Amianto escrita por Erika k


Capítulo 3
Irmãos ...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558799/chapter/3

A porta de vidro que da acesso para a sacada estava aberta, as cortina rosa claro estava balançando conforme o vento gelado a atingia.

Tomei um banho quente e fui dormir.

Segunda

–Meus Deuses!-Escutei uma voz ao longe, minha cabeça latejava.- Que bagunça né, Lola?-Era a voz da Janaina.

Senti algo gelado e molhado no meu rosto, era Lola. Minha Golden retriever, sempre carinhosa.

Fiz carinho e ela se deitou ao lado da cama.

–Lilly Maddox! –Janaina me repreendia com o olhar-Isso está um horror. Pensei que como você havia pedido para cuidar da Lola, você ia arrumar.

–Bom dia, Jana. O que você trouxe?

–Torta de limão, mas você só vai ter se arrumar ao menos a cama.

–Não quero, quero ficar deitada hoje.

–Lilly, vou lhe puxar pelos cabelos.

–Eu, hã...preciso de você próximo domingo de novo, leve a Lola, okay?

–Você não vai mesmo me dizer o que vai fazer?

–Você vai descobrir-sorri.-Agora, me da a torta.

Eu sempre ficava igual a uma criança perto dela, ela sempre foi assim comigo, mandona.

Arrumei tudo enquanto ela preparava um suco na cozinha, alguém bateu na porta e ela foi atender.

Ela chegou correndo no quarto e me olhou de pijamas.

–Troca isso rápido, o vizinho está ai. Um gato!

–Kevin?

–É, vai,vai -ela me empurrava, saiu e escutei ela conversando com ele.

Vesti uma camisa quadriculada e uma calça jeans, um tênis all star e penteei os cabelos.

–Bom dia-ele disse a me ver, peguei o suco na bancada e procurei a torta.

–Deuses-reclamou Janaina baixinho.- Ela é bem mais divertida que isso.

Dei uma garfada na minha torta e ofereci a eles um pedaço. Kevin sorriu.

–Preciso ir-Disse Jana-Volto no sábado para pegar a Lola de novo. Vou indo tenho que prender bandidos.

–Trbalho?

Ela saiu sorridente.

–A Janaina é policial?

–Não, modelo.-O silencio se formou.

Janaina é linda, todos acham que somos irmãs, mas ela é um pouco mais alta, e os cabelos mais curtos.

–O que faz aqui, são 7:00 –disse.

Ele observou Lola brincar com o osso de borracha.

–Você não queria ela por perto.-Foi tudo o que foi dito, terminei minha torta e ele observava cada paço meu.

Arrumei o máximo que pude da casa e ele estava, ainda, sentado no banco da cozinha.

Sentei na mesa para corrigir os livros e ele parou-me.

–Como sei que você não quer viver, é por que está nesse piloto automático.-O observei atentamente-Vamos fazer alguma coisadiferente, hoje é segunda, não precisa ser chato.

–Você não tem trabalho?

–A noite apenas. Você já foi até a estatua da liberdade?

–Claro-menti.

–Passar de ônibus por lá, não conta.-Permaneci calada-Imaginei.

Ele me puxou da cadeira, deu tchau pra Lola e eu acabei por dar tchau também. Entramos no elevador e uma moradora do mesmo andar entrou, usando roupas de ginastica, ele a cumprimentou pelo nome de “Kate” ela apenas sorriu e acenou educadamente.

–O que pretende fazer?-Perguntei quebrando o gelo.

–Vamos ser turistas hoje.

–Que tipo de turistas?-Perguntei meio assustada e com medo de saber a resposta.

–Do tipo bem ridículos-A porta do elevador se abriu, Kate saiu sorrindo e ele também.

Fomos de ônibus até a estatua, ele comprou para nós uma camiseta: “I ♥ NY” de acordo com ele é um clássico de turistas. Tiramos fotos e perguntamos coisas idiotas para Nova Yorkinos, como nós. Usávamos tiaras iguais a da estatua. Tomamos sorvete, café e rosquinhas.

–Você viu a cara dele?-perguntei sorrindo. -Ele ficou assustado. Estamos parecendo psicopatas amantes de NY.

–Você tem um sorriso lindo-ele comentou, corei, ele comentou tão inocente.

–Obrigada-disse baixinho.-Eu...-a voz falhou, ele me olhou.

–Você...?

–Nada, vamos, está parecendo que vai chover-Sorri forçadamente.

Chegando em casa, Lola me recepcionou com pulos isso me deixa tão calma.

–Oi menina-fiz carinho e pus a coroa na sua cabeça, ela logo caiu pelo pescoço, se transformando em um colar. Sorri.

Ele se jogou no sofá.

–Cansei. Foi divertido, né?

–Sim, eu gostei-disse.

Ele me olhou esperançoso, levantou e se aproximou, fique sem reação, ele estava tão próximo que podia sentir sua respiração.

–Eu vou trabalhar-Ele se afastou-Lola, tome conta dela-Ele saiu fechando a porta.

–Ei, Lola, vem aqui-Chamei e ela veio, brincamos um pouco e fui ver os livros.

Adormeci e sonhei.

A pior parte de ter um sonho em que você não consegue controlar é que são sonhos que você quer controlar.

Toquei minha barriga. Suspirei, meu celular tocou.

–Oi?

–Lilly! Sou eu o Tonny-gelei, por que meu irmão me ligaria?

–O que quer?

–Estou no café na frente de seu apartamento, queria saber se podíamos nos encontrar.

–Estou ocupada, corrigindo uns livros.

–Ah, okay, eu vou ai então.

–NÃO!-Gritei, Lola se assustou e eu sorri para ela.-Eu estou descendo, não demoro.

Peguei meu casaco e sai, percebi que ainda estava com a camiseta “I ♥ NY” não me importei.

Chegando, sentei ao seu lado.

Meu irmão não parece nada comigo, o que é bom, não quero falar que tenho parentesco com um idiota. O pior que somos gêmeos.

–Como está?-Perguntou.

–Bem, e você?

–Não precisa mentir, eu só vim te ver, estou com saudades.

–O que quer?

–Lilly...

–Eu estou ocupada, Tonny.

–Desculpa, eu sei que você não me perdoou.

Não respondi.

–Quer que eu lhe pague um café?

–Não, eu vou indo.

–Lilly! Eu...é, desculpa.

Sai do café sem olhar para trás.

Atravessei a rua e subi pelo elevador. Parei de frente a minha porta,olhei para o lado.

Ele deve ter ido para o hospital. Entrei em casa, novamente sendo recepcionada pela, Lola.

Chorei de joelhos e ela tentava me acalmar. Chorei tanto que minha cabeça doeu.

Levantei e peguei remédios para dor de cabeça, uma garrafa de vinho e um antidepressivo.

Tomei todos de uma vez e deixei a Lola no quarto, deitei no sofá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o proximo...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amianto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.