Scorose- I Will Love You escrita por BTShiver


Capítulo 14
New Year


Notas iniciais do capítulo

Mais um!!!!!!!!!
W.S.



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Depois de terminarmos nossa cerveja amanteigada, resolvemos caminhar um pouco pelo Beco. Encontrei o tio Harry saindo de uma loja.

– Rose! - ele fala e me dá um de seus abraços paternais.

– Tio Harry!- retribuo o abraço na mesma intensidade.

– Como vai? - ele pergunta casualmente, mais eu conheço o meu tio bem demais. Ele quer saber como eu consegui evitar a dor do Cruciatus.

– Ótima. Nunca estive melhor. - pisco pra ele.

– Eu sei que sabe o que eu quero, pequena. - meu querido tio, a única pessoa que me chama de pequena sem levar uma resposta mal-educada em troca.

– E eu não posso te dar a resposta, até porque você já sabe e já utilizou dessa técnica. - digo. Ele me olha sem entender. - Pense um pouco e vai entender. É o contrário da Maldição Imperius. É tudo o que eu posso dizer. Agora tenho que ir porque já está tarde. - falo e viro-me para os Malfoy e Albus.

– Tchau, pai! - Albus acena e nós entramos na Gemialidades Weasley. Fomos direto para a lareira e voltamos para casa.

– Eu vou tomar um banho. - falo, já subindo as escadas. Entro no meu quarto, dispo-me, entro no box e deixo a água lavar-me. Eu amo essa sensação. Depois de alguns minutos, desligo o chuveiro, saio, seco o cabelo e saio do banheiro, em direção ao closet. Me assusto ao ver que Scorpius está sentado na cama, olhando para um porta-retrato na minha mesa-de-cabeceira. Tento passar sem ser notada, sem sucesso.

– Rose... eu... - ele fica vermelho como o meu cabelo e desvia o olhar. Afinal, não é todo o dia que você vê a sua melhor amiga só de toalha.

– Eu vou me vestir e depois a gente conversa. - falo e corro até o meu closet. Depois de estar devidamente vestida,

voltei para o quarto e deitei na minha cama, olhando para o teto. - Fala. - digo.

– Minha mãe perguntou se a gente não quer jantar fora hoje. Tipo, todo mundo. - ele remenda a última frase rapidamente.

– Claro. A gente pode ir no The Elfo's. Eu amo aquele lugar. - digo e ele assenti. Um sorriso surge em seus lábios. Não sei porque diabos eu coro, e abaixo a cabeça para esconder minhas bochechas vermelhas. Ele solta uma risadinha.

– Vou falar com a galera. Se arruma lá pelas seis e meia, que a gente vai as sete. - ele sai sem me dar tempo para responder. Pego um livro de poções que eu achei na Sala Precisa esses dias e começo a lê-lo.É um pouco mais antigo e é fácil detectar vários feitiços das Trevas para proteção, mais, tirando isso, ele é muito útil.

... ...

Ouço batidas na minha porta.

– Entra. - uma cabeleira loira aparece.

– Se arruma que tá na hora. - ela fala. - Vestido? - tadinha. Violet acha mesmo que eu, Rose Weasley, usarei um vestido. Sonhe, querida.

– Calça e coturno - falo. Ela murcha um pouco e fecha a porta, saindo. Levanto-me com a maior preguiça do mundo e vou para o closet. Pego a primeira roupa que encontro e visto.

Quando desci, por um milagre divino, Violet já está lá.

– Vamos? - ela pergunta e assinto. Vamos até a lareira e fazemos todo o procedimento de novo. Quando apareço estou no The Elfo's. É um restaurante bem acolhedor localizado no Beco Diagonal. O dono é um elfo livre que resolveu abrir um negócio com comida. Enfim, a temática é Hogwarts e eles servem qualquer coisa que você quiser. Qualquer coisa. Sentamos em uma mesa no canto do lugar. Segundos depois, um garçom aparece. Fazemos nosso pedido e ele se retira.

– Rose. - Scorpius chama a minha atenção. Olho para ele.

– Eu?

– Não cheguei a te dar o seu presente de natal. - ele fala.

– Eu estou morando na sua casa, estou livre dos meus pais e estou sendo bancada pelos seus pais. Eu acho que isso já é um bom presente. - falo.

– Você me deu um medalhão da Sonserina que eu não tiro mais do pescoço.- ele mostra o colar que estava usando por baixo da camisa- Quero retribuir o presente. - ele fala, tira uma caixinha de veludo verde do bolso e me entrega. Desmancho o laço prateado que mantinha-a fechada e abro-a. O que vejo me deixa deslumbrada. Um colar com uma rosa vermelha. E ele abre. Quando abro-o, vejo duas fotos, uma minha e uma do Scorpius.

– Seu maldito filho de uma puta! - falo. - Eu te dou uma merda de um colarzinho mixuruca e você me vem com isso? Não me humilha desse jeito!- falo, já abraçando-o. Ele ri e retribui o abraço.

– Uma rosa para a Rose. - sorri.

– Que fofo. Uma troca de medalhões. O amor está no ar. Ficamos de vela. - Violet brinca. Eu e Scorpius nos separamos e, em um movimento espantosamente idêntico, fuzilamos Violet com o olhar. Ela riu e cochichou alguma coisa no ouvido de Albus, logo se afastando, percebendo o quanto havia se aproximado dele.

A comida chegou e eu fiz uma coisa digna de uma Weasley: comi feito um Rabo-Córneo Norueguês vindo da guerra.

*** ***

– Não cabe mais nada - digo, depois de uma pratada de macarrão, uma fatia de bolo, um brigadeiro tamanho família e um refrigerante grande.

– Como você não engorda? - pergunta Albus rindo.

– Sou uma Weasley. Nasci para comer. - digo e todos riem.

– Acho melhor irmos pra casa. O papo está bom, mais já são onze horas e a minha mãe deve estar surtando. Sem falar que amanhã é ano-novo. Esse é o feriado favorito da minha mãe. Rose, você vai ter de achar uma roupa toda branca, senão a Astoria te pica. - Scorpius fala e eu faço uma careta.

– Eu tô com sono. - digo, colocando a cabeça em seu ombro. Sinto ele rindo ao meu lado.

– Levanta sua preguiçosa! - ele diz, mais eu não me movo. - Se não é por bem é por mal. - ele me pega no colo como se eu fosse um bebê muito grande e me leva até a lareira do lugar.Eu Simplesmente me aconchego em seu colo e durmo.

... ...

Acordo na minha cama, em meu quarto, com uma pijama. Levanto-me, espreguiço-me, coloco uma roupa decente e desço para o café da manhã. Quando chego, só os meninos e a Vi estão na cozinha.

– Olha a Bela Adormecida! - Scorpius fala, brincalhão.

– Cala a boca. Foi você que me deixou comer tanto. - falo. Meu humor matinal está atacado hoje.

– Calma, Ross, é ano novo! Vamos celebrar! Pela primeira vez eu vou te ver sem nada preto! - ele fala. Eu encaro-o.

– Seu sonho. - digo simplesmente.

– Eu acho que você não ouviu ontem de noite. Esse é o feriado favorito da Dona Astoria. Temos se seguir as tradições para seguirmos vivos para o próximo ano. - ele diz.

– Dane-se. Eu quero comer. - falo, já atacando uma panqueca.

– Só não come demais de novo. Isso afeta o seu cérebro. - fala Albus. Encaro-o com cara de tédio e volto minha atenção para as panquecas.

Depois do café, eu e Violet ficamos a tarde inteira conversando, lendo, brincando e escolhendo roupas para essa noite. Pela primeira vez na vida eu me vestirei toda de branco. Socorro. Nada contra a cor, mais eu sou punk demais pra usar uma roupa tããão clara. Merda.

Eram umas cinco e cinquenta da tarde quando a Violet me empurrou banheiro a dentro e disse que eu tinha de começar a me arrumar. Tomei um banho demorado, sequei o cabelo e fui pro closet da Vi procurar uma roupa toda branca. Por uma peça do destino (ou ela escondeu tudo mesmo) minha querida amiga não tinha calças brancas, e por isso eu tive de pegar um vestido mesmo. Ela arruma meu cabelo e passa uma maquiagem leve.

Basicamente, Astoria convidou todo o mundo bruxo para essa festa. E imagina a minha cara quando eu descobri isso no momento em que eu ia descer o primeiro degrau da escada, com todos, repito, todos me olhando. Até o meu irmão estava de boca aberta. Não sei porque os Weasleys vieram para uma festa na mansão Malfoy, mais eles estavam aqui. Quando olhei para o Malfoy filho, fiquei com raiva. Ele estava com uma calça preta. Ele disse que não podia usar roupas pretas.

Pude sentir minhas bochechas querendo avermelhar, mais me contive. Calma, Rose. Só tem um bando de pessoas te olhando de baixo. Isso. Você é superior. Agora anda, não tropeça no salto e esfrega na cara das meninas mimadas de Hogwarts que você é melhor que elas. Sim, até os alunos de Hogwarts estavam lá. Eu disse. Todo o mundo bruxo.

Respirei fundo e comecei a descer a escada. Quando cheguei no final, viva, por sinal, Scorpius segurou minha mão e começamos a dançar. O resto da festa ficou só olhando.

– Essa vai pro Profeta. - falo. - E se eu ouvir pelo menos uma piadinha sobre minha roupa ou minha aparência e eu juro que te mato. - eu falo em seu ouvido. Ele coloca as mãos na minha cintura e eu no seu pescoço.

– Eu ia dizer que você está linda, mais tudo bem. - ele fala, e minhas bochechas inventam de querer ficar vermelhas. Dessa vez eu não consigo controlar e coro. As pessoas aos poucos vão se recuperando do choque e começam a dançar também.Vejo uma cena muito bizarra: Violet está dançando com Albus. Nossa. Preciso falar com ela depois.

– Percebo que tem um volume incomum no seu peito. - falo

– Uma baixinha ruiva me deu um colar da Sonserina, e eu achei que não seria legal tirar hoje. - ele sussurra no meu ouvido. Todos os pelos do meu corpo se arrepiam. - Mais pelo jeito você também gostou do meu presente. - ele fala. - Agora eu estou no seu coração. - ele fala. Eu dou uma risadinha.

– Ali você já está desde o primeiro ano. - eu falo. Ele me olha com uma sobrancelha arqueada. - Você era meu melhor amigo, virou meu inimigo e agora é meu melhor amigo de novo. Amizades são coisas sérias.- digo. Seu olhar perde um pouco o brilho. Só um pouco.

– Certo, pequena. Quer beber alguma coisa? - ele pergunta.

– Só se parar de me chamar assim. - digo.Vamos até a mesa onde se encontravam as bebidas. - E que porra é essa de calça preta? E a sua mãe? - pergunto.

– Os homens podem usar a calça preta. As mulheres tem vestidos. - ele fala e dá de ombros.

– Injustiça. - murmuro. Malfoy me entrega o ponche e nós vamos para o jardim.Posso ver a silhueta de um pavão albino dormindo em um pedestal. Sentamo-nos no banco separado e cercado de roseiras. Irônico.- Então você vinha pensar em um banco de pedra no meio de uns vinte pés de flores com o meu nome? - pergunto, brincando.

– Rosas são minhas flores favoritas. - ele fala simplesmente e arranca uma flor do pé com delicadeza sem igual. Depois de tirar os espinhos, ele me entrega a rosa vermelha.

– Rosas tem uma beleza delicada. - falo analisando-a. Sinto sua mão no meu queixo, levantando-o. Quando faço isso, sinto lábios cálidos em cima dos meus. Largo a rosa em cima do banco e coloco minhas mãos em seus cabelos.

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– FELIZ ANO NOVO! - as pessoas de outra galáxia gritam, mais eu só consigo prestar atenção no contato entre mim e Scorpius. Aquele gosto de menta tão viciante, aqueles lábios gelados, aqueles toques sem igual em minha cintura...


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Notas finais do capítulo

COMENTEM!
W.S.