Shihouin Yoruhani escrita por Cieli


Capítulo 7
Coração Ferido, Segredos Escondidos.


Notas iniciais do capítulo

as palavras vazias rolaram na mesa, pesaram no ar, eu não sabia pedir, tu não sabias perdoar!



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Yoruhani desperta ainda pela noite se assustando com o que vê e sente, estava em sua cama, completamente encharcada:

– Aaa... será que fiz xixi na cama?! Se isto aconteceu é tudo culpa daquele Kuchiki e eu não vou perdoa-lo nunca. – vocifera brava: - mas isto não é xixi! É muito liquido, é água, muita água! Nani! nani! O que estar acontecendo?!– diz com as mãos na cabeça e olhando em todas as direções, a agua escorre pelos braços, ela nota ser azul cintilante, depois relembrar o ocorrido durante o anoitecer e leva a mão molhada ao braço esquerdo, agora arroxeado e nota este desaparecer e até mesmo a dor: - Que maravilhoso?! Isto também cura, de onde vem? – ficando triste em seguida: - Kuchiki taichou! Mesmo com seu temperamento difícil, impassível, ríspido e gélido, eu...eu nunca esperava isso de você, sempre o admirei, chegando a... – as lagrimas descem: - porém somos como o sol e a lua, pois você não passa de um insano egoísta!

Mesmo chorando, triste, magoada, volta sua atenção para a pequena inundação em seu quarto, já chegando à antessala que precedia seu aposento, tateia o leito encharcado, tocando sua zampakutou debaixo de si, a trazendo para diante dos orbes dourados: - Aaaa...Tenshin, Kasai no Tenshin, onde estás? – grita, pois sua zampakutou agora estava azul celeste, com o cabo azul índigo, na lâmina ranhuras de ondas e gotas, o fio da espada tênues curvas lembrando o movimento das águas: - será que o senhor do fogo, deixara alguma torneira aberta?! Se for isso ele irá enxugar todo o meu quarto! – vociferava irritada vendo a zampakutou destilar água cintilante: - mas esta água é diferente! É azul, gosto de azul, meu pai tinha belos fios azuis, eu também tenho, acho que herdamos isso de Shihouin Kurama! – fala descendo do leito e seguindo para a antessala que tinha uma lareira, que deveria estar acesa, porém apagou-se com a água. Sentou-se na poltrona em frente da mesma e pôs a observar a zampakutou que agora começava a emanar uma luz feérica, porém cessou no momento que o lord das chamas aparecera.

Ele olha a situação, arqueando uma sombracelha, quando sente os pés encharcados: - Yoru-sama, o que estar acontecendo aqui? Porque você alagou o seu quarto?!

– Você irá enxugar todo o meu aposento, por sua culpa, veja, meu senhor deixara a torneira aberta. – mostra a zampakutou fluindo água.

Ele enfeza o rosto: - maldita! Pare imediatamente. – toca a zampakutou a incendiando, esta volta a sua forma primitiva: - Yoru-sama eu posso explicar...

– Sinto muito, porém meu senhor irá secar meu quarto, eu não irei dormir em outro lugar. – fala com um rosto enfezado muito kawai.

‘ ela não desconfiou!’- tudo bem, eu seco seu aposento, me perdoe por tal situação, porém era somente fazer isto. – ele estala os dedos e a água evapora instantaneamente.

– Fica comigo hoje? Estou com medo de ter sonhos ruins. 0 pede caridosamente um tanto vermelha.

– Claro que sim minha – diz dando ênfase. – minha senhora, o tempo que precisares,

Ela o abraça e sorri docemente: - irei jantar, mas volto logo. – ele sorri para ela lhe acariciando a face.

.....

Byakuya retorna para casa, com um ombro e um braço enfaixado, estava frustrado, indignado, decepcionado consigo mesmo e com muita raiva do senhor das chamas, além de incrédulo com as palavras que a jovem lhe disse, como ela ousara macular a memória de sua falecida esposa e lhe falar todos aqueles desaforos? Todavia somente ela para falar aquilo, outro não perdoaria, entretanto estava muito preocupado com a Shihouin, que suas palavras atrevidas nem o afetaram em hora alguma, seguindo para o seu escritório, Rukia já havia chegado, mas lhe sequer lhe notara.

‘aquele maldito não é quem diz ser, sinto nele um grande poder, contudo grande maldade, qual a ligação com o Clã? Deveras é uma família de grandes segredos, tanto que somente soube da existência da minha... digo de Yoruhani há poucos meses!’ Será que coloquei tudo a perder?!– sentou-se em sua poltrona olhou para o retrato de sua falecida esposa, o pegando:

– Perdoe-me Hisana. – o coloca dentro de uma gaveta, achando uns papeis dentro, os trz para fora, era um mimoso envelope, o abre encontrando o convite do baile que seria dali a alguns meses e junto uma foto sua com Yoruhani, em seu primeiro dia no rokubantai, sorriu levemente: - não, ainda não desistirei, sei que fui impulsivo, que errei com ela, demonstrando um lado completamente rude, porém eu quero desfazer tamanho equivoco e... talvez...ela deu-me sua palavra que irias comigo.

‘ mas de onde obterei as informações que tanto quero? Sem saber o que enfrentarei e quem é de verdade não poderei ajudá-la!’ pensa desanimado, até derrubar um livro, ele fita as páginas abertas, e sorri quando ver a gravura de um felino preto: - nada é por acaso, se tem alguém que ama Yoruhani mais que tudo neste mundo e fará qualquer coisa para protegê-la é essa mulher, mesmo que para tal, ela tenha de revelar segredos inerentes somente à família!

......

Após o jantar, Yoruhani fora par um de seus jardins, não quis fazer sala para uma visita que seus parentes tinham, queria ficar só, estava triste e magoada, seu pensamento estava longe, a lua cheia invadira com tal perfeição o jardim, deixando quase surreal, o pequeno córrego que cortava o jardim, onde peixes nadavam tranquilamente cintilava em um azul prateado, como a água do seu quarto, parecia a chamar, a cativa-la, ela tocou na superfície liquida e obteve uma surpresa, a água seguia o movimento de seus dedos, decidira ir para o lugar onde se encontrava com sua tia, queria espairecer, pulara os muros do jardim como de costume.

....

– Espero que os senhores tenham um excelente argumento para fazer-me vim aqui e deixar minha pequena Shihouin sozinha. – elucida o senhor das chamas impaciente, ricamente vestido em trajes nobres, sentando-se a frente de homens que jaziam no escuro.

– Meu senhor, o chamamos aqui por o assunto é sobre nossa amada Yoruhani, o tesouro do Clã Shihouin. Soubemos do seu encontro com Kuchiki Byakuya e somos gratos pelo senhor tê-la protegido dele. – falava um homem.

– Deveras, não me foi agradável tal confronto, eu detesto ele e odeio esse maldito Clã e vós sabeis muito bem por que. Seria tudo mais fácil e menos doloroso à Yoruhani se ela não ingressasse ao Gotei 13. Até hoje não compreendo o porquê de vocês terem a deixado fazer isso.

– Meu senhor, nós jamais imaginávamos que ele influenciaria tanto nossa menina, ou que fosse ele que a salvara quando pequena.

– Ótimo! Eu faço todo o trabalho e aquele maldito leva a fama! Sejam breves, o que querem de mim? – pergunta impaciente.

.....

Yoruhani estava sentada sobre a mesma rocha onde gostava de meditar e esperar sua tia. Estava tão perdida em seus sonhos que não sentiu alguém a olhando fazia alguns minutos, essa pessoa colocou no laço de sua obe um mimoso envelope antes de chamar-lhe a atenção:

– Esperava encontrar-te cantando, és eximia cantara, tanto que faz inveja às antigas musas.

– Hããã?! O que tu queres aqui? Acaso devo-te algo? Por favor, vá embora.

–Não sem antes retratar-me com você, entendo sua raiva e magoa, mas também quero dizer-te que jamais alguém me disse os desaforos que tu proferiste. Tampouco para isso que vim, tu não imaginas o quanto é difícil para mim, fazer o que estou fazendo agora, somente por duas pessoas fiz isto, uma é você a outra foi Hisana....

– me poupe desses detalhes sórdidos Kuchiki, tuas desculpas de nada me valem agora, entendo o porquê de nossos Clãs nunca terem se dado bem, somos como o sol e a lua, jamais se misturando, tão pouco se tocando, não podemos coexistir no mesmo lugar, cada deve permanecer em seu período e espaço delimitado.

– já esperava por isso, é um direito teu, se não me queres o pedido de desculpas ao menos escute-me o que tenho a dizer sobre o espírito de tua zampakutou, ele...

A menina dar-lhe as costas como resposta e desaparece, o deixando abismado, ela o ignorara mesmo!

....

– Onde tu estavas Yoruhani-sama? – pergunta Kasai no Tenshin deitado sobre sua cama.

– No jardim meu senhor, por quê? – estranha a pergunta.

– Não mintas para mim, sabes tu que tua mente me é um livro aberto. Estavas com aquele Kuchiki. – elucida se aproximando da menina a encurralando contra a parede.

Ela treme e teme: - então o sabes que pouco fiz caso dele, apenas sair para espairecer, mas qual motivo desse interrogatório, acaso não és tu minha zampakutou?

– Justamente por isso é meu dever protegê-la. – responde levando uma mão ao seu rosto delicado o inclinando para cima aproximando o seu ao dela, pressionado o corpo feminino conte a parede, fazendo tremer e arfar.

Ela não reparou, mas o senhor das chamas estava mais humano e sem o elmo, no rosto somente trazia a meia mascara de prata,ele gemeu baixo ao sentir o corpo feminino junto ao seu, ela ficara sem ação, paralisada, não sabia se era medo ou excitação, já que este seria seu primeiro beijo e com o espírito de sua zampakutou! Totalmente bizarro!

– Não tenhas medo, eu jamais a faria mal, muito pelo contrario, eu te amo Yoruhani! – falou rouco somente há alguns centímetros dos lábios rosáceos

A respiração da garota acelerou e seu coração disparou. Ela fechou os olhos com força, porém quando o beijo iria se consumar, algo inesperado e estranho acontece! Sua zampakutou tornou a ser azul e lançara um enorme jato de água no ser das chamas, o enfurecendo:

– Desgraçada, agora eu te mato! – fala encarando a zampakutou.

Yoruhani assustou-se com aquele ato dele. Porém ele lhe dar um selinho na testa e a faz dormir: - Tudo que viste agora somente lhe será um sonho, vá dormir querida. – ela apaga instantaneamente, o senhor do fogo a põe na cama delicadamente, virando-se para a zampakutou: - agora teremos uma conversinha maldita!- Desaparece furioso.

Assim que a menina muda de posição, desfazendo o laço da obe, um envelope ornamentado com delicadas gravuras de sakuras cai sobre a cama, a menina murmura algo ficando vermelha, parecia sonhar.

.....

Byakuya ainda contemplava o luar sobre o riacho, quando pressente alguém:

– o senhor aqui Kuchiki taichou?! Pensei ser minha criança uma hora dessas! – fala Ukitake sorrindo, usando somente a shihakuho, porém fica vermelho quando...

– Juushirou-san me espere, onde estar nossa...há?! Kuchiki taichou?! – assusta-se a chinesa usando somente o shihakusho com duas haoris nas mãos, abaixa a cabeça vermelha e sem jeito.

O nobre apenas arqueia uma sombracelha e diz: - eu já estava de partida. – desaparece.

– Se-será que ele... desconfiara de algo?! – pergunta Soifon vermelha.

O meigo taichou leva o polegar em seu queixo acariciando: - creio que ele nem percebeu, não se preocupe. – diz tentando acalma-la, mas notara um preocupação no olhar do nobre e isso o perturbou.


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Notas finais do capítulo

diante de tal situação para ambos os lados, o que deverá ser feito? qual segredo o Clã Shihouin guarda em relação ao senhor das chamas? o que estar acontecendo com a zampakutou de Yoruhani que deixou o samurai tão enfurecido? o que será que Byakuya colocara naquele envelope, já que isso não faz seu estilo?



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