas no próximo capítulo ;)
COMENTEM PLEASE



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