O Cupido escrita por Biacoscrato


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Leitores! Meus amados leitores. Sempre tenho que agradecer vocês por tudo. Claro, sem vocês eu não sou nada. Espero que estejam gostando!



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Josh era a morte. E Alex a vida. Como eu poderia me dividir em duas, há algumas semanas atrás? Eu preferia a morte à vida. Preferia viver ao lado de alguém que me encarava como um prêmio, do que alguém que acha que é uma honra viver ao meu lado.

–Sophia- Alex diz sorrindo- Você... É perfeita.

–Você também- Eu digo meio tonta. Era esse o efeito daquele copo com vodca então. Bom saber.

–Você está bêbada?- Ele diz surpreso

–Mais ou menos- Eu digo rindo- Talvez só um pouco.

Ele riu e depois segurou minha mão.

–Que bom que está assim- Ele diz- Diversão e depois trabalho. Lembre-se, amanhã...

–É o treinamento- Eu digo sorrindo- Já sei.

Alex se levanta e vai até Pedro. Fiquei sorrindo sozinha enquanto ele saia. Fiquei praticamente no “vácuo”.

Tive um pequeno tempo para pensar até que Alex voltasse. O que iria ser da minha vida? E onde Josh estava? Se ele estava morto, como ele sobreviveu? E o que eu tenho a ver com a profecia, além de poder machucá-lo em suas alucinações? Eu realmente não sabia de nada.

–Sophia precisamos ir- Alex diz se aproximando- Pedro me disse que encontraram vestígios de Josh. Ele pretende passar a fronteira, e não podemos deixar que isso aconteça.

–Como o acharam?- Eu digo me levantando. Minha cabeça começa a doer- Preciso de um remédio. Urgentemente.

–Tudo bem So- Alex diz pegando alguns comprimidos do bolso- Tome eles no carro. Agora precisamos ir.

Alex segura minha mão e vamos correndo até o carro. Abro a porta e me sento. Prendo o cinto. Depois, Alex acelera, e Pedro o segue com o outro carro.

Passamos pelas avenidas principais, e fomos até a fronteira. Alex parecia tenso, e eu realmente descobri como era ser um policial. Não era uma diversão, e sim um risco. O seu próprio risco de vida para proteger a dos outros. Que nesse caso, a minha vida era a principal.

–Sophia- Alex diz- Você precisa me prometer algo.

–Fale- Eu digo

–Me prometa que não vai sair do carro- Ele diz- É muito perigoso e não quero te afetar. Nem quero que você se machuque.

–Mas Alex... Eu quero ir atrás dele- Eu digo- Não quero ficar parada.

–Me prometa Sophia- Ele diz tenso- Me prometa. Não quero que você vá.

–Eu... Prometo- Eu digo- Não saio do carro.

–Ótimo- Ele diz aliviado- Pronto. Chegamos.

Estávamos em um lugar pouco iluminado e vazio. A fronteira era entre Los Angeles e o México. Havia muita poeira e areia no local, e eu respirava com dificuldade. Alex desceu do carro e vestiu o uniforme. Ele carregava uma arma em seu bolso, e usava um colete a prova de balas.

–Eu vou até o posto policial- Ele diz- Talvez eu consiga o localizar. Fique aqui e se proteja. E não importa o que aconteça não saia do carro. Você prometeu.

Faço um sim com a cabeça e depois abaixo os olhos. Talvez eu esteja mentindo para ele, pensei. Eu não conseguia me dominar às vezes. Eu nem pensava no que eu iria fazer, só no que estava acontecendo. Se Alex fosse atingido, nem sei o que iria fazer. Eu até poderia sair do carro e pular em cima de Josh talvez.

Eu abaixo a cabeça e espero. Espero tudo isso passar, espero tudo isso parar. O remédio já estava fazendo efeito e minha cabeça já estava melhorando. Alex. Eu só pensava nele. Espero que esteja tudo bem com ele agora.

Escuto um carro se aproximando e depois parando. Levanto a cabeça e vejo um policial se aproximando da janela. Não consigo reconhece-lo. Até que ele leva um tiro do motorista e cai no chão. Meu coração acelerou e começo a me desesperar. Aquele poderia ser o Alex! Vou para o banco de trás do carro, e consigo ver vários policiais saindo do posto e indo para aquele carro. O motorista começa a correr, e eles o seguem. Nenhum tinha parado para ver o policial. Não aguentei mais.

Peguei uma arma escondida no carro e um colete a prova de balas extra e sai do carro. Fui correndo até o policial e vi seu rosto.

Uma onda de alívio passa por mim e percebo que não é Alex, nem Pedro. E depois sinto um pouco de remórcio. “Eu estou aliviada por ver alguém morrer?”. Afasto esses pensamentos da cabeça e corro até aquele motorista. Se fosse Josh, eu iria me vingar pelo o que ele fez comigo. Não importa o que acontecesse.

Desço o morro onde Alex saiu correndo. A arma estava em minhas mãos e eu sentia como ela era fria. A dor e o gelo de uma morte era o que ela me passava. As balas estavam carregadas, e eu preparada para solta-las. Enquanto eu descia, o vento passava entre meus braços e bagunçava meus cabelos. Eu me sentia mais livre, e mais feliz. Esse era o meu destino, e eu iria escolhê-lo. Nunca me senti tão bem em minha vida.

–Muito bem- Eu digo com uma voz baixa- Eu estou chegando. Estou com uma arma. Eu vou matar aquele desgraçado.

Escuto tiros, e vejo o grupo de policiais. Alex era o líder, e comandava o esquadrão. Todos estavam mirando em uma pedra, em que alguém se escondia. Alguns tiros perdidos saiam da pedra, e eles logo se protegiam. Me aproximei devagar, e depois me juntei ao grupo de policiais.

–Sophia!- Alex diz nervoso- O que está fazendo aqui?

–Eu vim... Porque quero atirar nele- Eu digo confiante- Me enquadre no esquadrão. Arrume uma posição para mim, e eu irei te obedecer.

–Sophia... –Ele diz me segurando pelo braço- Volte. Agora! Para o carro!

–Não!- Eu digo nervosa- Não vou fazer tudo o que você quiser! Eu cuido de mim mesma há anos e não vai ser um policial metido que vai me fazer mudar!

Nessa mesma hora, alguém sai da pedra a vai caminhando até nós. Ele se aproxima de mim e depois sorri. Um sorriso malicioso.

–Sempre assim não é?- Josh diz passando a mão em meus cabelos- Teimosa, mas confiante.

Olho surpresa para ele e esboço um sorriso malicioso. Quem ele pensava que era para falar comigo assim?

–Claro que sou Josh- Eu digo o abraçando- Você me conhece tão bem. Você voltou.

–Sempre soube que você voltaria pra mim- Ele diz me abraçando fortemente- Sempre soube.

Nesse momento Alex olhava para mim incrédulo. Ele parecia estar com o coração quebrado, e totalmente triste. Foi aí que coloquei meu plano em ação. Peguei a arma e mirei em sua cabeça. Depois, um tiro. Sangue escorreu em minhas mãos e eu o soltei no chão.

–Agora você acredita em mim Alex?- Eu digo.

Ele olhou para o chão e encarou Josh. Depois veio até mim e me abraçou.

Ele acreditava em mim agora.


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Notas finais do capítulo

Meta: 30 Capítulos



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