Entrei no ap e dormir junto a Lola.

Ao acordar percebi que já estava de tarde quase a noite.

Olhei meu celular e havia uma mensagem dele.

Venha a minha casa quando acordar, precisamos conversar sobre uma coisa.

Tomei um banho e me vesti com um vestido rosa claro, quase branco e curto, porem soltinho, uma sapatilha preta e como maquiagem apenas coloquei um lápis de olho preto bem forte.

Cheguei e ele abriu a porta e suspirou. Ele usava uma calça jeas rasgada e uma camiseta, a mesma do dia em que o conheci “Don’t you forget about me” e um sapato social.

–Uau-Ele disse me puxando para um beijo.-Vem, vamos conver-Ele foi interrompindo, uns 20 amigos deles apareceram vindo do nada e começaram a gritar e parabeniza-lo, eles seguravam bebidas, comidas e uns Cds.

Depois da festa já ter começado a alguns minutos, ele disse que depois falaria comigo direito.

Comemos, conversamos, bebemos e fumamos.

–Pessoal, pessoal.-Um dos amigos dele chamou atenção, ele era gordinho e com a barba a crescer. -Nosso pequeno enfermeiro, está agora com 25 anos. Vamos fazer esse brinde.-E assim foi, o resto da festa foram presentes e fotos.

...

–Obrigado por vir-Ele disse ao ultimo convidado que se retirava.-Se jogou no sofá ao meu lado, olhou a bagunça do apartamento e sorriu.

–Foi legal.

–Muito.Então sobre...

–Eu menti para você.

O encarei.-Como assim?

–Eu não sei como dizer isso a você, mas eu vou me mudar.

–Hã?

–Meu irmão, ele veio trazer os papeis da compra de um outro apartamento, em LA, junto com ele

–Ah, vai ser bom, vai morar com seu irmão.-foi tudo o que disse.

–Eu assinei na terça. Ele lhe entregou sem saber que não havia contado a ninguém. Eu vou começar a me mudar na próxima segunda.

–Eu não vou estar mais aqui, então posso ajudar a empacotar tudo e você po-Ele me interrompeu.

–Vai levar a diante essa parte de morrer?

–Sim. –Sorri forçadamente para ele e me levantei.-Bom, já está tarde e eu vou para o meu ap com a Lola.

–Okay.

–Amanhã de manhã eu não trabalho, só a tarde. Ficaremos juntos durante a manhã?

–É, pode ser, tchau-Sai correndo do apartamento dele. Entrei no meu fazendo carinhos na Lola, me deitei na cama de sutiã e calcinha, roxos. Chorei.

–Todos vão embora!-Falei baixinho. –Eu sempre fico sozinha. Por que todos vão embora.

Chorei até dormir.

Sábado

Acordei com meu celular tocando, era uma musica calma, um violino seguido d eum piano.

–Alô?-Perguntei procurando um relógio além do que havia no celular. 10:00.

–Lhe acordei, moça?-Era a voz do Kevin.

–Não, moço-Menti descaradamente e ele sorriu.

–Preciso de um favorzão. Preciso de alguém para almoçar em um restaurante junto comigo.

–Há... okay. Quer que eu ligue para a Janaina?

Ele sorriu novamente, um sorriso rouco vindo do outro lado da linha.

–Boba, mas tem que ser as 11:00, infelizmente não sou liberado as 12.

–Okaay, okay, eu vou tomar um banho, me arrumar e ir ai no hospital.

–Okay. Eu pago.

–Mas..-Ele desligou.

Não me importei muito com a roupa, mas definitivamente não deixaria ele pagar meu almoço.

Usando uma calça jeans clara e uma blusa preta, coloquei o lápis de olho preto e um batom vermelho que destacava-se em meu rosto branco. A sapatilha preta era simples e quentinha, coloquei ração para a Lola e sai do apartamento usando um casaco.

Caminhei devagar pelas ruas, as massas passavam por mim com pressa, indo em um destino já escolhido ou ainda a se escolher, muitos conversavam pelo telefone outros gritavam. Uns seguravam copinhos descartáveis de café, enquanto alguns hippies tocavam uma musica na praça.

Um senhor passou do meu lado e deu um sorriso discreto, ele caminhava na mesma velocidade que eu, sem preocupações e com total desinteresse com o que acontecia ao se redor, logo ele se afastou e nunca mais iria vê-lo.