Quando mamãe nos chamou para almoçar, foi uma cacofonia geral. O desespero para subir e tomar banho rapidamente foi grande. No almoço, eu e Albus ficamos conversando sobre os planos que eu tinha para a noite. Eu beijaria Rose Weasley. Não fugiria mais. Pude perceber que Rose e Violet nos olhavam com suspeita, o que me deu vontade de rir. A ruiva me mataria se soubesse o que estávamos tramando. Quando terminei de comer aquele frango grelhado divino, arrastei Albus para o meu quarto.

– Você sabe que a chance de ela te lançar um Avada é enorme, não? – perguntou meu querido primo enquanto se esparramava na minha cama e colocava as mãos na barriga. Folgado. – Nossa, comi bem demais.

– Primeiro: Por ela vale a pena correr o risco. Segundo: Você é um folgado de primeira categoria. Nem sei porque ando contigo.

– Você está perdidamente apaixonado pela minha prima, e eu sou a pessoa mais chegada a ela. Sem mim não tem chance. E também porque a minha companhia é única, espetacular, perfeita, agradabilíssima...

– Ah, claro. Como me esquecer disso? – cortei-o. Passamos a tarde jogando xadrez bruxo e conversando. Eram umas sete da noite quando um patrono em forma de raposa entrou no quarto e a voz do James soou.

– Acho melhor avisarem as meninas da festa agora. Sabem como elas demoram séculos pra se arrumar. – e o patrono se retirou. Albus levantou-se e eu o segui até o quarto da Rose, onde provavelmente encontraríamos a Violet também.

Dito e feito.

Entrei no quarto sem bater. Eu entrei sem batr, uma coisa que eu sabia que enfurecia muito a Rose.

– Meninas, o James convidou a gente para uma festa Potter na casa dele. – disse enquanto entrava.

– Quem te deu o direito de entrar sem bater?- a ruiva perguntou, brava. Sorri internamente.

– A casa é minha. – retruquei.

– E desde ontem esse quarto é meu. – falou com expressão desafiadora.

– Parem logo com essa briguinha de casal boba e digam, meninas, vão querer ir ou não? - Albus perguntou. Rose o fuzilou com o olhar, o que foi uma sorte, porque um sorriso involuntário surgiu m meus lábios sem que eu pudesse evitar. Com uma olhada de esguelha para Violet, pude ver que ela percebeu.

– Cala a boca idiota. Mas sim, nós vamos. –disse com seu humor de leão enjaulado. - Agora vazem que nós vamos nos arrumar. – saímos antes que ela nos lançasse um feitiço e fomos cada um para o seu quarto, para nos arrumarmos. O fato é que meninos não demoram tanto, e tivemos que esperar por volta de uma hora e quinze minutos até que elas descessem.

– Cara, não entendo porque vocês demoram tanto. – Al soltou a pérola.

– Porque, pra você, é só bagunçar a juba e todo mundo baba. Já pra gente, se sair com o cabelo desarrumado, todo mundo critica. E ela me fez tocar de roupa- Rose retrucou.

– O resultado ficou bem melhor. E eu ainda te farei usar um vestido. – Violet fala. Segurei uma gargalhada. Rose de vestido era a cena mais rara do universo.

– Sonhe. – disse a prima do Albus, terminando de descer as escadas e parando ao meu lado. Olhei-a dos pés a cabeça. Linda como sempre. - Vamos? - pergunta. Todos assentem. Paramos em frente a lareira e fazemos a passagem habitual.

Não demorou muito para que o James aparecesse e se afastasse com Rose. Ele voltou um pouco depois, sozinho.

– Onde ela está? – ele sabia da minha queda (penhasco) pela Rose, e não precisava especificar de quem eu estava falando.

– No bar. – me direcionei para lá e encontrei-a sentada, levando um shot vazio de encontro ao balcão.

– Já bebendo? – perguntei.

– É de graça! E faz tempo que eu não bebo! – disse.

– Da última vez você quase fez um strip no meio da festa. – encarei-a. Se não fosse por mim, a coisa tria ficado feia naquele dia.

– Eu tinha bebido pelo menos uma garrafa desse negócio!- contrapôs.

– Okay. Vamos pelo menos dançar um pouco? – perguntei e ela, incrivelmente, assentiu.. Fomos para a pista, que já estava lotada. Começa a tocar Fucked Up World- The Pretty Reckless. Eu não sou muito fã de músicas trouxas, mais sei que a baixinha na minha frente ama essa banda. Ela começa a dançar animadamente, e eu a imito. Coloco as mãos em sua cintura e começamos a dançar juntos.

Ela cantava a música errando algumas partes, dançava e bebia. Comecei a acompanhá-la na bebida.

Já eram umas onze da noite e ainda estávamos dançando. A essa hora, nós dois tínhamos saído do nosso estado normal. Começou a tocar The Crow and the Butterfly- Shinedown. Ela se aproximou mais de mim mais e apoiou a cabeça em meu ombro. Meu coração disparou. “Tomara que ela não perceba” era meu único pensamento, tirando alguns mais obscuros. Passou as mãos pela sua cintura fina e delicada e ela colocou as suas em meus ombros. Balançávamos levemente, no ritmo inicial da música. . Abaixei a cabeça para encará-la, na mesma hora que ela levantou a sua. Nossos rostos ficaram muito próximos. Porém isso ainda não era suficiente para mim. Com o coração a mil, eu a beijei. Começou lentamente, apenas como um selinho, mas quando eu pedi permissão, ela cedeu instantaneamente. Meu coração deu uma cambalhota. Ela estava correspondendo. De verdade. O beijo começou a se aprofundar. Eu explorava cada canto da sua boca, e ela fazia o mesmo. Mordi seu lábio inferior, e ela arfou levemente. Aquilo estava me deixando louco. Ela colocou as mãos delicadas no meu cabelo e puxou levemente. Passei a acaricias sua cintura.

Tudo o momento foi estragado quando o ar se fez necessário e ela se afastou. Ambos estávamos ofegantes. Ela parou, me encarando. Segundos se passaram até que, subitamente, ela arregalou os olhos e saiu andando. Um pequeno sorriso brotou em meus lábios. Eu havia beijado Rose Weasley, a dona do meu coração.