Best "Just Friends" escrita por Juliet


Capítulo 2
Navio e sujeitinho.




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Elena vinha descendo as escadas com dificuldade levando as duas malas pesadas que quase não fecharam quando parou para encarar um Damon sentado no sofá sem fazer nada mexendo no celular, pegou uma moeda que tinha perdida no bolso da calça e jogou em sua cabeça, ele olhou para os lados bravo até que lhe enxergou, os dois riram e quando ele estava prestes a pegar uma de suas malas quando foram bruscamente interrompidos.

“DAMON! Estou pronta vem cá me ajudar com as malas.”

“Desculpa, mas acho que vai ter que levar sozinha, mas pensa pelo lado bom, você tem duas malas, eu não faço nem idéia de quantas coisas a madame está prestes a me por pra carregar.” Ela o cumprimentou e fez um gesto com a cabeça para que ele subisse; quando finalmente terminou de descer ouviu movimentação na cozinha o que indicava que os pais estavam ocupados, puxou as alças e levou as malas até o reboque, já estavam lá as malas da mãe, do pai e da bebê então pôs as suas e fechou-o. Entrou no carro mas alguma coisa ainda lhe perturbava, a sensação de ter esquecido alguma coisa.

“Puta merda!” Desceu do carro correndo e adentrou a casa, é claro, o pai havia pedido para que depois que ela se arrumasse acordasse a bebê e a pusesse no carro. Abriu a porta com força e lá estava Hope chorando no bercinho.

“Tudo bem, tudo bem, você me perdoa?” Olhando fundo nos olhinhos azuis lindos dela que agora sorria com a mãozinha na boca, ia saindo da soleira da casa quando viu Damon contando as malas no seu carro.

“Cinco, seis, sete e a minha, ok acho que está tudo aqui.”

“Falando sozinho?” Se aproximando “Meu Deus de quantas malas essa garota precisa?”

“Do suficiente pra todo o guarda-roupa.”

“Ok, vou entrar com ela até.”

“Até” Sorrindo, god que sorriso é esse?

Todos prontos encostou a cabeça no vidro do carro e permaneceu fitando o céu; assim como quando era menor, era como se lá em cima, estivessem guardadas as respostas para todas as coisas.

***

Malas embarcadas entraram juntos no navio, o salão central, era lindo, muito luxuoso, ela olhava pra tudo, cada detalhe, parecia um filme e mesmo tentando esconder isso de Damon ele não pode deixar de notar o que lhe fazia sorrir, fora que ali com certeza ninguém os incomodaria, o que era uma boa coisa já que ela não estava nem olhando pra cara da mãe, seu pai e Katherine não se importavam de ficar com Isobel enquanto Elena estava com Damon. Elas nunca deram certo, era arriscado para todas as partes elas duas juntas. Hope estava sob os cuidados de Katherine que não era muito maternal, com certeza Hope era a coisinha de quem Elena mais sentia falta quando estavam brigadas. Era como se fosse ontem que ela havia chegado para a família.

Flashback on

Era uma noite calma de verão, os grilos cantavam alto e estavam todos ao redor da fogueira nos fundos de casa assando marshmallows, Katherine ainda não estava namorando Damon e era engraçado quando Elena os encontrava se agarrando em algum canto. Ela foi entrar em casa para buscar mais um saco do doce quando ouviu alguém bater a porta.

“Rebekah, oi.” Surpresa.

“Lena você pode chamar o seu pai por favor?”

“Claro entre.” Elena fechou a porta a deixando na sala e foi chamar seu pai. A família de Rebekah era uma velha amiga de seu pai e desde pequena ela é acostumada a receber raras visitas dos Mikaelson, e como eles não envelheciam. Depois que ficou amiga de Damon tudo ficou muito claro, até a estranha ligação que ele tinha com esta família, mas não seria bom se a caçula intrometida soubesse desses assuntos muito menos que seu pai desconfiasse que seu futuro genro é como seus amigos.

“Rebekah quanto tempo, o que lhe trás aqui?” Diz Alaric entrando na sala e indo abraçar a mesma. Ela aponta para o cesto ao lado do sofá, ele olha e tira um lindo bebezinho de olhos azuis, faz sinal para que Elena saia da sala e os dois passam um longo tempo conversando. Mais tarde ele aparece no jardim com a criança.

Flashback off

Elena continuava olhando pra tudo querendo guardar cada momento, mas agora menos entusiasmada e Damon a seguia parecendo um guarda costas, todo de preto como sempre. Sentaram em uma mesa elevada, ficava em cima de um tipo de camarote. Ele tirou um cantil de whisky de alumínio do bolso interno da jaqueta e ela ia contando sobre como havia gostado do lugar quando sua voz simplesmente parou, olhava descrente um grupo que se aproximava da mesa. Alguns amigos antigos seus, Vítor, João Vitor e Joey. Os dois primeiros a cumprimentaram e seguiram seu caminho, então o último loiro dos olhos claros, Joey a abraçou muito forte, tirando seus pés do chão e a rodopiando retribuindo o olhar de descrença e saudade. Damon olhava tudo com atenção, ciúmes. Ele olhou para Damon e o cumprimentou educadamente, e como resposta Damon ergueu o cantil dando um sorrisinho visivelmente sarcástico. God como Elena ama aquele sorriso, balança a cabeça tentando orientar as idéias e prestar atenção no que Joey perguntava.

Quem é esse sujeitinho? Ou melhor, quem era ele? “Que saudade de você.” “Lembro dos velhos tempos.” “Eu ainda sei fazer aquele sanduíche e blá blá blá...” Está me dando enjôo vê-los assim e meu Whisky acabou.

“Acho que deveríamos ir nos arrumarmos para o jantar certo?” Bruscamente Damon interrompeu as quase duas horas de papo, ele que até então não tinha pronunciado uma vírgula.

“É melhor obedecer o guarda costas se não você vai se dar mal mocinha” Joey sussurrou divertido ao seu ouvido.

“Ok, te vejo por ai.” Sorrindo e aceitou o braço de Damon, os dois saíram entrelaçados sem dar uma única palavra até o corredor creme com tapetes de veludo azul escuro.

“Eu pareço tanto assim seu guarda costas?” O que a fez rir descontroladamente.

“Claro que não.” Lhe dando um beijo na bochecha, mas ele não mudou a expressão de bravo, andaram mais um pouco então ela parou a sua frente e colocou as mãos em seu peito fazendo-o a encarar.

“Por que você está assim?”

“Nada.” Aquilo deu um estalo em sua mente, ele estava com ciúmes? Isso não era certo.

“Vai pro seu quarto se arrumar, é aquele ali.” Apontando para a porta dourada opaca com um número 206. “Eu vou me arrumar, mais tarde Kath te busca.” A entristeceu ser ela quem vai lhe buscar e não ele, porque ela estava assim? Seu coração acelerou, os lábios frios e macios dele depositaram o melhor beijo de todos em suas mãos. Sentiu ambos estremecerem, fechou os olhos e quando abriu ele já não estava mais lá.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.