Shihouin Yoruhani escrita por Cieli


Capítulo 10
Mizuhime, dance para mim!


Notas iniciais do capítulo

Um amor bem verdadeiro, uma vida bem íntima com uma mulher, a quem se queira como amante, que se estime como irmã, que se venere com mãe, que se proteja como filha, é evidentemente o destino mais natural ao homem, o complemento da sua missão na terra.
Júlio Dinis
Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.
Vinicius de Moraes



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Após quase meia hora debaixo de um bruto aguaceiro, chega em uma pousada, um estranho casal, o homem trazia a dama desmaiada nos braços, estavam encharcados e mal vestidos, porém o homem trazia consigo uma zampakutoum chamando a atenção de todos na recepção. O nobre entrou sem cerimônia, sendo recebido por uma gentil senhora que correu ao seu encontro ao observar a jovem desmaiada, esta despertava nesse momento:

– Nani?! Onde estamos Byakuya-sama?

– Uma hospedaria, estar tudo bem? – indaga acariciando o rosto moreno.

– Es-estou sim. Gomen nasai por ter desmaiado. – pede baixando o rosto vermelha.

– Bom dia senhores, em que posso ajudá-los? – pergunta a gentil senhora sorrindo ao contemplar o casal.

– Quero um quarto e roupas limpas. – diz o nobre encarando alguns olhares maldosos sobre a garota, que distraiu-se com um gato gordo sobre o balcão.

– Por quanto tempo ficaram os meus senhores?

– Até amanhã. – responde o nobre observando a jovem e o gato: ‘ não acredito que minha futura esposa estar agindo como uma pequena criança e seu bichinho?!’

– Gatinho, gatinho... nossa como é pesado! – elucida carregando o gato: - o que foi, porque estás me olhando desse jeito? – indaga arqueando uma sombracelha, largando do gato.

Ele sorri, ajeitando uma mecha dupla-cor atrás de sua orelha, deixando a jovem rubra.

– registro no nome de quem meu senhor?

– Senhor e senhora Kudo! – responde o nobre sem titubear, deixando a garota confusa, ele percebeu: - no quarto conversamos querida!

–Estar certo meu senhor! – diz sem nada entender.

– Sigam-me, por favor. – pede a senhora com educação.

.......

– Eu não demoro com as roupas e o almoço, espero que gostem meus senhores. – a senhora os deixa fechando a porta.

– Estar ótimo, muito obrigado. – elucida o nobre indiferente.

– Porque Kudo? Eu entendi sua atitude,também não gostei dos olhares mal-encarados lá fora, porém não compreendi porque este nome com tantos outros? – pergunta sentando-se num futon próximo à parede.

– O que tem esse nome? Foi o primeiro que me veio à mente. – responde o nobre vistoriando o lugar.

– Oras! Kudo é o nome do idiota que vive me cortejando nos eventos sociais, pertence a família Kayjuu.

–Um dos hashiseki do primeiro bantai? – fico grato em saber disso? – responde o nobre entre dentes sentando-se ao seu lado e a abraçando.

Ela deita a cabeça em seu peito, ficando um pouco parada observando o barulho da chuva que somente ficava mais forte: - Essa tempestade não irá parar tão cedo, observe que ela somente aumenta sua fúria.

– Como sabes disso, acaso o rei do fogo a ensinou a dominar outros elementos?

– Kasai?! Claro que não, mas eu estou sentindo isso e do mesmo jeito, aconteceu uma coida estranha ontem à noite, não sei se foi sonho ou se aconteceu mesmo.

– O que aquele maldito te fez? – indaga furioso.

– Nada, foi minha zampakutou que mudou sua forma e cor, destilava um liquido azul cintilante e alagou todo meu quarto, o senhor das chama ficou furioso ao ver aquilo. Contudo não sei dizer se foi sonho ou não, deste então ficou um nome esquisito em minha mente. – ela responde com uma carinha bem kawai de incerteza.

Byakuya iria perguntar algo, mas a dona da estalagem bate na porta, pedindo licença: - Kudo-sama trouxe sua refeição e suas roupas.

Yoruhani levanta-se e abre a porta, a mulher e outra ajudante entram deixando os pedidos e roupas de cama limpa.

– Ai, ai, ai! Roupas descentes, não é um luxo, mas servirá. - dizia saindo do banheiro, agora com uma bacia de água em direção ao nobre: - agora vou cuidar de você. Mas primeiro vá limpar-se meu capitão.

– Tudo bem, porém tu estás convidada a me acompanhar se quiseres. – elucida o nobre a fitando.

A menina fica rubra e sem ação deixando a bacia cair, derramando toda a água: -‘ como ele pode me dizer isso assim, sem nenhuma cerimônia? Precisava ser tão direto?!’

Ele seguiu sorrindo, depois voltou com roupas trocadas sentou-se na frente da garota que não o encarou com vergonha: - por, por favor, vire-se e tire o kimono; - pede sem jeito a garota.

– Perdoe-me, não quis constrangê-la querida!

– Não se preocupe, eu somente não esperava ouvir isso assim tão cedo. Sei que foi sem segundas intenções...e...foi com segundas intenções Byakuya-sama?! – agora o fitava receosa.

– Não tenho pressa querida, sou paciente! Acalme-se. – responde sorrindo, a deixando boba.

Yoruhani eleva uma das mãos acima da vasilha com água e a faz ferver, após certo período de ebulição, o nobre taichou sente uma brisa fria subir do recipiente. A morena agora a esfriava, formando uma esfera aquática em suas mãos a leva sobre os ferimentos do capitão. Primeiro o nobre sente a dor desaparecer, depois nota uma súbita cicatrização e o desaparecimento total do ferimento, fica assustado.

– Foi ela quem a ensinou isso?

– Não, eu já o possuía, o senhor das chamas apenas me ajudou a aperfeiçoar. Eu acho estranho isso, se meu elemento é fogo como consigo controlar a água Byakuya-sama? – interroga se pondo em sua frente.

O nobre refletiu, havia algo de errado em tudo isso, a menos que a mesma possuísse os dois dons, porém sua zampakutou deveria ser adaptada para esse feito, mas somente aparentava ser de fogo, ainda por cima aquele sonho, decide perguntar: - Yoruhani, que nome estranho tu disseste estar desde ontem em tua mente?

– Mizuhime. Porque meu senhor?

– Mas alguma coisa?

– Sei lá, algo do tipo dance para mim! Mas o que tem isso a ver?

– Lembra-te de quando liberaste tua shikai?

–Hai taichou, por quê?

– Quero que faças o mesmo, porém diga esse nome com essa frase e veremos o que acontecerá. – diz o nobre.

– Mas e o almoço? Irá esfriar.

– não tem problema, apenas faça isso querida.

– Tudo bem... – fica corada ao ouvir o querida, mas adorava isso: - Bya-kun... – fala tímida.

Ele a beija e diz sorrindo: - faça-o por mim, meu anjo.

– Cla-cla-claro que sim, tudo por você! – responde boba, mas sentando-se em posição de lótus, forma uma esfera de energia espiritual à sua volta, enquanto o nobre segue para próximo da janela, a deixando aberta, fitando a menina. Yoruhani equilibrou sua essência com o ambiente, se não fosse a chuva lá fora, poder-se-ia ouvir seus próprios batimentos cardíacos: - Mizuhime, dance para mim! – elucida calmamente e confiante.

Se Byakuya não dominasse o shumpo e não tivesse um grande senso de perigo, não teria desviado de um zumbido que passou a um centímetro de seu rosto, parando empencada no chão diante de Yoruhani que saltou como gato para trás com o susto.

– É... é... mi-minha zampakutou?! Não foi sonho! É a forma azul de água! – grita amenina.

– Isso é impossível! Yoruhani concentre-se e repita a frase. – ordena o nobre quase surtando.

– Tudo bem. – a menina inspira profundamente e diz: - Mizuhime dance para mim!

A zampakutou liquefaz-se diante dos seus orbes dourados, e logo o liquido azulado toma a forma de um redemoinho que cresce gradativamente, dando forma a uma bela Náiade azul sorridente ao ver Yoruhani: - minha senhora, a quanto tempo eu almejava este encontro e destilar com você todos os meus segredos e talentos. Chamo-me Mizuhime, a princesa das águas a seus serviços!

Yoruhani que manteve durante alguns minutos uma expressão de espanto, logo deu lugar a um sorriso com uma felicidade exacerbada, saltando sobre a doce entidade das águas que a acolheu com todo carinho: - eu sou a mulher mais feliz do mundo, tenho o amor do homem perfeito e minha zampakutou é tão linda!!!







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Notas finais do capítulo

As náiades ou efidríades são as ninfas das águas doces. Seu primeiro nome provém do verbo grego nân, "escorrer", "correr"
São ninfas aquáticas com o dom da cura e da profecia. Assemelhavam-se às sereias com a voz igualmente bela elas viviam em fontes e nascentes; deixavam beber dessa água, mas nao se banhar delas, e puniam os infratores com amnésias, doenças e até com a morte.Eram extremamente belas; tinham pele clara ou até azulada e olhos extremamente azuis e profundos.



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