Two Kingdoms - One Family escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Izabella Salvatore: Oi gente... muitas emoções neste cap. espero que gostem. Segura o forninho ai Geovana...rs



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POV Ethan

Eu estava sonhando estar num lugar lindo, no fundo eu sempre amei jardins assim como minha mãe, às vezes ficar preso naquele escritório com meu pai me dava claustrofobia, me sufocava.

Mas eu estava num jardim lindo, cercado por flores e árvores lindíssimas. Sentia-me no paraíso. Aí bem longe estava a Adelaide, e ela estava chorando com a mão em seu ventre. De repente ela vem em minha direção, um sorriso se abre cada vez maior em meu rosto, logo desaparece quando percebo o início de uma mancha enorme em seu vestido. E vejo em seu olhar uma tristeza profunda, e quando ela se aproxima sinto uma necessidade de abraçá-la. E quando o faço sinto uma dor intensa, e então...

Acordo sentindo uma dor forte em minhas costelas. Parecem fisgadas, não sei definir muito bem. Sinto uma mão quente na minha, olho para o lado e vejo minha mãe, ela tem lindos cabelos vermelhos, ou cor de fogo como diz meu pai, ela está descansando ao meu lado, parecendo estar dormindo.

Tento me levantar, mas logo percebo que há uma agulha e tubos ligados a minha mão, e tem um computador que apita o tempo todo. Foi aí que percebi que eu estava na enfermaria do palácio, mas precisamente numa sala de pós- cirurgia. Mesmo assim coloco minha mão livre onde estou sentindo leves pontadas, e percebo um curativo, quando eu levemente arquejo, minha mãe desperta rapidamente e assustada.

_ Oh Filho! – ela começa a me apalpar. E procurar por um ponto de dor, mas eu seguro suas mãos.

_ Não se preocupe mãe. Eu estou bem. Só doí um pouco aqui. – aponto para o local do curativo. _ Será que os médicos não podem me dar alguns analgésicos porque esta começando a ficar um pouco forte sabe. – digo fazendo uma cara de dor.

_ Eu vou tentar meu amor. Mas por enquanto fique quietinho ai, vou avisar seu pai e seus irmãos que você acordou.

_ Mas mamãe o que eu estou fazendo aqui? O porquê deste curativo?

_ Meu filho você não se lembra do que aconteceu?

_ Eu não sei, me lembro da briga com a Adelaide, e depois conversei com meu pai no jardim. Fui pedir desculpas a ela, por que ela estava na enfermaria, acho que havia passado mal e conversamos, mas quando a abracei, logo depois senti uma dor forte... aqui... neste mesmo curativo. Mãe não me diz que ela que me machucou?

_ Infelizmente filho, tenho que lhe dizer a verdade, a Adelaide num acesso de raiva tentou lhe ferir. Não sei se a intenção dela foi te machucar, ou não... só sei que agora você esta bem, passou por uma cirurgia um pouco complicada.

_ Mas mãe como ela pôde fazer isso comigo...

_ Meu filho... – ela segura a minha mão. _ Ela perdeu o filho dela depois da discussão de vocês, o bebê era muito pequeno. Meu querido eu sei a dor que é perder um filho, eu já perdi outro bebê antes de conseguir ter vocês, foi difícil e doloroso para mim e para seu pai, mas juntos superamos tudo. Mas a Adelaide é nova, e não pensou direito. Prefiro pensar assim.

Olhei para minha mãe e nunca vi tanta sinceridade no seu olhar. Mas isto não diminui o que eu sinto pela Adelaide agora, ela queria me punir, me machucar. Eu a amava de uma forma tão pura, tão imensa e intensa. Tudo bem eu errei, porém ela não podia fazer isso comigo, eu podia ter morrido. Ela não pensou um segundo em mim, ou na minha família.

Arrependo-me da maldita hora que fui lá pedir desculpas para aqueles traidores. Por que com certeza o marido dela ficou ao seu lado, apoiando-a na sua decisão precipitada.

Um tempo depois minha mãe sai. E entram meus irmãos e meu pai. De todos Katrina, é a que parece estar pior com toda a situação, quando me vê percebo certo alivio, em seu olhos. É como se um peso fosse retirado de seus ombros, e ela me abraça tão apertado. Me sinto tão amado e importante.

O médico entra um tempo depois e diz que estou melhorando cada vez mais, porém eu voou ter que ficar mais um tempo em observação. Pelo menos até cicatrizar tudo, e ele tiver certeza de que eu não farei nada fora do recomendado. Como se eu pudesse com as mulheres que eu tenho em minha vida. Minha mãe bem que tentou me dar comida na boca, algo que não aceitei já que sou bem grande, e perto de logo me casar.

~

Passado alguns dias...

~

Hoje era o dia que eu iria sair dali. Finalmente encontrar alguma selecionada, e andar sozinho. E pensar que neste tempo que fiquei aqui o único sentimento que nutri por Adelaide, foi desprezo e magoa. Eu já nem sinto ódio depois de toda a conversa com minha mãe.

POV Adelaide

Eu me sinto muito mal comigo mesma pelo que eu fiz com o Ethan, mas eles têm que entender, que eu perdi um ser que amava, mesmo nunca tendo o visto, e quanto ele era importante pra mim e para o Mozart.

Alias ele estava sendo o melhor marido que eu poderia ter, ficou do meu lado o tempo todo, e não me julgou. Não sei se isto é bom ou ruim.

Às vezes percebo uma tristeza em seu olhar, e quando me olho no espelho posso ver que esta tristeza também reflete em mim. Afinal perdemos alguém que amávamos. Já se passaram alguns dias que Ethan esta na enfermaria pelos boatos ele estava melhor. Apesar de tudo eu ainda gostava dele. Mas o que ele fez, não terá perdão.

Estou andando pelos corredores do palácio, em busca de distração, quando encontro Mozart. Ele sorri para mim. Me aproximo dele e o beijo castamente.

_ Querido precisamos conversar. Podemos?

Ele assente e seguimos até nosso quarto.

Eu me sento de frente pra ele e digo: _ Meu bem, temos que ir embora daqui. As pessoas cochicham quando passo por algum lugar do palácio, jantamos sempre sozinhos ou quando comemos juntos com todos é um silencio mortal. Eu não aguento mais isso. Não me sinto bem aqui. O que acha?

_ Minha Rainha, tenho negócios aqui ainda. Minha conversa com o Rei Maxon não segue adiante. Não progride. Preciso desta aliança, porém se não se sente, mas bem aqui, partiremos em breve então. Basta esperar alguns dias.

_ Meu amor alguns dias é muito tempo. Não podemos ir amanhã cedo. Por favor, entenda minha suplica.

Ele põe as mãos no rosto. Respira fundo e diz: _ Adelaide isto não é brincadeira, não posso simplesmente partir. Acaso se esquece de que temos um país para governar. E que alianças são importantes para nos manter longe de possíveis guerras, e nos ajudam nos negócios. Você não sabe a luta que tive que enfrentar ate agora e sozinho. Por que a MINHA ESPOSA fez uma burrada. Nosso filho ou filha morreu foi uma fatalidade, eu também estou sofrendo, mas tive que deixar tudo isso de lado, pelo bem do nosso país.

Eu já estou chorando, o que ele disse me afetou. Doeu-me, eu sei que ele também sente, mas aposto que não sente como eu.

Mas por ora ele tem razão devemos pensar no país.

_ Tudo bem Mozart, ficaremos. Me desculpe pelo meu rompante. Fui indelicada e burra. Não se repetirá.

Mozart segura o meu rosto entre as mãos se aproxima e diz: _ Meu amor você não foi burra, foi impulsiva. Mil perdões por ter explodido com você, há muita pressão em mim.

E me beija ardentemente. Por alguns breve segundos, não somos Rei e Rainha somos apenas dois jovens apaixonados se reconciliando.

Depois de Mozart ir. Pensei em visitar Ethan e pedir desculpas.

Ao chegar a enfermaria, entro o mais rápido possível no quarto de Ethan, par que ninguém me veja. Assim não me barrariam.

Quando eu chego perto dele, percebo que esta dormindo, e profundamente.

Ele parece tão sereno. E pensar que ele esta aqui por minha culpa. Ao acariciar sua face, percebo o quão mal eu fiz. Deus, ele não tem culpa de nada, do que aconteceu.

Sussurro em seu ouvido: _ Perdão Ethan, eu não tive a intenção de te magoar. Ou te de te machucar desta forma, eu não estava pensando direito.

_ O que você esta fazendo aqui?

Quando olho para trás vejo a Rainha América. Vejo mais do que isso, vejo uma mãe tentando proteger o filho, daquela que um dia quase o levou dela.

_ Eu... eu... Só vim ver como ele estava Tia Meri.

– Não me chame mais de Tia. Para você agora, sou Rainha América. Você perdeu todas as regalias que tinha aqui, menina. Magoou uma família que te amava muito.

_ Me desculpe. Eu não estava pensando. Eu só sentia raiva, e dor, e depois mais raiva. Eu queria culpar alguém, e acabei culpando ele. Afinal eu não teria passado mal se não fosse pela discussão que ele teve comigo, se ele não ficasse ouvindo por de trás das portas nada disso estaria acontecendo. – digo com raiva no final.

Ela se ergue altiva, me empurra de perto do seu filho, que a esta altura esta acordado. Dado os meus gritos. E me olha, como se eu fosse um nada. Seu olhar esta vazio para mim. Oh ceús o que eu fiz.

_ A atitude do meu filho não foi correta, tanto que o corrigimos e brigamos com ele. Mas ele se arrependeu dos seus atos. Foi atrás de você, por compaixão. E quando ouviu ficou com remorso, a culpa que não era dele, o machucou, tanto fisicamente quanto emocionalmente.

_ Mas ele matou o meu filho, meu bebezinho. – digo colocando a mão no ventre.

E ela diz: _ ELE NÃO MATOU NINGUEM. VOCÊ QUE DEVERIA SER MAIS PRUDENTE. SUA ATITUDE FOI ERRONEA E EGOÍSTA, COM UMA PESSOA QUE SOMENTE TE AMOU DEMAIS. QUER SABER ESTOU CANSADA DISSO, SAIA DAQUI IMEDIATAMENTE. NÃO QUERO TAMBÉM MAIS OLHAR PARA A MULHER QUE QUASE LEVOU MEU FILHO.

_ A SENHORA NÃO PODE FAZER ISSO... QUEM MANDA AQUI É O REI MAXON.

_ É por isso que eu acho que você deve se retirar daqui. Minha família não merece presenciar tamanha desobediência, a MINHA ESPOSA, A RAINHA AMÉRICA MANDA AQUI SIM, QUANDO EU NÃO ESTIVER PRESENTE. ELA TEM TANTO PODER QUANTO EU. – Disse Rei Maxon atrás de mim.

Enquanto Mozart ouvia tudo, cabisbaixo. Sinto que o decepcionei mais uma vez.

De repente a Rainha América fala: _ Adelaide só mais uma coisa, saiba que antes de eu conseguir ter as crianças, eu também perdi um filho, eu sei a dor que você sentiu, o que me diferencia é que eu nunca culpei ninguém pela minha perda, eu simplesmente acredito que não era a hora ainda. E aquilo me fortaleceu de certa forma. Você esta indo embora por que machucou parte desta família. E espero que um dia ente da o que estamos fazendo.

Eu assinto ela esta certa. Não posso mais ficar aqui.

Dali a algumas horas eu e Mozart saímos. Ele conseguiu a aliança porem, não por minha ajuda. Só me restava chorar.


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Notas finais do capítulo

E ai? Será que aprovam?