Friends Forever - HIATUS escrita por Sabrina Azzar


Capítulo 7
Por favor, não brinque comigo


Notas iniciais do capítulo

Hey! Passando rapidinho só pra deixar esse cap. Beijos!
Musica do cap: Falling for you - Colbie Caillat
http://www.youtube.com/watch?v=6sfjIhWbOJA



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POV – Peeta

Eu não queria sair dali, não queria sair de perto dela. Era como se meu corpo pedisse pelo dela, e eu não podia negar isso a ele. Com todo cuidado para não acordá-la eu me deitei ao seu lado, joguei as cobertas por cima de mim e a abracei, eu precisava daquilo, precisava sentir que eu podia protegê-la de qualquer que fosse a situação. Enterrei meu rosto em seus cabelos e aquele cheiro começou a me inebriar, ele cheirava a chocolate. Meus olhos foram ficando cada vez mais pesados e aquele cheiro de chocolate me acalmava, nem percebi quando a inconsciência me tomou...

***

Acordei com uma dor de cabeça gigantesca e com a boca seca, meus lábios ansiavam por água. Minha pele estava gelada, estava muito frio, provavelmente pela chuva forte que caia do lado de fora. Tentei mover a perna esquerda, mas tinha um peso sobre ela, foi quando percebi que Kat dormia em meu peito e uma de suas pernas estava sobre a minha. Ela estava toda encolhida e tremia de frio, no mesmo instante puxei um dos cobertores que estava jogado no chão perto de mim e joguei por cima de nós dois. Olhei ao redor e todos estavam dormindo, e eu não fazia idéia de que horas eram muito menos de onde estava meu celular. Tirei com cuidado a perna da Kat de cima da minha e puxei meu corpo lentamente, até a cabeça dela parar em cima do travesseiro. Levantei e fui até a cozinha, peguei um copo de água gelada e me sentei á mesa. Fiquei divagando por algum tempo até que ouço passos vindos da escada, logo a Sra. Everdeen aparece na cozinha com seu hobie que vai até os pés.

— Peeta querido, o que faz acordado? – Ela perguntou abrindo a geladeira e pegando a caixa de leite.

— Estava com sede. – Falei.

— Vou fazer leite morno com mel, você quer? – Ela perguntou indo até o armário e arrancando dois copos de lá.

— Adoraria. – Respondi sorrindo e ela retribuiu.

— Eu escutei vocês conversando até tarde, o que faziam?

— Estávamos brincando eu Eu Nunca. – Falei simplesmente.

— Como se joga isso? – Ela perguntou colocando o leite no microondas.

— Você diz eu nunca, e fala alguma coisa que nunca tenha feito. Por exemplo. Eu nunca tomei leite de madrugada com a Sra. Everdeen. – Ela me olhou confusa. – Quem já fez isso vira um copo de alguma bebida, quem não fez, não toma nada.

— E o que vocês estavam bebendo? Por um acaso não era álcool não, não é? – Ela perguntou virando-se para me olhar. Engoli em seco.

— Não, claro que não. – sorri amarelo. – Tomamos refrigerante.

— Então tá. – Ela disse e logo em seguida o microondas apitou, ela o abriu e pegou o leite, em seguida colocou mel. – Aqui querido. – Ela me entregou e se sentou á mesa comigo. – Me diga Peeta... – Ela começou. – O que você sente pela minha filha? – Droga! Essa pergunta me pegou de surpresa! Não é como se eu fosse falar dos meus sentimentos para a mãe da garota que eu estava me apaixonando.

— Hãn... – Comecei. – Somos amigos. – Falei simplesmente.

— Não é isso que seus olhos dizem. – Ela falou bebericando um pouco do seu leite.

— A senhora é uma mulher observadora. – Constatei sorrindo.

Depois de conversar um pouco com a Senhora Everdeen eu fui me deitar, Kat ainda estava deitada toda encolhida. Fiz como da outra vez, me deitei ao seu lado e a abracei, mas desta vez ela acabou acordando.

— Peeta? – Ela falou com os olhos semicerrados, devido ao sono.

— Estou aqui pequena. – Falei. – Tudo bem?

— Estou com sede. – Ela falou. - Minha boca está seca e minha cabeça dói.

— Isso se chama ressaca. – Falei rindo baixinho. – Vou pegar água pra você. – Ela assentiu, fui até a cozinha e trouxe um copo de água gelada. – Aqui. – Ela se sentou no colchão e pegou o copo das minhas mãos, tomou e depois o colocou ao lado.

— Nem me lembro de como dormi. – Falou tentando se lembrar.

— Dormiu com a cabeça no meu colo enquanto eu acariciava seus cabelos.

— Peeta...

— Oi.

— Obrigada. – Eu apenas sorri em resposta. – Não, obrigada de verdade. Se não fosse por você eu... Nem sei o que teria feito.

— Não precisa agradecer, já disse. Sei que faria a mesma coisa se fosse o contrário. – Falei e puxei seu corpo contra o meu e beijei sua testa. – Vou estar sempre aqui.

— Porque você faz isso? – Ela perguntou se virando pra me olhar e eu a olhei confuso.

— Isso o que pequena?

— Me trata assim. – Ela deu de ombros. - Nunca tive um amigo que fizesse essas coisas por mim.

— Então é porque você nunca teve um amigo de verdade. – Sorri.

— É, talvez seja isso. – Ela sorriu. – Tá chovendo muito forte né? – Ela falou depois de um tempo em silêncio.

— Parece que sim. – Ficamos em silêncio depois disso. Apenas sentados um ao lado do outro, ouvindo o barulho da chuva forte que caia do lado de fora. – Katniss... – Chamei e ela me olhou.

— Oi Peeta.

— Preciso fazer uma coisa. – Falei olhando dentro de seus lindos olhos acinzentados e tempestuosos.

— O que? – Ela perguntou me encarando de volta. Eu precisava fazer isso, precisava provar de seus lábios, nem que fosse a última coisa que eu fizesse, mas eu precisava. Meus lábios ansiavam pelos seus de uma forma totalmente inexplicável, como se fosse um imã. Levei minha mão até o seu rosto e o puxei pra mim, nossos rostos estavam a milímetros de distância e eu podia sentir sua respiração entrecortada sobre mim, podia também sentir meu coração querendo saltar pra fora, minhas mãos soarem e minhas pernas tremerem. Por puro impulso eu a vi fechar os olhos e também fechei os meus, quando meus lábios finalmente tocaram os seus uma corrente elétrica foi passando por todo o meu corpo e me fez arrepiar os pelos da nuca. Seus lábios eram macios e quentes. Passei minha língua calmamente na costura dos seus lábios e ela os abriu cedendo passagem. Nossas línguas se tocaram calmamente enquanto eu adentrava sua boca e foi como se fogos de artifício estivessem lá dentro, uma confusão de sentimentos foi se revelando. Adentrei sua boca mais profundamente e explorei cada pedacinho dela, gravando em minha memória tudo o que eu podia, cada gosto, cada gesto, cada toque. Nossas línguas dançavam em um ritmo totalmente perfeito, e ela parecia totalmente fora de órbita no momento. Minha mão se aprofundou em seu emaranhado de fios castanhos no mesmo instante em que aprofundei nosso beijo. Nossas línguas travavam uma batalha por espaço, e devo dizer que a sensação era eletrizante, ela parecia querer aquilo tanto quanto eu. Quando o fôlego começou a fazer falta, terminei nosso beijo com vários selinhos. Levei minha mão dos seus cabelos até o seu rosto novamente e o acariciei com carinho. Ela abriu os olhos lentamente e me encarou da mesma forma.

— Desculpa. – Falei sinceramente. – Mas como eu disse, precisava fazer isso.

— Acho que estou me apaixonando por você. – Ela sussurrou e na mesma hora meu coração falhou uma batida.

POV – Katniss

— Acho que estou me apaixonando por você. – Sussurrei e seus olhos se abriram em surpresa. Eu estava totalmente fora de mim, e devo dizer que não queria voltar. Eu não queria mais negar o que meu coração insistia em me dizer todos os dias, todas as vezes que eu olhava pra Peeta. Eu estava me apaixonando, e isso era inevitável.

— Isso é... Isso é sério? – ele perguntou com seus olhos marejados.

— Nunca falei tão sério. – Confirmei e uma lágrima caiu de seus olhos. – Eu tentei lutar contra isso, mas vejo que me apaixonar por você é totalmente inevitável.

— Por favor, não brinque comigo. – Ele pediu enquanto as lágrimas escorriam pelas suas bochechas.

— Acha que estou brincando? – Perguntei segurando seu rosto com as duas mãos e secando suas lágrimas. – Não estou brincando com você Peeta. – Ele não respondeu nada, apenas capturou meus lábios em um beijo. As batidas do meu coração já estavam desordenadas novamente, e milhares de borboletas faziam festa em meu estômago. O beijo de Peeta era totalmente inebriante e arrebatador, era de tirar o fôlego. Eu podia morrer agora, que eu morreria feliz. Feliz por ter provado o melhor beijo da minha vida, feliz por esse beijo ser de Peeta Mellark. O garoto que brincou de encarar no primeiro dia em que o vi, o garoto que me elogiou no dia da festa, o que se preocupou comigo e me colocou pra dormir no seu peito, o que acariciou meus cabelos até que eu pegasse no sono. O que segurou meus cabelos enquanto eu vomitava e depois me colocou pra dormir em seu colo enquanto eu estava totalmente bêbada. O que havia roubado meu coração com seu beijo avassalador e com gosto de mel.

— Eu não acho que estou me apaixonando por você. – Ele disse ofegante quando nos separamos. – Eu tenho certeza que estou totalmente e loucamente apaixonado por você.


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Notas finais do capítulo

E então... O que acharam? Digam por favor! Estou enlouquecendo com o silencio de vcs! beijos...