Substituição escrita por VDoug14


Capítulo 4
Iminente


Notas iniciais do capítulo

HEYOU! Mais um capítulo depois de séculos! Espero que que o próximo venha logo em minha mente, pois estava me sentindo mal pelo grande atraso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558541/chapter/4

Swen adorava voltar para casa após grandes batalhas, já faziam duas semanas desde o seu regresso, festas de até cinco dias seguidos eram comuns, rodeado por comida e bebida, além de todo o prazer que conseguisse desfrutar. Mas agora, muitos notavam que ele estava cabisbaixo, algo muito sério o incomodava. Até mesmo Deas, olhou diretamente em seus olhos e deslizou os dedos sobre seus largos ombros, ele se virou para a janela ignorando-a, ofendida, ajeitou sua longa trança ruiva que caiam sobre os seios, tocando o umbigo, revirou os olhos e disse antes de voltar ao salão onde todos bebiam:

– Você já foi mais ativo... Onde está aquele garanhão incessável?

– Está de luto por sua liberdade que está prestes a ser tomada – respondeu ainda olhando para o céu noturno.

– Sabe que odeio quando não diz as coisas de maneira clara... – Ela já estava saindo, mas se virou esperando uma resposta.

– Você é uma prostituta, não precisa entender muito além de dinheiro e prazer.

Deas se encheu de fúria, e desejou que não tivesse esperado pela resposta, por impulso pegou o primeiro objeto em cima do móvel próximo a porta e atirou em Swen, que o acertou em cheio na cabeça. Ele caiu da cama e colocou as mãos na cabeça sentindo um corte que acabara de ser feito. Deas bateu a porta com tudo e ele se sentou encostado na parede.

Após algum tempo Yves abre a porta, andava cambaleante, estava quase nu e só o cheiro de bebida era suficiente para embriagar uma criança, ele se sentou ao lado do amigo e disse em meio a soluços:

– Que festa! Moças tão belas! Muitas nem conheço e tenho certeza que amanhã acordarei com pelo menos três aos pés da cama e outras duas comigo!

– Aproveite enquanto você ainda pode... Quando eu me casar, meu pai vai fazer questão que eu vire o exemplo de marido para o povo, quanta hipocrisia! – Soltou um urro de dor e tentou se levantar, mas sentiu-se tão tonto que caiu em cima do amigo embriagado. Eles se olharam, mas estavam tão bêbados que adormeceram ali mesmo.

Pela manhã ambos foram acordados com um balde de água bem gelada, em seguida as moças jogaram os baldes em cima deles e recuaram, quando se levantaram viram Yvett sentada na cama observando os dois com um sorriso maldoso. Quando Yves viu que estava quase nu e com Swen realmente nu em cima dele, suas sardas desapareceram fundidas ao vermelho de seu rosto. Deu um soco no peito de Swen que rolou para o lado, mas antes que revidasse Yvett interferiu:

– Por que estragar um momento tão lindo desse casal tão belo? – Ela ria debochadamente, pegou as roupas dos dois e as jogou sobre eles – Não querem chegar atrasados a primeira reunião do mês, querem? Em dias sua noiva chegará Swen, e Yves, como amigo, ou mais do que isso – ela fez uma pausa dramática e começou a rir, os dois trocaram olhares e se levantaram num pulo, entraram no banheiro e começaram a se vestir – Bem, estarei lá em baixo esperando vocês saírem... Mas que prostibulo imundo vocês escolheram dessa vez!

Swen e Yves começaram a rir um do outro enquanto se trocavam, o príncipe contou a seu amigo o que se lembrava da noite anterior e Yves completou com o que lembrava e a conclusão, não faziam ideia do que aconteceu.

Depois que desceram, a luz do sol quase os cegou, subiram nos cavalos e quase caindo enquanto Yvett ajeitou seu vestido verde como folhas de oliveira, Swen não parava de olhar seu rosto, com as maças do rosto bem coradas, um sorriso travesso e olhos doces, um contraste apaixonante. Yves deu um tapa na cabeça de Swen que quase o derrubou, o ferimento ainda estava aberto, mas mesmo assim Yves sussurrou para seu amigo:

– Tire os olhos da minha irmã meu amigo, já conversamos sobre isso e agora você está a dias de ser um homem casado.

Swen não respondeu, apenas seguiu em frente. Desde sempre fora apaixonado por Yvett, aqueles cabelos castanhos cor de avelã eram sempre perfeitos, sem contar os seios fartos e curvas perfeitamente esculpidas, e quanto mais o irmão dela proibisse, mas vontade ele sentia de toma-la para si. Pedi-la em casamento? Já pensara muitas vezes, mas era só a primeira donzela virgem passar em sua frente que seu foco desaparecia, e era isso o que Yves temia, por mais que Swen fosse um bom guerreiro e de linhagem nobre muito antiga, não queria que sua irmã fosse apenas mais uma na longa lista de conquistas.

No castelo o Rei Axel coçava sua longa barba loura, sua esposa tocava harpa para os nobres convidados esperando o príncipe que já estava muito atrasado. Muitos cochichavam enquanto os gêmeos mais novos corriam pelo salão atrás dos filhos dos serventes e outras crianças nobre com machados maiores que eles. A rainha não tirava os olhos deles, conhecia seus pestinhas, e sabia que essas brincadeiras sempre acabavam mal, mas o pai sempre dizia que eles deveriam se virar sozinhos, e que não havia melhor jeito de aprender lidar com uma amputação era sofrendo uma, que péssimo humor para um rei. O grande problema é que Axel não estava tão preocupado com o atraso de seu filho, mas sim com os nobres ali, sabia que muitos ali desejavam seu trono e já tramavam contra ele a algumas luas, e a guerra com os helênicos só parecia piorar a situação e aumentar a tensão, as atitudes imprudentes de seu filho só tornavam o desafio de manter tudo em ordem mais difíceis, e suas habilidades em batalha tinham seus méritos, mas não acalmavam aqueles velhos gananciosos.

O trio chegou logo em seguida, ajeitando as vestes enquanto os servos abriam a grande porta de madeira negra com inúmeros ursos entalhados na porta, quando Swen ia se sentar ao lado de Yvett, Yves lhe deu um nada discreto empurrão, ele tropeçou sem jeito e sentou sorrindo na próxima cadeira, os velhos expressaram sua indiferença a presença dos jovens. Axel se apoiou a mesa, olhou para todos e abriu a boca lentamente, sua voz era grossa como um trovão, e tão alta quanto. Deu uma gargalhada e disse em bom som:

– A princesa dos egípcios chega em alguns dias! Comecem os preparativos para recepção, meu filho está muito contente em servir de ponte para essa aliança. O poder dos nórdicos prevalecera, vamos vencer os helênicos e tomar seu território!

Todos aplaudiram e levantaram seus copos cheios de hidromel, a comida começou a ser servida e o Rei Axel sentou em sua cadeira, sua esposa foi ao seu lado e se sentou no braço do assento, onde a cabeça de um lobo de prata olhava furiosamente para o outro lado da sala. Um dos velhos interveio:

– Certo, certo, certo! O inverno está chegando! Quando vamos começar os preparativos? Só pensa em festas, mas esquece que estamos em ano de inverno prolongado.

– Já tenho planos quanto a isso, apenas não achei necessário compartilhar – disse Axel enquanto mastigava um grande pedaço de carne mal passada.

– Pensei que fôssemos um conselho... – o velho de barba cinza cuspiu no chão, a Rainha lhe lançou um olhar repugnado e ele apenas exibiu seus dentes amarelados num sorriso forçado. Axel ignorou a provocação, moveu a mão em sinal de “próximo” e outro homem, baixinho, mas muito encorpado, vestido de couro negro e peles de lobos brancos sobre si que o deixavam mais largos se levantou dizendo:

– Nosso ultimo ataque foi um completo fiasco, parece que os helênicos estão reforçando suas defesas, sugiro que monte o melhor o grupo e façamos o maior estrago que conseguimos! – Ele berrou e bateu o copo na mesa, derramando metade do conteúdo.

–Eu poderia ir meu pai! Garanto que sairíamos vitoriosos! Eu partiria hoje mesmo! – Disse Swen mais alto do que deveria, todos olharam para ele – Se eu não tivesse um casamento tão importante, pelo qual estou tão ansioso, mas creio que Yves lideraria sem problemas...

– Eu?! Mas... Como? É... – o pobre rapaz só pode aceitar e se encolher em seu acento, o rei os olhou ponderando a ideia, mas nada respondeu pois os gêmeos acabavam de derrubar uma grande estátua, o que o deixou muito furioso – estátuas dos deuses eram coisas preciosas e raras na cidade- se levantou pronto para dar uma punição a altura nos garotos quando a visão que teve pela janela o fez arregalar os olhos e virar de uma vez com um grande berro:

–EM POSTOS! ESTAMOS SENDO ATACADOS!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será que virá em seguida? Quem provocou esse ataque? Teremos nossas primeiras baixas?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Substituição" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.