A Herança escrita por Helgawood


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ano retrasado eu excluir " A Herança" e decidida posta-la de novo, afinal eu tinha me dedicado bastante por ela e, após algumas reflexões, considerei loucura minha fazer isso, então estão a postando de volta ao Nyah!

Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/557951/chapter/9

O caminho para o Monte Aslam só durou um dia, mas o caminho que seguiu até lá foi árduo para Susie. A fome não lhe abandonou em nenhum momento. Saciou a sede várias vezes enquanto seguiam próximo a água gélida do rio, mas quando desviaram pra dentro da densa floresta a sede surgiu rasgando-lhe a garganta. Era terrível.

Doutor Cornelius parecia ótimo e extremamente feliz por está próximo do príncipe Caspian novamente. Na verdade, todos pareciam usufruir de grande felicidade por está indo em direção ao Monte Aslam, até mesmo aqueles que Susie fazia vista grossa estavam contentes.

—Está tudo bem, senhorita? — perguntou uma voz. — Não quer descansar?

Olhou para baixo encontrando Ripchip com a pluma na cabeça e a bainha da espada amarrada na cintura. Susie não conseguia encarar o nobre rato sem ao menos rir um pouco, pois sempre o imaginava em seu mundo correndo pelos esgotos ou preso em um laboratório.

— Minhas pernas estou doendo um pouco, mas posso continuar andando por mais algum tempo. — respondeu ela.

— Você é bem corajosa, senhorita. — observou o rato. — Não conseguiria ficar um dia em Telmar sem tentar matar Miraz. Você foi forte.

— Na verdade, ele me ajudou quando cheguei aqui, eu acho. Não fui forte como você diz, tive muito medo enquanto está presa lá. Eu fui fraca, na verdade, pois precisei da ajudar de outros para sair. Doutor Cornelius foi pro calabouço por minha causa!

— Não diga isso. — sorriu solidariamente. — Ser forte sempre haverá sacrifícios e perdas, minha amiga, no final você verá os frutos de suas escolhas.

Susie pensou em Wander, seu amigo ou ex-amigo, ela não sabia como deveria ser referir a ele agora. Mas de qualquer forma, ela queria que ele estivesse ali ao seu lado, indo para o Monte Aslam na companhia dos narnianos.

Agora ele era um traidor.

Havia começando a ventar e nada do Monte Aslam parecer, e Susie estava longe de Doutor Cornelius para lhe perguntar quanto tempo ainda faltava. Mas não foi necessário.

Susie imaginou, e tinha certeza que os narnianos também, que o Monte Aslam fosse um lugar bonito com grama rasteira e uma caverna acolhedora; porém, o lugar era assustador.

— Chegamos meus amigos! — disse Cornelius exaltado com a felicidade estampada em seu rosto.

Nikabrik resmungou e, pela primeira vez e única, Susie teve que concordar com ele sobre o lugar. Aproximou-se do doutor Cornelius e esse lhe abraçou apertado.

— Finalmente chegamos, senhorita Susie. — disse ele contente. — Vamos entrar. Onde está Caspian? Lá dentro terá espaço para todos descansarem.

Doutor Cornelius e Caspian foram na frente guiando a todos pelo labirinto sinuoso. As paredes e os tetos do local eram de pedras lisas com imagens rupestre e caracteres gravada sobre ela. Aquelas representações artísticas eram tão antigas aos narnianos assim como os homens das cavernas e os egípcios eram no mundo de Susie.

— Que incrível. — Susie murmurou encantada.

— Nárnia era mais incrível quando não eramos incomodados pelos telmarinos. — resmungou Trumpkin. — Naqueles tempos existia paz.

Susie olhou para o anão vermelho e sorriu solidaria para ele. Não deveria ser fácil perde os familiares e amigos de uma só vez numa guerra sem sentido, e ter que se esconder para sobreviver.

— Quando Aslam aparecer vai colocar os telmarinos no lugar. — disse convicta. — Você verá.

O anão revirou os olhos.

— Até parece que ele existe!—Bufou. — Vários narnianos morreram ele nunca fez nada.

— Concordo com você, Trumpkin! — era a voz de Nikabrik. — Só vim pra cá pra não ser morto por pessoas com você.

— Eu não sou telmarina! — protestou Susie, indignada.

— Mas ele é. — vociferou o anão negro referindo-se a Caspian que estava muito a frente deles.

Susie cruzou os braços e o encarou.

— Ele salvou sua vida, seu anão rabugento! Deveria ter consideração por ele. Além disso, ele quase foi morto por Miraz. — Susie esbravejava. — E por causar dele eu estou aqui e os grandes reis e rainhas de Nárnia também!

— Como se eles existissem. — foi a vez de Trumpkin falar. — Posso não concordar com algumas que meu amigo disse, mas assim como ele não acredito nesses tais de reis e rainhas, muito menos aslam.

Susie deu um profundo suspiro e virou o rosto relutante.

— Ótimo! Caspain deve adorar ter narnianos descrentes em sua companhia.

Do lado de fora da caverna já montava um acampamento, formados, principalmente, de gigantes já que eles não conseguiam entrar da caverna. Ainda era estranho para Susie vê-los, assim como a presença de Ripchip lhe fazia rir, pois de todos os contos e história que já lerá nenhuma falava que os gigantes fosse um bando de patetas.

Susie encontrou doutor Cornelius e Caspian numa sala ampla e espaçosa e no meio dela havia uma mesa, que a intrigou, partida ao meio. Faunos, ratos, o texugo e outros narnianos também estavam presentes da sala.

— Onde estava, senhorita Susie? — perguntou Cornelius. — Não importa! Venha aqui, Caça-Trufas trouxe algumas coisas pra comer.

— São só nozes. — disse o texugo. — As árvores por aqui só dão isso. Porém, lá fora vim alguns comendo coisas melhores.

Caspian suspirou.

— Enquanto estivermos aqui teremos que busca comida nas árvores, infelizmente. Desculpa, senhorita Susie.

— Você não precisa se desculpa, príncipe Caspian, afinal você é um príncipe. E, além do mais, comer frutos faz muito bem a saúde.

Ele sorriu.

— Você é uma ótima pessoa, Susie.

A jovem sorriu agradecida.

— Vou lá fora vê se todos estão devidamente instalados. — disse Caça-trufas.

— Ótima ideia, texugo! — disse Cornelius ao vê-lo sair. — Como somos muitos devemos tomar cuidado para não chamar atenção tanto de animais como de pessoas indesejadas.

Caspian assentiu mas parecia indeciso.

— O que o senhor recomenda fazer, doutor? Sabe que só levo o título de príncipe, porém não sei ser um.

Cornelius colocou a mão sobre o ombro de Caspian.

— Não se preocupe, meu príncipe, mas peço que não demostre medo ou insegurança na frente de todos.

— Eles confiam em mim… — murmurou Caspian.

Cornelius assentiu.

— Tenho certeza que quando tudo acabar você será um bom rei, Caspain. — comentou Susie.

— Acredita mesmo em mim, Susie?

— É claro! Não vejo por que não.

— Senhorita Susie sempre gentil. — disse Cornelius.

Depois Susie foi para fora enquanto Caspian, Cornelius e alguns narnianos ficaram conversando na sala sobre o que fariam nos próximos os dias. Do lado de fora encontrou Trumpkin e Nikabrik sentados e conversando animadamente. Foram os primeiros a decidi que o lado de fora da caverna era melhor do que dentro. Fez vista grossa para eles quando os mesmos a encararam.

— Não está com sono, Susie? — perguntou Ripchip.

Ele estava rodeado por seus amigos ratos contemplamo a fogueira.

— Nem um pouco. — respondeu ela. — É meio difícil de saber que horas são estando ao ar livre.

— Não existe coisa melhor do que a natureza. — comentou um rato. — É tão bom e tão aventureiro.

— Aventureiro? — indagou Susie. — Pegar sua própria comida no alto das árvores não é nem um pouco aventureiro.

— Ficamos mais vulnerais aos inimigos. — disse Ripchip contente. — É sempre bom cortar algumas peles.

— Vocês são loucos. — disse ela. — Acho que nunca vi ratos tão guerreiros como vocês.

Eles ajeitaram as bainhas e estufaram os peitos orgulhosos.

— E não existira, por milênios, ratos tão corajosos como nós. — disse outro com brilhos nos olhos.

Ela não pode deixar de rir com o comentário. Parou de rir assim que percebeu que Ripchip e os outros não estavam mais concentrados na conversa, mas sim nos narnianos a poucos metros deles. Susie virou a cabeça para onde olhavam e lá estava Trumpkin e Nikabrik conversando.

— Nunca é bom ver um anão vermelho e preto juntos. — murmurou um dos ratos.

— Nikabrik é tão rabugento. — Susie falou.

— Isso é comum nos anões pretos. Eles preferem resolverem seus próprios e íntimos problemas, do que ajudar ou recebe ajuda. — disse Ripchip. — Vermelhos são mais amigáveis, porém podem ser facilmente persuadidos por seus irmãos de cabelos e barbas pretas.

Susie deu mais uma olhada para os dois anões e percebeu que as palavras rudes de Nikabrik era facilmente absorvida por Trumpkin, que o apreciava muito como amigo.

Continuou conversando com ratos por bom tempo, e até comeu algumas nozes e amora oferecidas pelos mesmos. Quando os olhos começaram a cansar ela despediu-se e entrou na caverna, em direção à sala da mesa onde Caspian e Cornelius ainda conversavam.

— Vou dormir um pouco. — disse ela a eles.

— Tenha uma boa noite sono, Susie. — disse Caspian. — Desculpe não ter nada confortável para uma dama dormir.

Susie deu de ombros.

— Não vim para ter conforto, príncipe Caspian, vim para ajudar.

Ajeitou-se desconfortavelmente num canto da parede e fechou os olhos. Antes que Susie caísse nos braços de Morfeu, ela pensou inúmeras vezes em Wander e sobre o que ele havia feito contra ela, contra o doutor Cornelius e, principalmente, contra príncipe Caspian.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não sei quando vou posta o próximo capítulo, mas não vou abandonar essa fic. Bjss



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Herança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.