Scorose- I Will Love You escrita por BTShiver


Capítulo 15
Falling to Him


Notas iniciais do capítulo

MAIS UM!!!!!!
W.S.



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Já tínhamos voltado pra Hogwarts havia uma semana. Nesse exato momento, eu estava montada na minha Cleansweep 7 (eu sei que no link é uma Firebolt, mais não tinha Cleansweeps no polyvore), no meio do campo de Quadribol, olhando ao redor, com o tempo nublado, procurando o pomo de ouro. Estávamos jogando contra a Grifnória. O placar? 300x150 pra nós. Nick é um bom goleiro e Albus e Scorps, excelentes batedores. Do outro lado do campo, Hugo olhava ao redor, procurando a mesma coisa que eu. Ele me olhava de vez em quando, pra checar se eu já não tinha visto aquele maldito objeto voador.

Dei uma espiada no jogo abaixo de nós. Scorpius estava com a goles. Seus cabelos estavam suados e totalmente bagunçados. Ele, sem sombra de dúvida era lindo. Me distraio com esses pensamentos, e volto para a realidade quando vejo um movimento perto de mim. É Hugo. Ele está indo com toda a velocidade que a Ninbus 2001 dele consegue ir. Desvio os olhos para o ponto no qual ele olha, e vejo o pomo, brilhando uns três metros à minha esquerda. Viro a vassoura e acelero um pouco. Em segundos, já estou com o pomo na mão e descendo para festejar com a minha casa, porém sinto um impacto na minha vassoura. Olho para o lado e vejo meu irmão. Seu olhar é de ódio. Ele não aceita perder pra mim. Sua vassoura recua um pouco e depois ele volta a atacar. Perco um pouco do equilíbrio, mas não caio. Tento descer, mas o maldito estragou alguma coisa na minha vassoura. Ele bate de novo, e dessa vez a madeira não aguenta. Eu uso essa vassoura desde o primeiro ano. Aquela velha história dos meus pais me odiarem. Enfim, eu estava caindo, com o pomo ainda firme em minhas mãos, para a morte certa. Era uma queda de mais de trinta metros. Fecho os olhos e cruzo os braços, esperando pelo impacto. Estou sem a minha varinha, por isso não há nada a fazer.

Sinto o cabelo ricocheteando em meu rosto e as vestes esvoaçando. Lembro do que o tio Harry me disse sobre a morte de Dumbledore. A diferença é que ele provavelmente não sentiu a queda, já que havia sido atingido por um Avada Kedavra segundos antes.

Eu sei que aceitar a morte é a melhor opção, mais é muito difícil fazer isso na hora em que está acontecendo. Retiro todos os pensamentos da minha cabeça e tento focalizar em alguma coisa boa. A primeira coisa que veio na minha mente foi a última virada de ano, na Mansão Malfoy. Relembro toda as sensações do melhor beijo da minha vida.

Sinto todo o meu peso entrando em contato com duas coisas... macias? Eu com certeza não caí no chão. Paro de cair, e começo a me movimentar horizontalmente. Quando inspiro o ar, sinto aquele característico cheiro de menta. Abro os olhos. Malfoy me pegou. Faltavam uns dez metros pra eu me esborrachar no chão e ele me salvou. Um pouco livre do choque, agarro-me nele e fixo minha cabeça em seu peito. Ele desce a vassoura e pouca no chão.

Uma multidão se forma ao meu redor. Agora estou em pé, mais ainda grudada à Scorpius. Ele passa as mãos em minha cintura e me encaminha para algum lugar. Depois de alguns minutos de caminhada, chegamos até a enfermaria. Logo fui atendida pela Madame Pomfrey. Ela me deu uma poção e eu dormi.

... ...

Acordo um pouco zonza, porém meu cérebro já está funcionando normalmente. Sento-me na cama e olho em volta. Scorpius está dormindo em uma maca ao meu lado.

– Malfoy? - chamo-o. Ele acorda rapidamente e vem até o meu lado.

– Sua maluca! O que foi aquilo? - ele pergunta.

– Foi aquele maldito que me empurrou. Ele ficou batendo a vassoura dele contra a minha, que, como já tinha um século de idade, acabou cedendo.

– Quem? - ele fala, cerrando os punhos.

– Se eu te falar agora, você vai matá-lo antes que eu possa ter a minha vingança. - falo. Ele afrouxa os punhos. - A quanto tempo eu estou aqui? - pergunto.

– Um dia. E você não é maluca só pela queda. Já viu a sua mão? - olhei para as minhas palmas. A direita estava enfaixada. Olho para Scorpius. - No meio do seu suicídio, você estava tão absorta em ganhar o jogo que segurou o pomo forte demais. As asinhas tem aquelas pontinhas e acabaram furando a sua mão. Bem fundo. - encaro-o de olhos arregalados.

– Eu meio que esqueci do pomo na hora. Sabe, estar caindo para a morte certa não é muito tranquilizador. - falo, irônica.

– E que pose era aquela? Parecia uma egípcia em um sarcófago. As pernas esticadas, os braços em "X" - ele imita os movimentos. - Eu quase tive um ataque lá em cima. Pensei que estava enfeitiçada ou morta. - ele fala, e vejo uma sombra passando por seus olhos.

– Já ouviu falar que vaso ruim não quebra? - pergunto.

– Já. - passam-se alguns minutos de silêncio.- Por que você estava sorrindo? - ele pergunta, do nada.

– Hã?

– Quando eu te peguei, antes de encostar em mim, você estava sorrindo. - me lembro da cena. Minhas bochechas coram.

– Eu estava focalizando em um pensamento feliz, sabe, pra morrer em paz. - digo. Ele me encara, curioso.

– E que lembrança era? – pergunta enquanto senta-se ao meu lado na maca.

– Isso eu levo pro túmulo. - dou um sorriso de canto. Ele retribui e se senta ao lado da cama.

– Pode pelo menos me dar uma dica? - ele pergunta, de novo.

– Nope.

– Uma diquinha mínima! Pooooooooor favooooor - ele puxa os "O's", parecendo uma criancinha.

– Deixa eu ver...- aliso o queixo, como se estivesse alisando uma barba invisível - Não. - dou um sorrisinho maléfico com sua expressão. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas nessa hora a porta se abre e entra uma Violet desesperada correndo até a minha cama.

– ROOOOOSE! - ela berra e me abraça.

– Ei, você sabe que eu não gosto de abraços! Xô! - espanto-a da minha cama, e ela senta-se na maca ao lado.

– Quer me matar do coração? Se não fosse o Scorpius você teria morrido! Eu estava lá, toda linda e formosa na arquibancada da nossa Casa - sim, ela foi pra Slytherin - e, do nada, aparece uma mancha verde, vermelha e prata caindo do céu.

– Eu gostaria muito de ter evitado a queda, mais nem todos temos o que queremos. - digo.

– Pode me explicar o que aconteceu? - Albus aparece, andando com passos decididos, com um Nick acuado logo atrás. Al me abraça forte.

– Ei! Por que ele pode?- Violet pergunta.

– Ele é o meu primo favorito e eu o conheço desde sempre.

– Bom saber que sou seu favorito. Agora desembucha. - ele fala, enquanto passa a mão no meu cabelo.

– Vocês vão saber quando eu sair daqui. Scorps, chama a Pomfrey. - ele sai andando até uma pequena porta no canto do cômodo. Segundos depois, Madame Pomfrey aparece.

– Alguma dor? - ela pergunta. Aceno negativamente com a cabeça. - Enjoo, nada? - nego novamente. - Pode ir então. - Levanto-me em um pulo. Vou sem falar uma palavra até o meu dormitório na Sonserina. Coloco o uniforme, arrumo o cabelo em um rabo de cavalo com cachos naturais nas pontas, passo uma maquiagem um pouco escura, pego minha varinha que estava em cima da cama e volto para o Salão Comunal. Os quatro estavam me esperando no pé da escada.

– Porra, ela tá com a cara decidida e brava ao mesmo tempo. Hoje alguém morre. - fala Albus. Dou um sorrisinho de lado e paro no último degrau.

– Hoje teremos um Weasley a menos no mundo. Al por favor, chama o James lá no jardim. - ele me olha com compreensão brilhando em seus globos oculares e sai correndo atrás do irmão. Os outros, lerdos, e Violet, que não entende a situação por falta de informações, continuam boiando. Passo pelo meio deles, agarro a manga de Scorpius e começo a andar até o jardim. Os outros nos seguem.

– Que diabos você vai fazer? - Nicholas pergunta.

– Vingança. Me derrubaram da vassoura, e agora eu estou em Hogwarts. Aqui eu posso usar magia à vontade. - um brilho de compreensão passa pelos olhos de Scorpius.

– Rose, você pode ser expulsa. - ele fala. Dou de ombros.

– Os primeiros Marotos faziam isso direto. E o cretino fez por merecer. Agora a minha vassoura provavelmente está quebrada em mil pedaços, eu vou ter que jogar com uma das da escola, que não correm nada, e passei um dia na enfermaria, o lugar dessa escola que eu mais odeio. Não serei expulsa. - falo e continuo andando com uma expressão determinada no rosto. Quando chego ao jardim, Albus e James se encontram conosco na porta de saída. Andamos um pouco, até encontrarmos o meu querido irmãozinho se comendo com a Lily em um canto.

– Time to revenge. - digo em alto e bom som. O ruivo olha para mim, para a minha varinha hasteada e novamente para a minha face. Ele, com certa dificuldade, pega a varinha do bolso e entra em posição. Chegou a hora do confronto.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM!
W.S.