Procura-se um marido escrita por NathalyaCruz


Capítulo 3
Capítulo 3




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Passei em uma padaria e fui para meu apartamento, já estava ficando de andar, me lembrei mentalmente de colocar gasolina na minha moto e tirar ela da garagem velha do prédio por que essa vida de me auto locomover não estava funcionando.

Me deitei no sofá, acabei por assistir uma série qualquer e fiquei armando um plano para por em ação. Pensei em que faria quando eu tivesse o dinheiro. Pois depois que eu não tinha mais dinheiro meu maior prazer era imaginar o que fazer quando eu tivesse ele. Quem sabe pagar um bom desoblevetiador para fazer meus pais se recordarem de mim? Uma casa legal, algo pra ajudar os elfos, uma biblioteca pública...

Acabei por adormecer no sofá, acordei no pulo e tive que me arrumar as pressas, por sorte cheguei a tempo no trabalho.

Aproveitei a hora do almoço para ir até o Jornal que ficava no bairro vizinho. Deixei a moto no estacionamento e entrei no setor dos classificados.

–Sim moça! Tenho CERTEZA de que vou anunciar isso- já estava no limite com a moça dos classificados, ela não acreditava no que eu anunciaria.

–Bom...um tanto incomum, mas lá vai!

Vi que ela deu um click no computador, devia ter confirmado. Sorri ao ler meu anúncio.

Procura-se um Marido

De 20 a 30 anos. Para período de um ano e alguns meses. Não exijo boa aparência. Necessário que tenha um bom emprego e uma casa onde eu possa passar esse período. Ótimo pagamento após o fim do prazo estipulado.Trazer antecedentes criminais. Contato físico não está incluso no contrato.

Telefone: 555-7663

Tratar com Mimi

Optei por usar um nome falso, visto que Dumbledore não queria que eu burlasse o contrato e alguém poderia descobrir.

Até que estava razoável, entrei no estacionamento e quando fui sair que percebi que estava sem dinheiro para pagar.

–Moço, eu...esqueci o meu dinheiro...eu...

–Mocinha, você não sai daqui sem antes pagar. Liga pra alguém, dá um jeito.

–Estou sem créditos no telefone moço, eu vou em casa buscar ...

–Não, deixa sua moto aqui ou você não sai.

–Uma ova ! Não deixo ela aqui, não mesmo!

–Então vou ter que chamar a polícia.

–Não...por favor...

–Problemas Granger?

Merlin me odeia ! Muita humilhação pra uma semana só.Me virei já sabendo quem estava atrás de mim.Acho que era perseguição.

–Não, estou bem.Afinal, está me seguindo é?

–Não está nada bem- disse o intrometido do estacionamento- Deixe sua moto aqui ou chamo a polícia.

–O que ocorreu senhor?

–Essa jovem diz que não tem dinheiro para pagar o estacionamento.

Draco tirou uma nota do bolso e entregou ao senhor. A essa altura eu já estava roxa de vergonha.

–Malfoy, não !

–Sem mais Granger, estou te ajudando... outro dia pode me devolver. Aliás, devolva tomando um café comigo.

–O que quer de mim?

–Quero que tome um café comigo, não seja mal educada.

Resolvi ir com ele, mas antes fiquei pensando em mostrar a língua pro senhor do estacionamento mas desisti, infantil demais. Arrastei a moto até a esquina onde havia uma cafeteria.

Entramos juntos e sentamos numa mesinha no fundo da cafeteria.

Uma moça rapidamente se postou ao nosso lado, pedi um Capuccino e Draco também.

Me sentia incomodada com o olhar penetrante que ele me lançava, fiquei olhando pros lados.

–Como está Hermione?

–Péssima como pode ver. Por que me ajudou?

–Em nome dos velhos tempos, digamos.

–Achei que me odiasse.

–Não te odeio - se limitou em dizer.Fiquei um pouco surpresa.

–Ótimo, posso saber o que faz por aqui Malfoy? Nesse bairro trouxa?

–Moro por aqui. Sou dono de uma loja de Jóias.

–Puff bem previsível...

–E você, o que faz aqui? Desapareceu. A não ser pelas colunas no profeta, leio todas.

–Um fã?

–Talvez- ele sorriu de lado, um sorriso lindo e completamente diferente do qual eu estava habituada a ver, um sorriso sincero e sem ironia.- Aqui ninguém me olha com raiva, piedade ou nojo pelo meu passado. Gosto daqui.

Percebi que eu estava sendo egoísta, não estava sendo difícil para ele também. Afinal só fez o que fez para salvar sua família.

–Entendo você...tinha razão, minha família provavelmente nunca mais lembre quem sou e bom, meus amigos tem coisas mais importantes a fazer do que me dar atenção.

A garçonete nos trouxe os cafés. E tomei um gole.

–Temos algumas coisas em comum então.

–E ao mesmo tempo nada em comum.

–Realmente.

Ficamos em silêncio, até ele perguntar se eu queria algo mais e fomos em direção a saída.

–Bom, agradeço pelo café e pela ajuda no estacionamento.

–Não há de que. Vejo você por ai, já que estamos nos esbarrando muitas vezes essa semana. Sangue-ruim.

Revirei os olhos, francamente achei que ele tinha melhorado muito. Estava enganada.

–Só pra não perder o hábito.

–Até mais comensalsinho – retruquei- só pra não perder o costume.

Subi em minha moto, sem antes é claro lançar meu olhar sedutor/fatal (que detalhe fiquei treinando meses em frente ao espelho) e voltei pro trabalho.

Foi de fato um dia muito...estranho.Um anúncio, barraco no estacionamento, Draco possuído pelo espírito da bondade, café com Draco e ele sendo ele mesmo.

Naquele dia estranhamente me peguei pensando no doninha loira antes de dormir.Bizarro.


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