Amianto escrita por Erika k


Capítulo 5
Desespero ...


Notas iniciais do capítulo

xP ~Repostando, havia um errinho no cap.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558799/chapter/5

Arrumei tudo e fui em direção a porta, algo me parou, o que estou fazendo? Eu não devia aceitar, eu devia ficar quieta e esperar para a promessa acabar. A promessa que eu descumpri.

Fitei a porta. O quadro que pintara estava secando na sala, Erick emplorava que eu ficasse em casa, é o que mereço mas... Só por hoje, eu irei até lá.

Ele já me esperava na porta com minha cerveja em mãos.

Dançamos e devo confessar que ele é bom, estávamos cansados, sentamos no sofá e foi ai que comecei a observar o ap dele, era como o meu, grande e não muito arrumado, as cortinas dele eram azuis e o tapete felpudo, a TV era maior. Ele se levantou e foi até a cozinha pegando mais cerveja, bebemos e ele começou a falar.

–Quando tinha 8 anos meus pais se separaram, eu até gostei, teria mais atenção que meu irmão, de 3. -Ele sorriu, encarávamos o teto- Não que eu o odiasse, mas por ser o mais novo ele sempre tinha a atenção. Mas como eu era criança, não entendia direito, ele todo dia se trancava no quarto com uma xícara de café-ele suspirou- e meu pai se matou, ele se enforcou no quarto enquanto eu assistia desenho.

Ele falou o quanto o pai devia pessoas, pessoas malvadas que iriam atrás da família se não pagasse. Disse que o pai foi ridículo, pois roubou o prazer de brincar do irmão mais novo, que ele tanto achava sentir inveja. Ele também disse que a mãe foi obrigada a pagar, ela chegava em casa e fazia o mesmo do pai, tomava café e se trancava no quarto, e também não aguentou a pressão.

Seu irmão e ele foram mandados para o orfanato, como nenhum dos tios o quiseram, ele crescera no orfanato até ter maior idade, o irmão foi adotado cedo.

–Ele nem quer saber de mim e mal sabe ele que faria qualquer coisa para ele morar comigo.-No fim ficamos em silencio. Não sabia o que falar.

–Sinto muito-Quebrei o silencio.

...

Quarta

Acordei, olhei no relógio. 9:00.

Devia começar a levantar, usava uma moletom roxo com estrelas brancas e calcinha branca, vesti minha calça de moletom roxa.

Abri a porta do quarto e procurei a Lola.

–Lola? Vem amor, comida.-Balancei a comida no saco, nada dela aparecer, estranhei.

Vi as patinhas dela atrás do sofá.

–Peguei você-tentei assusta-la, ela não se moveu.-Lola?-A observei, ela respirava devagar, a caixa de remédios estava do lado.

Não...

–KEVIN! KEVIN!

Gritei, corri até a porta tremendo, não consegui abrir, quando sai a porta de Kevin abriu, ele me viu pálida.

–Lilly?!O que foi?

–Ke-Kevin a Lo-Apontei para o apartamento e o arrastei até lá.-Lola! Lola... Não posso matar mais ninguém.-Respirei fundo. Tremia e me sentia pálida, gelada.

Ele viu que ela respirava, a segurou nos braços e foi saindo dando ordens.

–Pega a chave do carro no sofá.-Ele chamou o elevador.

Descemos e entramos na caminhonete preta dele, fui atrás com Lola que dormia e respirava fraco, ele saiu pela parte de trás da garagem, a parte da frente estava a avenida, engarrafada...

–Calma meu amor-acariciava ela.

Ele ia rápido e depois de virarmos um pouco, ele carregou ela até o veterinário.

Levaram ela, o veterinário falou que ela comeu muitos remédios para dor de cabeça, mas que reagiriam apenas como sonífero para ela.

–Ela não come nada além da ração, eu evito.-Estava tremendo ainda, Kevin segurou minha mão-Eu não vi ela comendo, eu devia ter guardado os remédios.-Comecei a chorar.

–Ei, calma, ela está bem agora.-Disse ele me acalmando.

–Eu-Eu preciso de água.

Me afastei deles e liguei para Jana, disse que havia derrubado os remédios sem querer e não vi, ela tentou me acalmar, disse que iria passar na minha casa durante a tarde.

–E se ela morresse? Eu não posso matar mais ninguém, eu amo a Lola.

– Você não matou ninguém, Lilly. O que já lhe falei? Aquele dia não foi culpa sua.-Escutei alguém falando com ela, ela respondeu que já ia e voltou a falar comigo.-Ei, meu amor-Ela me chamou com uma voz doce.-Preciso ir.

–Eu sei, seu trabalho.

–Te amo, não pense besteiras, te levo um presente hoje.

–Você sempre traz, parece que é uma mãe que volta das férias e lembrou dos filhos.

Ela sorriu e desligou.

Kevin parou ao meu lado.

–Ela está tomando soro, eu já paguei tudo.

–O que? Eu ia pagar, Kevin, eu ... esqueci tudo meu-Percebi estar de pijamas e sem bolsa.Ele sorriu.-Eu te dou quando voltarmos para o AP.

–Não precisa.

–Eu insisto.

Ele não discutiu, fomos até a sala de espera e sentamos sozinhos.

–Eu vou trabalhar a tarde-Disse ele-Não foi culpa sua, okay?

–Não se preocupe a Jana vai lá para casa.

–Que bom-ele parecia aliviado- Mas a noite, quero te levar a um lugar e apresentar uns amigos.

O encarei.

–Não sou a pessoa mais sociável, Kevin.

Ele sorriu.-Eu sei, mas esses são especiais, e quero que os conheça.

Durou mais alguns minutos enquanto a Lola tomava soro, logo depois ela acordou esperta e com fome, levamos ela para casa e pedi para ele esperar enquanto pegaria o dinheiro.

–Ei-ele chamou. Virei-Disse que não precisava, se você quer tanto pagar, vá comigo hoje a noite.

–Você não vai desistir, vai?

–Não-Ele falou sincero.

–Okay, eu vou, vá trabalhar.

Ele sorriu e entrou no apartamento.

Abri a porta do meu e Lola entrou energética.

–Ei, Lola-chamei-a, ela veio feliz.-Está elétrica né garota? Vem, eu te amo tá?

Não sei como, mas os olhos dela sempre me acalmam, a abracei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o/o/o/o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amianto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.