“Um casamento perfeito é feito de duas pessoas imperfeitas que se recusam a desistir um do outro.”

O mês passou rápido, como Helena pressentiu, o bebê era um menino. E agora, o grande dia do casamento de Helena e Heitor chegou. Todos estavam em Soriano, tudo perfeito, muitos convidados sentados em cadeiras espalhadas uniformemente sobre os campos verdes, a decoração sofisticada contrapondo com o cenário bucólico e campestre italiano.

Naquela manhã, Helena terminava de por um de seus dois vestidos, a noiva havia separado peças de dois grandes estilistas, escolheu o Vera Wang para usar durante a cerimônia, pois tinha lhe agradado mais e o outro, um Elie Saab também seria usado em determinado momento até o final da festa.

Heitor estava ansioso, andava de um lado para o outro inquieto, Alexandre estava ao seu lado, o ajudou a se arrumar e tentar manter a calma, o engenheiro trajava um elegante terno Valentino preto feito especialmente para a ocasião, que valorizou muito seu porte atlético... Tentou manter a calma, mas parecia impossível.

— Alê como ela está? – perguntou andando de um lado para o outro.

— O que você acha?! Deslumbrante como sempre – responde o amigo com um sorriso.

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— Princesa, você está perfeita! Duvido que exista noiva mais linda – se aproximou e beijou sua testa.

— Obrigada papai! Estou tão ansiosa... Sinto um frio na barriga...

— E Heitor, o senhor o viu? – perguntou curiosa.

— Está tão nervoso que pensei que ele era a noiva! – os dois riram – Ele está louco para te ver, mas eu disse para esperar... Vou dar uma olhada no andamento da festa, qualquer coisa me chame...

— Pode deixar!

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Meia hora se passou, Helena estava pronta, esperava pelo pai no pátio do quarto, admirando a decoração e pensando em como sua vida mudaria dali para frente. Ela já sabia que era de Heitor, mas agora seria oficial, dividiria não apenas uma casa com ele, mas toda sua vida a partir de hoje. Logo mais seria mãe, e de fato nada seria igual...

Distraída em seus pensamentos, ela ouve uma voz chamá-la:

— Helena! – a voz parecia familiar, e então virou-se para checar quem era.

— Você?! – Helena ainda não acreditava no que via. Era isso mesmo? Elizabeth estava ali em sua frente?! Ainda confusa continuou – O que faz aqui?

Começou a sentir uma náusea horrível, precisava se apoiar em algo, alguém ou cairia. Ela começou a se aproximar, e disse:

— Vim ver seu casamento filha! – ao ouvir essa palavra Helena sentiu um ódio tomar conta de si e respondeu duramente.

— FILHA?! Acho que você não está falando com a pessoa certa – sua cabeça continuava a rodar – Quem te deu permissão para entrar aqui? Vá embora – Helena começou a gritar – Vá embora agora!

— Calma Helena, calma! – ela segurou seu braço.

— Não me toque – ela disse desvencilhando-se da mãe e sentindo tudo girar – se afaste de mim agora.

Seus gritos chamaram a atenção de Heitor que passava ali perto e resolve checar o que acontecia. Bateu na porta de leve e ninguém respondeu, decidiu entrar:

— Querida, está tudo bem? – falou procurando Helena pelo quarto quando ouve uma voz estranha gritando:

— Socorro! Ajuda por favor! – sem pensar ele corre desesperado na direção do pátio que ligava os quartos...

Ao chegar ali, Heitor vê Helena desmaiada e uma mulher, de aproximadamente uns 45 anos muito parecida com ela, tentado ajudá-la.

— O que aconteceu aqui? Quem é você?

— Eu não sei, estava tentando conversar com Helena e então ela desmaiou – Heitor chamava o nome de Helena tentando despertá-la...

— Quem é você? – Heitor perguntou começando a se alterar – responda ou chamarei os seguranças.

— Sou Elizabeth, a mãe dela – ele a olhava incrédulo – Mas não fiz nada, Helena simplesmente desmaiou.

— Claro, não pode passar por nenhum tipo exagerado de emoções, ela está grávida! – continuava tentando acordá-la com carinho – Preciso de ajuda – tirou seu celular do bolso e ligou para Alê pedindo que viesse o mais rápido possível e trouxesse Soriano.

— Eu não sabia! Helena está grávida? – disse abrindo um sorriso espontâneo.

— Está sim, e eu espero que esteja tudo bem com nosso filho depois desse susto! Você não tem noção do que está fazendo com ela aparecendo aqui de repente?!

— Isso mesmo! Você está louca? – completou Inácio irado entrando no quarto.

Alexandre correu na direção de Heitor que pegou a noiva e já a tinha colocado sobre a cama

— Ela deve ter tido outra queda de pressão! Não apresenta sangramento, então provavelmente tudo está bem com o bebê... Mas o que aconteceu aqui para levá-la a desmaiar?

— O que você tem na cabeça Elizabeth? Como aparece assim na frente de Helena? Quem lhe convidou para vir até aqui?

— É o casamento da minha filha, eu não preciso de convites... – Alexandre olhava aquilo tudo surpreso e tão incrédulo quanto Heitor.

— Ela não é sua filha Elizabeth, não é mesmo! Deixou de ser aquele dia... Se algo acontecer a minha Helena, minha! E ao meu neto... Eu juro que... Nem sei o que serei capaz de fazer – passou a mão pela testa nervoso.

— Eu vou buscar minha bolsa no quarto e tentar reanimá-la. Mas por favor, acalmem-se! Toda essa tensão não fará bem a ninguém... – disse calmamente o doutor.

Enquanto Alexandre foi buscar sua maleta, Heitor e Soriano ficaram ao lado de Helena tentando acordá-la, Elizabeth se mantinha distante, mas observava de longe. Inácio a olhou algumas vezes com desprezo.

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— Helena?! – disse Heitor aliviado – Graças a Deus meu amor! – abraçou sua noiva delicadamente – Está tudo bem?

Ela levantou-se devagar, sentando-se na cama, olhou ao redor e em um canto do quarto percebeu Elizabeth e viu que não foi um sonho, ou melhor, um pesadelo.

— Estou sim meu amor! Mas ainda existe algo que me incomoda – cravou os olhos em Elizabeth, seu olhar não estava iluminado como sempre, pelo contrário, eram de um misto de desprezo e ódio – O que você veio fazer aqui? Quer destruir o dia mais feliz da minha vida?

Elizabeth se aproximou e antes que pudesse dizer algo, Helena se antecipou:

— Por favor, deixem-nos a sós.

— Mas princesa – Inácio se manifestou.

— Não papai, por favor, deixe-nos a sós. Só por um instante.

— Helena – agora era Heitor que falava – tem certeza que é uma boa ideia?! Pense no bebê...

— Por favor vocês todos, apenas nos deixem sozinhas, ok?

— Tudo bem, mas ficaremos na porta! – Inácio disse.

Os três homens saíram e permaneceram na porta. Helena virou-se para a mãe e perguntou novamente:

— Então, me diga o que veio fazer aqui? Quer mesmo acabar com meu casamento? Estragar esse dia que estava sendo maravilhoso?!

— Não, essa nunca foi minha intenção, eu só queria estar presente nesse dia especial...

— Não pode estar falando sério?! – Helena disse com desprezo – Você passa quase quatorze anos longe, não esteve presente em nenhum momento importante, como os últimos treze aniversários, quando passei na universidade, me formei ou no meu primeiro projeto aprovado. Quando fui pedida em casamento ou mesmo quando descobri que estava grávida... Em nenhum, nenhum deles você estava presente! E o último momento que eu me lembro com nitidez de você, não foi nada agradável! E agora você me aparece aqui por que queria estar ao meu lado no meu casamento?! Eu não preciso e nem quero nada que venha de você! Nada! Inclusive sua “presença”. Se quiser me ajudar, apenas vá embora... – Helena tentava não chorar.

— Helena – a mulher estava em prantos – eu sinto tanto! Eu não queria ter passado tanto tempo longe... Eu parti e ainda eras uma garotinha, agora você se tornou uma mulher tão linda e inteligente...

— Não queria, mas passou! E agora você não representa mais que uma estranha para mim. Eu cresci sem você, aprendi tudo com meu pai! Sou o que sou por causa dele. E você não imagina as coisas que ele teve que aprender para poder fazer isso...

— Me perdoe! Se eu pudesse voltar no tempo, teria feito diferente! Eu senti sua falta todo dia... Será que um dia poderá me perdoar?

— Não minta para mim Elizabeth! Você não sentiu, se não teria me procurado! Sabe... Antes de ser mãe, eu sempre pensei que devia existir um motivo, uma razão para você nunca ter voltado, mas agora que estou grávida, eu já amo meu Henrique mais que qualquer coisa no mundo, mesmo sem tê-lo pegado no colo ainda, e nem por toda dor que eu pudesse estar sentindo, nem pela perda do meu pai ou de Heitor eu o deixaria, nunca! Eu não posso perdoá-la, talvez eu pudesse antes, mas agora, não! Nunca!

— Eu posso explicar, deixe-me apenas falar – disse em meio a lágrimas.

— Não! É você quem vai ouvir tudo o que eu tenho guardado para te falar em todo esse tempo... Você nunca me procurou, nunca nem ligou ou mandou um email, carta, qualquer coisa, eu passei anos esperando por isso, mais de uma década! Quando eu mais precisei de uma mãe, me sentia sozinha e com medo, Isabel tinha acabado de morrer e o que você fez? Me culpou pela morte dela, enquanto eu quase morria para salvá-la, depois me abandonou! Eu ouvi e vi tudo aquela noite Elizabeth, - Helena começou a se alterar – meu pai lhe deixou escolher, - ela gritava cada período – você sabia das conseqüências de ir embora, sabia que não me veria mais e mesmo assim você se foi – antes mesmo de terminar já estava em prantos – Sabe o quanto isso machuca?!

Com o barulho os três entraram no quarto novamente, Helena estava chorando muito sentada em um divã e Inácio se pronunciou indo em direção a filha:

— Já chega! Vai embora Elizabeth! Agora! – Nesse instante ele já havia sentado ao lado dela e abraçou-a – Você já magoou Helena o suficiente...

Heitor se mantinha em pé, ao lado da noiva e olhava recriminadoramente para a sogra. Alexandre permanecia mais afastado e preferiu não se envolver no assunto familiar... Enquanto isso, os convidados estranhavam a demora da noiva, mesmo que não fosse tão grande, o que levou Philip e Victória a procurarem pelo filho. Elizabeth chorava tanto quanto a filha, antes de sair do local arrasada, disse em tom amigável para Helena:

— Nós ainda precisamos conversar, eu não lhe expliquei muitas coisas Helena, sinto por tê-la deixado assim e recebo todas as suas críticas...

— Vá! – bradou Soriano. E ela saiu.

— Querida – Inácio disse levantando o rosto da filha e enxugando as lágrimas com um lenço de seu terno – eu sei que isso é muito doloroso, mas não deixe que ela lhe roube a alegria desse dia. Tem um casamento magnífico esperando pela noiva mais bonita do mundo, quero que coloque um sorriso em seu rosto e que se arrume novamente. Hoje é o seu dia e nada mais vai atrapalhá-lo. Eu prometo! – Beijou sua testa e continuou – Eu amo você princesa!

— Você tem razão papai! Eu também o amo – beijou a testa do pai.

Inácio se levantou com objetivo de deixar tudo em ordem lá fora e Heitor se aproximou, Alexandre deixou-os a sós:

— Meu amor, se você quiser, não precisamos continuar, podemos dispensar todos... – ela o interrompeu

— Você está dizendo que não quer mais casar comigo e se aproveitou disso? – ela perguntou brincando com um sorriso adorável.

— Claro que não sua boba! Isso é tudo o que eu mais quero! Passar o resto da minha vida ao seu lado, ou melhor, ao lado de vocês – acariciou a barriga dela e beijou sua boca.

— Peça para a cabeleleira e o maquiador entrarem novamente, você terminou de tirar a última parte intacta da minha maquiagem – os dois riram – e venha cá, deixe-me limpá-lo – tirou algumas manchas de batom de seu rosto.

— Estou indo para o meu lugar, vou te esperar ansioso! – sorriu.

— Eu amo você! – Helena disse.

— Não mais que eu!

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Helena respirou fundo tentando esquecer tudo o que tinha acontecido. Se olhou no espelho e sorriu. “Não vou deixá-la estragar esse dia, não mesmo! Eu vou ficar linda novamente e me casar com o homem da minha vida”. Não demorou muito e deixaram-na uma princesa novamente. Saiu do quarto com um lindo sorriso e Inácio a aguardava na porta, deu seu braço a ela e foram...

Inácio encaminhava Helena a Heitor, num lindo caminho até a tenda. Ela olhou o homem ao seu lado e percebeu lágrimas, que apesar de terem sido presas, caíram... Chegou o momento de entregá-la e novas gotas escorriam pelo seu rosto, beijou sua testa como se estivesse se despedindo dela para sempre, olhou em seus olhos, os olhos negros que tanto o encantavam e disse baixinho:

— Você não tem noção do quanto está sendo difícil te deixar ir, minha princesa!

E com outro sussurro ela respondeu:

— E o senhor não tem noção do quanto está sendo difícil ter que ir... – Nesse momento Heitor se aproximou e esperou que ele a entregasse.

Ele a olhava totalmente encantado. Como estava linda naquele vestido, suas formas estavam mais arredondadas, porém a barriga ainda não denunciava que tinha um bebê ali. Enquanto ela se despedia do pai, ele pensava no presente maravilhoso que iria receber. Helena se tornou seu mundo e seu desejo era agradá-la, amá-la, protegê-la... Seus olhos brilhavam e seu coração quase saia do peito de tanta felicidade...

— Cuide muito bem dela rapaz, ou já sabe! – ambos sorriram.

— Cuidarei melhor que de minha própria vida – respondeu Heitor.

Helena finalmente focou os olhos de seu amado, podia sentir a alegria e felicidade dele apenas pelo olhar. Estavam cheios de amor e ternura, brilhavam tanto quanto o sol. Ele estava lindo, perfeito, charmoso... Impossível não apaixonar-se mais uma vez. Eles se colocaram em seus lugares e ela pode ouvi-lo sussurrar:

— Desconheço no mundo, um ser mais perfeito que você Helena! Meu coração quase soltou fora quando a vi entrar... – Ela apenas o olhou em resposta, mas ele conseguiu interpretar o que eles queriam dizer.

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Após o juiz pronunciar uma pequena mensagem aos presentes, fez a típica pergunta comum a todos os casamentos e ao responderem, eles aproveitaram para falar seus votos matrimoniais, começando por Heitor:

— Sim, milhões de vezes sim! Todos os dias eu desejo poder dizer-lhe sim. Sim ao companheirismo, a lealdade, a paixão, ao respeito, a cumplicidade, ao recomeço, a bonança, a honestidade e a todos os outros valores pelos quais são formado um casamento. Mas principalmente, eu quero dizer sim para nós dois, ao nosso amor e aos frutos que ele já tem nos dado – A cada frase dita Heitor penetrava profundamente os olhos de sua amada – Helena, você me tornou alguém melhor, reavivou meus sonhos e ajudou-me a concretizá-los. Eu achei que sabia o que era amar, porém foi você quem me mostrou o real conceito do amor, me realizando. Eu não quis admitir, mas eu amei você muito antes do que quando lhe disse a primeira vez. E já estou sentenciado a amá-la até o fim dos meus dias.

Heitor terminou sua fala e beijou as mãos de Helena que estavam entrelaçadas as suas e os olhos estavam cheios de lágrimas de felicidade. Então, o juiz deu a vez a ela fazendo-lhe a mesma pergunta. Ela sorriu e respondeu:

— Siiiim! Heitor, eu tive medo de te amar, passei algum tempo lutando contra esse sentimento, e você bem sabe – ambos sorriram – porém quando me abri para ele, percebi o quanto meu temor foi em vão. Você me ensinou muitas coisas, mas a principal delas foi acreditar novamente no amor e como ele pode ser pleno, forte, verdadeiro e doce. Seu olhar, sempre tão sincero, capturou meu coração. Você é um homem incrível, seu caráter é integro, sua forma de amar é sincera. Eu não poderia ter escolhido alguém melhor como marido e pai dos meus filhos. Eu te amo, infinitamente e incondicionalmente. E todos os dias espero poder dizer-lhe “SIM” também.

E finalmente beijaram-se. Um beijo apaixonado, mas rápido e discreto, afinal eles estavam na frente de muitos convidados e revistas. Elizabeth assistiu tudo de longe e depois partiu. A festa seguiu sem nenhum contratempo, os noivos dançaram e curtiram a recepção juntos.

— Amor, tem um quarto muito bem arrumado esperando por nós, o que você acha de desfrutarmos dele? – perguntou maliciosamente Helena.

— Eu já disse que adoro esses hormônios da gravidez?! Vou mantê-la grávida sempre – ela deu-lhe um tapa de leve e os dois sorriram – Estou brincando! Acho uma ótima ideia, mas nós vamos apenas pernoitar nele. Pela manhã um jato sairá para nos levar para um lugar...

— Que lugar? – Helena pergunta curiosa

— Não vou te dizer, é surpresa! Confie em mim. Eu preparei uma lua de mel inesquecível... – permaneceram entre carícias.

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Alexandre estava sentado com uma taça de champanhe na mão, observando-os, quando Philip se aproximou:

— Filho, tudo bem? – perguntou colocando a mão em seu ombro

— Claro tio, eu só observava Heitor e Helena, como estão felizes e com um bebê a caminho, tudo isso é tão maravilhoso...

— É verdade! Ninguém imaginou que Heitor casaria primeiro que você hein?! – ele soltou um riso sem graça – Mas você não parece muito feliz Alê...

— Tio, eu estou inundado de felicidade por Heitor, finalmente ele conseguiu encontrar alguém que o ame e valorize. Eu estou triste por que eu também quero encontrar a mulher da minha vida, a mãe dos meus filhos... Quero ter isso que eles têm! – suspirou.

— Alê e você vai achá-la! Eu não tenho dúvidas que encontrarás alguém tão valorosa quanto Helena. E sei que logo eu terei outros netos, netos que você vai me dar! Apenas não perca a fé... – Philip sorriu.

— Talvez eu já a tenha encontrado...

— E por que não vai atrás dela então?!

— Por que nós sempre nos desencontramos! – ele riu.

— Então aquiete seu coração e deixe que ‘a borboleta encontre o jardim’.

Ele se levantou e sorriu para o doutor, que apenas retribuiu o sorriso.