Amianto escrita por Erika k


Capítulo 2
Café ...




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Me levantei do sofá, fui até o quarto colocando uma calça jeans, não havia percebido, estava apenas de camisa social branca e calcinha e sutiã na frente dele, mas não me importo, irei morrer em uma semana e com toda certeza ele não deve sentir tesão por suicidas. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e peguei minha bolsa.

Descemos silenciosamente pelo elevador, estávamos parados esperando a hora de passarmos e ele fez questão de segurar meu pulso.

Olhei para ele. –Não vou me jogar na frente de um carro. -disse, mas que não pareceu uma má ideia.

–Sou como um irmão, acreditando que sua segurança é eficaz.

–Tenho um irmão e ele não acredita nisso-Foi o fim da curta conversa.

Entramos na cafeteria e me sentei em uma mesa perto da porta, ele foi fazer os pedidos.

Observei os carros passando pela avenida, NY nunca para.

–Conte-me –Ele entregou o café.- Por quê?

–Muitas coisas, como já falei, você não iria entender.

–Tente, eu não tenho nada programado para esse domingo maravilhoso em NY-ele piscou. -Vamos começar então do básico. Meu nome é Kevin, e o seu?

–Lilly.

–Olá, Lilly, prazer.-Ele estendeu a mão e por educação apertei.-Não quero ser mal-educado, mas qual sua idade?

–25 e você?

–Sexta irei fazer 26, você pode se considerar convidada.

–Fico lisonjeada- Fiz meu melhor “tom formal” e sorri fraco.

–Qual seu trabalho?

Ele deu um longo gole no café, comecei a falar, que eu gosto do que faço. Passo boa parte do tempo isolada em meu apartamento corrigindo erros bobos em livros bobos, mas me divirto.

–Hum, eu sou enfermeiro. Trabalho no hospital a duas quadras daqui, lá é um bom lugar, tenho amigos lá. E você, muitos amigos?

–Na verdade, não e não me importo, tenho uma amiga de infância, Janaina, ela sempre me visita quando pode e me leva presentinhos.

–Ela parece te amar.

–E ama, somos unidas.

–Ela sabe sobre sua decisão?

Fiquei calada, não havia pensado em avisa-la, o que ela acharia? Também não cheguei a me importar muito com isso.

Dei de ombros. Conversamos um pouco mais, mas resolvi que se vou viver até o próximo domingo, deveria ao menos terminar os livros, ele me deixou na porta do apartamento, sorriu e entrou na porta ao lado. Ele havia prometido que me mandaria mensagens sobre o que faríamos para ele me fazer desistir.

Coitado, não iria adiantar, eu iria morrer de um jeito ou de outro.

Meu apartamento é aconchegante, grande e com o detalhe da vista que é bonita.

Suspirei, olhei para porta e imaginei o que havia feito durante a manhã.

“Como ele entrou aqui?” Essa pergunta não queria calar, não parei para pensar muito nisso também.


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Notas finais do capítulo

Iai? ;)
Espero que estejam gostando. Beijos



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