The Dark Secret escrita por Lala


Capítulo 9
Birthday Party: Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Mil desculpas pela demora, mas a minha vida ficou uma loucura nesses últimos dois meses. Trabalhos, testes e provas ocuparam meu tempo. A minha sorte era de que eu já estava como o capítulo bastante adiantado (Graças a Deus) e já tinha ideia do que ia acontecer. Mas agora voltei e é pra ficar. E por último, muito obrigada a todos vocês que acompanham, favoritam e leem a minha história, ops, NOSSA história. Enfim, vou deixar vocês lerem, mas não antes de anunciar que eu criei um grupo no Facebook (https://www.facebook.com/groups/671351952967572/?ref=bookmarks), onde vou poder me comunicar com vocês e dividir minhas loucuras. Beijos e até as notas finais ;)



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Stephanie's P.O.V

— Stephanie falou muito sobre você, Daniel. — Armando finalmente rompeu o silêncio que havia entre nós.

— É verdade o que ele disse, Dani. Fiz muita propaganda sua lá em casa, inclusive reforcei a propaganda com a Sol. — dei uma piscadinha para ele. — Agora só falta você tomar atitude e chamá-la para um encontro. E hoje parece ser um ótimo dia para isso. Não é mesmo, Armando?

— Acho que sim. — Armando deu de ombros. — Sol? — cochichou em meu ouvido.

— Depois eu te explico. — cochichei de volta.

— Espero que tenha sido propaganda boa. — disse Daniel. — Ok Stephanie! Vou convidá-la para sair. Onde ela está?

— Se não me engano, ela estava no bar junto a Carla. — respondeu Armando. — Você conhece a Carla, não? — perguntou.

— Vou falar com ela. — disse Daniel. — Ah Armando, eu conheço a Carla. — avisou. — Até mais. — rapidamente vimos Daniel desaparecer entre a multidão.

— Então... O que Isa quer comigo, Armando? — perguntei.

— Ela disse que o Enrique estava à sua procura. — respondeu. — E falando nisso... Olha quem aparece. — apontou para o moreno alto que vinha até nossa direção. — Vou deixá-los a sós. — despediu-se com um beijo em minha bochecha e logo se afastou.

— Gostou da festa, Amor? — perguntou Enrique abraçando-me e beijando-me nos lábios.

— Eu amei. — respondi. — E deixe-me adivinhar... Você já sabia de tudo. — Enrique assentiu. — Desconfiei.

— Eu estava me contorcendo para não te contar. — disse. — Mas como você vê, eu consegui guardar segredo. — sorriu. Enrique é lindo demais. Tudo nele é. O cabelo, os olhos, o nariz e a barba por fazer. Ele é a definição perfeita para Deus grego.

— Foi bom você ter conseguido guardar segredo. A surpresa foi maior. — disse. — Eu te amo, sabia?

— Mas é claro que sabia! Eu sou o homem mais sortudo do mundo por ter você ao meu lado, Stephanie. Eu te amo. — era incrível como Enrique conseguia derreter meu coração dizendo palavras bonitas.

— E eu sou a mulher mais sortuda por ter você. — Enrique sorriu radiante para mim.

Juntamos nossos lábios em um beijo delicioso como os raios solares que penetram a pele em uma manhã de verão e lento como se o tempo não passasse nem um minuto sequer.

Até que Interrompemos o beijo.

— Amor, você se lembra daqueles meus primos que eu encontrei na internet que ainda moram na Espanha? — perguntou Enrique.

— Lembro! O nome deles é Miguel e Nadia, não é? — eu, ao mesmo tempo em que lembrava que Enrique havia me contado que tinha achado dois primos distantes que ainda viviam em sua terra natal, não conseguia recordar-me direito de seus nomes.

— É sim! — confirmou entusiasmado. — Então, depois de quase cinco meses conversando pela internet, eles vieram me visitar e, como tinha sua festa, que eu não queria deixar de vir e também não queria deixar eles sem fazer nada em casa, os chamei pra festa porque achei a oportunidade perfeita para que vocês se conheçam pessoalmente e não só por fotos. — Enrique estava visivelmente corado de vergonha por estar me contando que havia convidado alguém para a festa sem o meu conhecimento. — Tem algum problema de eu ter feito isso, amor?

— Não tem nenhum problema, Enri, se eu soubesse antes que iria ter essa festa e que eles fossem vir te visitar, eu mesma já os teria convidado. — falei enquanto colocava meus braços envolta de seu pescoço e lhe beijava na boca. — Então, cadê eles? — perguntei animada enquanto levantava a cabeça acima de seus ombros largos, algo que era difícil para mim por causa de minha baixa estatura, para procurar no meio dos convidados um homem e uma mulher que parecessem com as pessoas da foto que ele mostrou.

— Eles já devem estar à... Eles chegaram. — Enrique estava prestes a completar a frase quando recebeu uma mensagem de Miguel avisando que tinha acabado de chegar à festa junto a Nadia, sua irmã mais nova. — Espera aí, Teph, vou buscar eles.

Fiquei parada esperando por Enrique quando poucos minutos depois ele reaparece em meu campo de visão, mas agora sendo seguido por Miguel e Nadia.

Não sei o porquê, mas quando os vi cada vez mais se aproximando de mim, paralisei e me senti como se já os tivesse conhecido antes. Talvez fosse só um déjà vu.

— Amor, depois de tanto tempo, posso lhe apresentar meus primos. Stephanie, eles são Nadia e Miguel. Miguel e Nadia, essa é Stephanie, minha namorada. — Enrique nos apresentava empolgadamente. Ele estava esperando por esse momento durante vários meses.

— Prazer Nadia. Prazer Miguel. Enrique me falou muito sobre vocês. — eu estava feliz por Enrique ter encontrado outros membros de sua grandiosa família.

Uau! Como eles eram lindos pessoalmente. Pareciam que tinham saído de uma capa de revista. Miguel tinha os mesmos olhos castanhos de Enrique, a mesma cor de cabelo, altura e a barba por fazer, mas apesar de todas essas características semelhantes às de Enrique, ele apresentava traços faciais e corporais mais brutos, um sorriso mais largo assim como o seu cabelo que era um pouco mais curto enquanto Enrique apresentava traços mais suaves, sorriso estreito e cabelos bem maiores, mas ainda assim, curtos.

Já Nadia poderia facilmente ser confundida com alguma super modelo internacional se reparassem em sua beleza e não em sua altura que não era própria para modelos de passarela assim como a minha. Tínhamos quase o mesmo tamanho sendo somente separadas por poucos centímetros de diferença. Ela e seu irmão tem uma beleza esplêndida como a de Enrique, além de os três estarem com as mesmas fantasias de vampiro.

— Prazer Stephanie. — eles me cumprimentaram juntos. Percebi que possuem exatamente o mesmo sotaque que Enrique possuía quando mudou-se de Madrid para cá há sete anos. — Enrique, você disse que a sua namorada era bonita, mas eu não imaginava que ela seria tão bonita assim. Ela é ainda mais bonita pessoalmente do que nas fotos que você nos mostrou. — enrubesci com o elogio de Miguel. Nadia notou que minhas bochechas estavam coradas e logo soltou um riso baixo.

— Se eu fosse você, Miguel, tiraria os olhos da minha princesa. — respondeu Enrique com bom humor ao escutar o elogio que seu primo dirigiu a mim.

— Deixa, Enrique, ele só quis ser gentil. — apertei de leve sua bochecha enquanto lhe repreendia. — Muito obrigada pelo o elogio, Miguel. — agradeci.

— Não há de quê. — Miguel respondeu.

— Então... Como vocês se conheceram, Enrique? — perguntou Nadia curiosamente.

— Nos conhecemos há sete anos, no último ano do colégio, depois que me mudei para cá com a minha família quando papai foi promovido à CEO da Bodycorp. Entrei no San Bartolomé e por coincidência do destino, acabei conhecendo-a por estarmos na mesma turma, mas infelizmente não nos falávamos direito. Ela com sua turma e eu com a minha. — explicou Enrique. — Só conseguimos nos conhecer realmente, pois tínhamos amizades em comum. Primeiro, nos tornamos amigos e depois namorados. E desde então continuamos sendo apaixonados um pelo outro mesmo depois de tanto tempo. — continuou.

— Quem diria que mesmo depois de sete anos de namoro, vocês continuam apaixonados um pelo outro! Isso sim que é amor verdadeiro. — disse Armando que apareceu de repente batendo palmas depois que Enrique terminou de falar.

— Concordo com você, Armando. — agora minha mãe deu o ar da graça.

— Finalmente vocês apareceram! — exclamei me referindo a minha mãe e a Armando que desapareceram durante a festa. — Miguel e Nadia, esses são Francisca, minha mãe, e Armando, meu melhor amigo, irmão, primo... Enfim... Tudo.

— Prazer. — Armando direcionava à Nadia e a Miguel um olhar como quem dizia que eles já se conheciam antes.

— Prazer, eu sou Francisca. — minha mãe tentava esconder seu desconforto estando na presença de Miguel e Nadia, o que era estranho demais tratando-se de Dona Francisca Ponce de Léon de Campos Herrera, a mulher mais sociável que eu já conheci na vida.

— O prazer é todo nosso. — Miguel e Nadia se apresentaram simpaticamente para Armando e minha mãe.

Pode ser impressão minha, mas parece que o clima ficou pesado com a presença de Miguel, Nadia, Armando e minha mãe juntos em um mesmo ambiente. Parecia que o ar tinha sido roubado de todos nós de tão difícil que era respirar. Tomara que seja só uma impressão, mas minha consciência e minha intuição não querem deixar que eu acredite nisso. Minha consciência diz que tenho que prestar muita atenção no que acontece ao meu redor, sem me dizer o que devo observar. E minha intuição diz que tenho que desconfiar de tudo e todos.

— Quer dizer que vocês são os primos distantes que meu querido genro tanto falou durante todos esses meses? — finalmente minha mãe quebrou o clima pesado do ambiente com a sua pergunta.

— São sim, Dona Francisca. — Enrique deu um sorriso para minha mãe em sinal de confirmação à sua pergunta.

— Eu e minha irmã viemos visitar Enrique depois de tanto tempo nos correspondendo pelo Skype. Estávamos ansiosos para conhecer nosso primo. — Miguel completou o que Enrique disse.

— Vocês são da Espanha assim como Enrique, não? — Armando e seu dom inquisitório entram em ação.

— Sim. ­— responde Nadia firmemente.

— Só podiam ser. — disse Armando com um tom de voz debochado.

De repente vejo duas garotas correndo uma atrás da outra e logo reconheço serem minhas duas irmãs mais novas Mari e Thay. Elas estão vindo em nossa direção.

Quando volto minha visão para o ambiente onde estávamos, percebo que Thay vestida com uma fantasia de fada-madrinha rapidamente se escondeu atrás das longas pernas de Enrique. Levanto o meu olhar até sua cabeça e vejo que ela está com o chapéu que faz parte da fantasia de bruxa de Mari.

— Teph! Não deixa a Mari me pegar. — Thay pede quando me vê abaixada em sua frente. Provavelmente Mari deve estar em busca do chapéu pontiagudo.

— Vem aqui Thayla! — exclama Mari que vem correndo em nossa direção buscando a pequena. — Devolve o meu chapéu.

— Thay, devolve o chapéu da Mari. Agora! — adverti.

— Mas Stephanie... — ela olhou-me com uma cara de cachorro pidão.

— Mas Stephanie nada, Thay. Devolve logo o chapéu. — a repreendi.

—Ok! — respondeu desanimada. — Teph, não deixa a Mari me bater. — pediu.

— Ela não vai te bater. Prometo. — Thay deu um sorriso de orelha a orelha. Ela sabe que eu nunca deixaria que encostassem um só dedo em algum fio de cabelo seu.

— Achei você, pirralha! — Mari apareceu como se fosse um passe de mágica e pegou a mais nova pelo braço. — Agora devolve o chapéu!

— Me solta! — gritou Thay.

— Solta ela, Mari. — mandei. — E você, Thay, devolve logo o chapéu. — disse esperando que ela me obedecesse. — E peçam desculpas.

Finalmente, as duas me obedeceram e pediram desculpas uma a outra. Elas já estavam prontas para sair do recinto quando as impedi.

— E antes de vocês irem embora, vamos pôr em prática a educação que nossa mãe deu para as duas. — falei com um sorrisinho irônico. — Mari e Thay esses são Miguel e Nadia, primos do Enrique. — os apresentei.

Mari os cumprimentou e rapidamente seu olhar cravou-se nos expressivos olhos avelã de Miguel e em seus lábios finos que estavam esticados formando um sorriso encantador e deu um longo suspiro de admiração. Seu olhar estava brilhando.

Eu conhecia aquele olhar de Mari e sabia que ela estava cobiçando Miguel. E talvez até pensando safadezas relacionadas à ele. Depois passou seus olhos de cima a baixo por Nadia como se fosse um raio-X, a avaliando. Vendo seu olhar, concluo que aprovou o visual da morena.

“Mari, toma cuidado com ele!” meu subconsciente tentava avisar em vão ao perceber o olhar de cobiça que ela dirigia à Miguel. Pena que Mari não conseguia escutar.

Mas enquanto Mari olhava para Miguel com luxúria, Thay cada vez mais se agarrava nas pernas de Enrique lhe dirigindo um olhar como se estivesse com medo de algo ou de alguém, e seus olhos radiantes de criança deram lugar à olhos vidrados pelo medo. Acho que ela sentiu algo de ruim.

— Oi gatinha! — disse Miguel ajoelhando-se diante de Enrique para ficar do mesmo tamanho de Thay e pode apertar-lhe as bochechas rosadas.

— Não me chama de gatinha! — vociferou a pequena deixando Miguel espantado. — E não toque em mim. Você é do mal. — Thay saiu em disparada pela boate.

Todos os presentes no recinto, menos Armando, arregalaram os olhos ao escutarem as duras palavras de uma menina de apenas dez anos de idade para um adulto de uns vinte e poucos anos.

— Thay, volta... — tentei impedi-la sem sucesso. — Mil desculpas, Miguel. Não sei o que aconteceu, mas ela não costuma agir assim com as pessoas. — eu estava envergonhada pela atitude de Thay.

— Não precisa pedir desculpas, Stephanie. Crianças são assim, não? — respondeu Miguel dando de ombros.

— Mas é claro que não, Miguel — disse Armando. — Crianças só são assim com pessoas que elas não gostam. E creio que Thay não foi muito com a sua cara assim como eu. Agora, se vocês me dão licença, vou atrás dela. — Miguel deu um sorriso como se o que ele acabou de escutar foi um elogio. Estranho, eu diria.

Fiquei perplexa com que Armando acabava de falar. Eu sabia que ele tinha a sinceridade como principal qualidade, mas não sabia que era tão sincero a esse ponto.

— Armando! — o repreendi. — Até você com essa falta de educação? Acho que Thay teve com quem aprender.

Ele já estava virando-se para ir atrás da pequena, consegui ser mais rápida e cravei minhas unhas com todas as minhas forças em seu braço, mas ele nem ao menos pareceu se afligir com algo penetrando sua pele. Eu, com a pele rígida que ele possui, acho que não sentiria nada.

— Realmente, Stephanie, Thay teve com quem aprender. Mas ela aprendeu a ser sincera e não mal educada. — ele disse rispidamente. — E eu não posso fazer nada se ela não gostou dele assim como eu. Porque opinião é que nem vida. Cada tem a sua. E você já pode tirar suas unhas do meu braço que não sei se percebeu, mas está sangrando. — soltei seu braço e ele seguiu em busca de Thay junto à minha mãe.

“Você precisa prestar atenção nos avisos que lhe são dados. São eles que vão lhe salvar a vida. E confie na intuição de quem te ama, pois só te querem o bem.” dizia minha consciência.

Minha consciência andava muito inconveniente nestes últimos tempos. Me falando coisas esquisitas. Mas tenho que confessar que as coisas, digo, palavras que escutei em minha cabeça fizeram-me arrepiar até os fios de cabelo. Parece que alguém invade minha cabeça e faz com que eu escute esses tipos de coisas. Como se fossem um aviso muito importante.

— Aí Miguel! Nem sei o que te falar. Eu sinto muito pelo que Armando disse. Ele, normalmente, não é assim. Deve estar bêbado. — eu não sabia como me desculpar pelas coisas que Armando falou.

— Não precisa falar nada e sentir nada, Stephanie. — Miguel pegou em minhas mãos. — Te garanto que ele deve mesmo estar bêbado. — disse.

— Tomara mesmo, Miguel, tomara. Porque você e a Nadia não vão dançar e se divertir? Eu acho que é uma ótima ideia para vocês poderem voltar ao clima bom em que estavam antes de Armando chegar. E quem sabe, vocês possam achar alguém legal por aqui.

— Também acho, Stephanie. Estou precisando conhecer pessoas novas. — disse Nadia após ficar em um silêncio torturante. — Vamos, irmão? — perguntou a Miguel.

— Sim, vamos. — respondeu. — Quer ir com a gente, Mari? — Miguel estendeu suas mãos para ela.

— Eu adoraria, Miguel. — os olhos de Mari estavam como dois diamantes brilhando ao sol. — Tchauzinho, Stephanie. — disse acenando para mim enquanto suas mãos eram puxadas com delicadeza por Miguel. Num piscar de olhos, os três haviam desaparecido.

— Amor, eu nunca vi Armando daquele jeito. — Enrique cochichou em meu ouvido.

— Nem eu. — eu disse. — Você não achou a reação do Miguel muita estranha, não? Ficou rindo enquanto Armando falava que não gostava dele. — perguntei.

— Achei sim. Vai ver, ele estava rindo por achar que Armando estava bêbado e falando coisas nada haver. Mas pra mim, Armando estava muito sóbrio. — respondeu.

— Mas quando Thay falou aquelas coisas, ele ficou espantado e quando foi a vez de Armando ficou rindo como se fosse um elogio. Isso é no mínimo bizarro. — isso me deixou com uma pulga atrás da orelha. Com Thay, espantado. Com Armando, rindo.

— Concordo com você, amor. No mínimo bizarro. Porque você não vai falar com Thay e perguntar pra ela o porquê de ter dito aquilo tudo?

— Vou fazer isso e é agora. — dei um beijo em Enrique e sai em disparada.

XXXX

Demorei algum tempo até achar Armando, minha mãe e Thay. Mas quando já estava perdendo as esperanças, os encontrei na entrada da boate. Thay sentada em uma cadeira. Armando e mamãe ajoelhados diante dela. Antes de me aproximar, fiquei observando Thay e parecia que eu estava me olhando no espelho. Ela era praticamente igual a mim quando eu tinha dez anos. Os mesmos longos cabelos negros com franja, os mesmos olhos sonhadores e o mesmo sorriso. Como eu sentia falta do meu tempo de criança.

Fui me aproximando aos poucos, até que a pequena me viu e arregalou os olhos como se tivesse visto um fantasma.

— Thay, posso falar com você? — perguntei.

— Se for pra brigar com ela... — interrompeu Armando.

— Eu não vou brigar com ela. E por favor, você e mamãe podem nos deixar à sós? — eu disse.

— Podemos sim, minha filha. Vamos, Armando. — mamãe puxou Armando pelas mãos para que deixasse nós duas sozinhas.

— Ok.

Arrastei uma cadeira que estava num canto da parede e sentei-me de frente para Thay. Eu precisava olhar nos olhos da minha irmãzinha e ver que ela não era capaz de odiar alguém.

— Porque você falou aquilo para Miguel? Você foi muito grossa, sabia? E você não é assim.

— Eu não sei por que falei aquelas coisas feias para o primo do Enrique. Simplesmente, saíram da minha boca. Além do mais, eu senti uma coisa ruim quando eu o vi perto de você e do Enrique. Como se ele fosse fazer algo de ruim com vocês.

— Palavras assim não saem simplesmente da nossa boca, Thay. Elas saem bem do fundo do nosso coração. — apontei para o centro do meu peito. — E eu quero que você entenda os quais duras foram aquelas palavras. Entendeu?

— Mas se o que saiu do meu coração foi isso, Teph? Quer dizer que realmente eu não gosto dele? — perguntou a pequena cabisbaixa.

— Então...

Fui interrompida por uns barulhos estranhos. Tentei ignorar e continuar minha conversa com Thay, mas dessa vez foi um grito estridente que não deixou. Reconheci o grito e senti um arrepio dos pés a cabeça. Alguém estava correndo perigo. E esse alguém era Mari.

Minha irmã.


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Notas finais do capítulo

Vocês perceberam que a história fez em Outubro 1 ano de existência? Espero que tenham gostado do capítulo e deixem comentários.

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