Yoruhani correu mata adentro chorando, ora com raiva ora magoada, decepcionada com aquele gesto do nobre, logo ele que sempre vira como herói, alguém de índole indubitável, um legitimo cavalheiro, equivocara-se drasticamente, ele demonstrara ser rude e covarde, atravessara o bosque chegando a um amplo campo de grama alta, rodeado por coníferas, cortado por delgado riacho, ao horizonte despontavam os últimos raios dourados do dia, ajoelha-se aos prantos chamando por Kasai no Tenshin.

......

– Saiam da minha frente, tenho o direito de falar com a Shihouin.

– Eu conheço minha criança e posso lhe afirmar que Kuchiki taichou é a ultima pessoa que ela desejaria ver neste momento. – esclarece Soifon.

– Nii-sama, perdoe-me pelo que irei falar, mas o senhor foi totalmente rude e grosseiro com Yoru-chan e ela é uma pessoa muito sensível, detesta gente desse feitio. – fala Rukia de cabeça baixa, um tanto tremula.

Byakuya simplesmente a ignora como de costume: - eu não irei perder tempo com vocês! – fala o nobre desviando-se deles com o shumpo, seguindo na mesma direção da Shihouin pelo bosque, porém para bruscamente com um extenso circulo de chamas em torno da menina. Aproxima-se lentamente e põe-se a chama-la:

– Shihouin Yoruhani, deixe de infantilidade, és assim que queres que todos a tratem por adulta? – fala ríspido.

As chamas o impede de aproximar-se ainda mais, aumentando o tamanho, seu modo de falar a deixa com mais raiva: - Vá embora, tua presença não é bem vinda Kuchiki Byakuya. – fala com desprezo.

– Criança negligente, isso jamais aconteceria se tivesses me obedecido. Jamais será tratada como tu queres se continuar agindo assim, mimada e caprichosa. Como se tornarás líder magoando-se com tudo que ouves?

– O que tu fizeste não é o que se pode ignorar! É um idiota que achas que todas tuas ações serão perdoadas somente por ser quem és. Vá embora, não tens nada a fazeres aqui.

– Criança tola, deixa de vitimar-se e tome consciência dos fatos, eu não a quis machucar. Foi um mero acaso equivocado. Cresça e honre o teu nome.

Ao ouvir aquelas palavras tão sentido e sem um pingo de arrependimento, ela fica possessa: - Honra?! Quem é tu Kuchiki Byakuya para falar de consciência e de honra? Logo você, que lançou o nome d teu Clã na lama por uma paixão fugaz com uma indigente e louca que abandonou um bebê para viver no luxo? Já refletiu ser amor mesmo o que ela sentia ou interesse devido o desespero da pobreza?

– Eu não aceitarei que firas a memória de minha esposa, vim pedir-lhe desculpas e retribui-me de tal forma? – irrita-se.

– Que pedido de desculpas é esse que põe a culpa sobre mim e vem falar de honra e deveres, é verdade tudo o que eu disse, você não é a pessoa mais indicada pala discorrer desse assunto comigo, teu passado te condena e nada prova que tu mudaste, muito pelo contrario, vá embora.

– Não aceitarei mais um despautério criança estúpida...

– Cala-te Kuchiki Byakuya, onde estão tuas índoles ao se retratares com uma dama? Tua presença não é aceita por ela, então retira-te como o nobre que dizes ser. – brada uma voz masculina dentre as chamas agora vermelhas.

O nobre fica alarmado, pois não vira mais ninguém além dele e a pequena: - Mosra-te. – ordena.

– Eu o convoco senhor das chamas eternas, dá-nos o privilegio de tua presença Kasai no Tenshin. – fala Yoruhani.

O circulo de chamas reúnem-se em um redemoinho avermelhado, logo tomando forma humana, dando origem a um alto homem de porte aristocrático em trajes nobres estilo samurai, bem como um luxuoso elmo de samurai em ouro, no rosto uma meia mascara prateada, deixando em foco belíssimos orbes dourados incandescente, a cabeleira em suntuosas ondas rubras chamejantes, a pele acobreada lembrando as cores do outono, sobre as veste uma longa haori de mangas compridas dourada, na mão um exótico cabo em ouro, de onde crescia uma lâmina em chamas, este direcionou seu olhar para o nobre com imenso desprezo.

Byakuya assustou-se ao comparar aquela presença com a mesma em seu escritório, sentindo o mesmo pressentimento ruim que sentira pela noite anterior: - Então, era você em meu gabinete, você passara a noite com ela no meu bantai?

– Não é obvio? Acaso deixaria uma formosa dama como esta sozinha? Deveras que não. Não seria este o meu dever e a minha razão protegê-la de todo e qualquer mal, além de seres inescrupulosos como você? – responde Kasai no Tenshin.

– Criatura odiosa e desprezível, eu não tolerarei ofensas de sua parte.

– Um homem que machuca e ofende uma dama e ainda tenta aproveitar-se dela enquanto dorme o sono merecido diz ter honra e não quer ser ofendido? Que ironia! – responde o senhor das chamas, deixando a menina perplexa.

– Eu jamais faria tal infâmia. Yoruhani não passa de uma menina mimada que deve ser disciplinada. – fala o nobre deixando a menina mais triste e com ódio dele.

– Com abusos e assédios? Você se superou Kuchiki Byakuya em termos abomináveis de disciplina, você me causa ânsia de vômitos. – o ser flamejante olha para a garota agora totalmente magoada e decepcionada como o nobre: - Yoruhani-sama deixa-me fazê-lo pagar por cada palavra dita, este é o homem que tu quiseste conhecer a vida toda e que tanto a encantava, um monstro e imbecil.

– Shihouin não deixa-te envenenar por este ser que exala a maldade e ...

– Cala-te... cala-te Kuchiki! Eu não quero mais ouvir sua voz irritante e muito menos estar em tua desprezível presença. – elucida com raiva.

O anjo do fogo ataca sem rodeios violentamente, incendiando por onde passava, o nobre logo no inicio o confrontou de igual, porém cada vez que o nobre ser via as lagrimas de sua amada senhora caírem pelo delicado rosto, sua raiva aumentava, porém o nobre taichou sabia do seu erro e que somente a ofendera ainda mais, queria retratar-se a todo custou, não aceitaria perdê-la, pelo menos não sem desfazer tamanho mal entendido.

....

Quando Soifon, Ukitake, Shunsui, Rukia e Isane chegam ao lugar do duelo, deparam-se com um enorme incêndio e o líder esborrachando-se contra o chão diante deles com algumas queimaduras, à sua frente de entre as chamas surgia um reluzente ser com uma espada em chamas, atrás dele Yoruhani com um aspecto de raiva.

– Quem é este homem? – indaga Soifon.

– Nii-sama o senhor estar bem? – corre Rukia até ele.

– Deixe-me! – responde com raiva, ela recua: - este ser é o espírito da zampakutou da Shihouin. – responde já de pé seguindo para o confronto.

O espírito do fogo já se preparava para outro ataque, quando:

– Pare. Deixe-o que conviva com a humilhação da derrota, somente há ele em seu maldito Clã, deve ser poupado. – ordena a garota.

O anjo das chamas parecia lutar consigo mesmo, relutava em atacar Byakuya e obedecer a pequena Shihouin, quando retrocede aos poucos, - Isso não termina por aqui Kuchiki Byakuya, eu não deixarei que te aproximes dela, pois Yoruhani me pertence! – elucida somente para o nobre escutar, o deixando atribulado e desaparece.

Yoruhani desfalece, bem como as chamas somem, o nobre corre para amara-la, porém é impedido por um redemoinho de fogo. Então Ukitake a pega no colo e segue de volta para o seu bantai.

– Kuchiki taichou, devido aos acontecimentos de hoje, Shihouin Yoruhani não integrará mais o Rokubantai, e as repercussões sobre isto não serão nada boas. – esclarece Shunsui, Soifon e Juushirou esboçaram um enorme sorriso, porém: - Sinto muito aos dois, porém a regra continua valendo.

– Comandante, a senhorita Shihouin demonstra habilidades médicas impressionantes e controle de reiatsu notáveis, s ela quiser será bem aceita no Yonbantai, além de conhecimento de ervas medicinais e suas aplicações excelente, se ela aceita a patente de oficial. – fala Isane alegre.

– Estar decidido, assim que Yoru-san sentir-se melhor, ela poderá ingressar o 4º bantai para desenvolver melhor os seus dons, alias que dons em velho amigo? – fala olhando para Ukitake que fica vermelho, porém: - Aiiii... Soifon taichou?! O próximo eu considera... aaiii....

–Não ouse falar da minha menina, difamando sua pureza, seu pervertido. E Ukitake Juushirou ainda teremos que conversar, eu sei bem o que aconteceu. – gritava a chinesa.

Byakuya já se afastava e de longe fitava a garota desacordada nos braços do seu sensei, estava temeroso em relação a ela, sabia que ela corria perigo e agora o odiava, comofaria para protegê-la? Deveria buscar respostas, mas com quem?

Yoruhani fora levada para sua casa e seus senseis contaram apenas metade das novidades, a fim de evitarem novas rixas. Byakuya preocupado tenta aproximar-se da mansão, entretanto:

– De nobre líder à rato esgueirando-se! Quem diria Kuchiki Byakuya! O que você quer aqui?

– Quem é você de verdade? Não és somente um mero espírito de zampakutou, do contrario não andaria solto por vontade própria?

– se o faço deve ser por total liberdade que Yoruhani-sama dá-me, porém tu não mereces saber quem eu sou. Vá embora. – fala o samurai de cima de uma arvore, já pulando ao chão.

– O que você que com a Shihouin?

– os assuntos inerentes dessa família não te dizem respeito, desapareça antes que minha paciência acabe.

– Se para me aproximar dela e salvá-la de você é preciso destruí-lo, farei com todo gosto, pois eu sei que você não é quem aparenta ser.

– Pois tente Kuchiki, eu farei ela odia-lo cada vez mais e desprezá-lo a tal ponto que tua presença será irritante a ela. Pois ela me pertence. – responde, virando o rosto para trás, voltando a encarar o nobre novamente: - Estas com sorte hoje, essa conversa ficará para outro dia, pois minha senhora exige minha presença. – desaparece.

– Isso não ficará assim, descobrirei quem tu és e a salvarei, desfarei este mal entendido e saberemos a quem ela pertence. – elucida o nobre se afastando, pois um bando de guardas se aproximava do local.