O amor de Atena escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 5
Capítulo 5 – A mensagem de Saori




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Capítulo 5 – A mensagem de Saori

– METEORO DE PÉGASUUUU!!!!!

Seiya derrubou o último dos inimigos e o grupo correu para um lugar escondido entre as várias grandes construções de pedra do santuário, precisavam se recompor.

– Vocês não nos disseram que haviam soldados ajudando – Seiya disse enquanto recuperava o fôlego.

Haviam sido atacados por guerreiros de armadura, antes mesmo de encontrarem qualquer ninfa oficialmente. Pareciam todos fracos para os cavaleiros de Atena, mas eram muitos.

– Nós também não sabíamos – Shaina respondeu.

– É verdade, não vimos nenhum até agora. Provavelmente alguém percebeu a presença de intrusos aqui no santuário. Temos que ter ainda mais atenção.

– Ei, estou ouvindo passos de novo – Shun alertou – Correndo.

– É um som leve outra vez – Shiryu tentava aguçar os ouvidos.

Ficaram ali por alguns minutos descansando, mas em alerta devido ao barulho de passadas que não parava de jeito nenhum. O som começou a fazer pausas e parecer cada vez mais perto. Os cavaleiros se levantaram, colocando-se em posição defensiva. Poderiam ter atacado impulsivamente se Shun não os impedisse no momento em que um pequeno ser adentrou o local repentinamente.

– Esperem! É só uma criança!

– Como você pode saber, Shun? – Ikki lhe questionou.

– Marin nos disse para pouparmos as crianças a qualquer custo.

– E se for um disfarce? – Hyoga desconfiou.

– Ou uma emboscada? – Seiya falou encarando a menina.

– Vocês estão assustando ela – Shun reclamou – Perguntem antes de tomar alguma atitude.

– Mas Shun... – Shiryu começou – Como vamos saber se ela diz a verdade?

– Oras, mas não a deixaram dizer nada ainda – Shaina falou – Marin, acha que aquela teoria está correta?

– Sim, eu tenho certeza. É algo que deixei passar quando contei. Quando há mais delas por perto os olhos brilham se forem crianças e isso não aconteceu até agora.

– Mas e se for um plano? – Seiya perguntou.

– É algo involuntário, Seiya.

– Ah... Tudo bem então...

– Vamos lá, pode confiar em nós – Shun falou, se abaixando para ficar à altura da garota – Você se perdeu da sua mãe? Por que está aqui?

– Não nos perdemos, apesar do santuário ser grande.

– Então por que veio? – Ikki insistiu, ainda desconfiado.

– Ikki, tente ser um pouquinho mais paciente – o irmão pediu com um sorriso.

– Saori disse que você era muito gentil e que eu deveria chamar por você se me assustasse.

– Saori?!! – Todos perguntaram juntos.

Seiya abriu caminho por entre os amigos com pressa e se abaixou à frente da menina.

– S-Saori..?! O que você sabe sobre a Saori?! Onde ela está? Está ferida? Está sofrendo?! E nossa filha? Aimi está com ela?!

– Calma, Seiya – Hyoga pediu – Ficar nervoso só te fará mais mal. Ela nem nos disse seu nome ainda. Vamos com calma.

– Me chamo Celeste.

– É um nome bonito – Shiryu falou sinceramente – Quantos anos você tem, Celeste?

– Sete.

– O que você sabe sobre tudo que está acontecendo? – Marin lhe perguntou.

– Por que está nos ajudando? – Shaina questionou desconfiada.

– Não estou entendendo nada. Só sei que Zeus aprisionou Atena e seu bebê Aimi por algum motivo, o Olimpo se fundiu com o santuário e agora tudo perdeu a graça, só tem névoa por toda parte. Era muito mais bonito antes. Sem falar que minha mãe e as outras ninfas estão obedecendo as ordens de Zeus pra espantar invasores junto com aqueles soldados e aqueles dois gêmeos dourados.

– Celeste... – Seiya a chamou numa mistura de gentileza e desespero – Por favor! Eu preciso saber alguma coisa da Saori e da nossa filha. Por favor! Me diga o que você sabe – ele praticamente implorava.

– Pegasu?

Ele ficou em silêncio, esperando por mais palavras.

– Aimi é muito parecida com Saori, mas aquele cabelo escuro é mesmo seu, não é?

– Aimi? Você viu Aimi?!

– Eu vi as duas. Quando estavam dormindo. Eu fui com minha mãe, Ignis e as outras ninfas levar comida pra Atena bem cedo. Quando entramos as duas estavam dormindo. Elas são tão lindas... – a menina sorriu, mas logo voltou de sua lembrança – Eu vim procurar você, Pegasu. Saori me pediu que lhe dissesse algo.

– Você falou com a Saori? Ela acordou quando você estava lá?

– Não. Eu a ouvi cantando algumas horas atrás e pude ouvir a voz dela. Nós conversamos. Não sabia que Atena tinha outro nome. E ela tem um cosmo tão quentinho e bom... Não sei por que estão com medo dela.

– O que a Saori disse?! – Ele segurou a menina pelos ombros com cuidado.

– Ela disse... Diga a Seiya... Que eu e Aimi o amamos muito, que nós estamos bem e Aimi está esperando por ele e que não devem se arriscar nisso tudo mais uma vez.

– O que?!

O cavaleiro a soltou e caiu sobre os próprios joelhos, sem acreditar que estava ouvindo aquilo de novo, depois de tantos anos. No fundo estava aliviado por saber que as duas estavam juntas e estavam bem, mas Saori os estava dispensando de novo... Aimi estava esperando por ele... Somente Aimi?

– O que ela quis dizer com Aimi estar me esperando?

A pequena ninfa sentou-se no chão junto com eles e relatou tudo o que havia falado com Saori.

– Ela quer lutar sozinha de novo?! – Seiya reclamou para si mesmo – Até parece que nós vamos deixar! Somos cavaleiros de Atena! Nós estamos aqui pra que ela não precise fazer isso. Eu vou levar Aimi de volta sim, mas eu vou levar a Saori junto!

– Seiya, acalme-se – Shun pediu – Saori só teve boas intenções, ela está preocupada com a gente. E acho que no fundo ela sabe que não vamos obedecer.

– Eu sei, Shun... – ele disse simplesmente.

– E das últimas duas vezes... – Hyoga lembrava-se.

– Ela quase te perdeu, Seiya... – Shiryu falou – Ela também deve estar sofrendo, tanto quanto nós.

– Discutir o passado agora não nos ajudará – Ikki disse, sempre muito focado – Diga-nos, onde está Atena?

– Ela está escondida junto com Aimi num grande quarto que fica escondido depois da grande sala dourada de Zeus.

– Como podemos chegar lá? – Shaina lhe perguntou.

– Você só pode ir se um daqueles gêmeos lhe levar. Se não tiver um deles ajudando vocês vão procurar pra sempre e nunca vão achar.

– Não temos escolha, então – Seiya falou, parecendo determinado novamente – Vamos derrotar aqueles dois e força-los a nos levar até elas, nem que pra isso tenhamos que enfrentar o próprio Zeus! – Ele disse levantando-se.

– Temos que saber onde encontra-los primeiro – Shun sugeriu.

– Estão sempre guardando a porta do quarto de Saori, mas à vezes eles saem pra pedir informações do que está acontecendo aqui fora.

– Então vamos correr cada canto desse santuário até encontra-los – Seiya falou.

– Por favor, Seiya! Não matem minha mãe nem as outras! Elas não são más, só tem medo de Zeus e dos outros deuses e os obedecem. Por favor! Quando Saori falou de você... E dos outros também, ela tinha tanto carinho na voz. Sei que ela não falaria daquele jeito de alguém mau.

Ele encarou os olhos claros daquela criança e quase pode ver Aimi ali, ela estava de fato sendo sincera. O cavaleiro de Pegasu abriu um doce sorriso e pousou sua mão no topo da cabeça de Celeste, a afagando de leve.

– Não se preocupe. Nós não faremos isso.

– Obrigada... Seiya...

– Hum...?

– Qual a cor dos olhos de Aimi?

– Ela tem lindíssimos olhos azuis, como a Saori.

– Queria poder brincar com ela.

– Você vai. Quando tudo isso acabar – Shun falou com um sorriso.

– Onde está indo? – Shaina perguntou ao ver a menina se afastar.

– Não posso sumir por muito tempo. Minha mãe vai desconfiar e me procurar. Ou até um daqueles dois. Não vou dizer nada, juro! Eu nunca entregaria pra eles a única chance de Saori e Aimi.

– Ela tem razão. É melhor voltar – Marin falou – Se Atena confia nela, nós também devemos.

– Obrigado, Celeste – Seiya agradeceu por todos.

A menina sorriu e afastou-se, desaparecendo na névoa.

******

– Aimi, mastigue bem.

A deusa estava alimentando Aimi com parte de seu próprio alimento, que havia amassado um pouco para evitar que ela se engasgasse. Já fazia tempo que a menina ingeria comida normal, mas Saori estava tentando começar a acostumá-la só com isso, tarefa que ela esperava ser concluída por Seiya. A pediatra de Aimi lhe garantira que não faria mal amamentar a menina por bastante tempo ainda, mas sabia que se uma das duas tinha chance de escapar dali viva era Aimi, e sem Saori, ela teria que se contentar com leite e alimento normais.

– Papai...

Ela havia chamado por Seiya desde o dia anterior. Aimi era muito apegada a Saori, sua primeira palavra fora “mamãe”, mas gostava muito do pai e sentia falta dele, ficando chateada ao notar que ele não vinha, mesmo com seu chamado, e Saori tinha que se esforçar para que ela não chorasse. Tão pequena e sendo forçada a passar por tal dor.

– Fique calma – puxou a filha para seus braços e a balançou calmamente – Mamãe está aqui com você. Espero que o seu pai não faça nenhuma loucura.


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