Scorose- I Will Love You escrita por BTShiver


Capítulo 13
Surprise, mutherfucker!


Notas iniciais do capítulo

Voltei!
W.S.



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Acordei com aquela dor de cabeça digna da ressaca. Levantei-me, tomei um banho, fiz minha higiene matinal. Quando eu alcancei o trinco da porta, percebi que havia um bilhete colado na porta.

Violet lembra do que aconteceu. Perguntar pra ela. URGENTE.

Achei aquilo estranho, mais decidi que iria perguntar depois de uma poção para a dor de cabeça e da minha barriga cheia de comida. Quando desci, percebi que todos já estavam lá. Notei que Scorpius me olhou de modo diferente. Os olhos brilhando. Eu tinha que saber o que fiz ontem.

– Bom dia, Rose- ele fala e puxa a cadeira para eu me sentar. Muito estranho até mesmo pra ele. Taquei as panquecas e o suco de abóbora goela a baixo e puxei Violet para o meu quarto.

– Que merda eu fiz ontem?- pergunto. Sutileza nunca fora o meu forte, muito menos quando eu estou curiosa e de ressaca.

– Você chegou na festa do James e começou a beber. Aí do nada estava dançando feito louca com o Scorpius. Então, não sei o que aconteceu, vocês começaram a se beijar, mais tava mais pra "se comendo com a boca". Quando o ar faltou, sim, o beijo foi muito longo, você veio pra mim, perguntou se eu estava bêbada, eu te trouxe pra casa e você dormiu. - ela diz. Estou chocada. Eu fiquei com o Scorpius. Deve ser por isso que ele está assim. Merda.

– Por que eu fiz isso? - pergunto pra mim mesma, mais ela ouve.

– Na minha opinião, ele gosta realmente de você e é recíproco. Ou pensa que eu não vejo o quanto os dois coram quando eu brinco ou me dirijo a vocês com a palavra casal. - olho para ela como se a mesma tivesse uma doença mental.

– Querida, não viaja. Ele é só um amigo. Nada de mais. E, mesmo assim, eu devo ter beijado ele porque fazia tempo que eu não ficava com ninguém. Nada a ver o que você disse.- falei, um pouco brava pelo que ela ridiculamente verbalizou.

– Não está mais aqui quem falou- ela levanta as mãos em sinal de paz. Assinto.- Mudando de assunto, hoje de tarde eu preciso ir ao Beco comprar meu uniforme e meus livros, pode ir comigo? - ela faz cara de anjinho, que não me convence, mais eu preciso sair de casa um pouco.

– Okay. Agora eu vou dormir pra passar um pouco dessa merda de cor de cabeça. Adiós. Digo, enxotando-a do quarto. Violet resmunga e sai. Fecho a porta e as cortinas, deito na cama e apago rapidamente.

... ...

– ACORDA! - ouço a voz de Violet retumbando em minha cabeça e acordo em um pulo. Caio da cama. Ouço risadas não só dela, mais masculinas também. Abro os olhos e vejo Albus Scorpius do outro lado do quarto. Albus está rindo como uma hiena raquítica.

– Porra! Isso lá e jeito de me acordar!- começo a resmungar.

– Não sabem que ruivas baixinhas são revoltadas? - maldito Malfoy.

– A Violet é apenas dois centímetros mais alta, eu não sou a mais baixa do nosso ano e a culpa não é minha se você e o Albus cresceram demais. - digo, resignada. Odeio quando me chamam de pequena.

– Tá, que seja, se arruma logo que a gente sai daqui a meia hora, e eu te quero pronta até lá! Coloquei uma roupa em cima da sua cama. Usa aquilo. - ela fala. Quando vejo, ela colocou um vestido vermelho com bolinhas rosa, uma jaquetinha branca e sandálias.

– Só uso isso no dia em que eu estiver em Azkaban. Só isso já tiraria toda a minha felicidade. Os dementadores ficariam sem nada. - digo e viro-me para ir para o closet.

– Não custa tentar. - Violet fala, e eu posso ouvir ela dando de ombros.

– Ruivas devem ficar bem de vermelho e rosa. - viro-me e encaro aqueles olhos azul-acinzentados.

– Repete e eu vou enfiar esse vestido em um lugar bem desagradável.- digo, viro-me e entro de uma vez no closet, sem antes ouvir um

– TPM...- a voz de Albus. Uso toda a força que tenho e ignoro.

Depois de vestida e arrumada, vou para a sala encontrar os meninos. Pra variar, Violet ainda não está pronta. Coloco uma camisa que ganhei de natal. Eu odeio os babados das mangas, mais uma jaqueta esconde. (o babado que fica visível no link fica nas costas)

– Essa roupa combina mais com você. - fala Scorpius, tirando os olhos do livro por um momento.

– Dãã. -falo, irônica.

– E aí, já se preparou psicologicamente pra reencontrar seu irmão suicida e o resto da cambada? – Scorpius pergunta, e, nessa hora, me toco. Eles sempre vão para o Beco Diagonal no dia trinta de Dezembro. Saí correndo, desembestada, até o meu quarto. Peguei a primeira muda de roupas que achei e comecei a socar a porta da Violet. Ela abre depois de alguns segundos. Usava uma camisa vermelha e calça azul-escura. Joguei as roupas de minha mão para ela.

– Coloca essa roupa, ajeita a maquiagem, troca as jóias. Fique o mais parecida comigo que der. – ela me olhou confusa. – Te explico depois. – digo e volto calmamente para a sala.

Scorpius me olha, tentando adivinhar o que eu fiz. Lanço-lhe um olhar de “ vai ver daqui a pouco” e ele, novamente volta a ler. Sento-me em uma das poltronas e fico olhando para o fogo aceso. Depois de alguns minutos, Violet aparece.

– Isso aí! – falo.- Como eu. – ela me olha.

– Pode me explicar o porque de eu ter que usar suas roupas? – ela pergunta.

– Minha família vai estar lá. Quero esfregar na cara deles que existem pessoas como eu. E mostrar que estou feliz aqui. Já te contei a história. Enfim, vamos? – pergunto, com um grande sorriso. Eles afirmam. Pego o pó de Flu e grito:

– Gemialidades Weasley!- em segundos eu apareço na lareira da loja. Depois da morte do tio Fred, Jorge continuou trabalhando aqui. Esperei até que todos estivessem aqui e fomos para fora. Jorge estava atendendo umas meninas, e não me viu chegando por trás dele. Passei meus braços sobre seu pescoço. Ele se assustou e virou-se para mim.

– Ora, ora, ora. Rose Weasley Malfoy! A que devo a honra de sua presença? – ele pergunta em tom brincalhão.

– Eu não sou uma Malfoy, querido. Só moro na casa deles e dois dos meus melhores amigos tem ligação com a família. – ele me encara.

– Só conheço um Malfoy pequeno. – nessa hora, Al, Vi e Scorp se aproximam.

– Essa é a Violet Montgomery. Ela é filha da Daphne. – ele encara Vi.

– Certo então. E aí, como vão as coisas na mansão? – ele volta a olhar para mim.

– A piscina é maravilhosa e a comida é boa. Sem falar que o meu quarto tem as cores da minha Casa e ninguém me enche o saco por ser da Sonserina. Até porque todos lá são do mesmo lugar. – falo.

– É que é difícil se acostumar com a idéia de que nossa princesinha é uma cobra, querida. – Ele fala. Eu sei que Jorge torce para que eu volte para a casa dos meus pais, mais isso não acontecerá.

– Lily é mais nova que eu. E outra, cinco anos é um bom tempo para se habituar. Tirando o fato de que eu fui deserdada. Enfim, nós viemos pra comprar os materiais da Vi, não podemos demorar. Tchau, tio! – dei-lhe um beijo na bochecha e saímos todos juntos da loja. Depois de dar uma passada na Floreios e Borrões, fomos para a loja da Madame Malkin. Não demorou até que estivéssemos prontos. Fomos direto para o Caldeirão Furado. Quando entrei, logo me deparei com algumas cabeleiras ruivas, uma morena e o resto negras. Hugo foi o primeiro a nos notar.

– Olha quem apareceu! Chamam os Weasleys em geral de traidores de sangue, mais essa aí merece um prêmio! – ele fala, e todos no bar param para assistir a cena.

– Olá, querido irmão! – percebo que ele está com um olho roxo e alguns tufos de cabelo faltando. Aliás, seu cabelo tem uns tons de rosa-choque em uns cantos. Seguro-me para não rir.- Como vai a Lily? – pergunto, e ele me olha com raiva. É bom tocar na ferida dos outros.

– O que quer aqui? – ele pergunta.

– Oras, o Caldeirão Furado é um lugar público, eu tenho o direito de vir aqui com os meus amigos tanto quanto você. – digo.

– Eu estou com os nossos pais! – ele diz.

– Parabéns. Olá, Ronald. Olá, Hermione. – eles se viram para me encarar. Nos olhos do meu pai, vejo muita raiva. Nos da minha mãe...pena. – Eu acho que vocês não conhecem a Violet. Ela é filha da tia Daphne. Um amor de pessoa. – uso o tia propositalmente e dou ênfase no “amor de pessoa”.- Vai entrar pra Hogwarts com a gente! Uma Sonserina nata, é o que eu acho. Que orgulho! – digo. Meu irmão, já vermelho, fala:

– Vá se sentar longe da gente logo, Malfoy fêmea. – ele fala. Não consigo evitar uma gargalhada. Acho que fiz exatamente como Bellatrix Lestrange.

– Querido, eu não tenho sangue dos Malfoy e não sou casada com um. Não posso carregar o sobrenome dessa família.- digo. – E, se não percebeu, era exatamente assim que o Draco chamava a tia Gina, tirando o fato de ela ser uma Weasley, então eu acho que você está mais parecido com um Malfoy do que eu. – ele fica muito vermelho e saca a varinha. Antes que ele possa terminar o movimento, a minha varinha já está mirando seu coração. – Acha mesmo que é melhor que eu? Sinto lhe informar, querido, mais você não me conhece. Tudo o que eu disse no natal é verdade. Sou muito melhor em duelos que você. Sou muito melhor em transfiguração, poções, Quadribol, feitiços, história da magia, DCAT principalmente. Tenho movimentos mais rápidos, a mente mais rápida. Você tem dificuldade com feitiços mudos, eu aprendi a utilizá-los corretamente no segundo ano.

– Como você sabe que eu sou ruim em feitiços mudos? – ele pergunta, chocado de eu saber seu segredinho.

– Pra se jogar direito temos de conhecer nossos oponentes. – digo, com um sorriso sarcástico. – Agora anda, estou doida pra te expulsar de Hogwarts. – ele me olha confuso. – Não se pode usar magia fora da escola. Se você atirar em mim, eu posso usar um simples Protego e poderei dizer que fiz para a minha própria segurança. Anda, me lança um Avada Kedavra, ou um Crucio. Imperius. Você que escolhe. Posso resistir ao Imperius, Crucio não me causa dor e o Avada não me mata.

– C-como assim? – ele pergunta, chocado.

– Você ouviu. Eu sou imune a essas coisas. Pra tudo existe um contra-feitiço. Até as Maldições Imperdoáveis.

– Onde você leu isso? – Hermione pergunta, chocada.

– Um mágico nunca revela seus truques. – digo, calmamente. – Agora, irmão, se não quiser ser expulso da escola que te acolheu por tanto tempo, sugiro que abaixe a varinha e pare de amolar, antes que eu te petrifique como fiz com Ronald ou alguma coisa pior. – Hugo, branco, abaixa a varinha e se senta, encolhido com o meu repentino tom sério.

– Como ousa ameaçar o meu filho? – Ronald levanta-se e pergunta.

– Eu também sou sua filha, idiota. – digo, abaixo a varinha e viro-me para sentar-me em outra mesa. Quando ouço o barulho de alguma coisa fina cortando o ar, viro-me em tempo recorde, com a farinha levantada de novo. Bem nessa hora, Ronald grita:

– CRUCIO!

– RONALD! – Hermione berra, estarrecida. O feitiço me atinge, mais não sinto nada. Rio com desdém. Eu sei que se não soubesse como controlar a dor, eu estaria chorando e berrando agora, mais aquele livro que eu estava lendo com o Scorpius adiantou muito. Ouço gritinhos de surpresa das pessoas ao redor.

– Não pense que seu feitiço não fez efeito, eu não estava realmente com vontade. A diferença é que eu sei controlar a força. Se eu quiser, posso aumentar a dor sentida por mim – falo, me esforçando para me manter concentrada.- Olhe. – deixei que a dor me causasse só um pouco de dano. Grunhi, depois voltei a me controlar. – O Imperio é menos difícil, como o tio Harry sabe.- Olhei para ele, que me encarava de boca aberta. O Avada Kedavra é mais difícil, mais consigo me livrar. Enfim, Rony, por favor, desvie sua varinha de mim antes que eu comece a sentir cócegas. –ele faz. Viro-me e sento-me uma mesa do outro lado do bar. Peço uma cerveja amanteigada e espero meus amigos sentarem-se também.

– O que foi aquilo? – pergunta Violet.

– O amor do meu pai e do meu irmão. Se acostume, eles são assim. – bebo um gole de minha bebida.

– Não, como você não sofreu com o Cruciatus? – ela pergunta.

– Um mágico nunca revela seus truques. – troco um olhar cúmplice com Scorpius e volto a atenção para a minha bebida.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM!
W.S.