Substituição escrita por VDoug14


Capítulo 3
Sentimentos de Aziza


Notas iniciais do capítulo

Yey! Era pra ter postado ontem, mas tive alguns probleminhas. O próximo sai em breve!



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“Se eles acham que podem me entregar com uma égua, que só serve para procriar e ser montada sempre que o dono desejar, estão completamente enganados! A única coisa legal naqueles babuínos do norte são os machados! Poderia usá-los para... cortar fora a cabeça de quem disser que uma mulher não pode fazer isso ou aquilo!”

Aziza gritava sozinha no salão de armas, era seu local favorito. Lá podia treinar e gritar seus ideais sem medo de censura. Seu pai sempre admirou seu espírito inquieto e a disse uma que as personalidades dos gêmeos tinham sido trocadas, mas que besteira pensava Aziza, uma garote pode agir como bem quiser! O sol logo nasceria e já deveria ter decapitado duas dezenas de bonecos de treino e separado as lâminas mais afiadas para levar consigo para o norte. Aziza tinha uma intuição que o tão sonhado combate, uma chance de mostrar que pode se virar sozinha e derrotar quem fosse estavam próximos, era essa ideia que a mantinha “calma” – ideia essa que Husani ajudou a exaltar em sua mente – mas o que a mmais intrigava era como seu irmão estava tão calmo, embora ele mal comece e suas únicas palavras eram “tenho um plano” ou “já organizei as peças desse tabuleiro”, ele podia ser um palhaço festeiro aos olhos de Aziza, mas ela sabia que ele era um especialista em criar planos malucos – com eficácia até duvidosa em maior parte – e usar as palavras certas, na hora certa.

Correu para se ajeitar para o café da manhã, vestiu seu pijama as pressa e tentou agir com normalidade, mas assim que chegou todos já estavam a esperando, deveria ter passado mais tempo do que imaginou e sua mãe não parava de olhar para seus pulsos, como pode ser tão distraída?! Esqueceu de tirar os braceletes de combate e embora a rainha Sabah nunca aceitasse uma princesa se meter em brigas como um soldado não falou nada, apenas respirou fundo e disse calmamente:

– Quando for fazer algo escondida, preste atenção nos detalhes, eles sempre fazem diferença.

Queria dar uma bela resposta, ela odiava o fato de só porque ser uma garota deveria ser toda delicada e nunca aumentar o seu tom de voz. Ela se sentou na mesa de qualquer jeito e fez questão de se porta como um garoto mal-educado, sua mãe continuou sorrindo, mas seu olhos escondiam uma tempestade. Sabah se levantou e de um tapa na cara de sua filha, todos olharam e a rainha prosseguiu:

– Minha filha você não conhece esse bárbaros como eu. Haja dessa maneira e eles cortaram sua garganta, qualquer sinal de revolta para eles pode ser fatal – seus lábios começaram a tremer e Sabah começou aperder a postura, seus olhos estavam perfeitamente delineados, mas ainda podiam se ver leves marcas de olheiros e olhos inchados de uma noite de choro, mas nem isso parecia quebrar o encanto de sua beleza.

– Eu não pedi por isso! E se for pra morrer que seja com uma espada em punho!

As duas se olharam, ninguém disse nada, voltaram a comer exceto Aziza que deixou o local, Husani foi logo atrás. A procurou por horas até acha-la sentada perto de uma escadaria que levava a uma entrada secreta do salão de armas, outros não a reconheceriam, estava usando um capacete e peitoral de bronze, mas ele sempre sabia distingui-la dos demais. Ele se sentou ao seu lado e tirou o capacete dela, as madeixas foram caindo, seus cabelos batiam na altura do queixo e iam diminuindo conforme ia pra trás, seguindo uma linha diagonal deixando a nuca livre. Husani penteou os cabelos dela com os dedos e a deitou em seu colo, Azia começou a chorar e disse:

– Por que nós? Eu não quero me casar!

– As vezes nós da realeza temos que se sacrificar pelo povo...

– Eu não pedi para ser filha do Grande estupidamente estúpido faraó Amsu.

– Nem eu, mas nem por isso perco a postura. Vamos juntos se lembra? E eu tenho um plano... É só saber se adaptar a situação.

– Como quando derrubou cinco estátuas dos deuses e pôs a culpa naquele babuíno gigante que chamamos de – ela fez uma pausa, simulando vômito – irmão?

Ambos riram e ficaram ali por algum tempo, relembraram histórias e aventuras engraçadas, Aziza até ensinou alguns movimento de combate e Husani lhe ensinou algumas expressões da língua nortenha, ela odiava qualquer tipo de aula, mas quando Husani a ensinava tudo parecia mais simples, menos complicado, ter um irmão gêmeo que te entende mais que qualquer tem lá suas vantagens...

A noite foi caindo, quando a escrava da rainha os chamou, trocou olhares com Husani, ele arregalou os estreitos olhos e a menina se foi. Aziza ficou sem entender a situação até Husani apagar a tocha e dizer:

– Chegou a hora, estamos partindo. Pedi que colocassem alguns brinquedinhos seus entre as bagagens, pronta para morrer de frio?

– Mas como assim? Já?

– Quanto antes partirmos melhor, ainda preciso revisar a língua deles com você.

– Não! Eu nem me despedi de algumas pessoas ou soquei alguns guardas hoje!

– Vamos Aziza. Prometo que deixo você surrar qualquer ladrão que se coloque em nosso caminho durante a viajem.

– Mas... Eu ainda não – foram interrompidos pela guarda especial do faraó que os levou até um grupo de guardas todos a cavalo e uma tenta móvel. Aziza respirou, tinha que ser forte e manter a cabeça no lugar. Quem defenderia seu irmão magrela daqueles homens gigantes tão peludos quando os malditos babuínos?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Não esqueçam de comentar e mostrar pros amiguinhos! Um beijinho pra todos vocês! xoxo



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