O Cupido escrita por Biacoscrato


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Obrigada aos meus leitores, e aos meus amigos



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Minhas últimas lembranças de Josh eram nossas saídas ao parque, nas noites de inverno. Ele ficava segurando minha mão à noite inteira, dizendo que eu iria passar frio, ou que me congelaria inteira. Eu falava que estava bem, e quente. Mas ele discordava e sempre falava que eu era magra, e linda, e que isso atraia o frio. “Ele gosta do calor humano, mas não só o calor corporal. Ele rouba o calor de sua alma, e de seu coração. O frio é ruim Sophia, e eu o odeio. Não quero que você se esfrie, e vire como ele. Amargo e duro.”

Eu nunca entendia essas palavras, mas adorava o jeito que ele as dizia. Parecia conviver com aquilo, e viver repetindo-as sempre. Eu o amava por esse, e vários outros motivos.

Mas quando Alex chegou aqui, dizendo que havia encontrado Josh, me deixou totalmente elétrica e desperta. A ideia de que eu voltaria a vê-lo me deu calafrios e quase desmaiei. Mas me segurei. Precisava saber onde ele estava.

–Como assim Alex?- Eu digo surpresa- Você achou o Josh? Mas onde ele está? Como ele está? Ele está...

–Sophia se acalme- Ele diz com uma voz calma- Sente-se, vamos conversar.

Fiquei em pé, parada de boca-aberta. Ele tinha encontrado Josh, e estava pedindo para eu ficar calma? Isso era quase impossível.

Fui até a cozinha e peguei um bule de chá, e duas xícaras pequenas. Eram de cerâmica, e minha vó as fez. Tinha lascado a ponta de uma, mas tirando isso, ela estava intacta.

–Chá!- Ele diz sorrindo- Estava com saudade de chá.

–Você não toma chá?- Eu digo surpresa.

–Não tomamos muito onde eu moro- Ele diz- Aliás, aonde Josh mora também.

–Me explique tudo Alex- Eu digo nervosa- Não quero segredos.

–E não haverá- Ele diz sorrindo e enchendo a xícara de chá.

Há muito tempo atrás, existia uma lenda. Lendas urbanas? Não. Aquela era uma verdadeira lenda, porém, nunca descobriu para quem ela era. Entretanto, há dois meses, descobriram para quem ela era, e a resposta foi seu namorado.

Nós tentamos descobrir mais segredos dele, e encontramos obviamente. Seu namorado é um completo assassino, e é considerado aqui nas delegacias como Serial Killer. Ele mata pessoas Sophia. E as corta em dois pedaços, e ainda escreve em sangue –As pessoas precisam encontrar sua cara metade. Sempre foi assim- E as deixa na grama, ou em algum local público. Temos certeza de que ele quer atenção, e mostrar quem é que manda. Por isso a lenda.

A lenda conta que quem conseguir matar mais de mil pessoas a faca, porém, por uma causa nobre, e não só por diversão, irá conseguir seu maior desejo. E bem, Sophia, achamos que o desejo era você.

Ouvi tudo com atenção. Meu namorado, um assassino? Ele não era um assassino! Ele era um dos mais amorosos namorados, e um dos mais queridos. Eu o amava, e ele me amava. Mas continuei escutando o que Alex falava.

Por isso eu vim aqui. Precisavam de que algum policial ficasse de olho em você e te protegesse. Era para Roger vir aqui, porém eu me ofereci porque sabia que era você. E bem, eu sou o mais novo da tropa, e poderia muito bem me infiltrar na faculdade e cuidar de você.

Eu finalmente consegui o que queria. Cuidar de você e te proteger. E quando soube disso, percebi que era o mais certo a fazer. Sei que deve estar se perguntando, Meu namorado não é um assassino! Ele me amava! Mas Sophia, seu namorado tem índices para ser um assassino, e as pesquisas comprovam isso.

–Mas Alex... Ele não pode fazer isso comigo- Eu digo gaguejando- Ele me mataria, ou me estupraria. Não me amaria, não é verdade?

–Assassinos, ou psicopatas possuem um sentimento de amor muito forte- Ele diz tomando um gole de chá- Sophia, você é o desejo dele. Não o pesadelo. Ele nunca quis te ferir, só te amar. Mas ele ainda mata pessoas, por uma causa maior. E temos quase certeza que é você.

–Eu... Não estou me sentindo bem... -Eu digo me segurando na poltrona- Acho que vou...

E de repente o mundo virou de cabeça para baixo e escureceu.

Sempre conseguia dominar meus sonhos, e ver só coisas boas, e felizes. Não foi esse o caso.

Acordei em uma colina, e lá em cima havia um garoto em pé. Só havia uma silhueta esbelta, e bonita. Com os cabelos ao vento, e ele parecia sorrir, mesmo não dando para enxergar.

Subi a colina e vi quem era. Josh. Corri para abraçar aqueles braços carinhosos, mas ele me empurrou e riu. Cai no chão e cortei minha mão em uma pedra. Olhei de baixo para cima e vi seus olhos brilharem de ódio. Ele segurou meu cabelo e me levantou. Depois que fiquei em pé, minha cabeça doía e minha mão latejava, ele se aproximou de mim e me tocou. Foi de meu rosto, e desceu pelo meu pescoço até chegar a meus ombros. Depois com as duas mãos, ele desceu até meus seios, e os apertou delicadamente. Minha cabeça ainda doía, e eu não sentia minhas pernas. Ele desceu as mãos até minha cintura e depois em minhas coxas. E eu não sentia nada, só a dor de cabeça. Depois ele foi subiu as mãos novamente, e me beijou. Não foi um beijo de amor, mas sim de ódio. Ele me beijava e me mordia, além de arranhar meus braços. Não tinha forças para empurrá-lo, e cai no chão. Quando acordei, havia um bilhete ao meu lado, na grama verde da colina.

Por mais do que aconteceu agora, eu te amo Sophia. Você é a minha vida, meu tudo. Não me troque por um policial que você acabou de conhecer, ele não vale a pena.

Além disso, um recado a você e para ele

Estou chegando.

Guardei a carta no bolso da blusa e fechei os olhos. O mundo se escureceu novamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado meus amores



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