The Dark Secret escrita por Lala


Capítulo 8
Birthday Party: Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Hello People do meu coração! Demorei muito mas voltei com a parte 2 e em breve voltarei com a parte 3. Isso mesmo que vocês leram. Vai ter parte 3, sim! Quero agradecer à todas as pessoas que mesmo com a história parada fizeram com que o número de visualizações pulasse do 650 para 733 e que o número de favoritos e acompanhamentos crescesse também. Vocês são demais! Beijos e até as notas finais.



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                      Stephanie's P.O.V

Creio que hoje será um dia cheio de surpresas. A primeira foi o bolo de aniversário na cama; a segunda foi o colar que ganhei de Enrique; a terceira é o presente que Armando disse que estava à minha espera no primeiro andar da casa. Será que talvez possa haver uma quarta surpresa esperando-me mais tarde? Só Deus sabe.

Logo depois que nos reunimos na sala de jantar, a única coisa que se percebia era a movimentação fora do comum dentro de casa. Meus pais, Enrique e Tia Maria revirando loucamente a casa toda em busca de um isqueiro para acender as velas que estavam no bolo. Meus irmãos, Isa, Alex e Carla discutindo entre si para saberem quem ia receber o primeiro pedaço de bolo e Armando... Meus olhos perderam-se na grande sala de jantar procurando pelo homem loiro até que recordei-me que ele fora o último a descer as escadas e, provavelmente, foi quem atendeu a porta quando a estridente campainha tocou. Mas já haviam se passado mais de uma hora desde que Armando saiu pela porta. Acho que era a Sra. González quem havia tocado a campainha com mais uma de suas desculpas para fazer Armando ir até sua casa. Ela era a típica vizinha solteirona que dava em cima do cara bonitão do bairro, no caso Armando. Algo que eu não podia deixar de concordar com a Sra. González era de que, realmente, Armando era um homem muito atraente e charmoso. Mas mesmo assim, só tenho olhos e coração para o meu Enrique.

— Achei! — exclamou minha mãe, levantando os braços em sinal de vitória porque conseguiu achar o isqueiro que estava procurando por toda a casa. — Vamos cantar o parabéns para Stephanie.

— Não, Mãe! Temos que esperar o... — nem terminei de falar e o loiro passou pela porta da sala de jantar em silêncio e logo depois arrastou a cadeira para sentar-se à mesa. — É, agora não temos que esperar mais. — completei.

— Então já que não precisamos mais esperar o Armando, creio que podemos cortar o bolo, não? — disse meu pai.

— Sim. — respondeu Armando.

Todos cantaram parabéns animadamente para mim, com direito a todos os “com quem será “ ou “vou comer o seu bolo” possíveis enquanto eu estava me apressando em fazer meus desejos antes que as velas apagassem definitivamente.

Logo depois cortei o bolo com a ajuda de minha mãe. Meus irmãos, Isa, Carla e Alex ficaram desapontados ao verem que não ganharam o primeiro pedaço, mas logo se esqueceram da disputa quando saborearam o delicioso bolo de chocolate com morango assim como todos os outros fizeram.

Todos terminaram de comer e cada um foi fazer suas coisas, inclusive eu. Hoje será um dia longo. Eu e as meninas tínhamos marcado uma hora no salão de beleza para fazer a maquiagem, as unhas e os cabelos. Queremos ficar maravilhosas para a festa a fantasia que nos aguarda na Safe Club.

                                 XXXX

— Pensei que você fosse vestida de Chapeuzinho Vermelho. — Armando estava encostado no batente da porta com uma expressão divertida no rosto que parecia achar graça da minha fantasia versão sexy de Bela do filme da Disney “A Bela e a Fera” enquanto eu estava admirando-a em frente ao espelho.

— Ah não, Armando! Ir de Chapeuzinho Vermelho é muito comum. Prefiro ir de Bela, a minha princesa favorita. — respondi.

— O Enrique vai de Fera pra combinar com você? — Armando soltou uma gargalhada debochada.

Às vezes, Armando me irrita com a forma como trata Enrique. Com desprezo e ignorância. A família toda sabe que eles não se dão bem.

Segundo Isa, Armando é o problema. Ela sempre me dizia que achava que Armando era apaixonado por mim e que ele não gosta de Enrique por ciúme. Mas acho que tem algo por trás disso. Eu só não sei o que é.

Armando sabe ser educado e gentil com as pessoas. Menos com Enrique.

— Não, ele vai de vampiro. — dei um sorriso em sua direção. — E você vai de quê? — perguntei.

— Não dá para perceber qual é a minha fantasia? — ele apontou em direção à sua roupa.

— Sinceramente, não. Pra mim, você só está vestido com um fraque e uma capa preta. — respondi.

— Estou de Fantasma da Ópera, Stephanie. — levei meu olhar até o seu belo rosto e vi uma máscara branca cubrindo o lado direito.

— Eu nem tinha percebido. — expliquei começando a gargalhar ao ver a cara que Armando fez na hora. — Enfim... Você pode colocar em mim o colar que ganhei de Enrique, por favor? — ele se aproximou de mim, pegou o colar que estava em minha mão e pôs em meu pescoço. Perfeito. Era a melhor definição para esse colar.

— Pronto! — disse. — Tenho que reconhecer que aquele cara tem bom gosto.

— Ele tem sim. E não é “aquele cara”, é Enrique, Armando, Enrique! — o repreendi.

— Está bem. — revirou os olhos. — Enrique. — Armando pronunciou o nome com certo nojo.

— As meninas já estão prontas? — perguntei enquanto me maquiava e tentando mudar de assunto para evitar que se instaurasse um clima pesado entre eu e Armando.

— Sim. Elas só estão te esperando. — respondeu.

— Ok! Acho que já estou pronta. Como estou, Armando? — virei de frente para que ele pudesse me ver melhor do que no espelho.

— Você está linda, Stephanie! — disse. — Já que você está pronta, creio que podemos descer agora, não? — perguntou.

— Podemos, mas vou precisar de uma ajudinha para descer as escadas. — respondi apontando para os meus pés e Armando logo percebeu que eu precisaria de ajuda por causa do sapato de salto alto que eu usava e que aumentava consideravelmente minha altura.

Coloquei meus braços cruzados aos de Armando para conseguir me apoiar no salto e seguimos em direção à escada que fomos descendo com cuidado para eu não escorregar. Estávamos na curva da escada quando já pude avistar Isa, Sol, Carla, Mari e Ari vestidos com suas respectivas fantasias. Eu e as meninas combinamos de irmos para a festa vestidas com as versões sexy das roupas das princesas da Disney. Mari foi a única de nós que não quis ir de princesa, pois preferiu ir de bruxa. Isa estava de Aurora, Sol de Mulan e Carla de Cinderela. Já meu irmão estava fantasiado como o príncipe da Cinderela, assim formando um par com sua namorada.

Eu e Armando pisamos no último degrau com cautela para que eu não desse um passo em falso e caísse no chão.

— Finalmente, Stephanie! — exclamou Isa. — Você estava demorando muito para se arrumar.

— Me perdoem. — disse. — Eu me distraí enquanto estava vestindo a fantasia.

— Maninha, tenho que reconhecer que você ficou uma gata com essa fantasia. Enrique vai ter muito trabalho com você hoje. — disse Ari aos risos. Provavelmente, ele deve estar imaginando como Enrique ficará morrendo de ciúmes por causa do vestido curto.

— Você está linda mesmo, Teph! — admirou Carla. Eu e Carla éramos amigas desde o ensino médio e confesso que me surpreendi quando descobri que ela e Ari estavam namorando, o que tornava ela, além de amiga, minha cunhada.

— Stephanie, você tem que dar uma voltinha para vermos a sua roupa. — disse Isa com um sorrisinho malicioso pegando em minha mão e me girando em 360 graus para ver como eu estava.

— Cadê Francisca, Augusto e Maria? — Armando perguntou olhando ao redor do hall de entrada procurando por meus pais e minha tia.

— Já que a Thay não pode entrar em uma boate, eles resolveram levá-la ao cinema. — explicou Sol. — Ah Stephanie, o Enrique ligou para avisar que vai nos encontrar lá às 20h30min. E esse aqui é o seu convite e o do Armando. — Sol me entregou dois envelopes roxo com glitter.

Olhei para Armando e o vi revirando os olhos quando escutou Sol falar de Enrique. Ele ia falar algo. Tenho certeza disso.

— Armando, não começa! — sussurrei em seu ouvido, apertei seu braço musculoso com toda a força que eu tinha e dirigi um olhar repreensivo em sua direção.

— Acho que já podemos ir, não? — perguntou Ari ao perceber o olhar que dirigi à Armando.

— Podemos. — respondi.

                                       XXXX

O caminho até a festa na Safe Club teve seus momentos relativamente calmos contando com a cantoria dentro do carro por parte de Isa e Carla fazendo um dueto desafinado, Mari e Sol mexendo em seus celulares, e eu com a cabeça encostada na janela do carro em um momento pensativo e logo de admiração quando percebi que a Cidade do México — a cidade que nasci e fui criada — é muito mais bonita à noite com todas as luzes iluminando-a por inteiro e seus momentos tensos com Armando e Ari irritados com a formação de um engarrafamento gigantesco por causa de um acidente, mas graças ao GPS do carro conseguimos nos livrar do trânsito e seguir nosso caminho até a boate por meio de um atalho.

Conseguimos chegar no horário que havíamos marcado com Enrique e lá estava ele vestido de Drácula acompanhado de Alex e sua fantasia de Capitão da Marinha.

Quando viu o Range Rover de Armando que tinha sido acabado de ser estacionado, Enrique aproximou-se do lado em que eu estava e apressou-se em abrir a porta para mim e me dar as mãos como apoio para que eu saia do carro — um gesto de cavalheirismo, eu diria — com um sorriso largo estampado no rosto. Com certeza, ele estava muito animado.

Ao sair do carro, senti um frio na barriga preencher meu ser como se minhas células estivessem prevendo que algo fosse acontecer. “Seria algo de bom?” me perguntei mentalmente.

Pus meus olhos em Enrique e vi que ele estava me admirando com um brilho apaixonante no olhar.

— Senhor! Como eu sou sortudo por ter uma namorada tão linda! — Enrique dizia olhando para o céu como se estivesse conversando com Deus. — Eu te amo, Stephanie. — ele depositou um beijo apaixonado em meus lábios. Oh céus! Como eu amo esse homem maravilhoso.

— Eu também te amo. — retribui o beijo.

— Desculpa atrapalhar o casalzinho apaixonado, mas podemos entrar? — perguntou Armando com certo desdém.

— Mas é claro que sim, Armando! — Enrique respondeu de forma debochada. — Entre você primeiro Amor. — estendeu o braço esquerdo sinalizando para que eu passe à sua frente.

— Que cavalheiro!

— Sempre. — respondeu sorridente.

Passei à frente de Enrique e me aproximei da hostess da boate, para quem entreguei meu convite e que me acompanhou até as grandes portas duplas que iriam me levar até o interior do estabelecimento.

Quando cheguei perto da entrada, os sensores logo detectaram a presença de alguém e fizeram com que as portas se abrissem automaticamente, deixando o espaço livre para que eu passasse.

Dei um passo e quando entrei na boate, vi uma chuva de balões e confetes caindo sobre mim e banners com “Parabéns Stephanie!” ou “Stephanie está ficando velhinha!” pendurados nas luxuosas pilastras de mármore branco do grande salão.

Quem diria que eu fosse receber uma festa surpresa?!

— Surpresa, Stephanie! — gritaram para mim.

A boate estava cheia dos meus amigos da época do colégio, da faculdade e familiares. Todos estavam lá para comemorar meu aniversário junto a mim. Eu estava feliz, mas estava sentindo algo de errado.

O frio na barriga que eu estava antes não passou. Parece que só aumentou e junto veio uma sensação de angústia. Não gosto nada disso. Da última vez que senti isso, uma coisa não muito boa aconteceu. Deus queira que não seja nada de ruim.

Vou ignorar isso, me divertir e seja o que Deus quiser.

— Eu não acredito que vocês fizeram uma festa surpresa para mim! — estava maravilhada com o que via. A boate estava com vários balões coloridos e confetes por todos os lados.

— Minha filha, você acha mesmo que eu e sua mãe iríamos deixar seu aniversário passar em branco? Não mesmo. Ainda mais depois de tudo que aconteceu. — disse papai com os olhos brilhando. Ele e mamãe adoravam ver os filhos felizes e é o que eu estava. Feliz.

— Gostou da surpresa, sobrinha? — perguntou Tia Maria animadamente. — Ideia da Thay e de seus pais.

— Eu não gostei. Eu amei Tia! — respondi. — Obrigada a todos vocês pela festa. Está tudo maravilhoso!

— De nada, filha! Você merece. — minha mãe abraçou-me por trás e depositou um beijo em minha bochecha. — Já que está tudo lindo e maravilhoso, acho que está na hora de você ir se divertir com os seus amigos ou só com o Enrique.

— Ok mãe! Só uma perguntinha... Vocês convidaram o Dani? Tem muito tempo que não nos vemos. — eu estava na ponta dos pés para tentar encontrar o moreno.

— Mas é claro que me convidaram Teph. — tomei um susto quando escutei a voz grossa atrás de mim. Virei-me e vi meu amigo Daniel com um sorriso largo estampado em sua face, seus lindos olhos verdes brilhando como esmeraldas e com a fantasia do Arqueiro Verde.

— Você veio! — pulei em seus braços para lhe abraçar. — Quanto tempo, Dani! Como você está, o que tem feito e como é trabalhar na redação de um jornal tão importante? — coitado de Dani depois de tantas perguntas que fiz a ele.

— Você, Stephanie, conhecendo eu, Daniel, acha mesmo que eu não viria ao seu aniversário? — se eu não o conhecesse como conheço, diria que ficou um pouco ofendido com minha pergunta. — Por nada desse mundo eu iria faltar à festa de uma grande amiga como você, Stephanie, não mesmo. — disse retribuindo meu abraço. — Eu estou muito bem. E tenho viajado muito fazendo reportagens e trabalhar em uma redação de um jornal tão importante é uma loucura. E você tem feito o quê?

— Depois do acidente quando recebi alta do hospital e fui para casa, meus pais acharam melhor que eu viajasse para espairecer um pouco e tentar esquecer o fato de que fiquei entre a vida e a morte durante meses. Mas isso não se esquece. Eu voltei de viagem essa semana. Fiquei um mês viajando por todo o México com Isa e Alex. Além do mais, vou te dar uma novidade em primeira mão. — respondi.

— Qual novidade? — perguntou um pouco desconfiado.

— Vamos ser colegas de redação! Durante a viagem, mandei um currículo para o jornal e antes de voltar, eles me chamaram para fazer uma experiência de dois meses. — contei empolgada. — Mas por enquanto é segredo. Só quem sabe é você, Isa e Alex.

— Que incrível Stephanie! — disse enquanto me levantava do chão e me girava animadamente. — Vou ficar quietinho sobre isso. — prometeu.

Fiquei conversando mais um pouco com Daniel até que fomos interrompidos pela chegada de Armando.

— Stephanie, o Enrique está te procuran... — Armando estava espantado ao ver Daniel.

— Que bom que você apareceu, Mando. Esse é o Daniel, meu amigo da faculdade que tanto lhe falei.

— Daniel Narváez, prazer. — o moreno estendeu a mão para Armando em sinal de cumprimento.

— Armando Villanueva, igualmente. — os dois homens deram um aperto de mão. Mas Armando parecia desconfiado.

Algo de estranho está acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo e deixem comentários. Lembre-se que isso é muito importante para um escritor. Beijos e até a Parte 3.

P.S: Amanhã, segunda-feira, The Dark Secret faz 1 ano no Nyah! Eba!

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